E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 46
Capítulo 46


Notas iniciais do capítulo

DEPOIS VCS ACHAM QUE EU QUE ESTOU FICANDO PARANÓICA, MAS O NYAH TIROU TODAS AS MINHAS FOTOS ISSO FOI MALDADE -*-



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Eu voltei para minha cama e dormi. Dormi muito. Quando finalmente despertei, eu estava com medo, muito medo. De tudo não ter passado de um sonho e se eu fosse sincera comigo mesmo tudo conspirava para ser um sonho.
Quer dizer, qual era probabilidade do Michel aparecer na minha casa de madruga e dizer que era apaixonada por mim. Muito pouca né?

Eu descia as escadas depois que minha fome aumentou muito para ficar pensando na minha sanidade. Meus pais já estavam almoçando.

Eu me senti na mesa, mas antes que eu pudesse acabar com o buraco dentro de mim meu pai se levantou da mesa, e foi até a pia, era algo extremamente normal se não fosse pelo fato dele voltar com uma garrafa na mão.

—O que significa isso Ana Luiza? —Meu pai perguntou e sua expressão não era das melhores.

Eu sorri. Minha vontade era levantar e dar um beijo naquela garrafa. Vocês não entendiam ela era a garantia que não havia sido um sonho.

—Do que você esta rindo? —Meu pai pareceu ficar mais furioso ainda com a minha felicidade. —Eu estou te perguntando o que é isso?

—Uma garrafa. —Eu respondi me dando conta que eu estava muito encrencada.

—Eu sei que e uma garrafa. —Ele disse impaciente.

—Ora então porque perguntou?

—Eu quero saber o que ela estava fazendo na nossa sala? —Ele foi mais específico dessa vez.

—Se você que achou não sabe imagina eu. —Obvio que eu não podia contar a verdade. Então eu tinha que tentar enrolar meu pai para não sair com um pelo castigo, só que geralmente essas coisas não funcionam com ele.

—Já chega. —Ele disse colocando a garrafa na mesa. —Eu não acredito que a minha filha anda bebendo cerveja enquanto eu estou trabalhando.

—Deve ser porque eu não estou bebendo. —Eu retruquei esperando pelos berros a segui, mas estranhamente ele não apareceu.

—Você esta de castigo. —Ele disse simplesmente. —Até eu não saber a verdade você esta de castigo.

—Mas pai... —eu tentei protestar sabendo que eu nunca, mas nunca mesmo seria liberada

—Sem mais Ana Luiza. —Meu pai disse colocando um ponto final na nossa conversar.

Ótimo. Eu pensei ironicamente comigo mesmo. Estávamos num final de semana e eu não ia poder sair de casa aquilo realmente me parecia perfeito.

Quando finalmente segunda-feira chegou estava chovendo. Eu olhei com desanimo para a chuva caída através da janela. Minha ansiedade cresceu egoístamente à medida que eu me aproximava da escola. Não saber como as coisas aconteceriam me parecia meio bizarro. Eu havia pensando em ligar para o Michel durante o final de semana, mas preferi esperar que ele tomasse a atitude, só que ele não tomou...

Mil coisas passaram pela minha cabeça quando cruzei o portão da escola e caminhei até o meu armário. Eu estava ficando com medo de ficar fantasiando as coisas, de estar exagerando, porque era obvio que isso podia ocorrer.

 Eu ainda não sabia se o Michel havia chegado. Ele havia pedido um tempo para poder terminar com a Thifany acho que um final de semana era mais do que suficiente? Mas e se ele não tivesse terminado e se ele vienhesse disser que estava arrependido por tudo que disse e que estava bêbedo. Eu balancei minha cabeça tentando me afastar aqueles pensamentos quando me virei e dei de cara com o Max. Será que aquilo era um aviso ou eu estava ficando paranóica?

—Como se sente? —Ele perguntou entre satisfeito e preocupado.

—Bem Max. —Eu disse me virando para ele me sentindo envergonhada. Aquilo não me pareceu muito justo com ele. Eu realmente fiquei imaginado qual iria ser sua reação ao saber que eu e o Michel estaríamos juntos de verdade dessa vez...

