Impossível escrita por Essy


Capítulo 5
O Jogo


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM A DEMORA, POOOOR FAVOR, DESCULPEM!



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O jogo.

 

A festa tinha até sido boa, se eu não levasse a existência do Tom em consideração. A Carolla nem apareceu e eu dancei com Paul a noite inteira (ou até as duas da madrugada).

De manhã acordei muito desanimada e não queria ir para as aulas, mas eu fui se não os professores podiam desconfiar de algo. Além do mais, a tarde teria um jogo Sonserina x Grifinória. Um clássico que eu iria ajudar a ganhar.

Mas muitos Sonserinos tiveram a mesma ideia que eu e não foram as aulas. No momento, estávamos nas masmorras esperando o professor de Poções, Horácio Slughorn chegar. Só haviam quatro sonserinos: eu, Tom, Paul e Catherine LaBuff. Além de toda o corpo estudantil da Corvinal.

Sinceramente, eu odiava Poções. Mas era a segunda melhor aluna da sala, perdendo somente para o Riddle.

-Bom dia, bom dia, bom dia. - O professor Slughorn entrou na sala falando. - Tenho ótimas notícias para vocês. Daqui a uma semana é o Natal, vocês sabem. Depois temos as duas semanas de férias natalinas e o baile de Inverno, como acontece todo ano. Porém, este ano, antes das férias, teremos um acontecimento especial. Eu darei um jantar dançante na noite de Natal, apenas para os melhores alunos.

Eu sorri, mas foi um sorriso trite. Eu tinha certeza que seria convidada para este jantar, era uma das melhores alunas. Normalmente eu ficaria muito feliz. Adorava ir em jantares e bailes. Mas acho que a noite de ontem meio que me desanimou...

-Mas não se preocupem – Slughorn continuou – Os alunos que forem chamados poderão levar um convidado que não foi. Nossa quantos alunos faltaram hoje! - ele disse como se só tivesse percebido no momento. - Bom, mas vamos começar a aula, não? Hoje iremos fazer a poção Felix Fellicis. Alguém pode explicar para a turma que poção é essa?

Imediatamente duas mãos se levantaram. Uma me pertencia e outra ao Tom... Riddle.

-Srta. Moore? - Slughorn me olhou e eu sorri vitoriosa por ele ter me escolhido.

-A poção Felix Fellicis é mais conhecida como Sorte Líquida, pois é justamente isso que ela faz. Proporciona sorte a quem bebê-la, durante um dia. - eu disse. - Mas é uma das mais difíceis poções. Seu preparo é complicado e deve ser feito com cautela.

-Muito bem, mas quinze pontos para a Sonserina. - Slughorn sorriu e Paul gritou um “Viva a Rosa!” - Bem, peguem seus livros e os abram na página quinhentos e setenta. O primeiro a completar a poção ganha um frasco de Felix Fellicis. - todos na sala ficaram na expectativa, todo mundo queria a poção.

-Mas professor, - eu disse olhando a página – Esta poção, a da página quinhentos e setenta, é a poção do Morto-vivo. É a poção mais complicada da história...

-Isso mesmo, srta. Moore. E quem terminá-la primeiro ganhara a Sorte Líquida. Mas devo lembrar que não poderão usá-la em provas, NOM's, exames, jogos de quadribol – ele enfatizou as últimas três palavras olhando para mim. Como se fosse mudar minha decisão. Eu iria ganhar aquela poção e iria usá-la no jogo de hoje.

-Então está bem, professor. - sorri para Slughorn e fui pegar os ingredientes no armário.

Quinze minutos depois eu estava descabelada, sem saber o que fazer e como fazer.

-Passas secas cortadas em tiras... - eu resmungava. - Como é que eu vou cortar passas secas em tiras?! Professor!!! - todos estavam desesperados na sala. Ninguém conseguia fazer a poção direito. O único aluno que se mantinha calmo era Tom Riddle, e ele parecia estar fazendo a poção direitinho.

-Se aquele... aquele... se ele terminar primeiro que eu... - murmurei para Paul que tentava cortar as passas do meu lado. Seu caldeirão estava deplorável.

-De quem você está falando? - ele me perguntou, limpando uma gota de suor de sua testa.

