Eres escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 5
O batom problemático




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— O que é esta? - Perguntou a ruivinha, se debruçando em cima da figura.
— Baleia.
— Baleia.
— As Baleias moram no mar.
— Mar. - Sorriu. - Não vi nunca o mar.
— É? Eu dia vou te levar. É muito legal. - disse sorrindo. - Esse é um peixe. Amiguinho da baleia.
— Mar.
— É. Borboleta. - O loiro falou, apontando pra uma figura de uma grande borboleta colorida.
— Borboleta. Voa. Ela voa.
— Isso. - ele olhou pra ela sorrindo, em quanto a menininha contemplava a borboleta na foto. - Você quer o presente?
— Sim! - Disse animada.
— Então espera. - Disse, saindo do lado dela pra ir até a entrada do duto. - Fecha os olhos.
— Olhos?
— Assim, ó. - disse mostrando a ela como se fechava os olhos.
— Hum. - Obedeceu. - Abrir?
— Não.
— Abrir?
— Não, sossega.
— Sossega?
— Só ficar quieta.
— Quieta?
— Ta bom, você pode abrir agora.

A ruiva obedeceu, tendo como primeira visão um Steve sorridente com uma coisa preta na mão.
— Que isso?
— Um batom.
— Batom?
— É uma coisa pra passar na boca.
— Como vou passar? - Perguntou, mostrando a camisa de força.
— Eu passo.
— E você, vai passar?
— Não, é coisa de menina.
— Como saber passar batom?
— Bem, é que meus ami... Os outros, são estranhos.
— Legal. Passa. - Disse, fazendo biquinho. O loiro sorriu, notando o quanto ela ficava fofa fazendo isso. - Então, bocê nao bai bassa nao?
— Vou. - Sorriu, antes de abrir o batom nas suas mãos, revelando uma cor rosa clarinho. Ele deslizou o objeto em seus lábios, em quanto ela ria da situação. - Para de rir, vai ficar todo borrado!
— Mas faz щекотать.
— ще o que? Ah, faz cócegas.
— Cosegas então. - riu de novo.
— Pronto. Agora espalha assim.
— O que faz agora? - Perguntou olhando pra ele. - Isve? Isve? O que tá ver?
— V-Você está muito... Muito... Lindinha.
— Lindinha? O que é lindinha?
— Bem, é bonita... É você. - Sorriu.
Lindinha do Isve.— riu animada, sem saber ao certo o que disse.
— É, acho que sim. - Ele fez o mesmo, ficando igual a um pimentão. - Agora se olha. - Deu um espelho pra ela, que sorriu.
— Lindinha.
— É. - Sorriu, corando um pouco, o que o fez desviar os olhos.
— Por que faz isso? Sempre que diz algo lindinho você fica vermelhinho...
— E-Eu... Nossa, observadora você né?
— É. - Deu de ombros. - Mas você fica fofo do mesmo jeito.
— Obrigado - sorriu. - Então... Você já comeu hoje?
— Bem... Eu comi. Um pouquinho. Três vezes.
— E seus machucados já estão sarando!
— É outro super poder. - ela deu de ombros, abaixando a cabeça que fitava os pés balançando, suspensos na cama.
— É um super poder bem útil. - tentou amenizar a situação.
— É, mais por que me batiam todo dia.
— Nat, se você precisar contar tudo pra alguém, eu estou aqui, certo?
— Ta bem. - disse fungando, e piscando os olhinhos molhados. - Minha mama e meu papa vão vir me buscar.
— Onde eles estão?
— Fugiram quando os anjos chegaram. Mas eles não desistiram de mim, não!
— Até lá você pode ficar comigo de quiser. - Sorriu, meio triste pela possibilidade de perder sua amiga. Tinha acabado de conhece-la, mas sentia o buraco que se formará em seu peito, se ela for.
— Posso. Com... Com certeza. - Sorriu pela nova palavra.
— Ta bem.
(...)
— Steve, vamos lá. O sinal tocou! Steve! - Clint gritou.
— Eu não consigo... Meus olhos não... Abrem...
— Steve!!!!!! - Foi a vez de Tony berrar.
— Não dormi bem...
— Ah, droga Steve! - Eles foram até suas camas, a a porta abriu em seguida.
— Onde está o senhor Rogers? - A sra Radley perguntou a Clint, que engoliu em seco.
— N-Na cama...
— O que tem de errado com ele? - Perguntou, indo até a cama.
— Acho que está doente. - Thor o defendeu.
— Sim, senhor Odinson. Chame um médico. - Ordenou ao guarda.
— Quarto 1 pronto.
— Ótimo. - É saiu andando.
Os amigos suspiraram aliviados.
— Vamos Steve, agora levanta. - Pediu Tony.
— Acho que estou doente mesmo. - Disse, se levantando.
— Credo Steve, se cobre de novo. - Disse Clint. - Você está péssimo.
— É só gripe.... - disse antes de espirrar.
— Senhor Rogers? - Perguntou uma enfermeira, trazendo uma maca.
— Se troque e o levaremos até a enfermaria.