—Pena que eu não possa dizer o mesmo. —Ele disse olhando para o chão.

Íamos começar tudo novamente. Aquilo não me pareceu demais. Eu respirei pesadamente.

—Aposto que você esta arrasta. —Havia um sorriso pretensioso nos seus lábios agora.

—Não estou não. —Eu disse com firmeza. Será que o Max realmente acreditava que eu era apaixonada por ele? Não, não podia ser. Eu havia deixado bem claro isso para ele.

—Não precisa esconder. Eu sei que o Michel te decepcionou, você tinha esperança com ele, todo mundo sabe disso.

Por Deus do que o Max estava falando. Aquilo só fez aumentar o bolo que crescia desesperadamente dentro do meu estomago.

—Hã? —Eu perguntei fazendo um gesto com a mão para que ele me explicasse melhor o que ele estava dizendo. —Será que você pode traduzir? —Eu pedi já começando a me irritar.

—Quem sabe agora você realmente entenda que o Michel não gosta de você. — O Max disse se virando e me deixando ali parada com a maior cara de boba.

Juro que senti vontade de correr atrás dele e colocar o dedo na goela para ver se ele vomitava tudo que ele queria ter dito. Mas decidi deixar para lá, eu já estava ansiosa demais e não precisava do Max para ficar ainda mais nervosa.

—Oi. —A Nice disse aparecendo das trevas e parando do meu lado. —O que ele queria?—Ela perguntou olhando na direção que o Max havia saído.

—Me assombrar. —Eu murmurei repassando nossa conversa. Decididamente eu estava ficando paranóica, o Max não podia saber de nada entre nós.

Essa historia de sexto sentido podia ser papo furado, mas eu tinha uma leve impressão que o dia de hoje seria um terror para mim.

—Tudo bem por aqui? —Uma voz extremamente familiar soou nos meus ouvidos eu senti todo o meu corpo arrepiar.

De repente eu senti uma onda de vergonha me invadi, eu me virei para o Michel com as bochechas pegando fogo, só de lembrar que eu havia confessado que era apaixonada por ele. Aquilo me pareceu tão infantil naquele momento.

Ele estava parado sorrindo tranquilamente para mim. Eu não sabia como agir e nem qual iria a sua reação, eu estava começando a me sentir uma tola, por estar tão nervosa.

—Eu acho que já vou entrar. —A Nice disse se virando e sumindo no meio das pessoas. Observávamos a Nice se afastar em silencio. Eu sentí minha língua presa. Eu esperei que ele falasse.

—Como você esta? —Ele perguntou baixinho passando a mão no meu rosto como se tivesse medo que alguém mais escutasse.

—Bem. —Eu forcei minha voz sair ele sorriu.

—Senti sua falta. —Ele continuava falando baixinho e meu coração pulou em um ritmo alucinado. Aquilo estava ficando perigoso demais. Eu tinha que me controlar.

—Eu também. —Eu admiti envergonhada, novamente ele riu, e minhas bochechas coraram, eu estava parecendo uma retardada. Qual era o problema comigo?

Eu respirei fundo tentando me concentrar.

—Você não ligou?—Era para ser só uma afirmação, mas soou mais como uma acusação.

—Eu sei. — Ele disse passando as mãos pelos cabelos. —É que as coisas não saíram exatamente como imaginei.

Eu pude perceber a tensão crescente em sua voz e um alarme disparou na minha mente.

—O que aconteceu? —Eu perguntei prevendo que coisa boa não viria.De algum modo eu esperava por isso.

—Nada. —Ele disse olhando para os lados. —Você não confia em mim, não é? —Ele perguntou parecendo culpado.

—Acho que você já me deu bastante motivos. —Eu não ia mentir. Eu me sentia realmente assim.

—Eu sei. —Ele sorriu. —Mas me de um credito dessa vez.

—Eu vou pensar. —Eu disse fingindo pensar realmente no assunto.

