Demon Girl escrita por Lady Fox


Capítulo 2
Capítulo 2




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Pobre Alpha, ele ficou uns quatro dias sem passear. Por isso eu o levei para andar um pouquinho antes da escola. Mesmo que eu tenha a força de uns dois homens, ainda é bem difícil mantê-lo no lugar, principalmente pela corrente, que deixa tudo pior. Hoje Alpha estava bem calmo e feliz, ele mal latia para os carros. Mas de repente algo chamou muita atenção dele.
–Alpha!-tentei puxar ele pro lado oposto, mas ele realmente é muito forte. Ele latia e me puxava muito bravo. Quando olhei para frente, notei um rapaz com um cão na coleira olhando para mim, o cão agia como Alpha. Enquanto eu lutava para mantê-lo no lugar, o rapaz segurava firmemente seu cão.
–Você precisa controlar seu cachorro.-ele comentou nem ligando para o meu esforço.
–Olha, eu estou meio que tentando fazer isso, né?-disse irônica.
–Você precisa de ajuda?
–Sim.
Ele bufou.-Vou te mostrar como segurar a guia de um cão.-o rapaz pegou a corrente do Alpha, e quase caiu no chão com o puxão dele.
–Bela demonstração, senhor esperto.-peguei a corrente da mão dele e revirei os olhos. Para sua reação, eu até que estou fazendo um bom trabalho em controlar o Alpha.-Eu sou Darkness.-ajudei o rapaz a levantar, que estava ajoelhado no chão.
–Meu nome é Castiel.
–Oh, então você é o Castiel.-olhei para seu cão.-Pastor de Beauce?
–É.
–Que fofo.-fiz carinho em sua cabeça. Ele primeiramente rosnou um pouco, mas depois de um tempinho sentindo meu cheiro, ele ficou meu amigo.
–O nome dele é Dragon... Bom, eu vou indo.-puxou Dragon pela guia e saiu andando.-Tenho coisas para fazer.
–Até mais...-segurei a corrente de Alpha antes que ele fugisse.

Quando cheguei na escola a primeira coisa que fiz foi entrar no grêmio. Eu já não estava mais tão tímida, mas entrei com cuidado mesmo assim.
–Dark? O quê faz aqui?-Nathaniel perguntou.
–Nada, eu só queria te ver. Não poderia esperar... eu posso entrar assim no grêmio?-disse.-Também tenho coisas para dizer sobre Ambre.
–Acho que pode... É engraçado, Ambre também falou muito de você comigo hoje.
–O quê ela disse?
–Que um raio quase caiu nela e a culpa é sua. Eu sei que isso é ridículo, mas eu tenho de perguntar. Você tem algo a ver com isso?
–...T-tenho...-sussurrei com os olhos cheios de lágrimas.-Nathaniel... E-eu não fiz por querer, eu juro! Eu só...
–Tudo bem... O importante é que ninguém se machucou. Mas... Como?
–...Eu não sei... Eu estava brava por quê ela me chamou de estranha, e então... Aconteceu...
–Dark, fique calma...-a esse ponto eu já chorava como uma criança.-Você quer um lenço?
–Ela poderia ter morrido!
–...Podemos falar sobre algo que não seja isso?
–...Claro...-limpei as lágrimas.-Hoje mais cedo eu encontrei com o Castiel, ele estava levando o cão dele para passear, eu acho. O cachorro dele é muito bonito e carinhoso, mas creio que ele não tenha se dado bem com o meu.
–O seu cão? Mas você não disse que tinha um gato, o MoonLight?
–Eu tenho o Alpha e o MoonLight. Mas ele não é muito meu... O gato pertence mais á noite do que á mim. MoonLight vive sumindo por uma ou duas semanas, mas sempre volta em segurança. Fica um dia em casa, come quatro tigelas de ração molhada e some de novo.
–Isso não é nada saudável.
–Eu sei. Mas o quê eu posso fazer? Ele tem sua própria vida em geral. Mas ele volta tão gordo quanto antes, então ele se vira muito bem... Então, Nath, eu já vou indo...-saí da sala e fui para o pátio.
–Você por aqui?-eu dei de cara com o Castiel.
–Claro!-disse gentilmente.
–Não sabia que era de Sweet Amoris.
–É...-ficamos em silêncio de braços cruzados apenas seguindo nossas próprias vidas por alguns segundos.-...O Dragon é muito bonito.
–O Alpha também.
–...
–Sabe o quê houve com a calçada aqui na frente?
–...Não...-eu saí sem graça. Entrei no corredor e observei Armin lá dentro sentado em uma carteira fazendo... Algo.-O quê está fazendo...?
–Jogando.-olhou para mim brevemente sorrindo.
–O quê é isso?
–Jo...Gar?
–Isso.
–Você... Nunca jogou nada, hein?
–Não.
–Hum... vem aqui, senta do meu lado e joga um pouco!-ele me ofereceu o... Treco. Eu fiz o quê ele pediu e então me ensinou pacientemente o que cada botão significava. Depois de um tempo, ele já se impressionava com cada uma das minhas ações, e observava atentamente tudo que eu fazia. Até que eu fui bem para uma primeira vez.

