DIGIMON - ALPHA escrita por Duki


Capítulo 3
Dois - O Guerreiro Luminoso


Notas iniciais do capítulo

Yoo!

Olha eu aqui mais uma vez. E como prometido, mais um capítulo de Digimon Alpha pra vocês!

Espero que gostem do capítulo

Tenham uma Boa Leitura!



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O sol ainda nem havia nascido quando Ethan despertou, os ruídos de folhas sendo amassadas chamaram sua atenção durante o sono. Para não acordar os outros o jovem caminha por alguns metros, seguindo na direção em que o som de folhas pisoteadas vinha.

— Vamos, você consegue! —

O som de vozes chama sua atenção e, caminhando mais um pouco, Ethan dá de cara com um belíssimo lago. – Belas árvores de topo baixo e folhas verdinhas, gramado muito bem cuidado e diversos tipos de flores rodeando o lugar. A água, de cor cristalina e muito transparente, permitia a visão do que acontecia no fundo do lago. Na parte norte algumas pedras amontoadas faziam uma espécie de rampa na qual alguns digimon marinhos praticavam salto.

— É muito alto! — Uma monstrinho marinho esbranquiçado e de topete alaranjado estava no topo do monte de pedras. Seu corpo é coberto por marcas roxas e na ponta de suas quatro patas, ou nadadeiras, ele possuía garras muito afiadas. — Eu não vou conseguir. — Gritava para os outros de sua espécie, esses que já estavam nadando na cristalina água do lago.

— Se demorar mais um pouco eu vou ai te empurrar! — Ameaçou uma das criaturinhas.

Ethan se aproximaria dos monstrinhos, socializaria com eles e tentaria fazer amizade, mas não teve chances, o estridente grito de Marsh chama sua atenção de volta para o acampamento, que é pra onde ele inicia uma rápida corrida.

Passando pelo mesmo caminho que fizera antes, desta vez sem ter tempo de desviar dos galhos das árvores ou das pedras no caminho, ele chega até o improvisado acampamento, dando de cara com uma cena de batalha.

— Onde você estava? — Marsh questionou irritada. A garota estava caída no chão, a barra de sua calça chamuscada e vários gravetos se misturavam com seu cabelo.

— Eu ouvi passos e fui ver o que era. — Tentou se explicar, mas não adiantara muito, já que nem fora ouvido.

Bolhas Fervidas! — Otamamon enfrentava, assim como Labramon, duas criaturas muito semelhantes a velas sobre um candelabro único e feito de ouro. O pequeno Anfíbio lança suas bolhas contra seus inimigos, esses que saltitam para o lado, desviando do ataque. — Eles são mais rápidos do que aparentam. — Afirmou boquiaberto.

— Nunca conseguirão nos atingir com ataques tão patéticos. — Um dos digimon de fogo diz enquanto que, com suas mãos erguidas, cria uma nuvem sobre sua cabeça, de onde várias bolas de fogo são lançadas.

— Vou mostrar quem é patético! — Se levantando após receber alguns golpes em cheio, o anfíbio de pele azul escura se levanta, não iria se deixar vencer.

Latido Sonoro! — O parceiro de Marsh usa seus golpes para dispersar as bolas de fogo lançadas contra si, também estava tendo dificuldades para enfrentar seus oponentes.

— O que vamos fazer? — Ethan levantava a morena com certa dificuldade, já que ela se chacoalhava descontroladamente tentando se soltar. — Nossos parceiros parecem não estar dando conta dos inimigos.

— Você acha que não reparei nisso? — A garota finalmente se livra dele com um empurrão. — Labramon, não desista! — Ela retirava os últimos gravetos de seu cabelo quando vê seu parceiro sendo atingido pelas chamas das velas mutantes. — Precisamos ajuda-los! — Diz, agarrando um pedaço de madeira, se pondo ao lado de Ethan, que já empunhava suas armas, duas pedras que apanhara no chão.

— Otamamon, não tente atacar de perto. — Instruiu o garoto, ele sabia muito bem que se o parceiro tentasse não teria chances.

— Tem um plano? — A morena indaga esperando alguma instrução.

— Eles são rápidos e também tem ataques poderosos, não teremos muitas chances contra eles se atacarmos separados. — Começou a explicar, seus olhos estavam fixos nos quatro inimigos. — Precisamos distraí-los primeiro, pra depois atacarmos.

