Nem Tudo é Ganância escrita por Bianca Raynor


Capítulo 4
♕ Capítulo Quatro ♛


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é narrado pela Juan, aproveitem e conheçam um pouco do amor de Giovanna.



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— Onde você estava rapaz? — ouço Luca resmungar atrás de mim.

— Fui pegar algo que tinha esquecido no quarto.

— Sei... — resmunga ironicamente.

Esse velho é um porre! Até hoje, não posso acreditar que teve filhos tão simpáticos como Michael e Bella. Considerava Michael um amigo, apesar de não falar de Giovanna para ele. Contudo, não poderia arriscar, perdê-la seria o meu fim. Já Bella, é um doce com todos a sua volta, especialmente comigo. Sei que a jovem nutre sentimentos por mim, e se não fosse tão louco por Giovanna, arriscaria dar uma chance para linda mulher de cabelos castanhos e olhos negros. Todavia, o meu coração já batia por uma certa ruiva, que perturbava até mesmo os meus sonhos mais profundos.

Ergo os olhos do amontoado de canecas sobre a mesa e encontro minha ruiva próxima ao seu cavalo, Winter. Porém, ela não está sozinha. Há um homem usando um capuz na cor de madeira envelhecida, os cabelos do homem são encaracolados e dourados. O primeiro pensamento que me toma, é ir ao encontro dos dois e tirar minha Giovanna dos braços desse infeliz, entretanto, quando o homem vira-se e vejo as feições do rei, perco um pouco do equilíbrio e quase derrubo todas as canecas no chão. No entanto, me recupero logo. E um sorriso se forma em meus lábios.

O rei.

Não poderia existir pretendente melhor. Ainda mais com as informações que se espalhavam como água, sobre o nosso soberano. Podia não ter encontrado o alvo perfeito, mas podia ajudar na conquista do mesmo. E posso obter tudo que é necessário, essa noite.

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Assim que a lua toca o alto do céu negro, o trabalho acaba e estou exausto. Porém, Giovanna já está trabalhando a nosso favor, então preciso fazer algo também. E de certo modo, isso será bom para aliviar a tensão de todo o dia. Por outro lado, todo o mísero dinheiro que tenho tentado guardar, irá queimar como palha.

Saio da espelunca onde moro e sigo para o bordel. A construção velha, feita de madeira parece mais uma estalagem de quinta categoria, cada pedaço de madeira é pregado de formas irregulares dando um aspecto asquerosa.

— Isacc, quero a Gracie. — informo, assim que adentro o lugar iluminado por tocos de vela. Os meus olhos estão colados no homem de grande porte, no qual comanda o estabelecimento.

— Gracie não pode — responde, sem ao menos levantar os olhos para mim.

Desgraçado.

— Por que? — Sei a resposta, mas simulo inocência.

— Porque não pode — resmunga irritado.

— Quanto ele pagou por ela? — questiono, pegando o homem de surpresa.

Franze o cenho e percebe que a situação não passou despercebida. Todos os homens da vila sabiam que o jovem rei Thomas se encontrava com a pequena Gracie todas as noites. Não fazia ideia do porquê, nunca havia me encontrado com ela. Contudo, sabia que o homem não se encontrava com outra e todos ansiavam saber o que a jovem tinha de tão especial.

— Mil.

Filho da puta. Todo o meu dinheiro.

— Te dou mil e quinhentos e ele não vai saber de nada. Só ficará entre nós.

Os seus olhos brilham com a possibilidade de receber tanto em apenas uma noite, entretanto, também há o medo de ser descoberto. Isacc acena em concordância. É claro que ele não perderia essa chance, ninguém oferecia tanto por uma das suas garotas em uma noite.

Subimos até o terceiro andar, pelo corredor é possível ver garotas passeando com homens em seu encalço, além de ouvir gemidos. Paramos no último quarto do corredor, Isacc abre a porta. Me deparo com uma cama de dossel coberta por um tecido verde cintilante – seda –, há uma menina deitada sobre a cama, dormindo. Não posso ver suas feições por causa da escuridão, porém, no momento que Isacc acende um archote, a garota se mexe, abre os olhos inchados pelo sono e franze a testa. Quando ela se ergue, o lençol que à cobria desliza pela sua pele sedosa, deixando os seus seios bem desenhados a mostra. Não apenas ele, as curvas de sua cintura fina, deixa claro que ela está completamente nua.

Assim que subo os olhos para o seu rosto, arregalo os olhos estupefato. Suas bochechas coradas, olhos grandes no tom mais puro de verde, lábios cheios e rosados, contudo, o que mais me espanta são os seus cabelos. Ruivos. Igual aos de Giovanna. Minto. Suas feições juntamente com os cabelos, deixa óbvio o quanto se parece com a minha amada. Poderia afirmar que as duas são irmãs.

Entendo o fascínio do rei.

— Cliente — Isacc anuncia.

Um vinco se forma entre a sobrancelhas da jovem.

— Mas...

— Depois conversamos — silencia-a, depois vira-se para mim com o sorriso perverso. — Ela é toda sua.

Isacc sai do quarto e fecha a porta em um baque.

A garota pisca várias vezes para mim, todavia, não demora para cair em si, Ela se levanta. Como imaginei, ela está completamente nua. Os seios firmes e fartos se contrastam com as nádegas pequenas e redondas. Assim como as coxas e pernas finas.

— Senhor? — Ela se aproxima de mim.

— Apenas Juan — resmungo, com os lábios voltados para cima, que ela retribui.

