Um Porto Seguro escrita por And


Capítulo 5
04


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todas por comentarem ♥

Vamos a mais um capítulo?



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Capítulo 04

 

Pov Edward.

 

A alegria e o alívio que eu imaginei que pudesse sentir ao declarar os meus sentimentos, não eram nada comparados com o que eu estava sentindo agora. Era algo muito maior. Respirei fundo, sentindo a felicidade encher em meus pulmões, enquanto observava Bella ao meu lado dormir profundamente em minha cama.

Hoje fazia exato dois meses que havíamos nos declarado em seu apartamento e desde então não a larguei mais.  Em nenhum momento desde que a conheci, imaginei que ela pudesse ter os mesmos sentimentos. Mas, graças algum milagre dos céus, Isabella também era apaixonada por mim.

Quando eu a vi tão sorridente com seu amigo da galeria no bar, vi como eu poderia perdê-la tão facilmente. Ela já havia tido outros relacionamentos e sempre o medo de ‘’ perdê-la ‘’ tomava conta de mim. Eu não podia deixar esse medo me dominar novamente.

Eu tinha que confessar os meus sentimentos. Eu tinha que arriscar.

Eu amava aquela mulher. Desde o dia que eu a conheci, antes mesmo de nos tornarmos amigos, alguma coisa nela me encantou. Seu jeito, seu sorriso ou sua mania de querer ser amiga e ajudar todos. Eu não tinha muita certeza se os sentimentos dela eram tão intensos e grandiosos como os meus, mas só o fato em ela também estar apaixonada, era mais do que eu podia desejar.

Eu só esperava que algum Deus – se ele realmente existia – me permitisse ficar com ela.

Eu tinha que ter fé.

Eu não queria deixar Bella, jamais.

POV BELLA.

Fui despertada do meu sono, sentindo dedos descer e subir pelo meu braço, em uma leve caricia. Abri os olhos, vendo Edward ao meu lado acordado, me acariciando e me fitando amorosamente.

— Acordei você? — Seus dedos tiraram o cabelo do meu rosto — Me desculpe, não foi minha intenção.

Ele era real. Nosso sentimento era real. Eu podia ser mais feliz? Dificilmente.

Às vezes ainda era difícil acreditar que Edward havia se declarado e que já estávamos a dois meses juntos.

— Tudo bem — Me ajeitei em sua cama de casal para poder encará-lo melhor — Que horas são?

— Ainda está cedo. Ainda não são nove.

Assenti, percebendo apenas naquele momento que ele ainda estava sem camisa. Um calor se apossou pelo meu corpo e por um momento me senti corar. Não por vergonha dele e sim com a possibilidade dele perceber o quanto eu o desejava.

Nossa primeira vez ainda não havia acontecido. Edward andava muito atarefado em seu trabalho, com muitos problemas para resolver e ambos tínhamos combinado que queríamos que nossa primeira vez juntos fosse algo especial. Então, Edward e eu iríamos viajar para a sua casa no campo no final de semana, para tirar pela primeira vez, um final de semana apenas nosso.

Eu não transava com alguém desde meu ultimo relacionamento, cerca de seis meses atrás. Eu não era nenhuma menina inexperiente, mas ao saber que nós iríamos fazer amor – algo muito mais intenso – e que isso seria com Edward – o homem que eu era perdidamente apaixonada, mas que já havia estado com tantas mulheres – me deixava muito nervosa e pela primeira vez insegura. E se eu não fosse boa o suficiente? Bonita o suficiente?

— O que houve? — Ele perguntou notando meu semblante mudar.

— Nada.

Eu o amava. Enlouquecidamente. Mas, por algum motivo eu sentia que eu poderia perdê-lo a qualquer momento.

— Nada? Não é o que parece — Ele deitou-se sobre o meu corpo, afundando o rosto em meu pescoço. Suas mãos filtraram por dentro da minha camiseta, afagando os dois lados da minha cintura. Seus lábios agora em minha orelha — Diga-me.

— Não é nada — Minhas pernas circularam sua cintura, adorando aquele momento. — Só estou ansiosa para nosso final de semana.