— Deixa a distração comigo! — Otamamon gritou e, desobedecendo as ordens de seu parceiro se aproximou dos oponentes. — Vamos lá Candlemon, quero ver escaparem disso!

O pequeno anfíbio azulado para entre os tais Candlemon e faz algo inesperado, até mesmo para Labramon.

— Ele está cantando? — Marsh parecia confusa, assim como o loiro que, ao perceber que as velas mutantes começavam a cambalear para os lados, arremessa as pedras que tinha em mãos, acertando em cheio um dos inimigos. — Atacar? — A garota o encara.

— Atacar! — Confirmou com um grito de guerra, agarrando outras duas pedras que estavam próximas de seus pés e arremessando-as.

Latido Retri! — Aproveitando também a oportunidade para atacar, o cão de pelugem esbranquiçada o faz. As ondas sonoras lançadas pelo digimon atingem em cheio os quatro inimigos.

— Vamos lá, vocês conseguem! — A morena grita entusiasmada. — Só mais um pouco e venceremos!

Garra de Lava! — Como estava próximo o suficiente dos inimigos, Otamamon consegui acertá-los com seus ataques de garras, retaliando um por um dos inimigos, que explodem em data.

— Conseguimos! — Gritam todos juntos.

º º º

Após vencerem a batalha contra os Candlemon, Ethan e Marsh decidem que precisam se afastar do local. Em menos de um dia eles já haviam atraído cinco poderosos inimigos, que cada vez se tornavam mais difíceis de se vencer. O grupinho caminhava vagarosamente por entre as árvores, a maioria acinzentada e chamuscadas, com galhos secos e caídos por um caminho de grama torrada. Nem mesmo o céu azulado conseguia deixar a paisagem mais admirável.

— Essa foi por pouco! — Comentou o loiro enquanto caminhavam. Eles estavam seguindo um rastro de cinzas deixados pelos digimon de fogo. Pensaram que se seguissem os rastros, os digimon não apareceriam mais, já que possivelmente não passariam pelo mesmo lugar duas vezes.

— Aquelas velas ambulantes quase estragaram minha calça preferida. — A morena olhava para o chamuscado de sua calça, talvez tivesse um jeito de conserta-la depois.

— O importante é que vencemos Marsh. —

— Se pelo menos alguém não tivesse se distanciado do grupo, minha calça não estaria assim. — Ela fita o rosto de Ethan por um tempo, esperando alguma reação.

— Eu já pedi desculpas. — Sorriu sem graça. — Eu ouvi passos e fui ver o que era.

— Silêncio! —

— O que? —

— Quieto, não está ouvindo? — Marsh tapa a boca do amigo, o som de fogo queimando estava alto e também estava misturado aos gritos de socorro de alguém. — Alguém precisa de ajuda! — Ela começou a correr, seguindo em direção aos gritos de socorro.

— Ethan, se for algum inimigo não poderemos lutar. — Otamamon era carregado pelo parceiro, não tinha como correr tão rápido com suas pernas feitas para nadar. — Acabamos de sair de uma batalha, não temos força o suficiente.

— Você tem razão, seríamos massacrados. — Concordou, mas nem por um segundo sequer pensou em parar de correr. Se alguém precisasse de ajuda, eles iriam ajudar.

º º º

— Uma vila! — Exclamou a garota, ela fora a primeira a avistas as pequenas cabaninhas feitas de troncos de árvores com telhados de folhas e mini janelinhas e portinhas feitas de madeira mais clara.

— Nos ajude, por favor! — Um pequeno digimon, muito parecido com um broto, esverdeado e com duas folhas no topo da cabeça, corre até eles. — Nossa vila foi atacada e vários de nós ainda estão presos nas cabanas.

— Atacados? — Ethan ainda não havia notado as dezenas de cabanas em chamas e outras destruídas pelo fogo que já se apagara.

— Vamos ajuda-los! — Dessa vez é Marsh quem dava as ordens. — Vocês dois, ajudem aqueles ali a buscar água para apagar o fogo. — Comandou rapidamente, correndo na direção de uma das cabanas destruídas, de onde podia ouvir gritos e mais gritos de socorro.

º º º

A operação de resgate durou algumas horas, Ethan e seu parceiro conseguiam carregar várias folhas em formato oval e baldes cheios de água de um lago próximo até a vila, - nem conseguiram contar quantas viagens foram necessárias para apagar todo o fogo – Marsh, junto de Labramon foram responsáveis por salvar várias Tanemon – esse era o nome dos digimon – que estavam sob os escombros e também feridas pela vila.

