Teen Wolf Season 3- The Way I Like to Fall escrita por Apenas Lorena


Capítulo 5
Welcome to the Hotel California


Notas iniciais do capítulo

E aê, leitores e leitoras do meu heart!
Miss me? ~le Moriarty~
Demorei a escrever porque eu estou numa enrascada na escola. Vocês já podem começar a orar pela minha alma e pelas minhas notas.
Eu gostaria de agradecer por vocês estarem acompanhado a fic e pedir que vocês fiquem ligados na página do Facebook e que quem quiser entrar no grupo do Whatsapp, deixar o número nos comentários e não se esquecer do código de área.
Gente, existe uma nova fic goxtosa no Wattpad escrita por uma leitora minha super treteira. A fic tá aí, chegando com tudo. Então não percam The Void escrita por Starlahey.
Vai ser babado.
Comentem,
Beijos
Apenas £orena



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Sai batendo a porta e decidi voltar para o hotel. 

—Sem vagas.- O homem falou.

—Sem vagas? Como assim "Sem vagas"?- Perguntei. 

—Sem vagas.- Repetiu devagar. -Nosso último quarto foi alugado há umas duas horas.- Eu estava perplexa. Não importasse quantas caretas eu fizesse. Sem vagas. 

—Quanto você quer?- Perguntei.

—Não podemos tirar um hospede do quarto, senhorita.-

—Quanto você quer? Dois mil? Cinco? Olha só, eu tenho bastante dinheiro.-

—A senhorita tem bastante dinheiro, só que eu não tenho uma suíte disponível.- 

—Não seja bobo, eu posso comprar o hotel.-

—E isso seria maravilhoso.-

—Ligue para o dono, pergunte o valor.-

—O senhor Crawford não se encontra disponível.-

—O senhor Crawford já viu dinheiro de verdade na vida dele? Hã? Esse moquifo cinco estrelas não vale o que eu estou disposta a pagar.-

—Senhorita, peço que se retire por favor.-

—Quando eu comprar essa porcaria eu vou mandar demolirem tudo e escrever um L bem grande no chão.- Disse enquanto retirava algumas notas de cem euros da carteira. -Gorjeta.- Falei as largando no balcão e saindo. 

—Senhorita?- O motorista perguntou. 

—Acelere. Siga em frente... Siga...Para o fim da rua e além.- Bufei no banco de trás. 

Depois de passar por todos os hotéis da cidade, descobri que não havia nenhuma vaga. A cidade já é uma merda é ainda por cima não tem nem um hostel, nenhum mísero albergue pra alugar. 

Portanto, mandei o motorista dirigir até a minha antiga casa, que virou cena de crime depois de encontrarem a assistente do Conselho tutelar morta e inchada no meu porão. 

Paguei o táxi e tirei minhas malas. Engoli em seco e girei a chave abrindo a porta.

Estava tudo escuro, empoeirado e com um cheiro horrível de mofo. 

Rolei os olhos e decidi deixar as malas na parte de baixo, mesmo. Subi para o meu quarto e empurrei a porta. Não estava muito diferente. A mesma bagunça de sempre, roupas no chão, uma lata de Coca-Cola no  frigobar... A única coisa que eu havia pego do quarto foi o meu exemplar de O grande Gatsby. Fui até a cama e puxei os lençóis os jogando num canto do quarto e indo até o closet para pegar limpos. Forrei tudo e dei uma varrida no quarto. Foi o local que menos pegou poeira, porque estava sempre trancado. Liguei meu notebook e verifiquei minha caixa de E-mails. Tinha um de Red. 

Loren, tivemos um imprevisto. 

E blá, blá, blá...

Bufei impaciente e larguei o notebook na cama. Fechei meus olhos e me permiti respirar por um instante. Tentei liberar minha mente dos problemas, dos lobos, de Derek e sua irmã, Deucalion e Stiles.

—Sinceramente...- Sussurrei.

—Sinceramente, Loren. Por que está aqui?- Ouvi a voz de Stiles e me levantei num pulo com a mão no coração.

—Stiles! Que susto!-

—Não deveria estar aqui.-

—Não, Stiles. Esta é a minha casa. Você não deveria estar aqui!- Expliquei.

—Loren, pessoas morreram aqui.- Falou.

—Pessoas morreram pela cidade, não sei se percebeu. O zelador morreu na escola e a gente continua estudando lá.-

—É, só que você não mora ou dorme na escola.-

—Exatamente, eu moro e durmo aqui a partir de agora.-

—Ah, problemas no paraíso?- Soltou e fiz uma careta.