-Hm? De ninguém, eu não estava falando de ninguém. - eu disse.

-Ah... está bem então. Poxa, que difícil! Eu nunca vou terminar isso. - Paul balançou a cabeça.

-Professor Slughorn, eu terminei a poção. - ouvi uma voz fria e sem emoção dizer. Não! Não podia ser ele! Comecei a jogar tudo o que tinha no caldeirão, eu tinha que acabar. Mas tudo que conseguir fazer foi um monte de fumaça, enquanto o prof. Slughorn avaliava sorridente o caldeirão de Tom.

-Turma, parece que um aluno conseguiu terminar a poção! Parabéns, Tom, você ganhou este frasco de Felix Fellicis. - aquele gordo disse para Tom. Tom simplesmente sorriu e pegou o frasco, o guardando no bolso.

Eu passei as mãos no cabelo, os arrumando e fiz uma careta. A aula terminou e as outras aulas foram tecnicamente normais. Na aula de Defesa Contra As Artes das Trevas nós aprendemos sobre Dementadores, matéria de quinto ano! Mas ainda assim eu adorei praticar meu Expecto Patronum e ver o lince prateado saindo da ponta de minha varinha. Eu era a melhor da sala nisso. Então tivemos mais algumas aulas até o fim do período escolar. Fui para meu dormitório e troquei de roupa, colocando o habitual uniforme de Quadribol da Sonserina. Peguei minha vassoura, uma Nimbus Eagle, a vassoura mais rápida do mundo. Fiz um rabo de cavalo e fui para o Campo de Quadribol. Meu time esperava dentro de uma salinha da Sonserina, onde haviam duas portas: a do vestiário feminino e a do vestiário masculino, dois sofás e uma mesinha. Paul estava sentado em um dos sofás, ao lado de Hector McGree, um de nossos batedores. Junto com eles estava sentada Eleanor Murgatroyd outra batedora e no outro sofá estavam Felícia Millan artilheira, Robert Josseiré artilheiro e o goleiro e capitão do time Rudolph Leggat. Rudolph estava discutindo táticas com os outros integrantes quando eu cheguei.

-Ah, olá Rose. - ele disse e voltou a falar. Sabe o que é a pior coisa em se chamar Rosalina? As pessoas te dão muitos apelidos diferentes. Rosa, Rose, Rô, Ros, Lina... Apesar de que ninguém me chama Lina. -Pessoal, este é um jogo decisivo. Grifinória e Sonserina. Temos que agir direito e temos que ganhar. Cuidado com Henrique Lee Smith, o batedor. Ele bate bem forte. E com a goleira, aquela Carolla Luftagle. Ela sabe defender, apesar que não seja tão boa quanto eu. Ah, e Rose?

-Sim? - perguntei.

-Pegue o pomo. E cuidado com o apanhador deles, Trevor. O garoto tem olhos de coruja. - foi a última coisa que Rudolph disse, antes de a locutora Cynthia Polloni (da Corvinal) começar a narrar:

-Boa Tarde a todos, hoje teremos mais um excitante e decisivo jogo Grifinória versus Sonserina. Vamos receber os maravilhoso jogadores da... GRIFINÓRIA! - ela disse e eu ouvi o zunido das vassouras dos jogadores da Grifinória. - E aí está, James Sullivan, artilheiro e capitão do time, seguido por Carolla Luftagle, a melhor goleira que já passou pela Grifinória, aí vem Henrique Smith e Carla Vinegra os batedores, Gil Lambert e Kristin Kirke artilheiros e por último Trevor Peakes o apanhador do time! - Cynthia fez uma pausa, enquanto os torcedores da Grifinória gritavam loucamente. Nós começamos a andar para frente, em direção a porta que dava de frente para o campo. - E uma salva de palmas para os jogadores da SONSERINA! - Nós começamos a entrar em ordem, enquanto ela dizia os nomes -Recebam Rudolph Leggat, goleiro e capitão do time da Sonserina! E aí vem Felícia Miller artilheira, Paul Hertwick e Robert Josseiré também artilheiros! Agora estam entrando Eleanor Murgatroyd e Hector McGree, batedores! E por último, mas não menos importante... Rosalina Moore, eleita a melhor apanhadora de todas as casas no ano passado e no ano retrasado! - quando ela disse isso eu montei em minha Eagle e disparei para o campo. Fui cumprimentada com os aplausos caloros dos torcedores da Sonserina, enquanto me posicionava.

