E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 51
Capítulo 51


Notas iniciais do capítulo

Eu sei q vcs deixaram varios reviews e rapidinho, mas só não postei antes porque eu quase MORRI, parti dessa para a melhor, hum hum, tá bom, eu sei sem dramas, mas é verdade fiquei bem doente e não deu para post, mais já estou melhorando então espero que gostem desse cap. FUIIIIII



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Você que nem me ouve até o fim,

injustamente julga por prazer,

cuidado quando for falar de mim.

(Me adora)

Eu continuei com o meu olhar furioso em cima do Michel, aquilo tudo tinha ido longe demais, ele era só um garoto, eu não ia ficar me arrastando atrás dele, existiam milhares e milhares de garotos no mundo, até mais bonito do que ele, então eu não precisava me preocupar... Droga. Quem eu estava querendo enganar? Era obvio se o Michel não me escolhesse eu ia cavar um buraco ali mesmo.

Eu suspirei impaciente, não havia muito para ele pensar, porque ele estava demorando tanto? Ele balançou a cabeça como se achasse aquilo uma palhaçada. Mas quando ele abriu a boca para falar não foi à voz dele que eu ouvi.

—O que esta acontecendo aqui? —O Senhor pesadelo apareceu salvando o Michel. Como um professor podia ser tão insuportável como o Senhor Vagner, já não bastava ele me atormentar na sala de aula, agora iria me caçar nos corredores.

—Nada. —Eu disse no mesmo instante que o espantalho de grife gritou.

—Ela me agrediu professor.

Ok. Eu não ia negar, mas ela só teve o que mereceu.

—É verdade Senhorita Ana Luiza? — O Senhor Vagner perguntou com os olhos arregalados.

—Eu nego. —Alguém tinha que me defender. — Foi um acidente. —Eu fingi minha melhor cara de inocente. O Senhor Vagner se virou para a Thifany.

—Acidente uma ova. —Ela disse vermelha de raiva.

Então o Senhor Vagner se virou para o Michel, muito bem hora da palavra dele. Agora não tinha como ele escapar, não mesmo.

Mas tudo indicava que o anjo da guarda do Michel estava de plantão, porque a Nice, Jerry e o Max chegaram tudo na mesma hora.

—O que esta acontecendo? —O Max perguntou passando os olhos em nós.

—Você esta bem Iza. —A Nice perguntou me olhando assustada.

—Vamos resolver isso na diretoria. — O Senhor Vagner disse por fim. —E você Senhor Michel, esta metido nessa confusão também?

O Michel olhou novamente de mim para a Thifany.

—Mas do que eu gostaria. —Ele disse suspirando. Bom, ele não tinha agido como o covarde que era, o que foi uma grande supressa para mim, porque se fosse eu no lugar dele, estaria bem longe dali sem pensar duas vezes. Mas isso não fazia com que eu o desculpasse por ele não ter feito a maldita escolha dele. Quem sabe ele não quisesse me magoar na frente da noivinha dele?

E eu acreditando que ele não hesitaria nenhum instante. Como sou idiota.

Caminhamos os três para a diretoria, eu podia já sentir a dor de ter meu pescoço estrangulado, podia mesmo, porque tinha certeza que era isso que minha mãe ia fazer quando descobrisse a verdade.

O diretor parecia estar ocupado no momento, então ficamos os três sentados na sala da espera, a Thifany, o Michel e eu, olhando para a parede branca na nossa frente em silencio total. Total e pesado.

—Eu devo ser muito estúpido mesmo. —O Michel disse olhando para parede.

Eu me virei confusa para ele, sem saber se ele estava falando consigo mesmo, comigo ou com a Thifany.

—Você é. —Eu e a Thifany respondemos juntas, eu fiz uma careta e voltei a fitar a parede branca.

Eu senti o olhar pesado do Michel em cima de mim, só que eu não me voltei para ele, definitivamente minha raiva só estava aumentando.

—Eu acho que a gente precisa conversar. — A Thifany falou para o Michel me ignorando por completa. Eu prendi a respiração esperando pela resposta dele.

—Você tem razão. —Ele concordou com ela, e jogou um balde de água fria em cima de mim. Também o que eu estava esperando?

O Senhor Jorge abriu a porta nesse instante, ele não parecia muito satisfeito com a nossa presença.

—Você por aqui de novo?—Ele perguntou olhando diretamente para o Michel, parece que ele e o senhor Jorge eram conhecidos de longa data.

—Eu não poderia ir embora sem me despedir. —O Michel tentou fazer uma piadinha, mas o Senhor Jorge o ignorou por completo.

As coisas estavam indo de mal a pior para mim. Parecia que tudo que era ruim estava direcionado para mim, definitivamente aquele era o meu dia de azar. Como se eu precisasse de um dia só dele.

O senhor Jorge liberou o Michel assim que percebeu que ele não teve nada haver com a briga, a Thifany negou a pichação no meu armário, e se fez de inocente o tempo todo. Bom o que sobrou para mim, de repente de vitima eu passei a ser o réu.