—Não acredito. Sério, Stiles? Vamos discutir isso agora?-

—É, Loren. Vamos discutir isso agora. Porque até onde eu me lembro você estava morando com um lobisomem!-

—Seu melhor amigo é um lobisomem!-

—É, só que ele não está namorando a garota que eu gosto!- Gritou. Eu estava pronta para argumentar, mas depois da ultima frase eu achei melhor ficar calada. -Não vai falar nada?-

—Era pra falar alguma coisa?-

Passamos uns bons minutos em silêncio e por fim Stiles falou. -Não se esqueça de que amanhã temos treino.-

—--

Dormi mal. Aliás, o meu sono e os meus sonhos não tem variado muito...

Eu andando por um corredor de hospital sujo sangue, um som agudo muito alto e de repente um estrondo. Começo a correr, alguém vem atrás de mim e quando me dou conta, estou na cobertura. A noite está acima de mim e os carros a dezenas de metros abaixo. Ele me alcança, é claro. Então eu recuo. Começamos a lutar e estou perdendo. Então ele me empurra com força e eu caio...

...Na floresta? 

—De novo não...- Resmunguei ao abrir os olhos e perceber onde estava. No meio do mato.

Eu literalmente caí do céu. Caí no sonho e vim parar aqui.

O que foi que eu fiz agora?- Olhei pro céu. -Olha, se eu atirei pedra na cruz na outra vida, eu me arrependo muito.- Gritei para os céus.

—Loren?- Uma voz me chamou.

—Stiles?- Gritei de volta e logo ele surgiu por entre as árvores acompanhado de Scott. Assim que me viu, ele correu e se jogou em mim.

—Calma, o que foi?- Perguntei no aperto de seu abraço.

—Você sumiu.- Disse parecendo aflito. Ri um pouco sem graça.

—Eu percebi.-

—Onde estava? Te procuramos pela cidade inteira. Seu cheiro sumiu, sem pegadas, sem rastro...- Scott falou.

—Eu...eu...- Me forcei ao máximo para tentar lembrar de algo e só lembrei do sonho esquisito e da parte que eu caí do céu.-Eu...-

—Nunca mais faça isso.- Stiles acariciava meus cabelos enquanto me abraçava forte e duvidei um pouco se ele iria soltar ou não.

Soltei um suspiro com o coração pesaroso e juntei toda a pouca coragem que tinha pra falar.

—Quanto tempo?- Perguntei engolindo em seco.

—Precisamos ir. O ônibus sai em vinte minutos.- Stiles contornou o assunto me arrastando pela mão.

—Que ônibus? Espera aí!- Protestei, o que não adiantou muito.

—Temos um jogo fora da cidade.- Scott disse. Percebi que ele não parecia muito bem, como se algo tivesse acontecido.

Estávamos quase na minha casa quando parei bruscamente e me soltei de Stiles. 

—Eu vou tomar um banho. Trocar de roupa e montar uma mochila. Acho que posso fazer isso sozinha.- Disse virando-me e me dirigindo a porta.

—Uma semana.- Ouvi e fechei a porta atrás de mim e subindo para o meu quarto.

—--

Estamos a um bom tempo no maldito ônibus. A viagem é longa e eu pensei por um instante que talvez fosse melhor ter desaparecido uma semana e um dia, porque assim eu perderia a viagem.

Observei a minha playlist e rolei a tela em busca de algo.

Encontrei 'Patience' de Guns N' Roses.

Eu estava entre Scott e Stiles. Scott estava cada vez pior e percebi que ele havia sido ferido. Stiles estava cochilando com a cabeça encostada no meu ombro. Não era extra confortável mas também. não me incomodava.

Senti uma respiração na minha nuca e logo depois senti dedos passeando pelo meu pescoço. Virei-me imediatamente para o lado e dei de cara com Stiles, que havia acordado e que parecia empenhado em ver algo.

—Como conseguiu isso?- Perguntou.

—Isso o quê?-

—As marcas...Scott.- Chamou o amigo.

—Cala a boca!- Exclamei baixo. -Shiu..-

—Treinador, precisamos fazer uma parada!- Disse Stiles, chamando a atenção de todos. Depois de muito reclamar, Bobby mandou o motorista encostar em um posto de gasolina.

Descemos e Stiles, que estava estranhamente nervoso, me puxou para um banheiro ignorando os olhares dos alunos e do professor.

—Olha.- Disse puxando meus cabelos para o lado em frente ao espelho. Haviam marcas roxas e avermelhadas ao redor do meu pescoço, como se alguém tivesse apertado.

