Enlever le Masque escrita por Kperecin


Capítulo 6
Capítulo 6 - Dénouement


Notas iniciais do capítulo

Eae pessoas do coração!

Fiquem com mais um capítulo, e até as notas finais



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“Ela virou as costas abrindo as asas e se impulsionou, ganhando os céus, em direção à Torre Eiffel. Precisava por um fim a isso tudo, não podia deixar que mais alguém passasse por tudo aquilo... não mais. E ela sabia exatamente o que fazer.”

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— Olá, Mestre... – o sarcasmo escorria de suas palavras enquanto um sorriso cortava seus lábios ao se encontrar com seu criador. Não, ela não estava feliz. Na verdade, o que mais sentia naquele momento era medo. Medo de ser incapaz de derrotá-lo, medo de não ter tempo para concluir seu plano, e principalmente, o medo de decepcionar as pessoas que mais amava.

— Vejo que conseguiu me encontrar, Loneliness Queen. Mas, infelizmente, você me é inútil agora, afinal, já não possui os sentimentos necessários para continuar ao meu lado. – embora sorrisse, Hawk Moth estava assustado. Nenhum de seus akumas já havia conseguido localizá-lo, até agora, mas ele também não podia esquecer que ela era a melhor. Ele a criara para ser a melhor. – Você deixou-se iludir pelo Chat Noir, por isso já não serve mais para mim.

A Rainha deu um passo em sua direção, recebendo um sorriso irônico do mais velho.

— Você vai se arrepender por ter me escolhido, Hawk Moth. Eu o farei se arrepender de ter feito mal a esta cidade... se arrependerá de ter abandonado seu filho! – observando a expressão assustada do vilão, a garota sorriu, apertando mais o cetro em sua mão – É, eu sei o seu segredo, Gabriel. – desta vez a azulada gargalhou ao ver o olhar assustado de seu oponente, mas logo em seguida, a expressão do mesmo voltou a ser fria como antes.

— Não pode fazer nada contra mim, se não tiver mais meu akuma. – ele estendeu a mão em sua direção e chamou – volte meu akuma, a sua missão enfim terminou!

Mas nada aconteceu. Ele a encarou surpreso enquanto ela fingia bocejar.

— Eu avisei que iria se arrepender – sorriu de canto enquanto armava os esporões das assas em direção à Hawk Moth, andando em passos largos até ele – Me entregue seu Miraculous e eu não o ferirei.

Sua voz soou tão ameaçadora que o vilão até cogitou a possibilidade por alguns segundos. Mas logo em seguida lembrou-se que contaminar borboletas não era a única habilidade concedida por seu Kwami, afinal ele também lhe fornecia força sobre-humana e alguma agilidade, tudo bem que não era tanta quanto a dos heróis da cidade, mas ainda assim era muito útil.

Ele estendeu o cetro, tornando-o um bastão e entrou em posição de combate, enquanto a jovem continuava a avançar com um sorriso maníaco em sua face.

Ele avançou em sua direção, tentado acertá-la com o bastão, enquanto ela projetou o ferrão da asa direita em sua direção, provocando um pequeno corte em sua máscara, mas também fora atingida na perna esquerda pelo bastão. A força aplicada por ambos os golpes foi suficiente para que recuassem um passo, apenas para retomarem a luta, como se houvessem coreografado cada movimento. Sempre que um era atingido, o outro recebia um golpe igualmente forte.

Em um dos movimentos, quando a azulada conseguiu atingir o esporão nas costelas do grisalho, lhe arrancando um fio de sangue, o mesmo a segurou pelas asas e, aplicando toda a força que era capaz, conseguiu partir e separar a asa esquerda da jovem oponente, arrancando-lhe um grito de dor e ódio, junto com o sangue que jorrava da ferida recém-adquirida.

