Pérola e o Mar escrita por Shadow Schiffer


Capítulo 4
Um dia horrível...


Notas iniciais do capítulo

Preparem os kokoro...
E ai galera mais um capítulo pra vocês..aproveitem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/708998/chapter/4

O dia amanheceu triste. Assim como eu. O céu está nublado sem nenhuma chance do sol aparecer hoje. Não estou com vontade nem de levantar da cama,vou passar o dia inteiro aqui e nada e ninguém vai me tirar.
Ariel era minha melhor amiga,porque será que me abandonou. Por mais que eu tente não consigo não entender. Sei que ela odiava essa casa e a minha familia,mais isso não era motivo para ir embora,já que uma vez ela tinha me dito que estaria sempre do meu lado. Acho que a mentira é uma das coisas que nunca vai deixar de existir.
–Tentando escapar das tarefas não é?mais não vai. Pode se levantar dessa cama e ir trabalhar-disse minha mãe abrindo a porta do meu quarto e bringando comigo.
–Eu não vou-falei rispida,uma coisa que não era do meu feitio.
–O que você disse sua fedelha-brigou minha mãe parando na frente da minha cama.
–EU DISSE QUE EU NAO VOU!!-gritei com todas as minhas forças. Até porque hoje eu não vou sair da minha cama,estou de luto.
Só escutei o som do estalo. Minha mãe tinha dado um forte tapa na minha cara,mesmo eu estando deitada. Mais eu não fiquei muito tempo assim,ela então me arrancou da cama com um supetão.
Saiu me puxando pelos cabelos. Minha cabeça estava latejando,como isso doi.
–Agora você vai aprender a me obedeçer-falou minha mãe me jogando no chão da cozinha e saindo pela porta,onde dava para o quintal.
Começo a chorar antes mesmo dela ter chegado. Eu não devia ter gritado com ela,eu sou uma burra mesmo. E agora eu vou apanhar até dizer chega.
Vi ela passar pela porta com um cipó de limão. Pode ter sido impressão minha,mais eu juro que vi um brilho diferente nos seus olhos.
–Tire a camisola-ordenou apontando para mim.
Meio relutante pelo que podia acontecer eu tirei a camisola devagar. Fiquei apenas de calcinha e nada mais.
–Vai aprender que a única que grita nessa casa sou eu-falou levantando o cipó pra cima e depois batendo nas minhas costas.
Foi como se estivesse rasgando minha carne. A dor foi muito agoniante. Então logo gritei de dor. Ela parecia se divertir,como se estivesse em algum show.
Logo depois que acertou o primeiro,foi logo pro segundo. Onde acertou na minha barriga deixando-a arranhada e escorrendo sangue.
E não parou por ai,ela bateu em tudo que foi canto. Só parou quando quis.
–Só para deixar uma lembrança-falou sorrindo e em seguida pegando o cipó e batento no meu rosto,o único lugar que ela não batera,e por pouco não pegou no meu olho.
Eu estava deitada no chão e chorava muito. Minhas feridas que ela fez com o cipó,já que o mesmo continha espinhos,estava ardendo muito.
Vi ela sair para algum canto,e eu fiquei lá,deitada no chão. O sangue já estava secando e eu me acostumando. com as dores que ainda ficava.
Percebi minha mãe chegar perto de mim. Me encolhi de medo,será que ela teria coragem de me bater de novo. Fez um sinal que era pra mim me levantar. Com muita dificuldade consegui,então apontou para o banheiro.
Cheguei lá e percebi que tinha uma bacia e nela continha água. Mas porque eu me banharia ali,se aqui tem chuveiro. Em um gesto silencioso mandou eu tirar a única peça que ainda restava no meu corpo. Tirei meio envergonhada,nunca havia ficado despida na frente da minha mãe. Pois desde que eu tenho seis anos sempre tomo banho sozinha. E agora que tenho onze ela vem dar banho. Sinceramente isso é muito vergonhoso.
Quando já estava desprovida de roupa,ela pega uma vasilha enche de água e joga nas minhas costas.
–AHHHHHHHHHHH-assim que a água entrou em contato com a minha pele dei o grito mais agonizante que um ser humano já ouviu.
Meu corpo todo estava ardendo e parecia queimar minha pele. Ela não se importava com os meus gritos de dor,continuava a me banhar com aquela água. Uma água de sal.
Quando terminou de me torturar. Pois pra mim aquilo era uma tortura,e das mais agoniantes,mandou eu sair do banheiro.
Apenas abri a porta e corri. Não me importei de estar pelada e não me importei quanto Neji me viu daquele jeito. Apenas cheguei no meu quarto tranquei a porta e me joguei na cama.
Ariel tinha razão,aqui é um inferno. E a minha mãe é satanás. Acho que nunca odiei uma pessoa tanto assim,mais minha mãe já passou dos limites. Não considero ela mais uma mãe. Por quantas vezes ela não fez coisas horrorosas comigo e eu a perdoei. Fui uma tola,isso sim. Agora não existe mais pureza em mim,estou contaminada pelo ódio. Não era isso que minha amigazinha queria,talvez ficasse orgulhosa de me ver assim. Até ela estou odiando,acho que não consigo mais parar. Odeio todos dessa casa. Tomara que aquele velho rabugento morra logo naquele hospital. Seria bom se todos morresem e me deixassem em paz.
Saiu da cama e rumo ao guarda roupa,para pegar uma roupa. Visto um jardineira jeans surrada,é raro minha mãe comprar roupas pra mim. Vejo que a minha pele tem alguns grãos de sal,mais eu não estou nem ai. Prendo meu cabelo eu duas Maria Chiquinha mal feita,não to nem ai pra como ficaram.
Olho para os meus pés e prefiro ficar descalça. Destranco a porta do meu quarto e saiu.
Eu vou para o único lugar que me faz feliz. E eu sei que nunca me deixará sozinha. Em hipótese alguma. Pois eu sei que la no fundo ele gosta da minha presença.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que achram???pobrezinha da Pérola não acham??
Essa pisa foi baseada em uma amiga da minha mãe,Pois uma vez ela contou pra gente que levou uma surra com cipó de limão e depois a mãe dela a banhou numa bacia de sal....
Agora a pérola se revoltou,já tava na hora...
Até o próximo capitulo..bjsss



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pérola e o Mar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.