— Juan — sua língua toca os dentes na pronuncia do nome. — Me dê apenas um momento para me perfumar e me arrumar.

— Não é necessário, princesa. — Os seus olhos se iluminam com o apelido — Gosto do aroma natural das mulheres, e até porque, o que vamos fazer não necessita de vestimentas.

Gracie morde o lábio inferior e me dirigi um olhar malicioso. Até mesmo esse simples gesto a faz parecer com Giovanna.

Ela toca o meu peito, desliza as mãos pelo o meu abdômen até chegar a barra da camisa, na qual retira do meu corpo logo em seguida.

— Vejo que é direto, gosto de homens assim.

— E entendo porque pagam tão bem para se deitar apenas com um homem.

— Desculpe, Senhor...

— Juan — corrijo.

— Desculpe, Juan, mas não posso falar a respeito.

— Não quero saber o nome do sortudo. — Um sorriso genuíno se forma em seus lábios — Mas gostaria de saber como funciona as coisas entre vocês.

Ela para de me tocar e engole em seco. Parece tão temerosa quanto Isacc.

— Ele gosta de conversar e me trata com gentileza, nunca foi rude.

Gracie se ajoelha e começa a desamarrar as minhas calças, no momento que estou exposto e completamente duro, ela planta um beijo no meu pau, fazendo com que perca o controle. Jogo-a na cama, viro-a de costas e penetro-a. Ela solta um grito de surpresa. Mergulho nela com mais intensidade e força, enquanto isso, Gracie geme desesperadamente. Minha respiração está pesada e estou quase me perdendo por completo.

Há séculos não me encontro com ninguém. Giovanna havia tomado todos os meus pensamentos e só a possibilidade de estar com outra, parecia completamente errado. Todavia, Gracie é tão parecida com ela que não me fazia mal tomá-la, com a força do desejo que me consome dia e noite.

Nossos gemidos estão em sincronia. Deito sobre suas costas e começo a chupar a pele sedosa. Gracie não possui mais o poderio dos ruídos que fluem de sua garganta. Quando ela goza, me sinto mais perto do fim. Ainda penetrando-a, mesmo sem forças, Gracie continua a emitir sons de satisfação. Assim que me derramo dentro dela, jogo-me ao seu lado, com a respiração pesada e puramente satisfeito. Por enquanto.

— Nossa! — Gracie fala sem fôlego. — Senti falta disso.

Franzo a testa.

— Isso o que?

Ela torna o seu rosto para o meu e forma-se um sorriso malicioso.

— Selvageria.

Me espanto com sua declaração.

— Isso é estranho, vindo de uma puta.

Ela dá uma gargalhada.

— Não depois de passar a ir para a cama com o mesmo homem, sempre. Um homem que não tem nenhuma selvageria no sangue, um doce de pessoa.

Agora sou eu que solto uma gargalhada.

— Não ria — me censura. — Apesar disso, gosto muito dele. Me trata como uma princesa, assim como me chamou. Me traz vestidos, até mesmo joias. Escondo todas, quem limpa o quarto sou eu, ninguém vai...

Assim que se dá conta da informação que acabou de me passar, o pânico toma conta de suas feições.

— Não se preocupe, não vou falar nada a ninguém.

— Obrigada.

— Certo. — Resolvo a tornar ao assunto que interessa — Mas além da sua beleza, há mais alguma coisa em você que lhe interessa tanto?

— Não sei. — Gracie morde o lábio, pensativa — Sempre gosta de conversar.

— Sobre o que? — Ela não percebe minha intromissão e desata a falar.

— Sobre a vida. — Ela ergue a cabeça, assim como um dos braços. Descansa o cotovelo sobre a cama e a cabeça sobre a mão — Na primeira vez que veio me ver, perguntou sobre os meus pais. Falei que morreram na guerra. Meu pai lutando. Invadiram nossa casa, minha mãe tentando me proteger foi estuprada e depois morta, logo em seguida também me estupraram, mas não me mataram.

Franze a testa.

Sinto um pouco de pena dessa garota. Agora, ela aparenta ser uma menina, a guerra foi a cinco anos atrás. Deveria ser uma criança na época.

— Quantos anos tem?

— Dezesseis.

— Bastante nova.

Um sorriso melancólico se forma em seu rosto.

— Vamos esquecer esse assunto. Acabei deixando-a triste.

— Nada, Senhor... — começa sorrindo.

— Juan.

— Nada, Juan. Estou ótima. Quer que anime meu novo amigo? — Seus dedos deslizam para o meu pau, e mais uma vez ele fica duro — Acho que já consegui.

— Pode ter certeza.

Enfio os meus dedos entre as pernas de Gracie e ela resmunga agradecida. Está molhada. Toco o seu clitóris e um gemido escapa de sua garganta. Removo os dedos e penetro-a mais uma vez, agora de frente. A cada movimento o seu rosto se contorce em prazer. Quando ela se entrega ao clímax, espero alguns minutos para poder coloca-la sentada sobre o meu pau. E mais uma vez nos perdemos um no outro, só que agora, indo ainda mais fundo nela. Me derramo na ruiva enquanto chupo os seus seios.

Após perder todas as forças, Gracie adormece em meus braços. Saio do quarto um tempo depois e sigo o meu caminho.


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Notas finais do capítulo

A demora para postar é devido o fato de estar reescrevendo a história, então me desculpem! Estou fazendo um novo cronograma para reescrever um capítulo por domingo, se tudo der certo, estarei postando todo final de semana.

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Até o próximo ❤



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