—Como isso aconteceu?-

—Eu não sei.-

—Loren, você não se lembra de nada?-

—Eu já disse que não!- Falei um pouco alto de mais e me soltei. -Stiles, não sei como eu consegui isso, não lembro onde estava, não sei o que fiz. É só isso!- Me virei para sair e Stiles me agarrou pelos ombros.

—A ultima vez que eu vi uma marca assim em você, o seu tutor havia te machucado.-

—É mas ele está morto!- Gritei tentando me soltar.

—Não encontraram o corpo!- Gritou de volta e nesse momento senti todo o calor do meu corpo se esvair. Fiquei imóvel. Senti um frio me envolver e senti minha pressão cair.

—Eu o matei.- Disse em um fio de voz.

—Eu acho que não.- Respondeu.

Saí do banheiro e andei meio desorientada até o ônibus. E passamos mais umas três horas lá.

O ônibus parou de repente e o treinador falou que o jogo havia sido adiado para o outro dia. Ou seja, vamos passar a noite em um motel de beira de estrada. Peguei minha mochila e desci do ônibus escolar.

—Atenção! A competição foi adiada para amanhã e esse é o hotel mais próximo, com mais vagas e menos exigências para aceitar um bando de degenerados como vocês! Vão ficar em duplas, escolham bem. E nada de perversões sexuais acontecendo nos quartos!-

Ri com a situação e dei um passo em direção ao hotel quando parei bruscamente.

—Loren?- Scott chamou.

—Eu não vou entrar.- A frase escapou da minha boca.

—O quê? Como assim? Por que?- Stiles perguntou.

—Vocês são cegos ou o quê?-

—O que foi?-

—The Eagles, 1976. Hotel Califórnia.-

—E daí?- Stiles perguntou.

—E daí que eu não vou passar a noite nessa coisa! Nunca ouviu a letra da música? Eu nunca passei a noite em um hotel de beira de estrada justamente por isso.-

—A letra é uma metáfora. Fala sobre drogas.- Stiles fez uma careta. -Nada a ver-

—Loren, precisamos descansar pro jogo.- Scott insistiu.

—Isso...Esse hotel é estranho. Ninguém tá sentindo isso? Esse...-

—Que frescura! Loren, É só uma noite, só um hotel de beira de estrada. Nada de ruim vai acontecer. Sem falar que você sobrou, ou seja, vai ficar com a gente.- Stiles tentou me reconfortar.

—É, vai ficar tudo bem.- Scott sorriu me oferecendo a mão.

Olhei para os lados em busca de outro hotel, mas naquele fim de mundo só havia aquele.

Segurei a mão de Scott e depois a de Stiles e seguimos.

Cada passo que eu dava no estacionamento parecia errado. Algo gritava "Não vá!", mas eu não tinha escolha.

Minha mochila parecia mais pesada nas minhas costas e o ar parecia carregado.

—Esse lugar é muito estranho...Se eu passar a noite aqui, vou enlouquecer.-

—--

—As bebidas no frigobar passaram da validade, tem baratas no banheiro...- Scott começou e logo meu estômago revirou.

—O ar-condicionado não funciona.-  Stiles bufou se jogando na cama, que quase caiu.

—E todas as toalhas e roupas de cama tem cheiro de nicotina. Estou pronta para morrer.- Sorri.

—Vou dar uma olhada nas máquinas de snacks lá embaixo.- Stiles disse e saiu do quarto.

—Eu vou tomar um banho.- Disse pegando um pijama na minha mochila.

—Você trouxe um pijama?-

—É claro! Eu sempre ando com um pijama na bolsa. Nunca se sabe quando você precisa dar um cochilo, não é mesmo?- Expliquei, peguei uma toalha e entrei. Tranquei a porta e entrei embaixo do chuveiro. Eu estava concentrada em lavar meus cabelos quando comecei a ouvir uma briga que parecia vir do quarto ao lado.

—Ele mentiu pra mim. Ele disse que me amava.- Ouvi a voz abafada de uma mulher. Encostei a cabeça na parede e me esforcei em ouvir o que ela dizia. O choro baixo declarava sofrimento e ela sussurrava coisas.

—Eu fui tão burra. Por que eu fui tão idiota?- Ouvi algumas batidas e ela chorou mais. -Ele nunca poderia me amar. Não quando tem ela. Ninguém poderia amar alguém como eu. Eu não sou nada, não deveria estar aqui. Eu nem preciso estar aqui...- Ouvi um som...tipo um gatilho.

Espera um pouco...

—Ele não vai se importar se eu me for.- Entendi naquele momento o que ela pretendia. Sai de qualquer jeito do banheiro, enrolada numa toalha e corri pra fora do quarto.