—Oh tenha piedade de mim. —ele disse entrando na brincadeira, o sinal tocou naquele momento.

—Sinto muito. —Eu disse piscando e me virando. Apesar de ser a ultima semana de aula, eu não queria correr o risco de parar na detenção.

Ele me segurou pela cintura me impedindo de ir.

—Luiza. —ele falou meu nome de uma maneira diferente como se tivesse escondendo algo.— Eu... Preciso. — Ele balançou a cabeça, e de repente pareceu se lembrar de alguma coisa. —Eu tenho uma pergunta para fazer.

Eu engoli em seco.

—O que? — Eu sabia. Havia algo de errado, nada, mas nada podia ser tão simples assim para mim. Não para mim. — O que foi dessa vez?

Ele me olhou seriamente como se estivesse se decidindo entre me contar alguma coisa ou não.

—Desculpa, mas eu preciso te fazer essa pergunta. —Seu rosto estava tenso.

Eu fechei meus olhos e respirei fundo esperando pelo pior.

—Pode jogar a bomba? —Eu pedi de uma vez eu já devia saber que nada com o Michel era o que parecia.

—Quer namorar comigo? —Ele sussurrou sua voz estava mais suave agora mas ainda havia um quê de ansiedade nela.

Eu arregalei meus olhos, por mais que eu tivesse sonhado com isso eu nunca imaginei ouvir essas palavras de sua boca. Então eu sorri aliviada.

—Então era só isso. —Eu não podia esconder meu alivio total, por um instante eu cheguei realmente acreditar que as coisas não dariam certo.

—Como só isso?—Ele perguntou, se divertindo com a minha expressão de surpresa de novo. —Isso é muito importante.

—Eu vou pensar no seu caso. —O corredor esta quase totalmente vazio. —Agora eu tenho coisas mais importantes para fazer. —Eu disse pensando no Sr. Vagner e num detenção que provavelmente ele me daria se eu chegasse atrasada.

—Mas importante do que ficar comigo? —Ele disse me puxando de volta e beijando, se não fosse pela ideia de um detenção na ultima semana de aula eu teria me deixado levar facil.

— Você tem razão. —Ele disse de repente se afastando.

Caminhamos em silencio até a minha sala de aula, mas ao contrario de antigamente ele não me abraçou muito menos me tocou  em como se tivessemos apenas ido para a mesma direção.

Ele parou na porta sua expressão estava ilegivel.

—Luiza. —Ele chamou meu nome sem olhar para mim.

—Sim.

Ele hesitou, seus olhos varreram todo o corredor até chegar ao meu rosto.

—Senhorita Ana Luiza, pode me dar a honra da sua presença. —O Senhor vagner perguntou parado na porta.

—Claro. —Eu disse sem me mexer, ele resmungou qualquer coisa sem importancia.

—Fala Michel. —Eu perguntei ansiosa para saber o que ele queria.

O Sr. Vagner parou na minha frente.

—Vamos mocinhas. —Ele disse com a sua voz autoritaria, então eu não tive muita opção eu caminhei sem vontade para dentro da sala, mas quando cheguei a porta eu não resisti eu me virei para o Michel que ainda estava parado do lado de fora.

—Sim. —Eu disse para ele não contendo o sorriso.

—Sim? —Ele pareceu na duvida, sem saber do que eu falava.

—A Resposta para a sua pergunta. —Eu expliquei e pude ver o sorriso brotar no seu rosto mas ele desapareceu no mesmo instante que o meu sorriso.

A poucos passos dali estava a Thifany parada esperando por ele. Eu vi o Michel se virar na sua direção e se aproximar e no instante seguinte não vi mais nada, o Sr. Vagner fechou a porta abrindo milhares de pergunta na minha cabeça.

Droga.


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Notas finais do capítulo

CAPITULO ROMANTICO, MAS COMO SEMPRE TINHA QUE DEIXAR UM QUÊ DE SUSPENSE É PARA VCS LEREM O PROXIMO CAP
KKKKKKKK