No final de tudo, quando finalmente haviam controlado os focos de incêndio e reunido todos os sobreviventes, tanto Marsh quanto Ethan estavam dispostos a permanecer na vila até reconstruirem a maior parte do lugar.

O sol já estava se pondo quando conseguiram se reunir para descansar. — Muito obrigado escolhidos. — O aparente líder dos Tanemon estava frente a frente com os jovens, agradecendo por tudo o que fizeram para ajuda-los.

— Fizemos apenas o que achamos ser o certo. — Ethan terminara de comer uma fruta parecida com uma maçã quando disse tais palavras. — E vamos ficar aqui até conseguirmos reconstruir toda a vila. — Os outros concordaram.

— Muito obrigado mesmo, escolhidos. — Repetiu sorrindo.

— Bem, não podemos perder tempo. — Marsh se levanta sacudindo a poeira da roupa. — Temos que reconstruir um vilarejo! — Ela estava confiante e arrastara o loiro pelas ruas da vila, combinando o que fariam em cada parte da cidade para deixa-las ainda melhor do que já era.

— Esses dois nunca param? — Um dos Tanemon – esse tinha uma queimadura em uma das folhas no topo de sua cabeça – pergunta enquanto observa atentamente os dois humanos que começavam a arrastar pedaços de madeira e carregar pedras para o lados das, antes, casinhas de madeira.

— Eles são muito agitados. — Otamamon afirma após bocejar. O digimon estava completamente exausto e precisava de um descanso.

— Logo eles param com isso. — Dessa vez foi Labramon quem disse, o cão já estava deitado, encolhido em seu canto, pronto para dormir.

º º º

Os dois humanos nunca trabalharam tanto em suas vidas como nesse dia. Eles haviam conseguir reerguer cerca de cinco casinhas, dando ainda mais detalhes nelas, colocando pequenas pedras nas janelas para enfeitar, entalhando desenhos nas paredes e fazendo os telhados com folhas de diversas cores.

No fim, estavam exaustos, não conseguiam nem ao menos caminhar direito e seus olhos sequer se mantinham abertos. Ethan foi o primeiro a dormir, ele usara a parte macia de um cogumelo que achara como travesseiro e se deitara ao lado do parceiro, Marsh demorou um pouco mais, ela queria ter certeza de que todos estavam em segurança antes de dormir deitada em Labramon, o usando como travesseiro, já que o digimon é macio e bastante quente.

º º º

Em seu sonho, Marsh estava caminhando tranquilamente por uma enorme cidade, com grandes prédios e vários veículos passando pelas ruas. Ela estava com sua mãe, – uma mulher de meia idade, pele morena e cabelos avermelhados, lisos e bem penteados. Estava usando um vestido florido bege e sandália nos pés, também usa óculos de grau – estavam indo até o supermercado, pelo que ela se lembrava, iriam comprar suplementos para a viagem que fariam no final de semana.

— Marshel, corra. — A voz da mulher estava diferente, não era como a garota se lembrava. — Marshel, você precisa acordar! — Algo estava errado. — Marsh!

Num susto a jovem despertou, seus olhos arregalados e a visão turvar atrapalharam ela a distinguir o que acontecia no lugar, a única coisa que conseguia distinguir era os gritos de socorro.

— O que você está esperando? — Em meio aos gritos, a voz de Ethan se sobressai.

Passado o susto e com a visão retornando ao normal, a morena consegue finalmente avistar o causador de toda a algazarra – um digimon bastante grande, com a aparência de um javali, pelugem que passa do vermelho para o alaranjado, como se fosse feito de fogo, duas presas saindo da parte inferior de sua boca e uma placa metálica em sua testa – a criatura tinha cerca de três metros de altura e ateava fogo por toda a parte da vila junto de seus aliados, dez digimons pequenos, parecidos com a chama de uma vela, com olhos azulados e bocas costuradas nas laterais.

— Boarmon está atacando o vilarejo junto de alguns Demimeramon, precisamos pará-los — Labramon ajudara a parceira a se localizar, apontando para os inimigos e também para onde os pequenos Tanemon haviam se refugiados.

— Já entendi. — Ela afirmou. — Mas como se para uma criatura desse tamanho?

— Não perca a esperança, nós vamos proteger esses digimon custe o que custar! — O parceiro da garota havia conseguido animá-la, e agora iriam se livrar do problema.

Desintegrador Nasal!