-Muito bem. Sem trapacear, garotos. - disse August Budleir, professor das aulas de vôo e técnico dos jogos. Após dizer isso ele apitou e jogou o pomo, os balaços e as goles no ar. Cynthia voltou a narrar o jogo, enquanto eu procurava pelo pomo frenéticamente.

-E a goles está com Paul Hertwick! Devo dizer, esse garoto brilha! -continuou Cynthia. -Ele atravessa o campo, ah não! James Sullivan o está encurralando! Paul olha para os lados e joga a goles para Felícia Miller! Felícia voa rapidamente, desvia de um balaço jogado por Henrique Smith, joga a goles no ar e... e ela marca! Sonserina 10, Grifinória 0! - olhei para minha esquerda. Nada do pomo. Trevor Peakes estava logo acima de mim, provavelmente observando a direção para a qual eu olhava. - Kristin Kirke pega a goles, atravessa o campo e...não! É atingida por um balaço de Hector McGree! Tomara que ela esteja bem. Gil Lambert consegue pegar a goles de volta para a Grifinória, ele atravessa o campo e... marca! O jogo está empatado aqui nesta tarde, e está ficando animado! James Sullivan com a goles. Oh, não, agora está com Robert Josseiré e... ele é acertado na cabeça por um balaço! Os torcedores e jogadores fazem um momento de suspense. Robert cai inconsciente, esperamos que não seja nada grave! Paul Hertwick pega a goles que estava caindo. Ele deve estar preocupado com o amigo, mas há um jogo pela frente! Ele se aproxima do aro e... marca! Como eu disse, esse garoto brilha! MAS O QUE É AQUILO?! Rosalina Moore começa a se movimentar! Será que ela viu o pomo! Momento de tensão nas arquibancadas. E olhe como ela voa! Quase não se consegue vê-la! Realmente a Nimbus Eagle é uma vassoura muito boa! Mas Rosalina também não é nada mau. Oh, e Trevor Peakes começa a segui-la! Será que os dois viram o pomo? Enquanto isso Felícia Miller marca outro gol com a goles! A Sonserina realmente está com sorte hoje! - Respondendo as suas perguntas: sim, eu havia visto o pomo. A apenas dois centímetros do meu nariz! Mas ele havia escapado e agora eu estava correndo, ou melhor, voando atrás dele na maior velocidade possível e perfeitamente ciente de que Trevor também havia avistado o pomo. E Trevor havia passado na minha frente, no último instante. Pensei em desistir. Sinceramente. Então olhei para a arquibancada e os olhos cheios de expectativa de centenas (tabom, nem tanto) de garotos Sonserinos e dentre eles, achei os claros e frios de Tom. Ele estava sorrindo, mas era um sorriso mau, como se ele estivesse feliz por eu estar quase-praticamente derrotada.

E foi aí que eu fiquei brava. Realmente brava. Fiz uma careta e disparei, muito mais rápido do que jamais havia conseguido, na direção do pomo. Passei na frente de Trevor e continuei, até que meus dedos estavam a centímetros de distância do pomo, que estava mais para a frente e mais para cima. Se eu pudesse ir um pouquinho mais para a frente e para cima, sem mexer a vassoura... Então eu fiz uma coisa muito ridícula. Talvez aquela tenha sido a pior decisão que eu já havia tomado naquele dia, semana, mês, ano... Enfim, eu me levantei. Realmente me levantei. Só que sobre a vassoura. Me estiquei, sem dar ouvidos aos “oh's” dos alunos nem aos gritos de Cynthia Polloni. Só me estiquei mais um pouco e... eu peguei! Eu havia pegado o pomo! Ouvi os gritos de alegria, de todos e de Cynthia, apesar de ela ser da Corvinal. E eu fui me baixar para sentar, quando escorreguei e despenquei. E o grito de Paul foi a última coisa que eu ouvi, antes de mergulhar na escuridão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, posto mais hj para recompensar o tempo que fiquei sem postar.
X O X O
Essy