Eres escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 6
Branca de Neve




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Por favor... Por favor...

Ele pedia com força para que ninguém ter notado...

Quando se preparava para ir "dormir", o senhor Radley apareceu como uma assombração na porta.

— JESUS. – Disse Tony, com a mão no peito.

— Senhor Stark, algum problema?

— Nada não, tava só pensando em Cristo.

— Ótimo. Senhor Rogers, preciso que venha comigo.

— Por que? – perguntou.

— Preciso conversar com você.

— Tá, mas e a hora de fechar a porta?

— Sou o dono daqui, Rogers. Agora vamos. Sou um homem ocupado. – ele assentiu, e seguiu o homem, antes de lançar um olhar pros amigos.

(...)

Eles foram pra uma sala, com um chão de madeira lustroso, com uma mesa grande, acompanhada de duas cadeiras pretas e fofinhas. Uma enorme prateleira cobria a parede atrás do homem, que procurava papeis em sua gaveta.

4 quatros de paisagens na neve, com folhas de outono, flores na primavera, e folhas verdes e brilhantes com o sol de verão, estavam enfileiradas perfeitamente, na ordem. Uma mesma paisagem. Uma linha de trem cujo o lado esquerdo era estampadas de montanhas com neve nas pontas, e um tipo de milharal.

— O que são esses quadros?

— Não importa, senhor Rogers. Sabe por que está aqui.

— Hum. Tem haver com... Matheus ter invadido o banheiro das meninas?

— O que?

— É um dos boatos que estão rolando...

— Não é isso, mas irei investigar. – Ele respirou fundo, se sentando carrancudo na frente do loiro amedrontado. – Sobre o livro.

— Ah. E o que o senhor quer?

— Saber. Olha, fiquei décadas procurando esse livro. E, do nada, um garoto de 7 anos o acha por acaso na prateleira. Acho que está me escondendo alguma coisa.

— Não senhor. Eu não estou escondendo nada, disse a verdade. Estava vendo livros do ensino médio, por curiosidade. Então eu fui guarda-los, e vi ele em cima. Tentei ler, mas estava tudo em ru... em uma língua que eu não conheço.

— Ia dizer algo?

— Não. Isso está estranho senhor Radley...

— Mais nem uma palavra sobre isso. Mais alguma coisa que queria acrescentar? – Disse nervoso. Negou negativamente com a cabeça. – Então vá para seu quarto agora.

(...)

 Teve que admitir que foi difícil achar coragem pra entrar no duto, já que se alguém descobriu, já teriam descoberto que veio do duto, e descobririam que foi ele quando voltasse a cena do crime.

Por favor...

Engatinha pelo túnel.

Por favor...

Engatinha pelo túnel.

— Nat? – disse, levantando a grossa grade pra poder passar. – Nat?

— Isve. – falou, rolando pra encara-lo.

— Oi princesinha. – sorriu se aproximando dela. – O que aconteceu com o livro e o batom que tava na sua boca?

— Sou muito esperta. Tirei, e guardei de baixo da cama. – ele se abaixou, e pegou o livro.

— Ainda bem. – sorriu aliviado. – Fiquei preocupado. Mas o que foi?

— Você vai me deixar. – fechou os olhos.

— O que? Nat eu nunc...

— Não tem problema Isve. Só  vai em bora antes que eu não consiga superar. – levantou os olhos pra ele.

— Nat... Eu não vou te deixar.

— Todos me deixam.  – piscou algumas vezes pra conter as lágrimas, tentando tirar a cara triste que estava estampada em seu rosto. – Foi bom te conhecer Isve.

— Natizinha, cale a boca. Eu não vou te deixar. Nunca.

— Como eu posso ter certeza?!

— Eu te beijei! Duas vezes! – foi o suficiente pras lágrimas e soluços começarem a vir por partes da ruiva. – Ei...

— Não, você não pode ficar comigo. – negou com a cabeça.

— Por que?

— Por que eu matei uma pessoa! Eu sou um monstrinho!

É, essa o pegou de surpresa. A ficha de que ela tinha matado seres humanos não havia caído até o momento que ele viu manchas de sangue na parede. Ensanguentadas marcas de mãos e raspões vermelhos.

Mas medo eras uma coisa que ele não tinha. Vontade de larga-la, era outra coisa que ele não tinha.

O que era lógico a fazer agora?

Ele segurou seu rosto, e grudou seus lábios nos dela por alguns breves segundos. A ruiva o fitou, antes de selar seus lábios novamente.

— Eu vou te ajudar.

—  Vai? Como?

— Eu sou esperto. – Sorriu de canto. – Conte o que aconteceu. - antes dela começar a falar, limpou as lágrimas soltas no rosto de Natasha.

Flash back on

Ela abriu os olhos num salto.

Um homem de branco mexia em coisas que ela não conseguiu ver. Mas eram pesadas, de ferro, batendo na mesa de rodinhas colocada ali por ele. Não sentia  a camisa de força apertando seus braços.

Todos os dias, assim que acordava, um homem entrava, enfiava sua uma agulha em sua perna, que a fazia dormir em segundos.

Mas dessa vez ela acordou mais cedo. Quando o homem ainda estava na sala.

Tinha que fazer algo.

Ele iria machuca-la, só confiava em Steve, o garoto de sorriso bonito.

Ela se levantou rápido, e voou pra cima do homem que gritou quando teve seu pescoço envolvido fortemente pelas pernas da ruiva. Ela pegou impulso, e foi pra cima da mesa de ferro, e pegou uma ferramenta em forma de faca, e enfiou na parna do homem, que corria pra alcançar a porta.

O homem gritou, e conseguiu chutar Natasha. Ele tocou o ferimento com a mão, e voltou a andar apressado até a porta.