Depois da aula, eu andei por aí, encontrei Castiel no corredor com algo nas mãos e nos ouvidos.
–Castiel, não estava na aula.-disse.
–Oi?-ele tirou uma das coisas do ouvido.
–Você não foi á aula.
–E...?
–O quê é essa coisa que está usando nos ouvidos?
–Um fone, obviamente.
–E a outra coisa?
–Um MP3. Nunca viu?
–Para falar a verdade, não. O quê está ouvindo?
–Rock.
–Meu pai não me deixa ouvir nenhum tipo de música...-eu peguei um dos fones dele e coloquei no ouvido.
–Ei! O quê está fazendo!?-dancei ao ritmo da música. Era quase inevitável fazer isso.-...
–Adorei!
–Ahn... Ok, agora, pode me dar meu fone?
–Oh, claro...-devolvi e saí andando. Mesmo que eu e Lysandre já tivéssemos conversado uma vez ou outra, eu nunca tive muita afinidade com ele, mas parece ser legal. Acenei para ele andando no corredor, eu passei antes que ele pudesse reagir.
–Não ouviu meu aviso? Pare de dar em cima do Nathaniel.-Ambre e suas amigas se aproximaram.
–Se eu soubesse o que isso significa. E eu não vou parar de falar com ele para agradar a "princesinha".
Ambre revirou os olhos, impaciente.-Fique longe dele. E do Castiel.
–Ahn... Não...? Você já recebeu um "Não" não vida?
–...-as três me empurraram com força para o lado, bati tão forte nos armários, que tenho certeza que vão dar manchas.
–Mas por quê eu tenho que parar de falar com o Castiel!?-...elas já foram. Eu fui até o Castiel, como se ele pudesse ajudar em algo...-Por quê a Ambre não quer que eu fique perto de você?
–Ah, eu prefiro não me meter em seus confrontos de garota.
–Não é um "confronto"! E ela também me mandou ficar longe do Nathaniel!
–O quê tem de tão ruim nisso? Se eu fosse você eu faria isso com todo o prazer, mas também não deixaria uma garota tão chata mandar em mim.
–Eu não deixei! Por isso estou falando com você!
–E o quê você espera que eu faça? Pode se defender.
–Aff! Castiel, você é muito irritante!
–Você também.-eu saí impaciente. Talvez Castiel não seja uma boa pessoa para ouvir um desabafo. Talvez Nathaniel me entenda, ele é muito próximo da Ambre.
–Nathaniel?-entrei no grêmio.
–Sim? Algum problema?-disse ele gentilmente.
–Eu... Só queria te perguntar... Por quê a Ambre quer que eu pare de falar com você? Acho que ela gosta de você.
–Ah... Não é isso... Ambre é minha irmã. Ela é doce a maioria do tempo, mas as vezes é meio implicante.
–...Bom, eu já vou. Tenho uma coisa a fazer.
–Tudo bem, então. Tchau, Dark!
–Tchau...-saí e procurei Ken. Ele se despediu de mim e saiu sem explicações claras. Espero um dia vê-lo novamente...

Chegando em casa eu sentei em um canto para pensar um pouco, aparentemente meu olhar vazio e perdido chamou a atenção do meu pai.
–O quê aconteceu?
–Eu perdi um.-disse friamente. Meus olhos se encheram de lágrimas e meu tom de voz mudou para choroso.-Pai...-minha voz saiu rouca e trêmula.-...Eu não sei se posso fazer isso...
–Dark... Por quê não? Você... Gostou de alguém?
–Não é isso, pai... Eles são meus amigos... Meus primeiros em dezessete anos...
–...Você prefere não fazer isso...?
–Hum rum...
–Pois bem. Venha aqui, querida.-eu levantei quase caindo e caminhei até ele. Ele acariciou meu rosto... E me deu um tapa. Isso deixou um corte fundo e grande na minha bochecha, o sangue escorreu até meu peito.-Não precisa mais. Eu nunca deveria ter deixado uma de sangue impuro fazer trabalho de demônio. Você não precisa se preocupar com nenhum de seus amigos, não vou tocar neles. Apenas... Nunca mais vai me ver. Darkness, você só tinha uma missão...-ele sumiu. Eu apenas me encolhi abraçando os joelhos, chorando feito uma criança. O quê eu vou fazer agora...?


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