Bati freneticamente na porta de madeira enquanto ouvia o choro lamentoso da mulher, mas não houve resposta.

—Abre a porta!- Pedi enquanto minhas batidas se intensificavam.

—Eu te amo, eu te amo, meu amor.- As palavras de despedida arranhavam os meus ouvidos. Me afastei e chutei a porta uma, duas vezes, na terceira, eu havia arrombado a porta. Corri para dentro do quarto a tempo de vê-la tirar a própria vida. O sangue espirrou no meu rosto e nas paredes. A bala na boca foi eficiente e a loira estava morta. Pensei que o meu coração fosse sair pela boca. Algumas lágrimas ameaçaram cair dos meus olhos, mas me segurei.

—Loren?- Ouvi a voz de Stiles.

—Stiles?- Virei-me para ele, que estava no batente da porta.

—O que está fazendo aqui?-

—Ela...ela...- Gaguejei.

—Ela quem?- Perguntou e me virei a procura do corpo da mulher, que não estava mais lá. Passei os dedos pelo rosto e nada de sangue. Encarei minhas mãos engolido em seco e vi o quanto tremiam. -Loren?- Chamou se aproximando. -O que aconteceu?-

—Ela sumiu.-

—Ela?-

—A mulher que se matou.-

—--

Voltei para o quarto envergonhada pelo que aconteceu. Stiles provavelmente acha que eu sou louca, mas eu vi aquela mulher se matar.

Antes que Stiles pudesse dizer algo, entrei no banheiro e tranquei a porta. Terminei meu banho e fui para frente do espelho pentear os cabelos.

My love must be a kind of blind love, I can't see anyone but you... (Meu amor deve ser um tipo de amor cego, eu não consigo ver ninguém que não seja você)- Cantarolei o verso de alguma canção que escapou dos meus lábios. Eu nem conheço essa música!

Dei um tapinha no rosto e joguei água gelada.

—Calma, Loren. Loren se segura, não pira...É só um hotel esquisito...Um hotel esquisito com uma suicida invisível.- Respirei fundo. A quem eu estava tentando enganar? -Droga!- Exclamei.

—Loren, tudo bem?- Ouvi a voz de Scott do outro lado da porta.

—Tá, tá tudo ótimo.- Menti. Vesti meu pijama e comecei a pentear os cabelos. Passei a mão no espelho, que estava embaçado e me assustei com a imagem a minha frente. Não era eu, era a suicida. Levantei uma mão a frente do espelho e a imagem seguiu, um pouco atrasada. Mexi no cabelo, pisquei os olhos... 

—Loren?- A voz de Scott me interrompeu.

Olhei para o espelho novamente e quando dei por mim, aquela era eu. A suicida havia sumido e eu estava ali de novo, com os meus cabelos molhados e bagunçados e o meu pijama.

Suspirei e sai do banheiro me desculpando pela demora. 

Me joguei na cama e fechei os olhos. Senti o familiar cheio doce e abri os olhos encarando o teto desgastado do motel. Eu estava incomodada e aquele lugar estava me sufocando. 

Saí do quarto olhando para os lados e segui pelo corredor. Olhei de relance para o quarto da suicida imaginária e passei direto. Desci e procurei a máquina de lanches, que encontrei quebrada. Peguei uma barra de chocolate meio amargo e saí mordendo enquanto passeava pelo macabro hotel. Eu estava no estacionamento quando vi um antigo carro estacionado perto do nosso ônibus. 

Me aproximei. Ele estava aberto e com as janelas baixas. De repente o rádio se ligou sozinho e a música que eu cantarolei começou a tocar.

I only have eyes for you.

Me afastei do carro e andei em direção de volta para o hotel. Quando olhei para trás, o carro não estava mais lá.

Os corredores estavam silenciosos e ao mesmo tempo agitados. Vi Stiles, Lydia e Allison correrem em direção ao estacionamento, mas ignorei. Meu objetivo era encontrar a suicida.

A porta do quarto estava escancarada. Entrei e a porta se fechou atrás de mim. Havia a TV antiga em meio a escuridão. Ela se ligou e mostrou um baile de formatura. Ouso dizer que aquelas imagens eram dos anos 50. 

O rei e a rainha do baile, Betty Johnson e Natham Davis, o casal apaixonado favorito da Grace of California Highschool irão dançar a primeira música da noite, escolhida pelo próprio casal.- Um homem anunciou na TV.

I only have eyes for you foi uma escolha minha.- um rapaz bem vestido e boa pinta falou. -Essa música diz tudo o que eu penso sobre o meu relacionamento com a Betty. Sabe, Tom, eu sou cego de amor por ela. Ela é o amor da minha vida.- Disse puxando uma garota para um abraço. Ela parecia uma versão mais jovem da suicida. Espera...

