"You can touch me with slow hands
Speed it up, baby, make me sweat."- Demi Lovato

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Abri a porta de casa e encontrei papai na poltrona mexendo em seu computador e Mimi lia uma revista. Joguei a mochila perto da porta e corri até meu pai.  

—Oi ursinha.- ele beijou uma bochecha. 

 Olhei para o notebook e ele havia trazido trabalho para cara de novo. Beijei uma cabeça e alisei seu cabelo. 

—Como foi o seu dia?- perguntei. 

—Igual, a Sonic boom anda me trazendo muito trabalho.  

—Entendo pai.- olhei para Mimi e falei com ela: -E o seu dia Mimi?- sentei ao seu lado e abracei, não considerava ela minha mãe, mas queria ter um bom relacionamento com ela.  

—Na Moon colchões estou precisando de ajudante, está sendo um saco.- revirou o olhos. 

—Bom, boa sorte com sua procura.- falar sorrido. 

—E o seu querida como foi?- perguntou Mimi largando a revista. 

—Fui parar na detenção.- disse afrouxando a gravata e abri o colete. 

—Por que?- agora foi a vez de papai largar o computador e me dá atenção. 

—Porque cheguei três minutos atrasada pai. Três drogas de minutos pai, eu estava tirando uma duvida de matemática, mas a professora não entendeu. 

 Alguém pergunte quem foi. Alguém pergunte quem foi. Alguém pergunte quem foi. Torci mentalmente, estava louca para fazer queixa da Bianca na frente a Mimi. 

—Posso resolver isso querido.- falou Mimi ao ver a cara de irritação do meu pai- Qual foi o professor querida? Amanhã vou levar você e fala com o diretor. 

—Foi a...- não completei a frase por Austin atravessou a porta da sala assim e Bianca saiu do corredor que dava para a cozinha. 

 O que essa idiota estava fazendo aqui? Ela não tem casa não? E o que ela estava fazendo na cozinha? 

—Amor.- comemorou Bianca e foi para cima do Austin e tacou um beijo em seus lábios. Droga! Deveria ser eu a fazer isso toda noite. Eu moro com ele. 

—Por favor, alguém me recebe assim todos dia.- falou Austin sorrindo animado. 

 Ele amava ela, não escondia de ninguém e seu olhar para ela o denunciava. Eu queria ser ela. 

—Oi filho. Como foi na faculdade?- perguntou Mimi. 

—Oi mão.- ele foi até a mãe e beijou sua bochecha, eu amava o jeito carinhoso que ele tinha com a mãe dele- Foi normal, fiz um milhão de coisa e aprendi quatro assuntos. 

—Viu só Lester, eu tenho um filho inteligente.- se gabou Mimi sorrindo. 

—Estou vendo. 

Meu pai e Austin tinha um bom relacionamento, mas nesse momento, ele me encarava com raiva, não se mim, mas sim da Bianca. Ele tecnicamente não sabia que era ela, mas nesse momento ele odiava o professor que havia me enfiado na detenção por causa de três minutos. 

—Querido, mude essa cara. Amanhã vou no colégio resolver.- falou Mimi. 

—Eu vou Mimi, três minutos não são nada. Quando ver esse professor de merda nem havia começado o assunto. 

—A regra do colégio é quinze minutos de tolerância apenas na primeira aula, no troca de horário não conta.- Falou Bianca e eu quis matar aquela ridícula ali mesmo. 

—Pai, esquece isso.- levantei, passei pelo casal que haviam voltado a se abraçar e pego minha mochila.- Vou subir para o meu quarto e tomar um banho, Logan chega em uma hora. 

—O que o Logan vem fazer aqui?- perguntou Austin falando comigo pela primeira vez. 

—Ele é meu professor de matemática, se ofereceu para me dar aulas particulares, eu apenas aceitei.- falei sem paciência, eu não devia satisfação alguma para Austin. 

—Ele é seu professor?- perguntou Austin se soltando de Bianca e vindo em minha direção.- Ele pode? 

—Por que não Austin? Tem um diploma e licença para ensinar, pode ser o professor de qualquer um.  

—Mas ele gosta de você.- ele pareceu um pouco irritado- Ele está com segundas intenções.- afirmou. 

—Não vou ficar com meu professor, Austin.- olhei para meu pai- Tudo bem para você eu ter essa aulas pai? 