Virou-a de frente para si, enquanto lhe arrancava a outra asa. Ele queria ver sua expressão, queria observar cada músculo de seu rosto se contorcer de dor enquanto ele tirava parte daquilo que ele mesmo havia lhe concedido. Sentiu um calafrio de prazer percorrer sua espinha enquanto a segurava com força e arrancava brutalmente a ultima ligação dos nervos das asas da garota, sorriu ao observar a trilha que as lágrimas causadas pela dor deixavam na face pálida da garota.

— Sabe que... seu filho... jamais irá... perdoá-lo... não sabe? – ela perguntou, com a voz falha e baixa, devido à fraqueza gerada pela perda de sangue.

— Ele jamais saberá – sorriu vitorioso – pois você não viverá para contar a ele! – ele esbanjava confiança em seu olhar ao terminar a frase.

Porém a confusão tomou conta de si quando ela lhe ofereceu um sorriso tímido. E então, com um único movimento, ela puxou o broxe de sua gravata, deixando-o frágil e vulnerável novamente, fazendo-o soltá-la e cair de joelhos no chão, agora em sua forma civil: Gabriel Agreste, de joelhos diante de si.

Chat Noir estava na janela por onde a garota entrara desde o momento em que Hawk Moth arrancara a segunda asa da garota, em estado de choque pelo que vira, especialmente após descobrir que o vilão que tanto procuravam era, na verdade, seu pai.

E a única coisa que se passava pela mente da azulada era a frase: “eu consegui... finalmente posso partir. Paris estará em segurança”.

Ela levantou o dedo, lentamente, apontando para a janela atrás de Gabriel, chamando sua atenção. Ele olhou na direção indicada e se deparou com o gato atravessando a janela silenciosamente, com uma expressão fria e vazia em seu rosto. Rapidamente, o loiro se ajoelhou ao lado da amada, recebendo o broche que ela lhe entregava sabendo exatamente do que se tratava. Guardou-o no bolso do uniforme, segurou a cabeça da azulada e depositou-a em seu colo, desfazendo a transformação com lágrimas nos olhos.

— Me desculpe Princesa... eu não estava aqui quando precisou – ele se sentia estranho, não queria encarar o rosto do pai, mas seu coração estava tranquilo. Ele estava em paz consigo mesmo, mas isso não impedia as lágrimas de rolarem por seu rosto abundantemente.

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Gabriel Agreste estava chocado: por todo aquele tempo seu filho era Chat Noir. É claro que ele teve suas suspeitas, mas as descartou por acreditar que o garoto não teria tempo ou capacidade para possuir uma vida dupla. Enfim, ele estava arrependido. Passara tanto tempo buscando algo impossível, que acabou causando ao próprio filho a mesma dor que ele sentira quando a esposa desaparecera. Ele estava descobrindo, tarde demais, que se tornara um monstro, e que não havia volta para o que causara.

Decidiu que deveria, ao menos, permitir ao filho que tivesse tempo para se despedir, para que o rapaz não carregasse consigo a mesma dor que ele levava... a dor do arrependimento por algo que não fora feito por si, a dor de perder uma chance única. Por isso se manteve em silêncio, apenas observando o jovem casal.

Sim, os dois ficavam bem juntos... era como se eles completassem um ao outro. E este pensamento lhe doeu, doeu bem mais que qualquer um dos golpes recebidos naquela noite. Afinal, aquela era uma dor diferente, uma dor que ele conhecia há muito tempo.

A garota cumprira sua promessa, enfim. Ele estava arrependido. Arrependia-se por tê-la escolhido para cumprir seus propósitos, se arrependia por lhe ter feito mal, por ter feito mal à cidade. Mas seu maior arrependimento era por ter abandonado o filho aos cuidados de seus empregados, de tê-lo deixado acreditar que não era amado.

Por isso, naquele momento, não ousou se aproximar mais, nem ao menos para lhe pedir perdão. Ele não sentia ter esse direito. Então, apenas observou-os.


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Notas finais do capítulo

Bem... Chegamos ao fim.
Agradeço à todos que acompanharam até aqui.

Gostaria de saber se vocês querem um epílogo desta historia.
Lembrem que eu adoro vocês!