Eles começaram a dançar. Eles se olhavam de maneira apaixonada e senti um aperto no coração.

—Não fique tão desapontada, criança.- Ouvi a voz dela. Dessa vez mais calma, mais concentrada. -Você está apenas no começo. O mal tem que ser cortado pela raiz.- Ela disse dando uma volta ao meu redor. Apesar de parecer depressiva e acabada, ela era linda, exatamente como no vídeo. -Ele vai dizer que a ama e você vai acreditar. Vai dizer que não vai pensar em outra quando vocês estiverem fazendo amor...- Sua voz era suave e melancólica. -Mas ele já pensa nela. Ele sempre pensou nela. Ela sempre será a primeira opção.- Senti algumas lágrimas virem a tona. -O que é uma bala na cabeça comparado a um coração partido?- 

—Não...- Gaguejei baixo. Minha voz estava trêmula e o coração palpitante. -Não é assim... Não precisa ser.- 

—Ele mentiu pra você! Acha que o que ele falou foi verdade? Que ele gosta de você? É claro que precisa ser assim, não seja boba. Vai doer mais se você não fizer.- Disse e apontou para a cômoda. -Ela está bem ali.-

Caminhei lentamente em direção a cômoda. 

Talvez ela tivesse razão. Talvez seja melhor assim.

—--

POV. Stiles.

—Ai, que bom que isso terminou.- Lydia resmungou aliviada. -Vamos dar o fora daqui.-

—É, me lembrem de nunca mais entrar em um hotel de beira de estrada.- Allison riu juntado algo dentro da bolsa.

—Obrigado, caros.- Boyd Agradeceu. 

—Então vamos juntar tudo e ir embora. A gente convence o Finstock de que esse lugar não é seguro.-

—É, imaginem só. Todos esses suicídios, essas vozes...Eu não duvidaria que houvessem fantasmas aqui.- Isaac comentou.

—Fantasmas? Isso já não é exagero?- Scott falou. 

—Engraçado...Loren disse que viu uma mulher se matar no quarto ao lado..- Falei e Isaac olhou pra mim. Olhei ao redor e finalmente me caiu a ficha de que Loren não estava entre nós.  Lembro de tê-la visto de relance quando estávamos indo ao estacionamento. Ela parecia determinada a algo, tanto que não se deu ao trabalho de perguntar onde estávamos indo.

—Cadê a Loren?- Lydia perguntou e corri imediatamente para o quarto da suicida que a Loren viu.

A porta estava trancada e ouvi soluços vindo do outro lado. Loren estava chorando.

—Ela tá aí?- Isaac chegou perguntando. 

—Tá trancada.- Falei e ele forçou a porta, que se abriu. 

Loren estava com uma arma apontada pra cabeça. Sua mão trêmula denunciava o receio de puxar o gatilho. Isaac fez menção de se aproximar, o que me preocupou. Porque ela poderia puxar o gatilho.

Puxei Isaac pra trás levemente e dei um passo a frente. 

—Loren?- Chamei, mas ela não parecia escutar. -Loren, me escuta. Sou eu, Stiles.- Apesar de a minha voz estar baixa, eu gritava por dentro. Se ela por acaso esbarrasse naquele gatilho...

—Loren...-Chamei ela novamente. Desta vez, ela direcionou seu olhar a mim, o que a fez chorar mais. -Loren, eu não sei o que você está pensando, mas há outras maneiras. Sempre há outra saída. Não precisa fazer isso.-

—Claro que eu preciso...Vai doer...- Sua voz por entre os soluços torturava os meus ouvidos. -Vai doer aqui.- Apontou pro peito. -Vai doer muito mais se eu acabar logo com isso.- 

—Loren, você precisa pensar direito. É isso que acontece, é isso que o Hotel Faz. Não deixa ele te controlar. Nós precisamos de você. Red precisa de você, eu preciso de você. Escutou? Eu preciso de você.- Me aproximei com cuidado. -Eu preciso de você.- Repeti cobrindo sua mão com a minha. Ela fechou os olhos e eu puxei levemente a arma. Joguei-a pra longe e envolvi Loren em um abraço apertado. Ela parecia pequena o suficiente para escapar por entre os meus dedos, como areia. Mas eu não queria perdê-la. Loren soluçava e tremia. Ela parecia bem arrasada com algo, e eu desconfiava de que seus motivos tinham alguma ligação comigo. 

—Shh...Tudo bem.- Tentei acalmá-la. -Vamos sair deste lugar.-


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Notas finais do capítulo

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