— Aé? — Seus lábios passaram pelo meu pescoço, espalhando beijos calmos e quentes, até chegar ao meu busto. Naqueles últimos dias, nossos amassos estavam se tornando cada vez mais intensos. — Pois saiba que estou duplamente ansioso.

— Aé? Pois bem, estou ansiosa para curtir o outono no campo, tomar um cappuccino, ver as arvores...

— Você. É. Cruel! Admita que está ansiosa para usufruir do meu corpo sensual.

— Jamais!

Edward começou com uma sessão em fazer cócegas. Ele sabia meu ponto fraco. Eu não aguentei e comecei a rir escandalosamente, enquanto ele não parava em me provocar.

— Tudo bem! Tudo bem... — Respirei fundo quando ele parou, mas ri quando ele ameaçou a repetir — Estou ansiosa para usufruir do seu corpinho sensual.

— Corpinho? — Ele começou a fazer cócegas novamente.

— Corpo! Corpo, pelo amor... — Ri, sentindo as lágrimas descerem pelos meus olhos — Já chega.

— Melhor. — Edward pegou em meu rosto e aproximou nossos lábios — Bem melhor.

(...)

Hoje fazia exatos quatro anos que meu pai havia falecido por causa do câncer. Sempre que eu podia, ia até o seu tumulo levar flores. Porém, todo aniversário de sua morte, eu ia acompanhada de Renée.

— Seu pai foi um homem incrível. — Ela disse quando voltávamos do cemitério. Estávamos em silêncio dentro do carro até então.

— Sim, ele foi. — Concordei sentindo-me triste e saudosa. — O melhor pai do mundo.

— Sabe o que ele me disse uma vez? — Ela tirou os olhos da estrada para me olhar por um momento. Neguei com a cabeça — Que você um dia iria casar-se com Edward.

Renée havia ficado muito feliz quando contei que eu e Edward estávamos juntos. Como na adolescência Edward passou a frequentar minha casa, para fazer trabalhos ou simplesmente me visitar, acabou tornando-se muito próximo a minha família, principalmente de Charlie.

— Jura? — Questionei surpresa. Eu nunca havia contado para ninguém os meus sentimentos por Edward, eu sempre havia sido boa em esconder o que sentia.

— Sim. Vê como isso é incrível? Eu sempre percebi que Edward sentia algo por você, como o seu pai também percebeu. Mas eu, pelo menos nunca tinha percebido que você sentia. Até o dia em que seu pai disse que os sentimentos de Edward eram recíprocos.

— Ele estava certo. — Pela janela do carro, fitei o céu claro daquela manhã — Ele sempre estava.

(...)

Do meu quarto, escutei a porta da sala se abrir. Pela primeira vez naquele dia eu sorri, sabendo que era Edward chegando do trabalho. Normalmente ele ia ao seu apartamento e se não me encontrasse lá, descia. Logo no primeiro mês, fizemos a troca das cópias das chaves.

— Oi, amor. Cheguei. — Ele abraçou-me por trás, vendo que eu dobrava algumas roupas. Ele cheirava a shampoo e creme de barbear. — Como foi lá com seu pai?

Isso era uma das coisas que eu mais amava nele. Eu não tinha dito nenhuma vez naquela semana que iria visitar o túmulo do meu pai, mas Edward estava ciente de que eu ia todo ano com minha mãe. Ele não se esquecia desse tipo de coisa que era importante para mim. Ele realmente se importava.  

— Triste, como sempre. Sinto falta dele.

— Sinto muito — Ele beijou meus cabelos — Também sinto. Seu pai era homem incrível.

— Sim, ele era. — Tive vontade de contar o que minha mãe havia falado do carro, sobre meu pai achar que iríamos nos casar algum dia, mas achei melhor não. Não queria assustá-lo com a palavra casamento. — Ele gostava muito de você.

— E eu dele — Ele suspirou me apertando mais forte em seus braços. — Trouxe comida japonesa. O que acha?

Me virei e o beijei, matando a saudade que eu havia sentindo naquele longo dia.

— Eu acho que você é incrível.


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Notas finais do capítulo

Só loooooveee ♥
Dependendo de vocês, posto o outro amanhã. O que acham? :)



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