Our destiny escrita por Tisbe


Capítulo 30
Nymeria


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, esse é o primeiro capítulo que o Bran e o Jon interagem. Era pra eles terem se falado antes, mas não deu... Imaginem então que em algum momento da história os dois já estiveram juntos.


Ahhh... OD ta quase no fim, mas não vou conseguir terminar antes da temporada começar. :( Já tenho o final todo pensado e todo o desenrolar da historia está definido, mas o que me falta é tempo.
Agradeço muito a todos que leem e principalmente aqueles que gastam um tempinho pra deixar um comentário, vcs não tem ideia do quanto isso nos motiva a continuar a escrever!

Espero que gostem e que desculpem os erros. Um beijo!



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Na companhia de Samwell Tarly, Jon Snow parou em frente ao quarto do primo e bateu na porta. Como não obteve qualquer resposta, decidiu entrar. – Bran, me disseram que queria falar comigo.

— Jon, mas o quê... – Sam, olhou para o amigo e os dois caminharam silenciosamente até a cama onde o menino estava deitado.

Mantendo o olhar fixado no garoto, os dois homens tentavam entender as palavras desconexas que saltavam de sua boca.

— Eles vêm em marcha através da muralha... Fogo azul... fogo de dragão! A morte vem e ele é a resposta, deixe-o vir...

— Jon, acha que devemos chamar o Meistre? - Sam olhava intrigado para os olhos completamente brancos do Stark à sua frente.

— Não Sam, deixe-o falar.

— Fogo de dragão... entregue-o! Eu vou ajudar... a rainha, ela vem! Ela o quer, deixe-o vir! Sangue de dragão, a morte vem... a morte vem!

O garoto silenciou e saiu de seu transe assim que a imagem do rei da noite surgiu em sua mente.

— Bran... – O primo se aproximou e se sentou na cama em que o Corvo estava.

— Jon, o rei da noite está cada vez mais perto. Seu exército está ainda maior e ainda há algo que não consigo compreender. Eu vi chamas azuis e a muralha se despedaçando.

“Fogo azul, fogo de dragão”. Foi o que você disse. – Sam falou e olhou para o garoto. – Pelo que sei, os dragões cospem fogo com chamas amarelas e alaranjadas. Bom, na verdade, eu nunca vi nenhum dragão cuspindo fogo. Os da Targaryen nunca o fizeram na minha frente. E todos os livros que encontrei sobre o tema dizem a mesma coisa. Nunca li nada a respeito de chamas azuis.

— Eu não sei, foi tudo muito rápido. Vi chamas azuis atravessando a muralha e em seguida ela veio ao chão. Depois, vi o exército de caminhantes dizimando os homens da patrulha.

— E você não consegue nos dizer quando isso acontecerá? – Jon se levantou.

— Não, mas sei que o dia se aproxima. Eu sinto dentro de mim cada vez mais forte a presença da morte. O frio está mais cortante do que nunca, como mil agulhas atravessando minha pele a cada sopro de vento. Os animais da floresta também estão sentindo sua presença; os lobos, os cães e os cervos estão deixando o Norte rumo ao Sul, as aves também já partiram.

— Sim Bran, eu percebi. Os selvagens que ficaram no Forte Pavor já estão reclamando da falta de caça. Tormund diz que seus homens já não comem carne há dias e que os grãos estocados estão próximos de acabar. Mais dois meses e não haverá mais provisão para os que estão acomodados naquele lugar. – Jon se lembrou da conversa que tivera dias atrás com o líder dos selvagens.

— Bran? – Sam o chamou. – E quanto à “rainha”?  Você disse "a rainha o quer". De que rainha está falando? Está falando de sua irmã, da Targaryen ou da Lannister? E o que ela quer?

— Eu não sei, eu simplesmente não sei... Como eu disse, desta vez me perdi em meus pensamentos. – O menino olhou para o primo e depois desviou seus olhos para baixo. Ele contara uma mentira. Sua visão havia sido confusa, mas ele sabia muito bem a imagem de qual rainha estava em sua mente. Ele só não podia revelar para ninguém o que estava prestes a acontecer. Apesar de ter recebido pouco treinamento com o antigo Corvo de três olhos, o menino sabia que ele não poderia interferir diretamente nos eventos que estavam para acontecer. Cabia a ele entender cada peça do quebra-cabeça que era o futuro e agir somente quando fosse a hora certa. Se ele tomasse alguma atitude agora, destruiria qualquer chance de salvar a humanidade.

