Hearewa escrita por Tyke


Capítulo 4
Capítulo 4 - O velório




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Hugo se mirou no espelho do quarto. Usava uma calça e um blazer preto e sentiu-se mal por isso. O relógio marcava sete e treze da manhã, todos na casa já estavam de pé e se arrumavam para o velório.

— Você fica bem de preto. - Um rapaz escorado no arco da porta falou.

Hugo virou-se para encontrar o primo com o olhar. Ele também usava preto e aquelas eram peças emprestadas de seu armário. Os dois tinham estaturas parecidas, por isso cabiam muito bem nas roupas um do outro.

— Você também. Acho que quase todo mundo fica.

 Louis concordou com um gesto antes de encarar o chão. Ele estava deprimido. Geralmente o caçula de Gui se apresentava sempre brilhoso e encantador, mas naquela manhã os olhos do rapaz assemelhavam-se a um grande poço abandonado e escuro.

— É bonito não acha? - Louis soltou um sorriso afetado.

— O quê? - O outro indagou. Assim que terminou de pentear os cabelos ruivos deu as costas ao espelho e andou em direção ao amigo.

— Funerais. - Ele deu de ombros ao responder. - São tão bonitos quanto casamentos. As pessoas todas se arrumam em cores pretas, o que é esteticamente agradável.  Alguém comanda a cerimônia dizendo lindas palavras. Há flores para todo lado. E é bem provável que minha irmã vai estar de branco.

— Não é bonito, Louis. É triste. - Hugo ficou de frente para ele, confuso com aquela declaração.

— Um não anula o outro. A tristeza também pode ser bonita. - Ele disse com o olhar totalmente vazios.

— Merlin! Cala a boca! Você precisa de um whisky de fogo, venha. - Agarrou uma mão de Louis e saiu puxando-o em direção ao andar de baixo. - Meus pais guardam uma garrafa no armário.

— Eu não estou afim, Hugo.

Chegaram na cozinha e Hugo ignorou completamente a vontade dele pegando dois copos. Louis acabou aceitando com um suspiro, bebeu e sentiu o líquido queimar seu corpo. Brevemente o coração que encontrava-se gelado esquentou, trazendo uma prova do que era sentir-se alegre. Logo a sensação passou e Louis sentiu seu corpo pedir por mais whisky, desejando sentir-se feliz novamente.

— Tudo bem que você precisa de uma bebida, mas vá com calma. - Hugo disse observando o amigo virar o copo de uma vez. Louis puxou uma cadeira e sentou-se. Olhou para o primo e lembrou de algo importante.

— Ontem uma coruja me trouxe uma carta, era de Lorcan.

— Hum. - Hugo tomou um gole de whisky de fogo.

— Eu sei que isso vai parecer estranho, mas você sabe que Lorcan tem clarevidência, não?

— Sim. - Hugo assentiu.

Lorcan Scamander era filho de Luna e Rolf Scamander, gêmeo de Lysander e atual namorado de Louis. O jovem, que se parecia muito com a mãe fisicamente, comportava-se frequentemente de forma inocente para com o mundo. Olhava tudo e todos como se fossem grandes bolhas de sabão coloridas e parecia estar sempre alegre. Na opinião de Hugo ele parecia era estar sempre "chapado". Louis se irritava com o primo e dizia que Lorcan era daquele jeito naturalmente. Pois bem então, naturalmente chapado!

Apesar de julgar Lorcan dessa forma Hugo tinha grande respeito pela habilidade de clarevidência, diferente de Hermione.

— Lorcan disse que você vai encontrar-se perdido muito em breve e quando isso acontecer você deve procura-lo. E ele vai ajuda-lo a encontrar o que você vai estar procurando. - Louis disse e Hugo olhou interrogativo para o primo. - Eu também não entendi. Foi tudo que ele disse. - Ele ergueu as mãos evidenciando a ignorância.

— Ele vai estar no velório hoje? - O rapaz ruivo ficou curioso com aquilo.

