Playlist of a Potter and a Scamander escrita por Cherry Pitch, Lily Lupin


Capítulo 1
Gasoline


Notas iniciais do capítulo

Juro solenemente não fazer nada de bom.

Essa one foi inspirada na música "Gasoline", do Troye Sivan, e se compreende logo depois que o Lorcan e o Al terminaram.
Quem está escrevendo aqui é a Cherry Pitch :)



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Gasoline (Troye Sivan)

 

I smell heartbreak on my hands 

I feel sick to my stomach as I begin to stand

I see your outline in my bed 

In the same spot I watched him rest his head 

 

Albus Potter 

 

Lorcan e eu tínhamos nos separados. Eu ainda conseguia vê-lo ao meu lado na cama. Nunca tínhamos feito nada mais que ficar deitados juntos. Apenas era confortante saber que ele estava ali. Eu e ele temos muitos pesadelos. E dormimos de mãos dadas. 

 

E é bom acordar de noite, de um pesadelo, e sentir a mão dele na minha. Principalmente porque meus sonhos se resumiam a perdê-lo. 

 

E essa noite eu tive um desses pesadelos. As palavras dele ainda ressoavam em minha mente. Ele falando que eu não ligava para o fato de que ele estava sofrendo. Que eu não me importava com o fato das pessoas estarem batendo nele, ou evitando-o. Ele repetia aquelas palavras, e eu observava as lágrimas caírem dos olhos dele. 

 

E, depois daquele pesadelo virar uma grande névoa cinzenta, eu tive outro pesadelo. 

 

Ele sofrendo num quarto apertado, sozinho. Lágrimas que continuavam escorrendo pelos olhos dele. A mente confusa, ele gritando meu nome. Ele todo machucado, pois no pesadelo os garotos da Sonserina - ou seriam os da Grifinória? - tinham atacado novamente. Os braços dele cheios de feridas, e seu rosto machucado. A calça dele estava rasgada, e o joelho em carne-viva. 

 

No pesadelo, eu gritava, tentava fazer com que ele me ouvisse. Eu implorava que ele me perdoasse. Tentava beijá-lo, mas ele não sentia meus lábios. Eu o abraçava, mas ele não sentia. Eu limpava as lágrimas dele, mas elas continuavam ali. E os gritos dele... Por mais que eu tapasse a boca dele, tentasse beijá-lo para que os gritos parassem... Mas eles não paravam. Ele gritava meu nome, ou apenas gritos vazios. Gritos vazios cheios. Cheios de dor. Ele batia na parede, e os cortes em suas mãos e braços aumentavam. E eu tentava limpar o sangue, ou as lágrimas, ou mesmo fazer com que a dor dele diminuísse, mas era como se eu não estivesse ali. 

 

Eu não podia fazer nada. 

 

E quando eu acordei, de repente, meu rosto estava suado, minhas mãos tremiam, sozinhas. Porque as mãos dele não estavam ali para segurar as minhas. Ele não estava ali para secar minhas lágrimas, ou dizer que me amava, e que não iria embora. 

 

You call but I don't answer 

And I can't took you in the eye

No matter how hard I try

You deserve forever

Not a boy looking for better 

But as long as you're still here 

Imma try to keep you near 

 

Lorcan Scamander

 

Eu estava sentado no chão, encostado na parede da Sala Precisa. Eram duas da manhã, mas eu não conseguia dormir. 

 

Eu não conseguia acreditar. Albus Severus Potter foi meu, um dia. Um dia, ele me amou. Eu me imaginava contando isso aos meus filhos, dali a quinze anos, enquanto via a foto dele numa notícia do jornal. 

 

Mas eu não conseguia me sentir sortudo naquele momento. Talvez algum dia eu me sentisse. Era provável. Mas agora, mesmo que meus olhos estivessem abertos, eu tinha pesadelos. Pesadelos com o corpo de Albus se remexendo na cama do dormitório, gotas de suor escorrendo pela testa dele. 

 

As mãos dele provavelmente estavam tremendo por causa dos pesadelos dele, e eu não podia segurá-las. Lágrimas provavelmente escorriam do rosto dele, e eu não podia limpá-las. Eu sabia que não ia durar para sempre. Mas eu tentava mantê-lo por perto o máximo que eu podia. 

 

O que eu realmente não esperava era que eu fosse afastá-lo. 


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?


Malfeito feito.



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