E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 19
Cap 19 Melhor ou pior...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem flores do meu coração ) eu sei que muitas de vocês deixam reviews sempre, sempre mesmo e eu agradeço muito Eu só falei aquilo pq tenho algumas leitoras ingratas MAS NÃO TODAS.
Então sorry para aquelas que deixam reviews...



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O outro dia foi melhor ou pior... Bom o fato foi que o Michel não esqueceu aquela historia toda de lista, como eu queria ter colocado fogo nela, e inevitavelmente meu rosto ficou parecendo mais vermelho do que um pimentão quando eu lembrei que ela ainda estava no meio do meu caderno, e eu nem sabia o motivo de te-la guardado, quando eu entrei dentro do carro dele na manhã seguinte, ele  não disse nada mais pelo sorriso travesso no canto de seus lábios eu sabia que ele estava lembrando, o que foi suficiente para o sangue do meu corpo parar todo no meu rosto.

—O que foi que aconteceu o gato comeu sua língua?—ele perguntou no caminho da escola. Eu ainda não tinha coragem nem de olhar muito menos de falar como.
—Dor de cabeça. —Ele não tinha noção do tamanho dela nem o motivo.
—Eu acho que você esta mentindo. —Ele disse com as sobrancelhas erguidas e em tom de voz provocativo.
Ta quem sabe eu não conseguisse mentir nem pra mim mesma, mas eu não iria admitir isso.
—Porque você acha isso? Você nem me conhece. — Eu respondi de forma mal educada. Ele não podia sair por ai dizendo que eu estava mentindo. Ele não estava no meu corpo, ele não podia sentir a dor. Mesmo que ela não existisse.
—Você que pensa. Eu sei muita coisa ao seu respeito— Ele olhou pra mim, seus olhos estavam inesperadamente gentis. Eu duvidava muito que ele soubesse o meu nome completo.
—E o que você sabe?— eu disse debochadamente a única garota que parecia entrar na cabeça dele era a Thifany ou a bunda dela pelo menos.
—Bom primeiro quando você esta com muita vergonha suas bochechas ficam vermelha e para disfarçar  você olha para o nada.
Isso todo mundo sabia, não precisava ser nenhum gênio, bastava olhar para mim.
— Você é a garota mais esquentatinha que eu conheço e tem resposta para tudo, e quando esta nervosa você começa a rir, ri de nervosismo. Quando esta irritada não para de passar a mão no cabelo, e quando ansiosa morde os lábios e quando ri seus olhos brilham, quando alguém disse uma bobagem você revira os olhos e...
—Hum eu estaria satisfeita só com a primeira parte. —Eu disse tentando não fazer nada do que ele disse mais parecia impossível. Eu tinha que admitir ele era um bom observador. Mas isso não significava nada.
Eu estava me sentindo verdadeiramente desconfortável com aquela conversa, então eu senti um tremendo alivio quando ele estacionou o carro diante da escola, mas meu alivio passou assim que eu vi a multidão de alunos que passeavam por lá. Eu ainda não estava acostumada com o fato de ser o centro das atenções por onde quer que eu passasse.
—Algum problema?—O Michel perguntou abrindo a porta para mim.
Eu apenas neguei com a cabeça, saindo do carro. Ele segurou minha mão e sorriu. Era inacreditável o tanto te pessoas que pararam para falar com ele, enquanto caminhavam para a minha sala, um motivo a mais para detestar populares. Eu tentei ignorar o máximo possível. Mas era difícil demais quando você esta na mira daqueles olhares curiosos. Paramos na frente da minha sala de aula, ele me puxou pela cintura e eu prendi a respiração. Ótimo, agora que todo mundo devia estar olhando para mim mesmo.
Ele passou o dedo indicador sobre o meu rosto.
—Posso?— Eu o fitei confusa, do que ele estava falando? Nossos olhos se encontraram e então ele pareceu perceber a minha duvida.
—Você disse que detestava quando eu te beijava sem permissão. — Ah não aquela maldita lista. —Então eu posso?
Eu não sei por que ele perguntava isso. E eu não entendia porque tinha escrito aquilo, já que eu sabia da resposta. Sem coragem em admitir que eu queria aquele beijo, eu apenas afirmei com a cabeça, o que foi o suficiente para o Michel me beijar. Porque eu tinha a sensação de que os pés meus saiam do chão quando aqueles lábios encontravam com o meu. Porque droga, eu não conseguia controlar a batida do meu coração.
