E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

To com crise de novo, não gostei do cap, quase que não postei mas comoo faz algum tempo que nao posto ai esta
me digam o que acharam



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—Sr Vagner posso ir ao banheiro?—Eu pedi, na verdade eu estava quase implorando, eu precisava realmente saber o que a Thifany queria com o Michel. Eu estava começando a ficar paranóica.

— A Senhorita acabou de entrar. — Ele me lembrou com o seu olhar reprovador.

—Mas a gente não controla essas coisas. —Eu estava preste a pular no pescoço do Sr. Vagner.

—Vá se sentar. — Ele disse com aquele tom autoritário que eu conhecia tão bem.

Eu lancei meu olhar furioso para ele, que pareceu nem notar e fui me sentar ao lado da Nice. Cara a minhoca da curiosidade estava crescendo descaradamente dentro da minha cabeça eu não podia fazer nada para matá-la.

—O que foi aquilo?— A Nice perguntou olhando para fora.

—Eu estou namorando. — Eu disse não conseguindo me controlar. Ta que eu estava querendo me aparecer mais era só um pouquinho. Ah ninguém podia me culpar eu tinha derrubado a Thifany merecia comemorar.

—Mentira. —A Nice sempre era discreta. Eu revirei meus olhos. Você voltou com o Max?

—Lesada. —Eu disse de mau humor. Como ela pode realmente achar isso.

—O que? —A Nice perguntou olhando para os lados.

Eu a encarei, ela sorriu.

—Eu estava brincando.

Deste de quando a Nice tinha senso de humor. Eu queria perguntar isso para ela, mas o Sr. Vagner parou a poucos centímetros da minha mesa e ficou me olhando daquele jeito que me fazia ter pesadelos.

—A Senhorita pode ir ao banheiro agora. —Ele disse faltando pouco tempo para o termino das aulas.

O que havia dado nele? O Espírito do Natal havia pegado ele, eu nem conseguia imaginar isso. Mas como minha mãe sempre disse louco não se contraria então eu levantei e fui para o banheiro, agora eu não queria mais. Que graça.

Eu fiquei passeando pelos meus amados corredores. Pensando que quando finalmente as férias chegassem eu não iria sentir a mínima falta daquele lugar, como se desse. Eu parei de frente para o Mural aonde havia um cartaz enorme da formatura, que para variar ia ser na quadra do colégio, nada mas esplendoroso.

Eu estava decidindo se ia voltar para a sala de aula ou se eu ia esperar o sino quando ouvi uma voz bem familiar e desagradável da Thifany.

O que estava acontecendo por ali. Eu imaginei curiosa olhando para sua direção. Ela estava mostrando alguma coisa que eu não conseguia enxergar.

—Quando foi isso? —Um aprendiz da loira anoréxica perguntou.

— Sexta-feira, e foi tão de repente, eu não esperava. No sábado foi o jantar para oficializar as coisas. —Ela comentou se vangloriando.

— Que romântico. – A idiota menor suspirou.

Romântico. Decididamente aquela historia não estava me cheirando bem. Eu só esperava não ter nenhuma supressa. Não mesma.

O sinal tocou e eu voltei para a sala, mas como a Nice era uma ótima amiga obvio que ela não me esperou. Eu desci para o refeitório sozinho. Da entrada eu vi o Michel conversando com alguns garotos, eu dei dois passos para ir à sua direção, mas então parei...

Quer dizer o que eu ia fazer? Eu não ia chegar lá e beijá-lo na frente dos amigos dele, de jeito nenhum, na verdade eu nunca sabia como agir com o Michel, e se ele não gostasse. Tecnicamente quando namorávamos, ele que tomava atitude, ia até me buscar na porta da minha sala... Se ele não foi à minha sala é porque ele não me queria por perto.

Eu me virei e caminhei até a mesa da Nice.

—O que houve?— A Nice perguntou como se fosse o fim do mundo. Ela sempre exagera.

—Nada.— Eu disse dando de ombros.

—Acho que alguém esta te chamando. —A Nice disse me fazendo olhar na mesma direção que ela.

O Michel fez novamente um sinal com os dedos para que eu me aproximasse, involuntariamente eu me levantei e sorri, me dando quando só agora o quando eu tinha esperado por isso. Eu mal podia acreditar que eu estava com uma paixonite àquilo era tão estranho...

—Eu estava te esperando. —Ele disse sorrindo tentadoramente para mim eu mordi meus lábios inferiores.

—O que foi? —Ele perguntou quando eu não respondi.

—Nada. —Eu disse me sentando ao seu lado.

—Você quer algo? —Ele perguntou atencioso.

—Nada. Eu disse automaticamente. Acho que meu estomago não aceitava absolutamente nada.

—E ai cara. —Um garoto  do segundo perguntou parando do lado do Michel, e puxando um assunto que eu não fazia a menor idéia do que se tratava, então eu esperei, esperei, esperei... Mas parecia que o assunto era bom demais para ser qualquer coisa.

Finalmente o sinal tocou e o carrapato foi embora, eu me levantei também para ir para sala de aula, só que o Michel segurou minha mão e me puxou de volta.

—Aonde você vai com tanta pressa? —Ele perguntou sem se levantar.

