E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Ahhhhhhhh agora sim eu estou mais feliz. Graça a minha amiga Kami que deu a nona recomendação para a fic.
Bjs e obrigado flor



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Se houvesse um lado bom em toda essa historia, era o fato de eu ter escapado literalmente da aula do Sr. Vagner. Mas como tudo não é perfeito eu tinha que encarar a entediante aula da Sra. Dirce.

-Aonde você se enfiou?-A Nice perguntou assim que a Sra. Dirce virou para o quadro negro.

-Eu tive uma crise de claustrofobia. -Ela não precisava saber os detalhes.

-E onde você estava?- Bem ela não devia ter a mesma opinião que a minha.

-Algum problema ai Senhorita Nice?-A Sra. Dirce perguntou e eu senti um tremendo alivio, eu não acho que a Nice estava merecendo saber de alguma coisa. Eu mesma não sabia.

 Bom o lado ruim disso tudo,é que eu teria tempo demais para pensar. E era justamente tudo que eu não queria fazer , porque eu não podia controlar a merda dos meus pensamentos e então ficava vendo e revendo o episódio de hoje cedo, parecendo aqueles seriados que todo mundo já viu mais que TVs ainda insistem em passar.Tipo Chaves. Sacou do que eu estou falando né? Bom e aquilo me deixava com muita raiva e vergonha, raiva porque eu havia gostado, e isso definitivamente era ruim e vergonha por ter agido igual a uma criança na frente do Michel.

Eu acho que maçã que meu pai me deu hoje estava envenenada, só podia ser, aquela maçã devia ter parado no endereço errado. Em vez de ir diretamente para Branca de Neve ela chegou até a minha casa. PORQUE NÃO HAVIA OUTRA EXPLICAÇÃO.

Eu devia estar com muita, mais muita raiva mesmo do Michel. Cara ele estava de sacanagem com a minha cara. E tudo que eu conseguia fazer era relembrar aquele maldito beijo. Sério devia ter alguma droga naquela maçã. Não tinha como haver outra explicação porque eu só tinha motivos para odiá-lo. Eu passei o resto da aula fazendo uma enorme lista de porque odiar o Michel. Acho que isso iria facilitar o bastante.

-Vamos?-A Nice perguntou.

-Hã?!- Eu ergui a minha cabeça para olhar a Nice parada na minha frente.

-Intervalo. -Cara só agora eu havia me dado conta de que a sala estava vazia.

-Ta que historia é essa de claustrofobia. - Lá íamos nós para o interrogatório da csi.

Sabe aquela frase pior que ta não da pra ficar. Isso era uma grande e enorme mentira, porque tudo que ta ruim pode piorar muito mesmo. O Michel definitivamente não havia esquecido aquela historia.

-O que você esta fazendo aqui?-Eu já devia estar acostumada com isso, mas era difícil.

-Achei que era obvio, vim buscar minha namorada para passar o intervalo comigo. -Ele disse com aquele sorriso torto que eu detestava.MEnTIRA.

Eu acho que devia ter perdido alguma parte daquela conversa. Eu estava preste a dizer isso, mas a cara de espanto da Nice vez eu rir em vez de ficar irritada, eu não sei como o Ogro entendeu isso, mas o fato, é que ele abraçou e me rodou no ar.

Quando ele me colocou no chão eu tinha certeza que estava parecendo um tomate bêbado. Porque toda a escola estava olhando para nós e é claro que eu estava tonta. Eu fui obrigada a me apoiar no Ogro o que me deixou mais irritada ainda.

-Nunca mais faça isso. -Eu murmurei para ele enquanto íamos para o refeitório. Eu não fazia idéia do que havia acontecido com a Nice ela havia desaparecido. Bela amiga, me deixou sozinha com os leões. Eu já estava acostumada.

Quando chegamos a mesa do refeitório o Max já havia acabado de comer.

-Cara você tem um monstro do lago ness na sua barriga. -O MIchel disse olhando para mesa vazia.

-Ah eu estou com fome qual é o problema. -Ele perguntou passando a mão na barriga.

-Ah deixa pra lá. -O Michel disse desanimado. -Eu vou buscar alguma coisa pra comer, você quer alguma coisa ratinha?

-Não meu estomago ainda esta tanto cambalhotas. -Eu menti, em parte.

Ele piscou para mim e sumiu. Eu olhei para o Max ele apoiou sua cabeça na mesa e olhou para mim de volta.