Boarmon, como havia sido chamado, estava enfrentando Otamamon há um tempo e, mais uma vez, usava um de seus mais poderosos ataques, liberando de suas narinas uma grande quantidade brasas, que queimavam tudo o que conseguiam tocar.

— Você tem que barrar o ataque Otamamon, não podemos deixar que ele destrua ainda mais essa vila. — Ethan estava preocupado com a vila e com os Tanemon, o novo inimigo estava dando ainda mais trabalho do que os anteriores.

Bolhas Fervidas!

O anfíbio libera de sua boca uma grande quantidade de bolhas que, mesmo quentes, conseguiam apagar todo e qualquer fogo com o qual se chocassem. Foi o que aconteceu, suas bolhas conseguiram, por muito pouco, impedir que as chamas de Boarmon atingissem as reconstruídas casas dos digimon broto.

— Isso! — Comemorou. Mesmo tendo seu corpo um tanto chamuscado, o anfíbio estava contente por conseguir repelir o ataque inimigo.

— Perdi alguma coisa? — Marsh chega correndo, Labramon usava seu potente latido para afastar os Demimeramon que tentavam se aproximar das casinhas recém reerguidas.

— Só um pouco de festa. — Brincou.

Licor de Cura! — Ao notar a aparência chamuscada do amigo, Labramon utiliza um de seus mais poderosos ataques, esse que consome muito de sua energia. Com grande esforço, o digimon cria uma nuvem dourada sobre seus aliados e, delas, uma rápida chuva dourada cai, curando todo e qualquer tipo de ferimento causado neles.

— Valeu amigo! —

— Aproveite... —

Não tiveram tempo para trocar obrigados. Boarmon já estava enfurecido por haver um escolhido atrapalhando sua missão, de destruir a vila, e agora mais uma aparecera. Ele não os perdoaria.

— Ninguém fica no caminho de Boarmon! — Urrou. — Ataque Bala! — Iniciando uma intensa investida contra os escolhidos e seus parceiros, o inimigo consegue separá-los, seguindo direto para Marsh e Labramon, encurralando-os.

— Marsh! — O loiro tentou ir até eles, mas fora barrado pelos Demimeramon.

— Sua luta é conosco! — Gritaram todos ao mesmo tempo.

— Labramon, você está bem? — A jovem corria desesperada até o parceiro, o cão parecia bastante ferido e também exausto.

— Você será o primeiro a cair diante Boarmon! —

— Porque insiste em falar de si mesmo em terceira pessoa, otário? — Ele havia deixado a garota furiosa, seus olhos estavam fixos nos do inimigo e suas mãos já procuravam um pedaço de madeira ou uma pedra, suficientemente grande, para lhe acertar.

— Boarmon não é otário! — Falou o porco de fogo.

— Fica quieto! — A morena havia encontrado uma pedra, não muito grande, mas causaria grande efeito contra a criatura. — Vê se engole essa!

Marsh arremessou a pedra, não foi muito forte e também não muito calculado, acertou o focinho do javali, o que o deixou muito irritado.

— Como ousa machucar Boarmon? Boarmon não vai te perdoar por isso! —

O digimon ficara extremamente irritado com a ação da jovem, investindo contra ela e afastando-a ainda mais de seu parceiro, não dando espaço para que ela fugisse.

— Boarmon vai acabar com você! — Exclamou fitando-a, observando cada expressão de seu rosto.

— Boarmon não sabe nem falar direito. — Falou, zombando dele. — Como Boarmon acha que pode acabar comigo? — Gargalhou, mesmo com medo não se mostraria inferior. — Ahh! — O grito veio após quase ser atingida pelas presas do monstro. Ela só escapara por deslizar pra baixo no último momento.

— Ma... Marsh! — O parceiro da garota tentava se levantar, não podia deixar que ela se ferisse, teria que ajuda-la. — Eu... Eu vou salvá-la, Marsh! — Com muito esforço ele se levanta, seu corpo todo dolorido e seus músculos não querendo obedecê-lo.

— Não venha! — Ela gritava para o cão. — Você está muito ferido, não vai conseguir enfrenta-lo! — Alertou.

— Eu... Eu vou protege-la, Marsh... — Murmurou, mas o que queria era gritar. E conseguiu. — EU VOU TE SALVAR, CUSTE O QUE CUSTAR!