— Não, os pais não deixam mais ele e Lysander saírem de casa. - Louis passou as mãos pelos cabelos. - Algo sobre não ser seguro e caos.

— Caos? - Hugo se engasgou com o gole de whisky que tomava

— Sim, Por quê? Você esta bem? - As tosses do primo fez o outro se erguer da cadeira preocupado.

— Aham. - Com um último "coff" Hugo voltou ao normal. Ele olhou para Louis, no momento parado ao seu lado - Ele disse mais alguma coisa na carta?

— Bom... Disse que lamenta a separação, mas que agora Dominique é como uma estrela que brilha entre os vaga-lumes. - Ele fez uma careta ao dizer aquilo. Por mais que amasse Lorcan tinha que admitir que a infantilidade dele podia ser muito inconveniente as vezes.

— Nossa! - Hugo fez uma expressão hilária.- Que bizarro... mas eu quis dizer sobre esse caos. Ele não disse mais nada?

— Não... - Louis olhou desconfiado para o primo. - Por que se importa com isso?

— Sei lá! Caos é uma palavra curiosa para essa situação toda, não acha?

— Tanto faz. - Louis não engoliu nenhum pouco a resposta. Conhecia Hugo e sabia que ele estava escondendo algo. Mas ao invés de continuar confrontando o primo decidiu encher o seu copo até a boca com whisky de fogo.

~~

O funeral seria realizado na Toca e o corpo de Dominique enterrado ao lado do túmulo de Fred Weasley. O sol brilhava intensamente naquela manhã de primavera, os passarinhos cantavam e as flores curvavam-se ao vento. O cenário imperfeito para a situação.

Apenas membros da família e amigos próximos rodeavam o buraco cavado no chão onde estava depositado o caixão de madeira escura. A Sra. McMahon estava presente e avisou aos pais da moça falecida que o filho, Ronan, estava muito abalado e por isso não suportaria presenciar o evento. E Molly Weasley lamentava para quem quisesse ouvir que ela nunca imaginou que viveria para enterrar um neto.

Algumas palavras foram ditas, flores jogadas dentro da cova com carinho, lágrimas escorriam e por fim Carlinhos ajudou o irmão mais velho fechar o túmulo e colocar a lápide.

Dominique Emillie Weasley

Filha e irmã amada,

Permanecera eternamente viva em nossos corações.

*24 de Julho de 2003   +07 de Abril de 2029

Um passarinho azul cantou sobre uma árvore enquanto as pessoas de preto andavam tristemente em direção a Toca. Dentro da casa, Hugo se encostou na parede da sala. Não conseguiu pensar em nada apenas observar a movimentação. Ele viu Louis sentado no sofá, com Dora sobre colo, junto com os pais e Victória. Hermione e Gina conversavam desanimas em um canto com uma Lily triste ao lado. A jovem sentiu o olhar do primo sobre ela e o retribuiu, deu-lhe um sorriso frouxo e permaneceu onde estava. Hugo esperou que ela fosse até ele, mas percebendo que a prima não iria ele desencostou-se da parede e andou em direção a brisa suave que vinha do lado de fora da casa. Parou antes de pisar fora ao escutar a voz do pai.

— Isso é piração, Harry! Não podemos fazer uma coisa dessas.

— Eu não sei, Rony. Talvez ele tenha razão.

Hugo escorou-se na parede do lado de dentro da casa ao lado da porta. Sabia que não deveria estar escutando a conversa alheia dessa forma, mas sempre foi curioso e não conseguiu resistir.

— Razão? Nos livrarmos de nossas varinhas em um momento como este, quando bruxos são assassinados por trouxas explodidores de cidades?

— Não podemos acusa-los...

— Por que não? Eles nos acusaram.

 Um longo silêncio se seguiu. Ouviu-se passos sobre a grama e Hugo preparou sua melhor atuação para fingir que passava por ali casualmente, porém ninguém adentrou a casa. O rapaz arriscou uma olhadela para o lado de fora e conseguiu ver os dois homens bem próximos da porta, voltou a se esconder dentro da casa para não correr o risco de ser visto por eles.

