AUTORA: (virando Aayrine e empurrando Asriel pra trás e continuando a encarar Cross Sans) vá com as meninas, Azzy… leve a Toriel. Fique de olho nas crianças.

ASRIEL: mas Bia…

UNDYNE: (rosnando) vai, Asriel! Vamos dar conta dele! Chame o outro Sans (sacode a cabeça) err… é, o Sans piadista noiado. Ele precisa dar um oizinho pro gêmeo do mal dele (dá beijinho no marido) vamos ficar bem, senpai. Agora vaza daqui!

Asriel não parece nada feliz, mas volta pelo corredor na direção do andar de baixo, fazendo o que Bia mandou, correndo tanto com a mãe que quase tropeça numa sombrinha se que esgueira escada acima.

UNDYNE: (ainda na posição de ataque, vendo as almas terminarem de se levantar e encolherem-se no canto da sala) tá legal, seu esquisitão! Larga essa faca e vamos conversar civilizadamente.

CROSS SANS: (dando uma risadinha e mastigando um palito de dente na mandíbula) ah, sim. Minha peixeira vai ter uma conversa bem civilizada com teu bucho, tua piranha.

AAYRINE: (fazendo cara de “cabra, tu vai ter um tempo muito paia se continuar assim”, e impedindo Undyne de jogar a lança de uma vez) olha, colega. Tu já é o terceiro que quer dominar, estragar, destruir ou passar uma borracha nessa linha do tempo. Mano, o que vocês tem contra nossa linha temporal? (bota o facão curvo no ombro) Vocês são linhatemporafóbicos?

CROSS SANS: (balançando a cabeça) não só a de vocês. Todas as linhas temporais devem ser destruídas, colega. Se eu não tenho uma, é justo que mais ninguém tenha.

UNDYNE: (atirando a lança a esmo e atingindo de raspão a bunda de Bravura - que, ironicamente, começa a chorar feito um bebê, se arrastando no chão) SÉRIO ISSO? VOCÊ QUER DESTRUIR NOSSA LINHA DO TEMPO POR UM COMPLEXO EMO DE SOLIDÃO? (começa a ater um ataque de pelanca) TA ZOANDO, NÉ?

AAYRINE: miga. Se acalma.

UNDYNE: (joga outra lança no chão feito a bolsa vermelha da Lady Katy) acalma tua bunda, carneira abusada! VAI DESTRUIR A LINHA TEMPORAL DA TUA AVÓ, SEU SANS PSICOPATA!

Undyne conjura e joga mais uma nova lança em Cross Sans, que desvia elegantemente do projétil sem o menor esforço.

TODO MUNDO: (exclamações admiradas num fundo multicolorido) OHHHHHHHHHH!

CROSS SANS: (gargalhando) hehehe… tu achou mesmo que eu ia ficar parado apanhando, barracudinha? (lança vários golpes vermelhos de sua faca na direção de Undyne, que, com um mortal, escapole por pouco de virar um sashimi) eu teleportei por universos, colega. Acha mesmo que pode me atingir com seus palitinhos azuis?

AAYRINE: (dando um sorrisinho) acho que já ouvi esse papo antes.
Aayrine se teletransporta ela mesma, ressurgindo repentinamente atrás de Cross Sans e baixando o espadim na direção do crânio do bicho. Porém, Cross foge no último segundo, se teleportando para cinco metros adiante. Bia tenta golpeá-lo de novo, e o esqueleto continua fugindo, num padrão que começa a deixar Undyne exasperada, jogando suas lanças com mais cuidado ainda para não atingir Aayrine.

AAYRINE: fica… (some) quieto (aparece) pra eu… (some)… te apunhalar, viado! (reaparece)

BONDADE: (nem um pouquinho bondoso agora) vai, Bia! Bate nele! Xinga ele! Xinga a mãe dele! Mete o dedo no olho dele! (cai a ficha) ah, é. Ele não tem olhos.

INTEGRIDADE: você é um idiota, cara. Não acredito que divido essa linha do tempo contigo. Que merda…

BONDADE: pelo menos não ando por aí fazendo cosplay da Ballora de Sister Location com essa cara feia do capeta.

TODAS AS ALMAS: OOOOORRAAAA.

INTEGRIDADE: (fechando a cara) depois bailo na tua cara, seu infeliz (volta-se para a treta)

CROSS SANS: touche (reaparece do nada acima de Bia, fincando a faca na perna dela)

AAYRINE: AHHHHHHHHHHH! (fecha os olhos e soca o chão de dor, deitando a cabeça no piso) AHH, SEU NOJENTO! (sacode os braços na direção da perna cortada, feito uma personagem cômica de filme mudo)

CROSS SANS: eu avisei. Se tu mexer com o Cross, no teu rim dou uns nós (risadinha, desviando todas as lanças de Undyne com um meneio de sua faca enorme) bem, agora é sua vez (golpeia o ar de novo, jogando a pobre peixe na parede, e prendendo-a com quatro argolas mágicas vermelhas no concreto) disseram que você cozinha bem na minha última linha temporal… mas aposto que ninguém vai fazer um sushi melhor que eu agora!

UNDYNE: (fungando num tom mais exasperado do que assustado) qual é, tio. Deixa eu viver, cara. Criar minha filha. Vender minha arte na praia Deixa eu prestar um vestibular, sei lá. Eu ainda nem consegui fazer o ENEM!

CROSS: (sorrindo) ENEM vai (brande faca)

AAYRINE: ta que pariu. Ele tem o mesmo naipe dos Sans original (tampa o rosto) ótima hora pra morrer de hemorragia.

Cross Sans arremessa sua faca na direção de Undyne, e todas as almas, alarmadas, correm para tentar ajudá-la – mas não chegam a tempo em Undyne, já que uma figurinha pequena, de lança amarela em mãos, entra no caminho da faca.

AAYRINE: SMYLE! DE NOVO NÃO!

Um clarão enorme surge no ponto onde a faca e Smyle se chocaram. Momentaneamente cegos, Cross, Bia e Undyne reabrem os olhos, assim que a luz diminui, enquanto o esqueleto recupera a faca com um gesto da mão, conjurando-a de volta, sem entender nada.

CROSS SANS: (fungando) mas que di…?

AAYRINE: (boquiaberta) as almas… Smyle…

UNDYNE: (arfando maravilhada) não acredito!

Em vez de atingirem Undyne, as almas, fundidas em Smyle, lhe deram uma aparência Omega versão infantil: uma armadurazinha cinza escura de ombreiras pontudas, uma sainha plissada amarela, acoplada na armadura, os cabelinhos vermelhos eriçados e soltos e os dois olhinhos, antes negros, brilhando como bolinhas douradas.

OMEGA SMYLE: (com a vozinha fofa parecendo um trovão, ecoando pela sala) você quer machucar a mamãe? (balança a cabecinha) você vai ter que fazer bem melhor do que isso, moço (balança a cabeça, passando um dedinho na frente do pequeno pescoço)

UNIVERSO: AHHHHHHHHHHHHHHHH!

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TRETA: (assoprando uma vuvuzela) SAIU DA JAULA A MONSTRINHA! BIRRRL! (surge uma imagem dela na tela, juntamente de várias fãs histéricas de Humortale, segurando uma faixa com os dizeres “AFUNDA O CÓCCIX DELE, SMYLE!”)