E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 8
Cap - 8 A Proposta.


Notas iniciais do capítulo

Eu ainda não acredito, que dizer eu acredito, mas eu to muito feliz para acreditar, será que deu pra entender? Sabe por que toda essa felicidade? Mas uma recomendação a fic recebeu, e de quem? De quem? Da minha amiguinha TEAM TEEN, por isso esse capitulo vai especialmente pra vc flor.
Brigadão.
E vcs seguem o bom exemplo dela viu huahuahuahuhahuah



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Eu olhei para o relógio pendurado atrás do balcão da lanchonete pela milésima vez, se a Daiane a garçonete que assumia o turno da noite imaginasse as atrocidades que eu poderia fazer com ela nesses quinze minutos de atrasos com toda a certeza ela nunca mais chegaria atrasada.

—Cheguei. —Ela disse saindo de um buraco qualquer que eu não queria nem saber.

— Que bom eu já estava começando acreditar que você chegaria só para o seu velório.—eu disse sarcasticamente.

—Credo Iza, são só quinze minutos. —ela fez uma careta.

—Mas um minuto e eu iria precisar de um transplante de pernas

—Como você exagera.

—Isso porque não são as suas pernas. —Era evidente que eu não estava de bom humor.

—Iza. —A Nice me cutucou. —Olha quem acabou de chegar.

Eu virei minha cabeça para entrada da lanchonete e senti uma onda de raiva me invadir, eu podia fazer uma enorme e rancorosa lista de porque eu estava sentindo raiva naquele momento. Primeiro ele não devia estar ali, segundo a Nice não tinha que me mostrar nada, terceiro eu não tinha que me virar para vê-lo, quarto ele não tinha nada que soltar aquele sorriso torto quando nossos olhares se encontraram quinto ele ainda não devia estar ali...

—Quem é o gatinho?—A Daiane perguntou acompanhando meu olhar.

Gatinho? Aonde?Eu acho que alguém precisava de um oculista.

—E eu vou atendê-lo.

Vai lá oferecida.

—O que será que ele esta fazendo aqui?—A Nice perguntou toda interessada, eu me virei de frente para o balcão me recusando ver, o que não adiantou muito.

—Para de olhar. —Eu resmunguei para Nice que não tirava o olho da mesa dele.

—Olhar não arranca pedaço. —Ela disse dando um risinho torto. —E  nem vem que eu sei que você esta olhando para ele através do espelho pendurado na parede atrás do balcão.

Eu? Nunca, A Nice estava pirando de vez mesmo. Eu só não tinha culpa se onde eu estava era a única mesa que eu podia ver através do reflexo do espelho. Mas que droga era aquela. Porque eles não paravam de falar e olhar para minha direção.

—Ainda não foram embora. —A Cida, gerente, perguntou encostando-se ao balcão.

—Eu acho que a Iza vai querer fazer horas extras. —A Nice disse maldosamente eu olhei carrancuda para ela, aquilo não teve graça.

—Serio?—A Cida levantou a sobrancelha.

— Iza. —A Daiane me chamou parando bem na minha frente.— Ele quer ser atendido por você.—Ela disse descontente. Bem feito quem mandou se oferecer.

O QUÊ? Como assim?!

—Nem pensar. —Eu disse arrancando meu avental.

—Mas ele insiste. —A Daiane disse dando de ombros ela realmente não parecia feliz.

—Eu já terminei meu expediente. —Eu protestei revoltada. O que aquele troglodita estava pensando.

—Vai lá Iza. —A Cida disse como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

A Nice abafou um risinho quando eu lancei meu olhar furioso na sua direção. Eu arranquei o cardápio da mão da oferecida e sai bufando em direção a mesa dele que sorria abertamente para mim agora.Tá você venceu mas não por muito tempo.

—O que você quer?—Eu joguei o cardápio na mesa.

—Bom te ver também. —Ele ainda tinha a audácia de ser irônico dava para acreditar.

—Anda logo Eu já encerrei meu expediente..

—Melhor ainda ratinha assim você pode se sentar aqui comigo.

Eu lancei meu melhor olhar assassino para ele, eu esperava que ele percebesse o risco que estava correndo

—Tá o que você quer?—Ele me venceu.

—Relaxa ratinha e senta ai. —Ele disse piscando para mim.

—Eu estou trabalhando. —Eu precisava sair dali, ou aquilo iria acabar em tragédia.

Ele ergue uma sobrancelha enquanto seu sorriso crescia.