— Eu sei que Lovegood diz muita coisa maluca. Mas antigamente ele também esteve certo sobre muitas coisas, se lembra? Se o que ele diz sobre terem inventado um rastreador de varinhas... - Harry retomou a conversa.

— Merlin! É uma ideia muito absurda. Nem o Ministério tem algo assim como eles poderiam ter? - Rony indignado interrompeu o outro.

— Eu não sei, mas não duvido que sejam capazes de inventar um equipamento que faça isso. - Hugo escutou Rony estalar os lábios. - Nessa bagunça de mortes de bruxos e uma cidade destruída imagino que eles possam ter conseguido pegar uma. Estudado ela e de alguma forma encontrado uma maneira de rastrea-las.

— Certo, mas suposições de Lovegood não vão me fazer queimar minha varinha. Usamos magia através delas, Harry! Elas são nossa única forma de defesa nesse momento.

— Eu entendo, não estou dizendo para nos precipitarmos e sair jogando as varinhas no fogo. Mas acredito que devemos considerar, por mais que as fontes de Lovegood são estranhas, que...

— O que está fazendo? - Hugo deu um pulo e olhou para o lado assustado, encontrou os olhos de Lily.

Com certeza os homens ao lado de fora ouviram-na, pois pararam de falar e passos em direção a porta eram ouvidos. Então Hugo agarrou as mãos da prima puxando-a para virar em um cômodo, depois em outro, passaram pela sala abarrotada de gente sem serem notados pela maioria, subiram as escadas e entraram em um quarto qualquer.

— Por que fez isso? - Ela ria o olhando desconfiada.

— Porque eu estava escutando algo que não deveria. - Ele sentou-se na cama com colcha cor de rosa. Estavam no antigo quarto Gina.

— E posso saber o que o senhor estava escutando? - Lily cruzou os braços e deu-lhe um sorriso travesso.

— Nada de mais, apenas nossos pais conversando sobre as coisas que estão acontecendo.

— Hum.- O astral de Lily despencou de uma vez, ela sentou-se ao lado do primo e observou o quarto. Enquanto Hugo a observava. - As vezes não acredito que isso está acontecendo. - Ela sussurrou.

— Eu também não, essas mortes sem explicação...

— Não! Estou falando de Dominique. - Hugo viu que lágrimas brotavam nos cantos dos olhos dela. - Não é justo!

— Eu sei que não. - Ele disse e também sentiu-se triste.

— Primeiro James e agora Nique... - Lagrimas rolaram dos olhos castanhos de Lily. Ela apoiou os cotovelos sobre as coxas e tampou o rosto com as mãos.

— Hey, Lily! - O rapaz puxou os braços da prima e a fez ficar de frente para ele. A encarou antes de envolvê-la em uma abraço. - Se acalma, por favor, eu não gosto de te ver assim.

Eles se afastaram um pouco e ela limpou os olhos com as costas das mãos respirando pesadamente e encarando cada traço do rosto do primo.

— Eu só não quero que você seja o próximo. - Lily sussurrou tão baixo que Hugo mal conseguiu ouvir.

— Não vai ter próximo, eu prometo. - Ele também sussurrou.

Pousou a mão na bochecha direita dela e limpou uma lágrima que escorria com o dedo. Olhando para os lábios rosados, ele sentiu o impulso de toca-los com os seus. Mas não fez.

A primeira vez que isso aconteceu foi a tantos anos que eles nem eram capazes de recordar. Só sabiam da história porque os mais velhos da família hora ou outro se lembravam do ocorrido. Foi no casamento de Neville e Anna Longbottom. Eles tinham menos de quatro anos e foram convidados pelos noivos para carregarem as alianças até o altar. Assim os dois fizeram, Lily em um lindo vestidinho branco e vermelho e Hugo carregando as alianças em uma caixinha. Depois da cerimônia a menininha disse para todos que tinha se casado com Hugo. E o menininho concordava feliz com a ideia.

