Derrota. escrita por Warden Dresden


Capítulo 1
Elia Martell. - Sol de Dorne.


Notas iniciais do capítulo

E-L-I-A M-A-R-T-E-L-L! Ela merecia bem mais do que o Rhaegar - desculpem-me fãs dele, mas ele só fodeu com ela. E, não. Ela não estava lá só para atrapalhar a felicidade de Lyanna e Rhaegar.

Espero que apreciem e também apreciem o fato de que vai ter um falando da Lyanna e um falando do Rhaegar.

Saibam que eu só vou postar o próximo depois de ao menos uma avaliação, primeiro, eu não posto para o nada, porque pessoas favoritam e acompanham, mas não podem deixar um gostei? Sem ao menos UMA, podem considerar esse bagulho aqui parado. Eu não sei brincar.



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A culpa é toda minha, não?

Elia Nymeros Martell. Elia Martell. Elia. Lia. Lya. Lyanna. Lyanna Sark.

Oh Elia, bastaria pedir desculpas agora? Bastaria sorrir forçando melancolia para que você limpasse as lágrimas que escorrem de seu rosto? Acho que não, porque não bastou no dia do torneio. Não teria bastado no dia que eu fui embora e, no fim, você me odeia agora. Está amaldiçoando meu nome e todos os meus ascendentes – não os descendentes, porque os descendentes também são seus.

Você queria que eu morresse?

Sim, a culpa é toda minha. Minha e de minha falta de inteligência absurda. Eu sei, não culpa Lyanna – pensa nela como uma vítima mesmo sabendo que ela escolheu vir comigo. Talvez você a entenda – e não culpa a Guarda Real por não estar aqui quando mais precisa. Eles nunca te defenderam de meu pai. Nunca. Eu sei que a culpa é minha, mas, pelo amor dos Sete, para de gritar, isso está me destruindo.

Não, Rhaegar.

Você grita quando tiram Rhaenys – eu não me importo que ela pareça com você. Nossa primogênita é perfeita – de baixo da minha cama e a esfaqueiam repetidas vezes. Uma. Duas. Três. Quatro. Pare de contar, Elia, isso só está te matando um pouco mais. Me sinto um monstro quando nossa – nossa, eu ainda sou o pai dela mesmo tendo a abandonado quando mais precisava – princesinha berra: papai! O estúpido, egocêntrico e perturbado papai, não é mesmo?

Você não queria? Eu destruí tudo, Elia. Eu preciso que diga que me odeia.

Insubmissos. Não curvados. Não quebrados. Um interessante lema que você tenta com todas as forças seguir, mas não há como, não é? O corpo de Rhaenys está jogado no chão, sagrando e ele – Montanha irá apodrecer no inferno, prometo – pega Aegon dos seus braços. Sei o que virá e você também sabe. Isso não impediu nossos gritos quando a cabeça dele foi esmagada contra a parede – Aegon VI morreu com um ano. Antes de poder assumir o trono. Antes de me conhecer –, impediu?

Quero que você sofra, Rhaegar. Sofra tanto eu, os Stark e os seus filhos. Morte é rápido.

Não era para ser assim, lembra? Você era o Sol, um Sol de veneno e eu era o dragão que te protegia. Seríamos eternos, recorda? Mas, por minha culpa, acabamos com um ponto final feito com tinta de sangue. Deuses, você era minha serpente. A serpente cheia de veneno que dizia quem eu deveria atacar. Eu era a força e o poder respeitado, já tu, a mente que calculava cada passo e cada batida de coração. Como terminamos dessa maneira? Por causa do príncipe idiota que acreditou em uma profecia ainda mais estúpida que ele mesmo.

Diga que me odeia, Elia. Diga que me odeia por matar nossos filhos e destruir o reino.

Oh, dessa vez, os gritos são meus mesmo que ninguém possa escutar. Aquele animal te invade – ao menos eu fui cuidadoso – com toda a brutalidade possível. Você já calou os gritos. Não existe mais motivos para continuar, não é? A morte é uma certeza para nossa família, mas não o esquecimento. Você jamais será esquecida, Elia. Oberyn vai lembrar. Doran vai lembrar. Os Sete Reinos vão lembrar da boa rainha que teria sido.

Se Vossa Graça ordena. Eu te odeio. Você assustava Rhaenys e Aegon teria te odiado.