—Temos aula. —Eu detestava agir como uma idiota, mas parecia que era exatamente assim que eu ficava ao lado do Michel.

Ele olhou tentadoramente para mim, eu sabia o que se passava por sua cabeça. Era tentador mata uma aula para passar ao lado do Michel, eu não achei que teria problema já que era a ultima semana.

—Michel você não vai para a sala de aula? —A Loira Anoréxica perguntou na ponta da mesa.

O Michel se virou para ela com o rosto pálido, eu até cheguei imaginar se ele estava passando mal, mas eu não tive muito tempo em pensar nisso, outra coisa me assombrou. Porque raios a Thifany estavam falando desse jeito com o Michel? Eu respirei fundo dizendo para mim mesma que estava imaginando coisas, mas a resposta do Michel me mostrou exatamente o contrario.

—Eu já estou indo Thifany. —Ele disse sem me olhar. —Mas você pode ir agora? —Ele foi bem frio com ela, ela se deu de ombros e se virou para ir embora.

Ok. Aquilo estava muito errado. Porque ele simplesmente não mandava ela procurar Pokémon no parque...

Uma garota parou do lado da Thifany parecendo empolgada, eu não estava prestando atenção meus olhos estavam colados no Michel exigindo uma explicação muda.  

—Eu fiquei sabendo que você ganhou um anel lindo. —A garota disse entusiasmada para a Thifany.

O Michel olhou para mim, com a maior cara de inocente. Eu lancei meu olhar fulminante para ele, mas ele apenas sorriu de volta para mim. Ele queria me confundir, mas isso não ia acontecer, não sem um explicação sobre o que estava acontecendo.

—Claro que ele é lindo. —A Thifany se gabou. — Eu ganhei do meu noivinho lindo mesmo.

Eu ouvia a conversa em fragmento, baixa distante, mas quando a Thifany pronunciou aquelas palavras eu tive a impressão de ter ouvido um trovão alto e forte anunciando a tempestade.

—Noivos. —A Garota gritou espantada, eu tinha a sensação de mim mesma gritando. —Você e o Michel estão noivos.

—Claro. —A Thifany concordou.

Eu pude ouvir o baque surdo da lata de refrigerante escapando da minha mão e batendo no chão, no mesmo instante em que eu me levantava. O ar sumiu dos meus pulmões no mesmo minuto como se eu tivesse levado um soco forte no estomago.

—Eu posso explicar. —O Michel disse me segurando pelo pulso.

—Você não tinha contado para ela Amor? —A Thifany perguntou se virando para nós.

Esquece o que eu falei sobre o levar o soco. Isso não era nada comparado com aquilo, eu havia levado três facadas pelas costa...

—Thifany não se mete... —O Michel pediu entre os dentes.

—Claro que contou. —Eu não sabia dizer como aquelas palavras brotaram da minha boca, quem sabe talvez causado pelo o rosto de compaixão da Thifany, eu precisava sair com o meu orgulho inteiro. —Eu vou mandar flores para o casamento.

Eu disse puxando meus braços com forças e caminhando pelos corredores da escola, tropeçando nos meus próprios pés. Eu só queria entender o porque disso...

—Luiza espera... —Eu ouvi o Michel me chamar ao mesmo tempo em que a Thifany protestou. Eu não parei para ver, na verdade eu não conseguia enxergar absolutamente nada, as lágrimas já haviam invadido os meus olhos.

Eu sabia que não estava em condições de voltar para sala, mas eu não sabia para onde ir.

Eu parei no meio do corredor, confusa. Eu olhei para os lados imaginando o que fazer. Quando dois braços fortes me envolveram, o meu primeiro pensamento foi afastá-lo, com raiva. Mas eu estava machucada demais para isso, então eu apenas me deixei levar.

Caminhamos em silencio até o estacionamento da escola. O Max só quebrou o silencio quando o estacionou o carro na frente do portão da minha casa. Minha cabeça girava violentamente tentando encontrar uma explicação lógica para aquilo tudo, mas não havia nada, minha vontade era voltar lá e socar a cara do Michel, eu senti que precisava fazer isso...

—Você descobriu da pior forma, não foi? —O Max perguntou levantando minha cabeça e me obrigando a fita-lo.

Eu não precisei responder ele sabia, ele provavelmente havia visto.

—Eu devia ter te falado. —Ele murmurou pensativo.

—Não. O Michel devia ter me falado. —Eu protestei revoltada. —Na verdade eu não entendo porque ele fez isso comigo?

Não havia lógica nenhuma no que havia acontecido, então Porque????

Eu não havia pedido para ele namorar comigo. Eu não havia pedido para ele ficar comigo, porque ele simplesmente não foi viver a historia de amor dele e me deixou em paz.

—Eu não posso te responder isso. —Ele disse simplesmente.

Claro que não. Ninguém podia, só o Ogro Ambulante do Michel.

—Obrigado Max. —eu disse abrindo a porta do carro para sair.

—Iza , se precisar de qualquer coisa...

Ele não terminou eu apenas acenei com a cabeça e fechei a porta, minhas mãos estavam tremulas.


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Notas finais do capítulo

Fala ai gente, foi sacanagem, acho que por isso nao gostei do cap... mas...deixa pra lá