Durante a festa o pequenino casal dançava com as outras crianças ao som de uma musica animada, quando Gina aproximou deles segurando uma câmera fotográfica. Ela chamou Hugo e Lily e disse erguendo a câmera "Dê um beijinho na sua noiva, Hugo". Assim ele fez, exatamente como os noivos de verdade fizeram no altar. Gina quis dizer "beijinho no rosto". Entre tanto eles deram um rápido selinho, puro e inocente. Foi suficiente para fazer os adultos ficarem surpresos e Hermione indignada.

Todavia o ocorrido foi sufocado por um mais chocante. O pequeno Louis que estava próximo dos dois viu o beijinho. E então ele se aproximou de Hugo e puxou o rosto do primo imitando o que ele fez com Lily. Dessa vez a surpresa foi maior ainda e foi a vez de Rony ficar indignado, principalmente porque Hugo não pareceu se incomodar. Algumas pessoas se horrorizaram outras acharam fofo. Fleur correu pegando Louis no colo e o levou para longe das indignações das pessoas.

Em casa Ronald reclamava das ações do sobrinho para a esposa.

" Eles são crianças! Louis só estava imitando o que viu." Ela disse.

" Mas Hugo nem tentou afasta-lo."

" Engraçado! Você se incomoda com Louis, mas não diz nada sobre Lilian." Hermione disse perdendo a paciência.

"Mas Lilian é menina." Ele rebateu.

"Eles são primos, Ronald!"

" Qual o problema? Meus pais também são primos. Agora Louis é um garoto."

" O que você quer dizer com isso?!" Vendo a irritação no rosto de Hermione ele decidiu encerrar o assunto e evitar uma briga

" Nada. Você tem razão. Eles são apenas crianças."

A segunda e última vez que os lábios se encontraram, Lily e Hugo se lembravam muito bem. Eles tinham aproximadamente nove anos. A garota quem pediu para brincarem de "casinha" e Hugo aceitou relutante. Fizeram uma bonequinha de filha e eles fingiram ser casados. O garoto fingiu sair para trabalhar e a garota fingiu cuidar sozinha da filha e fazer as tarefas de casa. Lily se inspirava no comportamento de Gina. Em um momento da brincadeira-teatro a menina encostou os lábios nos do primo como a mãe fazia para despedir do pai. Hugo ficou vermelho e não quis mais brincar. Agora era diferente, afinal, eles sabiam o significado de um beijo.

Conforme foi chegando a pré adolescência eles começaram as sentir muita vergonha um do outro. Continuaram grandes amigos. Mas se tocavam cada vez menos e evitavam olhares. Lá pelo auge da adolescência e dos hormônios a necessidade do toque superou a vergonha. Eles passaram a se abraçar constantemente, trocar beijos nos rostos, caricias nos cabelos e as vezes olhares intensos. Porém, antes que a relação evoluísse, Hugo conheceu Luany e a namorou por um longo período até o término desastroso. Nesse meio-tempo, Lily também se envolveu com outros garotos, mas foi com Sean que ela se firmou em um relacionamento sério que ainda durava.

Todavia, nada impedia momentos como aquele no antigo quarto de Gina ocorrem. Nenhum relacionamento impedia Lilian de permitir que Hugo se aproximasse tanto de seu rosto. E tão pouco, que ela também desejasse tocar os lábios dele.

 - Eita!...

 Fred estava parado na porta com um sorriso divertido diante da cena. Hugo percebeu o quanto estava próximo da prima então se arrastou para trás afastando-se dela.

— Desculpem incomodar. Mas a vovó disse que vocês estariam aqui. Ela mandou chama-los para o almoço.