—Qualquer dia desses eu vou te ensinar a não mentir.

Hã. Será que ele havia comido algo estragado.

—O que quer?—Eu disse disfarçando esperando que ele não visse meu rosto pegar fogo.

—Eu tenho uma proposta para fazer.

—E eu não aceito. —Eu disse me virando e pronta para ir para casa.

—Luiza.—Ele me chamou de um jeito ameaçador e algo dentro de mim soou com uma sirene então eu voltei.

—Eu já disse...

—Eu disse que não aceito.

—Luiza será que pode me escutar primeiro. —Porque raios ele tinha que me chamar assim.

—Bom seja o que for eu já aviso que eu não mato ninguém.

—Acho que você não daria uma boa assassina mesmo. —Ele piscou. —Senta.

—Eu estou bem de pé.

—Senta. —Ele pediu e eu o ignorei sentar junto dele nem que elefante voasse. —Tá bom. —ele concordou, ponto pra mim rá. — Depois diz que eu não avisei ratinha. —Ele resmungou.

Será que ele podia parar de me chamar assim.

—Anda logo.

—Quer namorar comigo? —Ele disse de uma vez.

Meu cérebro levou alguns segundos para processar a informação. Depois três coisas se passaram na minha cabeça. Primeiro eu senti vontade de socá-lo, mas a Cida esta por perto e definitivamente aquilo não pareceu uma boa idéia, segundo eu senti vontade de beijá-lo, mas aquilo não fazia sentido alguns então eu desisti , terceiro, eu fiz à única coisa a sensata a fazer naquele momento eu ri, na verdade eu cai na gargalhada, porque era obvio que aquilo só podia ser uma brincadeira.

Enquanto eu ria sem parar ele me olhava de uma maneira estranha.

—Você... vocês combinaram isso né?—Eu perguntei depois que recuperei o fôlego.

—Nós?—Ele perguntou como se não tivesse a menor idéia do que eu estava falando.

—Vocês. —Eu apontei para a Nice e o Jerry encostados no balcão que nos olhavam curiosos.

—Eu não sei do que você esta falando. —Ele disse carrancudo.

Ele achava que me enganava.

—Tá bom, você quase me pegou nessa?—Eu disse levantando as mãos.—Cadê a câmera?—Eu perguntei olhando pros lado.

—Eu to falando serio. Quer namorar comigo?

—Eu ainda estou esperando a sua resposta. —Ele disse depois que eu não respondi nada. Ele não podia estar falando serio.

Tá bom, e se os alienígenas tivessem invadido o mundo, e se tivesse uma mínima chance daquilo ser verdade, porque ele queria namorar comigo?

—Eu disse pra você se sentar. —Ele me lembrou e dessa vez eu o obedeci, talvez elefantes estivessem voando e eu nem sabia.

—Você aceita?—ele perguntou.

—Cara você deve ter levado uma pancada muito feia na cabeça.

—Eu sei o que to falando. —Ele disse rindo agora.

Ele só podia ter algum tipo de distúrbio.

—Você sabe? Então me explica porque eu estou mais perdida que minhoca em galinheiro.

Eu tinha certeza que ele podia ser à confusão estampada perfeitamente no meu rosto.

A Thifany terminou comigo deste que pegou a gente no meu quarto.

Como ele podia disser isso tranquilamente. Cara parecia que o meu rosto era um vulcão entrando em erupção de tão quente.

—Relembrando os momentos. —Ele parou de falar e me perguntou de repente.

Essa não era a hora que o teto desabava na minha cabeça?!

—Prosseguindo... —eu disse com meus olhos cravados na mesa.

—Ela pensa que a gente teve algo.

—Mas a gente não teve graças a Deus. —Eu disse fazendo o sinal da cruz.

—Mas não é o que ela e a escola inteira pensa.

—E o que isso tem haver com o seu surto?—Aquilo era perigoso demais.

—A Thifany não quer voltar comigo depois daquilo, e ao contrario de que muitos pensam, eu realmente gosto dela.

OMG. O Ogro ambulante tinha coração. Eu mal podia acreditar nisso.

— O fato que apesar dela pensar eu não a trai.

Não comigo, só com o resto da escola inteira.

— Ótimo mais eu ainda não me encontrei nesse lugar. —Na verdade eu nem sabia o que estava fazendo ali.

—A Thifany esta namorando um idiota só pra fazer ciúmes para mim. Então eu preciso de alguém para pra fazer ciúmes para ela assim ela percebe que pode me perder, fica com medo e volta para mim. —Ele disse fazendo cara de cachorro perdido.