O Senhor Jorge não pode me dar detenção nem suspensão, pois só faltavam dois dias para o final da aula, então ele resolveu me castigar da pior forma possível, chamar meus pais. Se eu não estava no inferno eu estava chegando bem perto...

Eu quase fiquei surda com os gritos que a minha mãe deu dentro da sala do Senhor Jorge, mas pensado bem, aquilo valia a pena, socar a cara da loira anoréxica não tinha preço, pena que só foi um soco.

Quando o meu armário, o senhor Jorge prometeu para minha mãe que iria achar o responsável por ter roubando o rato do laboratório e puni-lo. Eu estava certa que era Thifany, mas o senhor Jorge preferiu me ignorar, e eu não quis insistir já que a minha mãe não parecia de bom humor.

—Eu não acredito que estou criando uma marginal. —Minha mãe resmungou pela centésima vez enquanto saiamos da sala do Senhor Jorge.

—Foi legitima defesa mãe. —Eu protestei já desistindo de explicar alguma coisa. —Você viu a situação do meu armário?

—Não é assim que se resolvem as coisas Ana Luiza. — Minha mãe fechou a cara.

Porque mesmo meu pai não estava lá? Ele me entenderia eu tenho certeza disso.

Quando eu abri a porta para sair da diretoria, eu dei de cara com o Michel, que estava encostado na parede do corredor com os braços sobre o peito. Esperando.

O meu azar estava aumentando ou era impressão minha? Será que hoje era sexta-feira treze e eu não tinha notado?

—Como a Senhora esta dona Marta? — O Michel perguntou precipitadamente percebendo que eu tinha decidido ignorá-lo. Eu travei minhas maxilar.

—Bem. — Minha mãe sorriu simpaticamente para ele, cadê toda raiva dela? —Quer dizer, não tão bem como eu gostaria de estar.

—Eu a entendo. —Ele retribui o sorriso da minha mãe.

O que o Michel pensava que estava fazendo? Ela era a minha mãe.

—A Ana Luiza esta cada dia pior. — Minha mãe suspirou como se estivesse cansada da mim, o Michel deu um sorriso torto olhando para mim.

Ótimo, aquilo me parecia perfeito. Eles estavam se unindo para me destruir.

—Será que eu poderia conversar com ela um minuto senhora Marta? —Ele perguntou com a maior cara da inocente. Será que ninguém percebia que a culpa de tudo era dele.

—Não. —Eu respondi pela minha mãe. Nem morta mesmo.

Minha mãe e o Michel se viraram para mim como se só agora tivesse notado minha presença.

—Eu prometo para a senhora que a levo para casa em segurança? —Ele continuava usando aquela voz agradável. —Eu só preciso mostrar para ela que existem maneiras melhores de resolver um problema.

Eu arregalei os olhos, era muito pretensioso da parte dele mesmo. Aquilo só podia ser brincadeira, cadê a merda da câmera escondida?

—Ela não esta merecendo isso. —Minha mãe disse finalmente. Até que fim, nós concordávamos em alguma coisa. —Mas acho que você pode colocar um pouco de juízo na cabeça dela, então eu não vejo problema algum.

Rá. Agora eu tinha certeza que aquilo era uma brincadeira. Só podia ser.

—Tá bom. Onde estão as câmeras. —Eu perguntei olhando em volta.

Minha mãe me lançou um olhar furioso. Sério, eu nunca, nunca mais mesmo ia colar chiclete na cruz. Mas alguém lá em cima podia ter piedade de mim, só uma vez...

—Ana Luiza, eu vou te dar meia-hora para você chegar em casa. —Ela disse praticamente colocando o dedo no meu nariz, então se virou e foi embora me deixando com aquele babaca. Aquilo devia fazer parte do meu castigo.

Eu me virei para o Michel com a cara furiosa. Eu esperava que ele entendesse o recado.

—O que deu em você?— ele disse com uma voz dura, ríspida.

—O que? —Eu perguntei debochadamente, olhando para os lados. —Você esta falando comigo? —Então eu o encarei de volta, para deixar bem nítida a minha raiva. —Deve ser porque a Thifany não esta por perto..

—Você não pode estar falando sério? — Ele ergueu uma sobrancelha em descrença.

—Porque não?— Agora o meu temperamento estava em chamas, eu encarei ele desafiadoramente. — Porque? eu deveria concordar com o que você fez?

—Não. —Ele concordou apertando a sua mandíbula — É porque é muita infantilidade da sua parte querer me obrigar a escolher. E achar que ainda esta certa.

Suas palavras abriram a comporta.

—Errado. —Eu bati o pé como uma criança mimada, eu nunca deixaria ele levar a melhor, não nessa. —Eu nunca pediria para você abandonar a sua noivinha. —Eu queria muito soar irônica mais falhei miseravelmente.

—Para com isso. —Ele ordenou parecendo furioso.

—Por quê?— Eu não achava que ele tinha o direito de estar com raiva. Eu senti meu corpo estremecer. Eu havia sido traída. Eu estava repentinamente com tanta raiva que minha cabeça latejava como se fosse explodir. — É demais para você, aposto que a Thifany é mais maleável.