— Tudo bem Bran, vamos deixar isso de lado por um instante. Me diga, por que nos chamou até aqui? – Jon aguardou resposta.

O Stark esperou que Sam se sentasse numa cadeira próxima e revelou o motivo daquele chamado. – Vocês precisam ir até a Mata dos Lobos, levem a Arya com vocês. Fantasma também deve ir.

— Por quê? – O rei quis saber.

— Nymeria está ferida e deve ser resgatada. Ela precisa voltar para nossa irmã.

— De que forma eu serei útil? – Sam se mostrava aflito e ansioso por ter sido requisitado numa missão como aquela.

— A loba está muito ferida e não aguentará chegar até aqui sem antes receber alguns cuidados. Ela tem pouco tempo, vocês precisam ser rápidos. Ela está perto do riacho escondida na caverna de pedras. – Bran falou e logo antecipou a resposta da pergunta que o primo estava prestes a fazer. – Fantasma precisa ir para que Nymeria se sinta segura como vocês. Ela irá reconhecê-lo e saberá que vocês não a machucarão ainda mais.

— Está bem, nós iremos. – Jon se levantou e olhou para o amigo. – Sam, pegue tudo o que puder com o Meistre, busque Fantasma e me encontre nos portões da fortaleza. Só preciso avisar Sansa que iremos sair por um momento.

— Jon... – Bran o chamou antes que ele saísse para fora do quarto. – A Targaryen, peça para ela vir até aqui, por favor. – O garoto viu o primo anuir e sair porta a fora.

— Meu amor, eu... -  Jon empurrou a porta de seu quarto e paralisou por um instante tentando entender o que seus olhos viam.

Daenerys Targaryan estava parada diante da cama onde Sansa dormia. Ao perceber a presença do rapaz, a rainha se virou assustada.

— Majestade, o que faz aqui? Precisa de ajuda com algo? – Olhando para a esposa que dormia tranquilamente, Jon falou baixo para não acordá-la.

— Não, eu não preciso de nada. Só queria saber como sua senhora está passando. Acabei de entrar e a vi descansando. Eu já estava prestes a sair do quarto quando você entrou. – Daenerys sorriu encabulada.  Seu coração estava disparado e as bochechas quentes pelo sangue que subira até sua face. – Ontem mesmo eu ia lhe perguntar sobre ela, mas você não desceu para o jantar. As criadas não sabiam de nada e eu não encontrei a moça que ajuda lady Sansa.

— Gilly?

— Sim, como não a vi em lugar nenhum, decidi vir até aqui para saber se ela está bem. – Daenerys caminhou até a porta onde Jon estava. – Eu o esperei para o jantar... – Ela tocou em seu braço. – Queria tratar de alguns assuntos.

— Me desculpe, Majestade, o meistre havia me avisado sobre a contração que ela teve.

— Uma falsa, me disseram. Sua criança não nascera agora, Jon Snow. – Ela cruzou as mãos na frente do corpo e sorriu.

— Sim, eu sei, mas mesmo assim decidi fazer-lhe companhia. Sansa não tem dormido bem nos últimos tempos. Ela acorda a todo momento, sempre assustada e angustiada com seus pesadelos. – Peço desculpas por tê-la feito esperar por mim. Eu deveria ter mandado alguém avisar que eu não desceria mais. – Jon foi sincero em suas desculpas, pois no dia anterior, quando o chamaram até a torre do rei para ver a esposa, ele sequer se lembrou de seus compromissos e obrigações. Mesmo sabendo que seu filho não nasceria naquele dia, ele resolveu ficar com a esposa. Almoçaram juntos e passaram o resto da tarde conversando e planejando o futuro. No cair da noite, ele adormeceu com ela em seus braços e só acordou quando a luz da manhã bateu em sua janela.

— Tudo bem, eu compreendo. – Daenerys olhou para Sansa e depois para o rei. Ela tem sorte em tê-lo como marido. – Dentro de si, a Targaryen tentava ocultar o desapontamento por não ter podido passar aquela noite na companhia do Lobo Branco. Em seus planos, os dois jantariam e depois se reuniriam no escritório para discutirem sobre o ataque contra os caminhantes. Mais cedo, ela mandara Lenna levar para o escritório duas garrafas de vinho tinto, uma de Lys e outra, de um Dornês que ela trouxera de Pedra do Dragão. As bebidas fortes a ajudariam a deixá-lo mais envolvido e aberto às suas intenções. Mas, como seus objetivos foram frustrados, a loira foi obrigada a comer com Jorah e Davos, depois, saiu sozinha do castelo para ficar na companhia de seus dragões. – Eu já vou indo, Jon Snow. Quando lady Sansa acordar, diga que estimo sua saúde e também a de sua criança.

