Enlever le Masque escrita por Kperecin
Notas iniciais do capítulo
Eai galerinha!
Segue mais um capítulo para vocês. Espero que gostem.
“Chat Noir estava vidrado naqueles olhos de chuva, aquela, definitivamente não era sua amada. Distraiu-se pensando em que faria, em como localizaria o akuma para purificá-lo; ao olhar para Marinette, ela estava apontando o cetro em sua direção, e deste saia uma luz negra que o atingiu em cheio no peito.”
— O que está tentando fazer?
— Como você não foi afetado? Deveria estar triste e se isolando neste momento! Porque é imune à solidão?!
— Não sou imune. Apenas aprendi a lidar com ela depois de tanto tempo... você sabe como é viver na pele de alguém que tem a vida toda controlada e planejada pelo pai? Sabe como é ter de viver uma vida que não é sua? Viver sozinho em uma mansão cheia de gente, não ter contato humano por tantos anos? Apenas recentemente a solidão começou a se dissipar, apenas quando a conheci eu pude sentir como é ser amado novamente, apenas há alguns meses eu redescobri o que é ter um amigo, como é ter um amor... - uma lágrima rolou de seus olhos.
— MENTIRA!!! VOCÊ SÓ ME AMA POR EU SER A LADYBUG! Ninguém jamais se importou com a Marinette! Ninguém a amou por quem sempre foi... - ela estava alterada, e Chat pode sentir um resquício de sua amada na voz da vilã. Nem tudo estava perdido, enfim.
— Você está sendo injusta Mari! Eu me aproximei e me apaixonei por você bem antes de descobrir, não se lembra das visitas? – ela silenciou, por isso ele continuou - Esqueceu de seus pais que a amaram assim que a conheceram? – lágrimas escorriam pela face da (agora) vilã (“nunca me esqueceria dos meus pais... eu os amo!” – pensava a jovem inconsciente) - Esquece-se de Alya, sua melhor amiga? Ela sempre está com você... (“ai meu Deus! A Alya! Eu jamais a esqueceria...”)
— Não é verdade! Ela sempre está mais preocupada com a Ladybug! – as palavras deixavam seus lábios sem permissão - Sempre esteve mais interessada em saber onde ela estava, quem ela era e o que estava fazendo do que em ajudar sua “amiga” – ela fez aspas no ar, indicando que não acreditava ser considerada uma amiga pela outra. – o único que realmente me notou antes de descobrir foi o Nathan! Mas ele odeia a Ladybug... e agora ele me odeia também...
— Não se lembra de seus amigos Nino, Myleni, Alix, Max, Juleka, Kim, Ivan, Rose... e do Adrien? – ele fizera uma pausa para dizer o próprio nome, talvez não fosse uma boa ideia fazê-la lembrar-se dele - Eles sempre te amaram, Princesa! Eu sempre te amei... - ele viu quando uma lágrima rolou dos olhos dela tornado azul, o cinza, libertando as almas aprisionadas na solidão.
Pode ver, quando as asas pararam de bater e o corpo deixou de planar, iniciando uma queda livre entre os prédios. Chat Noir sentiu, quando os próprios pés deixaram de tocar o telhado, quando seu corpo se lançou em queda livre atrás dela.
Sentiu seu corpo se eletrizar quando a abraçou e fechou os olhos, tornando a abri-los logo em seguida, ao estender o bastão para frear a queda, mas a velocidade com que caiam era demais para que ele pudesse suportar o peso dos dois, sua mão escorregou pela extensão do bastão.
O desespero dominou seu coração quando os dedos se soltaram, continuando a queda fatal. Apertou mais os braços em torno do corpo da amada, fechando novamente os olhos, apenas aguardando o fim.
Porém, algo surpreendente aconteceu: a velocidade da queda foi reduzindo, sentiu seus corpos mudando de posição, de uma queda desenfreada para um pouso gracioso.
Ao abrir os olhos novamente, pode observar a expressão séria da garota, mas o que mais impressionava era o modo com que as asas se moviam lentamente, como se não fizesse o mínimo esforço para mantê-los no ar. E aquela sensação era indescritível! A sensação do vento nos cabelos, de planar por entre os prédios, até tocarem o telhado novamente.
— Olá, Princesa! Senti sua falta – o gato sussurrou, em tom apaixonado para a jovem diante de si.
— Olá, Chat! Por mais que eu esteja adorando este abraço, preciso que me solte. –suas palavras soaram como uma ordem, sua expressão era severa e o gato assustou-se.
— De-desculpe... eu... – ao olhar em seus olhos, percebeu a calmaria do azul nos olhos da garota.
— Eu preciso ir, gatinho... – desta vez havia urgência na voz da jovem
— Para onde vai, Princesa? Não precisa mais fugir... você não é mais um akuma – ela o encarou séria, enquanto um sorriso sádico cruzava seus lábios.
— Não sou? Olha pra mim, Chat Noir! Você já sabe pra onde vou... sabe o que devo fazer – colou suas testas, sorrindo – sabe que sou a única pessoa capaz de detê-lo. E devo fazer isso enquanto tenho chances contra ele... pois a qualquer momento, ele pode remover o poder que ele mesmo concedeu... – fez uma pausa por alguns segundos – adeus, Adrien!
A garota agitou as asas nervosamente, olhando pela última vez os olhos verdes que tanto a acalmavam. Achou justo se despedir e agradecer:
— Merci chaton... pour tous! Nunca se esqueça de mim, pois onde quer que eu esteja jamais o esquecerei – e seus olhos brilharam em um azul escuro, lembrando o céu noturno. Era um vestígio dos olhos de chuva.
Ela virou as costas abrindo as asas e se impulsionou, ganhando os céus, em direção à Torre Eiffel. Precisava por um fim a isso tudo, não podia deixar que mais alguém passasse por tudo aquilo... não mais. E ela sabia exatamente o que fazer.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Pessoinhas, seguem algumas considerações:
1ª - A fic terá apenas mais um capítulo e talvez um epílogo;
2ª - Pretendo postar uma outra fic de Miraculous, o que vocês acham?
3ª - Estou muito feliz pelas mais de 800 visualizações, porém estou muito chateada por não receber nenhum retorno. Eu gostaria muito de saber se a história está ou não agradando...
Enfim.
Até breve!