Mas a menina se levantou rapidamente, e se lançou contra ele que bateu contra a parede. A ruiva ficou por cima dele, em quanto enfiava a ferramenta inúmeras vezes em no abdômen do homem, que gritava alto.

Logo, vários homens armados entraram, e atiraram choques elétricos nela, que se contorcia gritando.

Flash back off

— Eu achei que ele ia me machucar. – disse, fazendo um beicinho involuntário, acompanhado de olhos cheios de lágrimas.

— Eu sei Nat. As pessoas aqui assustam, mas te salvaram dos que te fizeram mal. Eles querem apenas que você fique bem.

— Eu não sei em quem confiar, Isve.

— Confie em mim. – deu um sorriso pequeno.

— Eu confio. Não vou matar mais ninguém. – ele assentiu.

— Vamos mudar de assunto? Bem, meu aniversario é amanhã.

— Sério? Não me lembro de quando é o meu.

— O que?

— Acho que tiraram isso da minha cabeça. – deu de ombros.

— Nossa! Mas isso é muito importante! Como sabe sua idade?

— Me disseram quando cheguei aqui. 7 anos.

— Eu também tenho 7. Vou fazer 8 – sorriu orgulhoso. – Ei, e se a gente criasse um aniversário pra você?

— Ta bom.

— Que dia você quer?

— Amanhã. – sorriu.

— Mas amanhã é o meu. – o loiro fungou.

— Duas pessoas não podem ter aniversário no mesmo dia?

— Bem... Ah, podem, mas...

— Então tá.

— Certo, acho que vai ser legal. Dia 10 de dezembro. – fungou novamente.

— Deze... Dezembro...

— Sim, são 12 meses. Janeiro, fevereiro, março, abril maio, junho, julio, agosto, setembro outubro, novembro e...

— Dezembro.

— É. – Sorriu antes de tossir. – Então vou ter que te dar um presente.

— Mas eu não tenho presente pra te dar.

— Não tem problema.

— Então não ter problema se você não em der.

— Mas eu quero dar. – cruzou os braços.

— Eu também.

— Mas você não pode.

— Por que?

— Porque você está presa aqui até se recuperar dos ferimentos.

— Mas eles sararam, ó. – apontou pra testa.

— Não totalmente. Devem te deixar subir quando estiver bem. – ela abaixou o olhar, apreensiva. – Até lá, vou te dar aulas aqui. – ele esfregou os olhos.

— O que foi com você Isve?

— Acho que... – ele espirrou, o que a fez cair na gargalhada.

— Você espirra igual a um kot!

— O que é Kot? – fungou novamente.

— Sabe, aquele animalzinho fofinho, com cabelos que faz miau...

— Ah, gato. E animeis tem pelos.

— Pelos.

— Não pareço um gato. - Ele cruzou os braços.

— Parece. Mas o que foi com você mesmo?

— Acho que estou gripado, sei lá.

— Não fico gripada... Eu acho.

— Não? Você tem sorte. – fungou de novo. – Certo, mas eu tenho uma coisa pra gente fazer agora.

— O que?

— Espera. – ele se levantou, e abriu o duto, tirando um livro um pouco grosso lá de dentro. – Minha amig... Uma menina lá em cima, adora livros de princesas. Acho que você vai gostar.

— Princesa. Eu sou princesa. – ela sorriu adoravelmente.

— É, por isso achei que ia gostar. – ele cruzou as pernas encostando na parede, ao lado dela, que se deitou pra ouvir. – Eu não leio perfeitamente...

— Vamos Isve.

— Certo.

ERA UMA VEZ um rei que vivia num reino distante, com a sua filha pequena, que se chamava Branca de Neve. O rei, como se sentia só, voltou a casar, achando que também seria bom para a sua filha ter uma nova mãe. A nova rainha era uma mulher muito bela mas também muito má, e não gostava de Branca de Neve que, quanto mais crescia, mais bela se tornava.

A rainha malvada tinha um espelho mágico, ao qual perguntava, todos os dias:

— Espelho meu, espelho meu, haverá mulher mais bela do que e...”

— Tem eu. – a menina afirmou, o que foz o loiro rir.

— É. Deixa eu continuar.

E o espelho respondia:

— Não minha rainha, és tu a mulher mais bela!

Mas uma manhã, a rainha voltou a perguntar o mesmo ao espelho, e este respondeu:

— Tu és muito bonita minha rainha, mas Branca de Neve é agora a mais bela!

Enraivecida, a rainha ordenou a um dos seus servos que levasse Branca de Neve até à floresta e a matasse, trazendo-lhe de volta o seu coração, como prov...”

— O que é coração?

— Coloca a mão no peito. – ela obedeceu.- Lado esquerdo...

— Esquerdo? O que é esquerdo?

— Aqui ó. – mostrou.         

— Ah! Coração é serdtse

— Isso.

Mas o servo teve pena da Branca de Neve e disse-lhe para fugir em direcção à floresta e nunca mais voltar ao reino.

Já na floresta, Branca de Neve conheceu alguns animais, os quais se tornaram seus amigos. Também encontrou uma pequenina casa e bateu a sua porta. Como ninguém respondeu e a porta não estava fechada à chave, entrou. Era uma casa muito pequena, que tinha sete caminhas, todas muito pequeninas, assim como as cadeiras, a mesa e tudo o mais que se encontrava na casa. Também estava muito suja e desarrumada, e Branca de Neve decidiu arrumá-la. No fim, como estava muito cansada, deitou-se nas pequenas camas, que colocou todas juntas, e adormeceu...”

Ele estranhou a repentina calmaria da ruiva mais ativa que já conhecera. Quando olhou pra ela, a viu dormindo serena.

— Boa noite então, princesa. – ele sorriu, beijando sua cabeça.


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