—Eu entendo que você esteja nervosa com o que aconteceu... — ele disse, olhando pra mim por cima do ombro, os olhos perturbados

—Não é o que aconteceu Michel que me magoa. —Eu gritei furiosa para ele dando vazão para minha dor. —É o que você faz que me magoa. — Ele não se mexeu enquanto eu gritava as palavras no rosto dele.

—Eu não tenho porque escolher entre você e a Thifany. — Ele disse como se aquilo fosse obvio até para uma ervilha.

—Claro que não. —Eu concordei. —Você pode ficar inteiramente com ela.

—Não é isso que eu estou dizendo. — Ele disse balançando cabeça de um lado para o outro. — A Thifany nunca me fez nada para que eu simplesmente a ignore, como se nada do que vivemos juntos importasse.

Eu senti as lágrimas subirem mas eu a ignore, essa não era a hora delas aparecerem definitivamente não.

—O que ela fez no meu armário não é o suficiente para você?. — Eu perguntei ironicamente.

—Será que dá para parar e me escutar. —Ele pediu impaciente.

—Não, o que você fala não condiz com os seus atos. —Eu gritei novamente sentindo que aquilo seria completamente desnecessário.—Você age como um moleque inconseqüente.

—Quem agiu como um moleque aqui foi você. —ele me acusou enraivado. —Até queria sair aos tapas igual a um maloqueiro.

Minha mandíbula se comprimiu, e eu falei por entre os dentes.

—Desculpe por socar a sua noivinha.

—Isso não tem nada ver com ela. — Seu rosto ficou ainda mais pálido que o natural, e seus olhos estavam furiosos.

—Então tem com o quê? — eu pressionei, tentando ignorar a sua expressão de raiva.

—Com você. —Ele rosnou pra mim, seus olhos brilhavam duramente.

—Comigo?

—Será que é tão dificil perceber que eu gosto de você? —Ele disse levantando as mãos para o ceu inconformado.

—Deste de quando?—Eu perguntei ironicamente meu tom de voz mais alto do que o necessario. — Porque sinceramente o seu jeito de gostar é um pouco esquisito.

—Você não sabe o que diz. —Ele olhou de repente direto pra o meu rosto, a fúria dele estava brilhando nos olhos.

—Como não. — Eu disse zombateiramente senti tremenores de raiva. —Se você gostasse tanto assim de mim porque inferno não me defendeu na hora em que mais precisei de você. — Eu perguentei deixando minha raiva explodiar novamente.

Ele estremeceu as sobrancelhas juntas, mas ele não respondeu.

—Deixa eu ver... Porque era da Thifany que você tinha que me defender.

—Chega. —Ele gritou explodindo, como se tivesse desistido de manter uma conversa parcial. —Eu estou cansado de tentar de convencer que eu gosto de você.

—Porque não é só com palavras que se demonstra isso. —Eu disse apontando o dedo na cara dele.

—O que você quer que eu faça? —ele perguntou me segurando pelos ombros e me chocalhando furiosamente.

—Se você realmente gostasse de mim eu não precisaria te dizer. —Eu rebati puxando os meus braços violentamente.

—Agora eu também tenho que ler seus pensamentos. —Ele disse acidamente.

—Isso parece bastante trabalhoso para você. —A minha raiva havia atingido o limite, eu sentia como se eu fosse sumir — Mas eu vou facilitar, fica com a sua esplendorosa noivinha.

—Ela não é minha noiva. —Ele gritou cada palavra na minha cara, seus olhos estavam sombrios em cima de meu rosto como se ele não fosse capaz de se controlar. —Mas quem sabe você tenha razão a Thifany consiga me entender melhor do que você.

Essa doeu. Eu estremeci e os olhos dele se apertaram.

—você pode fazer o que quiser deste que desapareça da minha vida. —Eu já estava cega de raiva nesse momento.

Ele me puxou pelo braço violentamente fazendo com que meu rosto ficasse apenas alguns centímetros do seu.

—Você não quer isso. —Sua voz era sombria e debochada ao mesmo tempo.

—Pode apostar que sim. —Eu revidei encarando-o.

Ficamos em silêncio nos encarando, o único som ali era da nossa respiração entrecortada.

—Não vai se arrepender depois. —Ele disse segurando minha cabeça e colando seus lábios furiosos no meu em um beijo violento instintivamente eu retribui.

Então ele me soltou e saiu caminhando a passos largos.

Eu estava com tanta raiva que demorou uns minutos até que eu pudesse me mover. Quando eu consegui andar, eu caminhei lentamente para a saída no final. Enquanto eu caminhava para casa uma dor boba inconseqüente era incrivelmente poderosa me atingiu misturando com meus pensamentos que tinham se tornado um caos total.

Eu tinha que pensar no que iria fazer.


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Notas finais do capítulo

Não me matem por favor, eu sei que o cap não era bem o q vcs esperavam, hummmmm acho que a febre cozinhou meus neuronios então sejam compreensivos e deixem reviews... hehehe