- Camundongo você acha que isso vai dar certo?

-O que?  Camundongo? Quem é esse cara?- Eu olhei para os lados.

-Ratinho e Camundongo não são tudo a mesma coisa?

-Tá bom pode zoar à vontade eu não me incomodo. -Eu disse planejando num jeito de matar o Max bem devagar.

-Então Camundongo...

Eu lancei o meu olhar furioso para ele. Quem sabe assim ele se tocava.

-Tá eu só estava brincando. -Ele disse dando de ombros. - Você parece inteligente demais para concordar com essa idéia.

Espera. O aprendiz de Ogro era sensato. Eu mal podia acreditar.

-Eu já falei que ele esta vacilando.

-Ta agora eu concordo com você. -Eu disse realmente assustada.

-Porque você esta fazendo isso?

-Hã?!-Cara porque ele tinha que fazer pergunta difícil.

-Sabe, você é bonita demais para ficar fazendo as vontades do Michel.

O que? Ele estava me testando. Ótimo eu estava vermelha de novo.

-Ahhhhh ficou vermelha. - Ele disse rindo da minha cara, eu fechei a cara na hora. O Max estava me tirando do sério mesmo. Agora eu entendia por que os dois eram tão amigos.

-Para, para, para, não se mexe. -ele disse olhando para mim sério.

O que era agora.

-O que?- Eu disse paralisada.

-Não se mexe. -ele disse se aproximando bem devagar de mim.

-Que merda esta acontecendo aqui?-Eu perguntei ainda sem me mover. Não vai me dizer que tem um bicho ai?

Eu estava apavorada imaginando algum bicho pavoroso anda sobre mim. E porque o Max não andava logo.

O Max levou a mão sobre o meu rosto cuidadosamente.

-Você estava com fome?

-Hã?- Qual era o problema dele comigo.

-Andou tentando comer a caneta. -Ele disse pressionando a mão com mais força sobre o meu rosto e rindo novamente.

Eu juro que pensei em esquartejar o Max. Cara eu quase tive um infarto.

-Tira a mão. -O Michel disse na minha costa. Surgindo não sei da onde.

-Até que fim você chegou. -O Max disse ainda passando a mão sobre o meu rosto.

-Eu já disse pra você tirar a mão. - O Michel disse sério, o Max se afastou.

-Trouxe bastante comida. -O Max tentou quebrar o clima tenso, cara o Michel parecia furioso. -Porque a ratinha esta morrendo de fome tentou comer até a caneta.

-Ratinha?-O Michel não parecia muito feliz. - Não chama ela assim cara. -Ele disse jogando a bandeja sobre a mesa. -Nunca mais.

-O que é isso cara?Eu só estava brincando.

-Isso não é tipo de brincadeira. -Ele disse com em um tom de voz que não deixa nem Freud contestar.

O que estava acontecendo ali? Eu olhei espantada por Michel que sentou entre mim e o Max.

O Michel começou a brincar com a comida enquanto o Max fingia prestar atenção num grupo de garotas na nossa frente. Bom eu fiquei sem entender absolutamente nada.

Foi um alivio quando o sinal do intervalo tocou. O Michel se levantou e me acompanhou até a sala de aula sem falar nada, Aquilo estava ficando constrangedor.

-Te pego no final da aula. -Ele disse dando um leve beijo e sumindo.

-Namorando?-A Nice disse assim que eu acomodei a minha bunda.

Eu passei o resto da aula tentando me esquivar questionamento da Nice. Isso não quer dizer que eu conseguia.

Quando finalmente o sinal tocou, eu já estava exausta de tanto ouvir a Nice então eu sai voando da sala de aula. Eu nem queria lembrar que teria que voltar para casa junto do Michel, mais um pouco de tortura e eu não resistiria.

Bom o fato é que apressado sempre se dá mau. E quando é comigo a historia só piora, piora e muito.

Eu tinha que trombar em um infeliz qualquer, quer dizer não era qualquer era o Max. Bom tudo meu caderno meus livros, voaram pelo corredor.

-Não olha por onde anda não. -Ele gritou antes de me ver. -Ah Camundongo é você?-Ele disse me ajudando a pegar os meus cadernos.

-Aqui não é reserva de reflorestamento para você ficar plantando não. -Eu disse furiosa.

-Eu só estava te esperando mesmo.