Lily levantou da cama e saiu do quarto de cabeça baixa sem falar nada. Fred permaneceu na porta encarando Hugo com as sobrancelhas arqueadas. Este se levantou e percebeu o olhar intenso que recebia, esperou que Fred falasse algo, mas ele apenas permaneceu parado no caminho.

— O que foi? - Hugo se viu obrigado a indagar.

— O que estavam fazendo? - O moreno apontou o dedo para o corredor na direção que Lily seguiu.

— Conversando. - O ruivo deu de ombros e recebeu um olhar pouco confiante de Fred.

— Ah! É claro. - Soou com um sorriso malicioso no rosto.

Fred e se virou saindo do caminho e Hugo agradeceu por ele não insistir no assunto. Se fosse outra ocasião Fred provavelmente não deixaria a zoeira de lado. Mas no caso, era o velório de Nique.

Aquele foi o almoço mais triste que os Weasleys jovens presenciaram. O astral da família não ficava naquele estado desde a morte de Fred. Sentado à mesa, Hugo se pegava constantemente pensando na possibilidade de portar sua varinha ser algo perigoso. Rony não veio falar com ele mais tarde, nem Harry. Talvez não viram que eram ele e Lily quem estavam no corredor.

Naquela noite uma jovem bruxa morreu em Worcs. E nas próximas semanas; cinco trouxa em Cambs, uma bruxa mais velha em Wiltshire, três bruxo em Durham e por último; outra cidade explodiu misteriosamente em Devon.

Os trouxas passaram a denunciar todos que achavam suspeitos. Eles sentiam medo e ódio das pessoas com poderes inexplicáveis, que já começavam a chamar de "Bruxos". Os suspeitos eram levados por policiais e não retornavam. Outros eram agredidos na rua por civis.

Após imagens, gravadas por uma câmera de segurança urbana, serem expostas na mídia confirmando pela primeira vez que as pessoas com poderes inexplicáveis eram mesmo reais, pois nas gravações o bruxo tentou se defender de um policial, mas foi atingido pelas costa por outro. O Ministério da Magia declarou estado de alerta total. Orientou todos os bruxos procurarem refúgios em lugares puramente mágicos, onde os trouxas jamais poderiam chagar, como por exemplo; O Beco Diagonal e Hogwarts.

A escola de magia abriu as portas para todos os bruxos que a procuraram acreditando ser o lugar mais seguro do universo. As aulas foram suspensas por tempo indeterminado. E foi para Hogwarts que todos os Weasleys e Potters seguiram, com exceção de Jorge que preferiu permanecer no Beco Diagonal com a família.

Na véspera da partida para Hogwarts, Hugo encarou sua varinha por uns instantes pensando se seria mais seguro não leva-la. Depois o rapaz desceu para o andar de baixo onde Hermione conversa com os pais por telefone. Ele ouviu a mãe dizer "Eu amo vocês" antes de desligar o aparelho, quando passou por ela e seguiu para o quintal da casa.

— Luma! - Ele chamou e a grande cachorra amarela veio correndo.

Hugo abraçou sua melhor amiga de anos. Beijou-a na testa. Depois colocou a coleira envolta do pescoço peludo. Segurou as lágrimas e começou a puxar sua amiga na direção da saída da casa. Rony e Hermione não permitiram que a levassem para Hogwarts. Hugo não protestou contra a decisão, era grande o suficiente para entender que não era possível carrega-la junto. Então ele ofereceu Luma à vizinha da frente que aceitou sem pensar duas vezes. A mulher sempre admirou a labradora bem treinada dos Weasley e várias vezes jogou indiretas para Hugo dizendo que adoraria ter um cachorro como Luma.

Quando a vizinha atendeu a porta toda sorridente, Hugo agachou no chão para dar um último abraço em sua amiga. Depois a mulher pegou a coleira e puxou a cachorra para dentro da casa. E Hugo deu as costas deixando algumas lágrimas molharem o rosto. Tinha a convicção de que Luma ficaria bem, pois ela não era uma criatura mágica como ele.

 

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem :)



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