Já eu? Memórias ruins de uma pessoa ruim. Um rei melhor, disse Tywin Lannister certo dia, contudo, eu só pude ser um príncipe insano que acabou com tudo. Bastaria sorrir para o reino? Bastaria prometer nossos filhos para descendentes de Lordes? Creio que não. Nada bastou para você e ninguém merece mais do que nossa família. Oh, eu me pergunto, se eu houvesse pensado mais no dever, na família e na honra – Tully, se houvesse sido um Tully – as coisas seriam diferentes?

Dorne me odeia. O Norte me odeia. Minha família me odeia. Seria eu um monstro?

Eu era seu cavaleiro das canções, não era? Bonito, educado, amável e um príncipe herdeiro. Até mesmo o possessivo Oberyn me dirigiu um sorriso – antes de me ameaçar, o que, segundo as palavras gentis de Doran, era uma aprovação. Então, como eu me tornei seu maior algoz? Como eu pude te deixar sozinha em Porto Real sabendo que, um dia, a Rebelião chegaria até você e nossos filhos? Meu pai te mataria, ele achava que Dorne havia nos traído. Eu matei a todos.

Sim. Um monstro. O pior deles. Um monstro que conseguiu falhar com todos, Rhaegar.

Você era dornesa demais para todos aqueles idiotas da corte – não ria sarcástica, estou incluindo todos os Targaryen. Menos minha mãe, ela gostava de você – e isso era a sua melhor característica. Era forte, venenosa e ardilosa. Uma víbora escondida entre a saúde debilitada e os sorrisos frágeis. Todavia, o estúpido Rhaegar não conseguiu se satisfazer com o melhor e sentiu a necessidade de acabar com outra vida inocente, que também não merecia o destino que recebeu.

Você odeia Lyanna, Elia? Você odeia meu filho com ela?

Oh, o animal continua e continua e nós dois sabemos que ele apenas aguarda a satisfação para te matar. Ainda assim, eu grito. Eu grito porque eu quero que acabe logo. Eu grito porque você já sofreu demais. Eu grito porque estou padecendo em minha própria agonia. Causei o caos que está acontecendo lá fora, Elia. Mulheres e crianças plebeias sofrendo o mesmo que você está sofrendo agora. O que eu fiz? E me impressiono, você não grita, você espera com toda a graça de uma rainha. De uma princesa de Dorne.

Você enganou Lyanna, e Jon Snow é minha grande vitória.

Insubmissa. O monstro – ainda vivo, porque os antigos estão todos mortos – não vai te ouvir gritar por piedade, não por si mesma. Não curvada. Você se recusa a responder cada pergunta depreciativa dele e nada diz, nada demonstra. Não quebrada. Eu estou rachando e implorando para o vento enquanto você – a única de nós dois que está sofrendo – permanece estoica, morta para a besta que te invade e tenta te quebrar pouco a pouco. Porque eu sei que você não está quebrando, Elia.

Sim. Eu perdi para todos. Você, Rhaenys, Aegon, Robert, Eddard, Jon e mais outros...

No fim, não bastaria que eu sorrisse. Portanto, não sorri. Gritei por você, Elia. Isso é o bastante? Perdi perdão mesmo sabendo que não o receberia, porque não mereço. Te chamei e acabei por morrer. Era tudo culpa minha. Eu quis que você vivesse, mas respirei aliviado quando morreu. Você não merecia sofrer.

Você é um derrotado, Rhaegar.

— Elia de Dorne - todos ouviram Sor Gregor dizer, quando os dois ficaram suficientemente próximos para se beijar. Sua voz profunda retumbava dentro do elmo. - Matei a criazinha chorona dela. - Lançou a mão livre contra o rosto sem proteção de Oberyn, enfiando os dedos de aço em seus olhos. - E então estuprei-a. - Clegane esmagou o punho na boca do dornês, transformando seus dentes em lascas. - E depois esmaguei a porra da cabeça dela. Assim. - Quando puxou para trás o enorme punho, o sangue em sua manopla pareceu fumegar no ar frio da alvorada. Ouviu-se um crunch nauseante. Ellaria Sand uivou de terror.

A Tormenta de Espadas, Gregor Clegane, Tyrion X, página 693


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Notas finais do capítulo

LEIAM AS NOTAS INICIAIS! É IMPORTANTE!

Espero que tenham gostado de meu surto com a Elia - eu amo ela.

Comentem ao menos um gostei.

Abraços,

Bastarda de Ned Stark.