—Por mim tudo bem.- papai já havia voltado sua atenção para o notebook dele. 

 Comecei a subi as escadas, mas ouvi passos vindo atrás de mim e parei. Olhei para trás e vi Austin me seguindo, Bianca vinha logo atrás. 

—Bianca espera aqui em baixo.- falou Austin sem olhar a namorada. 

—Bianca querida, você pode ir terminar a lasanha, posso te ajudar.- falou Mimi. 

 Voltei a subi as escadas sem esperar a resposta dela, não queria mais ouvir a voz dela. Fui em direção ao meu quarto, mas Austin me impediu. 

—Você não gosta dele não é? 

—Qual é o seu problema? 

—Você é como se fosse minha irmã, preciso cuidar de você. Ele gosta de você! E é mais velho pra caralho. 

Irmã, eu odiava esse titulo. Eu queria ser dele. Mulher dele. O amor dele. Não uma pirralha que ele considera como irmã. Odiava o fato de Bianca existir. Odiava o fato de gostar dele. Odiava a distância de idade. 

—Olha, eu não gosto dele. Ele é apenas meu professor, e você já disse ele é velho pra caralho. 

 Ele deu um passo em minha direção, eu não sei o que foi aquilo, mas meu corpo reagiu a sua aproximação. Dei um passo para trás. 

—Não quero ele te dando aulas, Ally.- falou por fim. 

 Ele não olhava para meu olhos, minha boca havia ganhado toda a sua atenção. Oi?! Eu estava sonhando? Só podia estar. Já moro com ele a dois anos e nunca tivemos uma aproximação assim. Ele vai me beijar? Eu queria que ele me beijasse. 

Dei um passo para frente e ele um para trás. 

—Eu quero que ele me dê aulas. E por que isso te incomoda? 

 Larguei minha mochila no chão e dei outro passo, ela deu um enorme passo para trás e eu o segui. Eu estava intimidando ele. Maravilha. Eu iria beija-lo. Queria beija-lo. 

—Ele é seu professor.- deu a mesa desculpa, mas contávamos próximos um do outro e seus olhos em minha boca.- Você é como... 

 Foda-se 

 O beijei. Sem delicadeza alguma pedi passagem para minha língua, ele cedeu. Empurrei ele até a parede. Ele tentava me tocar, mas estava sem reação, já eu explorava cada parte da sua boca com a minha língua e a dele tinha o mesmo trabalho na minha. 

 Enfim ele me tocou e agora ele me empurrava contra a parede. Levou a mão até minhas coxas e puxou para cima. O ajudei e entrelacei minhas pernas em sua cintura. Deixou minha boca e foi até o meu pescoço e distribuiu beijos ali, até que senti uma chupada e acabei gemendo. Para abafar meu gemido ele beijou minha boca novamente. 

 Sua mão agora tocava em todas as partes do meu corpo. Minha parte sensível estava formigando, ansiava por ele e pelo seu toque. Ele segurou meu traseiro e me tirou da parede. Estávamos andando agora. Entramos em meu quarto. 

—Puta que pariu, o que estou fazendo?- se perguntou. 

 Ele estava tirando meu colete e logo puxou minha gravata. Eu tentava arrancar a camisa dele. Ele estava em transe, eu estava do mesmo jeito. Seus olhos eram puro prazer, eu estava proporcionando aquilo.  

 Me jogou na cama e puxou minha camisa, quebrando os pontos dos botões.  

—Levante-se- ordenou. 

 Levantei rápido e minha saia logo estava longe do meu corpo. Ele continuava sem a camiseta, mas agora tinha arrependimento em seus olhos. Não! Não! Entrei em desespero, eu queria ser dele. Aqui e agora.  

 Voltei a beija-lo e ele não me impediu. Ao contrario, ele me tocou bem lá. Gemi contra sua boca. Ele se afastou apenas para me observar. 

—Droga! Sabe o quanto eu quis te ver assim?- ele levou a mão até meu seio.- Foi difícil demais tirar isso da minha imaginação, mas você acabou de foder com tudo. 

Ele se virou e pegou a camisa. 

—Ei aonde você vai? 

—Eu não posso fazer isso Ally, eu sou velho. Você não merece isso, você merece alguém da sua idade.- falou, abriu a porta e foi embora.