Enfermeira? Eles o levariam ao mesmo lugar que Natasha? Era o que ele esperava mais que tudo. Então, assim que a mulher saiu, e os amigos foram tomar café, ele se trocou e esperou ela voltar, e deitou na maca, sendo levado pela loira.
Infelizmente, ela virou a esquerda pra longe da Ala sul. Suspirou frustrado.
(...)
— Agora abre a boca. - Pediu a mulher com um palito de picolé na boca. - Hum, aqui está tudo bem. Ouvido. - disse pegando a ferramenta cujo o nome Steve não fazia idéia, e colocou no ouvido dele. - Nada. Então é só uma virose senhor Rogers. Vou recomendar um remédinho bem gostoso pra você sarar melhor certo? - Steve se apavorou com o sorrisão dela. - Tem gosto de baunilha.
— Não gosto de baunilha, obrigado, estou melhor.
— Nada disso, pode ficar aí. - Pediu. Steve sentou de volta na maca, e a enfermeira o cobriu, ajeitando o travesseiro. A loira foi até um armário trancado, com vários remédios dentro. Pegou um com caixa verde escuro, e tirou um vidrinho marrom com um líquido branco. Colocou numa colher, e foi até ele.
— Não, eu estou bem! Não quero isso!
— Ei, Steve se acalma. Quer parecer um herói?
— Q-Quero mas...
— Heróis são corajosos igual a você, e não tem medo de tomar remédios!
— Tudo bem, vai. - abriu a boca, e a mulher colocou a colher na boca dele.
— Eca! - disse com uma cara de nojo.
— Muito bem. Vai ganhar um pirulito de morango. - Deu a ele o doce, que aceitou na hora. Sabia o que faria com ele. Enfiou no bolso, e esperou a enfermeira atender as batidas na porta.
— Oi moça. - Disse Wanda.
— Oh! Oi moça! Meu nome é Tony. - Falou, pegando a mão dela.
— Não estou interessada. Bem, podem entrar. Se ele piorar, é só chamar.
— Ta bom. - Disse Clint rindo da cara do amigo. - Oi Steve.
— Tive, trouxemos comida e livros pra você. - Wanda disse, colocando uma bandeja em cima da cama.
— Obrigado. - Disse, fungando, e indo pra cima do queijo quente no prato.
— Acreditam que meu batom sumiu? - Disse ela.
— Sharon deve ter pegado. - Thor disse, fazendo Steve sorrir.
Flash back On

Wanda estava sentada no banco, e Steve a observava de longe. Ela fechou o livro, e se levantou, indo até o banheiro feminino.
Ah droga. Ele entrou no duto de ar mais próximo, e viu os pés de Wanda se esticando para se ver no espelho. Ela fechou o batom, e colocou na pia, indo até a cabine.

Aquilo era muito errado, e nojento, mas essas não eram suas intenções, era tudo por Natasha. Se algo desse errado, Wanda nunca mais falaria com ele, nem sairia nunca da prisão da detenção.
Mas era por Natasha, então ele fez mesmo assim. Saiu dali rapidamente, e pegou o batom. Vozes rindo ecoavam do outro lado da porta, cada vez mais altas. Ele tinha que sair dali. Assim que ia abrir a portinha, a portona se abriu, revelando Sharon e seu grupinho. Ele foi o mais rápido possível pra debaixo da pia, e ficou lá, vendo os sapatos se Sharon, Yelena e Margareth, colegas de quarto da Wanda.
— Ei, nos conta mais sobre esse negócio do Steve Rogers! - Disse Yelena. O coraçãozinho do loiro disparou.
— Ele é muito bonitinho, só isso. - disse Sharon.
— Hum!
— Eu não sei gente. - disse.
— Pede pra ficar com ele!
— Mas vocês lembram que ele chutou o Matheus? - relembrou a loira, que fez um sorriso aparecer no rosto dele.
— Ah, ele é bonitinho e corajoso.
— É pequeno também. - Lembrou Margareth.
— É daí? Todos são pequenos, têm sete anos! - rebateu Yelena.
— Ta tá tá, gente, eu estava falando! Se eu quiser que ele me note, vamos ter que ser... Ser... Gentis.
— Com Wanda também?

— Com Wanda também.
Nesse momento, Wanda saiu de dentro da cabine.
— O que você ouviu? - agrediu Margareth
— Hum? Nada, esse banheiro é enorme. Nem quero ouvir.
— Espera. Wanda, queria me desculpar, em nome das duas também. Por sermos tão más com você... É que nós arrependemos e...
— Ta bom, não precisa de decurso. eu desculpo vocês. Tchau. - disse, saindo, sem notar que deixou o batom pra trás.
— Bem, não é tão difícil né?
— O que? Viu a meia que ela estava usando? Dava vontade de gritar com um megafone que aquilo era ridículo. - Falou Margareth, cruzando os braços.
— Ah, vamos em bora.
E quando saíram, ele foi também.
Flash back off
Mas ele tinha desmanchado o sorriso a alguns segundos.
Tinha deixado Natasha com o livro, e com o batom rosa na boca. Alguém iria notar que entraram ali, e nunca mais veria ela.


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