—Cara você conseguiu pensar nisso sozinho ou teve ajuda. —eu realmente estava impressionada com o tamanho do absurdo.

—Tá eu sei coisa de gênio. —Ele disse se achando o Cara.

—Eu tenho uma idéia melhor. —Eu disse mal acreditando no que eu havia acabado de ouvir.— Tipo porque você não esquece essa historia, ai todo mundo fica feliz, pelo mesmo eu fico feliz, claro que você não conta. E pronto.

— Mas eu  gosto dela. —Ele disse com a maior cara de piedade... Eu tinha que admitir ele quase me convenceu.

—Não gosta não. —eu disse dando de ombros.

—Você não tem como saber. —ele disse irritado

—Sabe o que realmente eu acho. Que você só quer voltar com ela porque não admiti que ela te trocou por outro.

Ele abaixou a cabeça, e eu me senti muito cruel naquela hora. Mas eu gostei disso.

—Você vai ou não vai me ajudar?

—Precisa perguntar. —Eu achei que aquilo era obvio.

—Eu já esperava isso. —Ele disse sorrindo.

Será que ele falava a mesma língua que eu.

—Se não vai por bem, vai por mal.—Ele disse ameaçadoramente e eu tive que admitir que senti medo.— Todo mundo esta muito curioso para saber com que eu trai a Thifany.—Ele disse naturalmente.— Até a Thifany me perguntou isso.

Isso não podia ser uma ameaça. Ele não me ameaçaria...

—Você não esta falando isso? —Eu perguntei só pra confirmar.

—Depende de você.—ele disse com um sorriso enorme e eu senti vontade incrível de socá-lo mais ainda. Eu nunca senti vontade de deixar ninguém sem dentes como naquele momento.

—Eu tenho que admitir. –ele me olhou. –Você é doente.

—Isso é um aceito.—Ele perguntou triunfante.

—Você esta perguntando se eu aceito que você destrua a minha vida.—Eu realmente estava começando a pirar.

—Só por um tempo Luiza, não vai ser tão ruim assim.—ele disse sorrindo.

Claro que não ia ser ruim ia ser péssimo.

—Porque eu meu Deus.—Eu levantei a minhas mãos para o céu.— Eu juro que nunca mais irei mentir sobre aulas canceladas de novo, também  Não vou Gritar  “Ela Morreu” Na Chamada, Não devo desperdiçar giz, não vou expor a ignorância dos professores.—Acho que já prometi coisas demais.— Agora me livra desse castigo. Por favor eu vou ser uma boa menina.

—Acho que ele não vai te ouvir hoje.

—Porque eu?—eu perguntei pro ser destruidor de vidas na minha frente.

—Sei lá.—Ele disse dando de ombros.—Eu achei que você não se importaria. Afinal de contas você parece meia esquisita então.

Ah Não. Isso realmente era demais.

—Muito obrigado pelo elogio.—Disse ironicamente.

—Não foi isso que eu quis dizer, é que você não parece se importar com o que os outros pensam.—Ele disse segurando minha mão sobre a mesa.

—Mas isso não quer dizer...

—Além do mais você que me pós nessa situação se eu me lembro bem.—ele disse se inclinando sobre a mesa.Deixando seu rosto próximo ao meu, muito próximo, eu podia senti o hálito quente de hortelã dele, e senti o meu coração bater ligeiramente mais rápido. Seus olhos fitaram os meus lábios.—O que você me diz?

—OK.—Eu estava tonta pelo hálito quente de hortelã dele.

—Ótimo.—Ele se afastou e eu me senti uma completa idiota. Eu me senti não, eu era. Meu rosto corou.

— Você vai ficar me devendo uma. —eu disse com um sorriso maldoso tentando inutilmente disfarçar.

—Tudo o que você quiser. —Ele disse se levantando. —A gente se vê depois.

Eu fiquei ali sentada enquanto ele saia porta afora. O que eu realmente havia feito? Eu era estúpida idiota, imbecil como eu havia concordado com aquilo. Porque um raio não caia na minha cabeça e acabava de vez com o meu sofrimento. Tá já sei dramática demais.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, eu sei demorando muito pra post, mas gente vcs não tem noção como minha net da ruim cara, parece coisa de outro mundo. MAs isso não impede que vcs deixem muito reviews pra mim né. Afinal reviews é o meu combustivel.