Quando finalmente ele se afastou eu senti um vazio, um estranho desconforto.
—Te vejo depois. —Ele disse se virando e sumindo, eu respirei fundo tentando me controlar então eu entrei dentro da sala.

O Michel me esperou na porta da minha sala na hora do intervalo. Eu tentei respirar calmamente com essa situação. Isso era um fato que eu teria que me acostumar. A Nice mais uma vez tomou chá de sumiço.
Caminhamos para o refeitório. Eu não vi a loira anoréxica por perto e isso me deixou bem mais tranqüila.
Sentamos na mesma mesa de ontem, agora eu entendia porque a loira anoréxica nunca comia nada, era difícil para o estômago parar de revirar quando tinha tantos olhares em cima de você, mais nenhum olhar me incomodava mais do que aquele na minha frente.
—Então cadê o Max?—Eu disse enquanto o Michel comia.
Ele levantou seus olhos da comida.
—Por quê?— Ele perguntou irritado.
—Pra saber oras. —Porque ele tinha ficado tão irritado, eu só queria sabe. Ops será que eles estavam brigados. Ah isso era problema deles.
—Eu não sei do Max. —Ele disse voltando a comer. — Eu não sou a babá dele.
Uau. Também não era para tanto. Era só uma pergunta.
—Você viu o novo filme Lua de Sangue. —Eu disse tentando quebrar aquele maldito clima tenso. Às vezes eu achava que até respirar incomodava o Michel.
—O que?—Ele parou novamente de comer e me olhou. O que havia acontecido agora?
O que eu havia dito daquela vez.
—Você gosta de filme de terror. —Ele perguntou, mas dessa vez seus olhos estava surpresos e  levemente agradáveis.—Nada de filmes de romance.—Ele fez uma careta
—Terror, ás vezes mais eu prefiro suspense.- Eu disse com sinceridade.
—Eu já assisti. —Ele realmente parecia impressionado.
—Dizem que ele é muito bom.
—Com toda certeza principalmente quando o cara atravessa uma lamina...
—Vocês estão falando Lua de Sangue, cara eu to doido para assistir. —O Max disse colocando a bandeja sobre a mesa e sentando do meu lado.
—Ah eu também. —Eu disse dando mais espaço para ele.
—Podemos ir junto. —O Max me convidou. —Já que o Michel já assistiu.
—É podemos. —Eu concordei feliz por ter arrumado uma companhia já que a Nice só gostava de romance
—NÃO. —O Michel disse irritado, eu e o Max olhamos para ele confusos.
—Qual o problema cara?
—Ela é MINHA namorada. — O Michel disse enfatizando bem a palavra minha. Eu não tinha motivos para gostar daquele possessivo, mais incrivelmente aquilo me agradou.
—Todos nós aqui sabemos a verdade. —O Max retrucou, ele também não parecia nada amigável.
—Mas os outros não. —O Michel disse se levantando.
Eu olhei para os dois de boca aberta.
—Esse namoro nem é de verdade.— O Max disse também se levantando.
—Isso não é da sua conta.-O Michel agora parecia bastante furioso.

—Você só esta usando a Iza. — O Max o acusou-o. Putz, ele realmente estavam me ajudando muito.
—Ela sabe muito bem aonde esta se metendo.
Ótimo. Agora estão agindo como se eu não estivesse por aqui.
—Eu estou aqui. —Eu disse me levantando.
Os dois olharam para mim, surpresos. Como se tivessem o direito de se sentirem assim.
Eu saí da mesa ainda tonta. Aquilo não era um bom sinal. Não podia ser. O Michel me acompanhou até a sala de aula em silencio.
—O que foi aquilo?—Eu perguntei quebrando o silêncio.
—Nada. —Ele disse dando de ombros, sua irritação parecia ter desaparecido.
Ele me puxou novamente pela cintura, e me beijou.
—Você não me perguntou dessa vez. —Eu o lembrei.
—Não seja por isso. —Ele disse sorrindo. —Posso?-Definitiva
Tá eu nem sabia por que ele fazia uma coisa dessas, a resposta sempre seria a mesma.
As semanas se passaram e o Max e o Michel não pareciam estar tão ligados como ultimamente. Eu me senti um pouco culpada com isso.
Eu já havia me acostumado com o Michel e seus beijos. Isso era bom porque eu não sentia mais o mundo a minha volta rodar e era ruim porque eu não conseguia mais controlar o que eu senti por ele.