-Sério. -Isso não podia significar boa coisa mesmo.

-O que você esta fazendo aqui?-O Michel perguntou pegando o meu caderno da mão do Max, suas sobrancelhas estava erguidas e se eu tivesse que arriscar eu iria dizer que ele estava furioso.

-Nada. -O Max disse erguendo os ombros.

-È bom mesmo. -Ele disse sério. -Vamos?-Ele passou a mão por minha cintura e me conduziu para o carro,-O que você e o Max tantas conversa.-Ele perguntou abrindo a porta para mim.

-A gente não conversa.

Ele ergueu a sobrancelha não parecia acreditar muito em mim, fechando a porta para mim.

Então entrou do lado do motorista.

-Agora você pode me devolver o meu caderno?-Eu perguntei tentando parecer distraída. Cara aquilo não podia estar acontecendo. Definitivamente alguém lá em cima estava tentando-me sacanear. Cara porque tantas folhas no meu caderno e ele tinha que estar aberto justo na pagina da minha lista.

-Hã?-Ele disse olhando para o caderno.

Não lê, não lê não lê.

Porque isso nunca funciona. Eu tinha que me benzer.

-O que é isso?- Ele perguntou prestando mais atenção no meu caderno agora.

-Nada. - Eu voei em cima dele tentando arrancar o caderno da mão dele.

-Deixa eu ver.-Ele disse me segurando, e é claro que ele era bem mais forte do que eu.

-Sabia que ler as coisas dos outros é crime?-Eu fiz minha ultima tentativa.

-Tecnicamente eu estou lendo o caderno da minha namorada. -Ele disse rindo. -E o que parece é ao meu respeito, eu acho que ninguém me condenaria por isso.

-Me devolve. -Eu pedi sem entusiasmo nenhum duvidava que aquilo pudesse

-Motivos para odiar o Michel. -Ele leu em voz alta franzindo o cenho.

Ele se acha o tal, mais na verdade é um idiota.

Ele é um idiota, eu sei que eu já disse isso mais ele é e não tem jeito de discutir.

Ele é o tipo popular medito a pegador.

Ele tem um mau gosto incrível, como alguém consegue pensar em gostar da Thifany?

Odeio o jeito que ele desarruma o cabelo

Odeio quando ele dá seu sorriso maroto que significa que ele quer aprontar alguma.

Ele se acha o todo do mundo mais é um tremendo vacilão

Odeio quando ele me beija sem permissão.

Ele cheira super bem e tem um corpo que não devia ser permitido existir.

-Uau. - Foi à única coisa que ele disse assim que terminou de ler, eu me afundei no banco do carro sem olhar para o lado, eu juro que hoje eu não colocaria mais os meus pés na rua. —Serio que você acha tudo isso de mim?—Ele perguntou.

—Depende. —Eu disse simplesmente.

Ele ligou o carro sem dizer uma palavra. Eu não iria arriscar a ver a sua expressão na verdade eu preferia estar ao lado de um fantasma do que ali.

Quando ele parou o carro na frente da minha casa, eu senti que teria dois problemas. Eu teria que encarar ele e depois a minha mãe. Definitivamente eu devia ter ficado na cama o dia inteiro.

Silencio constrangedor. Eu detestava aquilo. Eu nem sabia se ele tinha levado aquilo a sério. Será que ninguém percebe que é só uma brincadeira.

-Ah valeu pela carona. -Eu disse descendo do carro ainda sem olhar para ele.

—Tudo bem. –Eu pude sentir o olhar dele em cima de mim. Eu só tinha um sentimento naquele momento, vergonha, vergonha, vergonha... —Toma é seu. –Ele disse me devolvendo meu caderno.

Ótimo, agora eu tinha olhar para ele, eu senti minhas faces pegarem fogo, quando eu peguei o caderno, cara eu faço muita burrada mesmo.

—Tchau. —Ele saindo com o carro, eu olhei para o meu caderno.

Maldita lista. Só me vez passar vergonha. Eu estava preste a arrancar a folha e amassar quando no final da pagina estava escrito com letras de formas o seguinte:

Motivos para gostar do Michel:

Ele gosta da Luiza.


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Notas finais do capítulo

Eu sei o que vocês vão pensar "mais que merda é essa" gente eu to sem insipiração total. Isso vem acontecendo com frequencia. Mais deixa pra lá o proximo melhora... Eu espero.