— Obrigado. Eu direi. – Assim que ela deu um passo para fora do quarto, ele a chamou – Majestade, antes que vá... meu primo pediu para ter uma conversa com a senhora. Quando for possível, peço que vá até seu aposento. – O moreno a viu assentir e sair pelo corredor.

— Sansa? – Jon se aproximou da cama e se sentou na beirada. – Meu amor?

— Jon? O que houve?

Ele pegou em uma de suas mãos e a beijou. – Desculpe por acordá-la, meu amor. Sei que ainda é muito cedo, mas eu vim para avisá-la. Preciso sair do castelo por algumas horas.

— Vai até a vila?

— Não, vou me encontrar com Tormund, ele precisa de ajuda com seus homens. – Pela primeira vez na vida Jon se viu obrigado a mentir para a esposa. Ele não podia contar a verdade e deixá-la preocupada com o que ele estava prestes a fazer. Sansa confiava em Fantasma, mas ele sabia que ruiva não aprovaria a ideia de ir em busca da loba selvagem. - Prometo que volto ainda hoje. - Desta vez, ele a olhou nos olhos. - Eu te amo.

— Eu também... Ai! – Sansa reclamou e logo deu um sorriso. – Jon, veja... – Ela se livrou das cobertas e colocou a mão do marido sobre sua barriga -  Ele sabe que você está aqui e não para de se mexer.

— Já está pronto para sair? – Ele sorriu e desabotoou os botões centrais da camisola da mulher. Tocando sua pele nua, sentiu um movimento ainda mais forte. – Eu estarei aqui para recebê-lo, meu filho. -  Depois, Jon beijou seu ventre e a olhou encantado.

— Eu te amo. – Os lábios da garota se moveram em silêncio.

— E eu amo vocês. – Jon se despediu de sua rainha e partiu em busca da prima mais nova para cumprirem o que Bran havia pedido.

Jon bateu na porta do quarto da Stark e não a encontrou. Foi até o pátio e viu suas alunas treinando sozinhas. Depois de perguntar para algumas delas, descobriu que a menina havia se dirigido para o antigo celeiro. Caminhando até aquele lugar, o rapaz não parava de pensar na estranha situação que presenciara mais cedo; Daenerys dentro de seu aposento, observando sua esposa foi algo que ele não conseguia compreender. A resposta dada pela Targaryen foi um tanto absurda, pois ele sabia que as duas não tinham intimidade e muito menos, possuíam um vínculo de amizade a ponto de frequentarem o aposento uma da outra. Em suas conversas, a ruiva sempre deixava bem claro suas reservas em relação mãe dos dragões. Ela não confiava inteiramente em suas intenções de ajudá-los na luta contra o rei da Noite. Certa vez, Sansa o alertou para as pequenas mudanças no comportamento de sua hóspede. – “Ela me enche de perguntas e agora usa seus cabelos como o meu”. — Jon se lembrou de sua fala. Mas assim que chegou à porta do celeiro aqueles pensamentos se esvaíram de sua cabeça. – Arya? – Ele falou alto.

— Droga... – Gendry soltou a menina imediatamente e ela se moveu de cima de seu corpo e se sentou ao seu lado.

— Sete infernos... – Com a cabeça abaixada, a menina praguejou e agradeceu aos deuses por ainda estarem vestidos.

Jon não se atreveu a entrar no lugar. Ficou do lado de fora esperando que os dois saíssem de lá.

— Não quero falar sobre isso! – Arya falou cheia de ímpeto assim que chegou aonde o rei estava.

— Sim, nós falaremos sobre isso. – Ele apontou para ela e depois para o ferreiro que ainda estava do lado de dentro do galpão. – Nós falaremos sobre tudo isso, mas não agora. Há algo que precisamos fazer.

— Tudo bem. Gendry pode vir? – Arya mal pode acreditar em sua própria audácia por fazer um pedido como aquele. Se arrependendo logo em seguida, teve certeza o primo o mataria na primeira oportunidade que tivesse. – Quer saber... não precisa.

— Ele pode vir. - Os deixando para trás, Jon falou e saiu caminhando apressadamente para os portões da fortaleza.

 - Sorrindo como crianças pegas em suas travessuras, o casal precisou correr para alcançá-lo.


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Notas finais do capítulo

Estão ansiosos para o fim de GOT e de OD? Eu estou!! Bom é isso. Até o próximo... (Que será emocionante!!).