Claro que agora eu era conhecida no colégio inteiro, pessoas que nunca nem me olharam viam conversar comigo isso definitivamente me irritada. Porque eu sabia que não era sincera.
—Eu vou pegar um refri. —Eu disse me levantando da mesa quando o Max chegou, eu não o estava evitando só estava tentando evitar clima tenso.
Eu atravessei o refeitório em direção a cantina. Peguei o meu refri, e estava preste a voltar para a minha mesa, quando uma onda de muito, mais quando eu digo, muito é muito azar mesmo passou por mim.
Era obvio que existiam pessoas e mais pessoas naquela escola e justamente em quem eu fui trombar? Alguém arrisca um palpite.
Era óbvio que na Nice.
—Tem olho pra que?—Eu perguntei me secando.
—Virou popular e esta se achando. —Ela disse rindo, eu fiz uma careta.
—Olha que bonitinho as garçonetes rindo. —Eu estremeci ao ouvir aquela voz. Cara parece que minha maré de azar estava começando de novo.
—Ignora. —A Nice murmurou para mim, e eu juro que tentei. De todo meu coração eu tentei,mais quando aquela voz de taquara rachada chegou novamente no meu ouvido eu não pude me controlar.
—Sabe que você esta me surpreendendo garçonete eu podia jurar que esse seu namoro só ia durar até o Michel te levar para cama.
—Porque o seu durou até ai. —Eu perguntei sarcasticamente e pude perceber a loira tremer de raiva.
1x0 para mim.
—Não. Eu não vou para cama com um cara na primeira vez que eu o vejo e principalmente na festa de aniversario dele, com a namorada dele presente.
Aquilo me deixou cega de raiva. Aquela garota era muito baixa. Eu mal podia acreditar naquelas palavras.
—Escuta aqui...
—Tudo bem por aqui. —O Michel perguntou parando ao meu lado.
—Claro. — A Thifany sorriu mostrando aqueles dentes de anta. —Eu só estava perguntando para a sua namorada se ela vai passar o domingo conosco na sua casa.
Aquilo realmente foi um choque para mim. COMO ASSIM? Passar o domingo CONOSCO. Ele havia convidado a vaca para ir para casa dele.
—Mas é claro que ela vai. — O Michel disse sem graça.
A loira anoréxica deve ter percebido, pois sorriu confiante.
—Então a gente se vê lá. —Ela disse saindo.
Eu também comecei a andar, Cara ele não podia ter feito isso comigo. Tipo eu ia me transformar na corna do ano.
—Luiza me espera. — Ele me chamou me seguindo, minha vontade naquele momento era socá-lo, mas eu tinha testemunha demais.
Eu andei até o ginásio. Havia alguns garotos jogando bola e mais ninguém pareceu um bom lugar para passar a minha raiva.
—Luiza. —O Michel chamou de novo nas minhas costas.
—O que foi?
—Eu que te pergunto?—Ele disse sem jeito. —Eu fiz tudo certo dessa vez. —Ele se defendeu.
Ele só podia estar brincando. Meu rosto devia estar vermelho, mais era de raiva.
—Cara se você quer fingir um namoro, tudo bem eu topei. —Eu disse tentando me controlar, mas eu já estava pensando em um jeito de esquartejá-lo. —Mas só não desonre meu nome. —Eu disse lembrando a musica da Pitty.
O Michel começou a rir. Cara ele não tinha noção de como me tirava do sério.
—Você tá com ciúmes.
—O QUÊ?— EU gritei na cara dele, ele tinha surtado de vez. —Veio você pirou.
—Tá com ciúmes sim. —Ele disse convencido.
—Errado. —Eu disse categoricamente. —Eu só não quero ser a corna do ano.
—Ciúmes. —Definitivamente ele não tinha medo de morrer. Eu me virei e comecei a andar.
—Tá eu só estava brincando. —Ele me seguiu e eu continuei andando.
—Olha Luiza eu não falei nada, porque era um almoço na beira da piscina que meus pais organizaram para os pais dela e alguns amigos.
Eu parei de andar, meu rosto estava pegando fogo.-Eu não tinha nada haver com isso.
—Eu achei que você não ia querer ir. —Ele disse dando de ombros.
—Certo. —Eu disse me dando por vencida.
—Mas eu te pego no domingo.
—Eu acho que eu ainda não quero ir. —Eu avisei.
—Tarde demais. —Ele disse passando o braço pela minha cintura e me levando para fora do ginásio.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam???? Eu já escrivi o proximo cap então só dependo dos reviews para postar.