Nesse momento, o digivice no bolso do colete da jovem emana um intenso brilho. Tão forte quanto o brilho que envolve o digimon. Seu corpo começa a dobrar de tamanha, tomando quase dois metros e meio de altura, em torno de sua cabeça algo como uma juba cresceu, assim como um chifre no centro de sua cabeça, sua calda se tornou maior e volumosa, assim como os pelos em torno de suas patas. Agora, seu corpo tinha um tom de branco acinzentado e em tom claro, sua juba, calda e pelos em torno das patas em amarelo ouro e em seu rosto, no contorno de sua boca, narina, em torno dos olhos e suas patas ganharam detalhes em roxo.

— Labramon digivolve para... Seasarmon! —

— Seasarmon? —

Marshel estava impressionada com o que vira, seu parceiro havia evoluído ainda mais e agora estava quase do mesmo tamanho que Boarmon, seria até páreo para o inimigo.

Brilho da Bravura! — Iniciando uma feroz corrida, o recém evoluído Seasarmon avança contra o javali de fogo, seus olhos e patas brilhando intensamente uma luz branca enquanto ele tentava pisotear, de todas as maneiras, seu algoz. — Não vou deixar que machuque a Marsh.

De alguma maneira o digimon conseguiu se enfiar entre a parceira e Boarmon, ele acenara com a cabeça para a jovem, que por sua vez compreendera o recado, dando um grande salto, pulando sobre as costas dele.

— Vamos lutar juntos, Marsh! — Pediu.

— Sim! — A garota confirma. — Vamos acabar com esse Boarmon de meia tigela.

— Boarmon não será vencido por meros escolhidos! —

A batalha reinicia, o javali de fogo atacava incessantemente Seasarmon, suas chamas não causavam tanto dano nele e sua juba protegia a parceira, que apenas aguentava firme nas costas do digimon. Toda a parte da vila em que estavam havia ruído mais uma vez, nem parecia que eles haviam reconstruído o lugar, mas Marsh nem sequer pensava nisso agora, sua única preocupação no momento era derrotar o inimigo e salvar as plantinhas que estavam escondidas do outro lado da vila, onde Ethan enfrentava, agora, os últimos cinco Demimeramon que restavam.

— Vamos com força total Seasarmon! — A morena gritou, ela não se escondia mais atrás da juba de seu parceiro e encarava diretamente o inimigo.

— Certo Marsh. — Confirmou. — Esse será o ataque final... Brilho da Bravura!

No mesmo momento em que Boarmon inicia sua investida contra os dois, Seasarmon prepara seu ataque, aguardando pelo momento certo. 5: O javali de fogo bate seus cascos no chão se preparando para correr; 4: Ele avança em direção ao cão de luz e sua parceira; 3: Restam apenas alguns metros para o choque entre os digimon; 2: O corpo de Seasarmon começa a emitir uma intensa luz brilhante, quase tão poderosa quanto o mais fraco raio solar; 1: Os digimon estão frente a frente; 0: Vários feixes de luz são lançados contra Boarmon, o digimon é atingido em cheio pelas raios de luz e seu corpo explode em dados. Como se fosse combinado, Ethan e Otamamon exterminam o último Demimeramon que ameaçava a vila.

— Issa! — Comemoram. Marsh estava descendo de seu parceiro quando o loiro se aproxima.

— O que aconteceu com Labramon? — O garoto parecia confuso, ele encarava Seasarmon com admiração, seus olhos não conseguiam parar de encará-lo.

— Ele evoluiu. — Explica o anfíbio. — Nós digimon podemos evoluir várias vezes, porém. — Antes que pudesse explicar, Seasarmon retorna à sua forma anterior, Labramon. — Os digimon parceiros dos escolhidos quase sempre retornam para sua forma Infantil após um determinado tempo de evolução.

— Labramon, obrigada! — Marsh abraça o parceiro. — Obrigada por me salvar.

— Eu não deixaria aquele monte de banhas te machucar. — Afirmou sorrindo.

— Escolhidos! —

Os Tanemon ainda restantes na vila vem de encontro aos jovens, estavam saltitando felizes e tinham largos sorrisos estampados em seus rostos.

— Vocês salvaram nossa vila novamente. — O líder da vila era o mais contente ali. — Como podemos agradecer?

— Não se preocupe, Tanemon. — Ethan se sentara num pedaço de casa que fora arremessado durante a batalha. — Vocês não precisam agradecer, além do mais, a vila foi destruída de novo, nos é que pedimos desculpas.

— Não sejam tão modestos, você fizeram tudo o que podiam para ajudar. — Afirmou o brotinho líder. — Espero que fiquem mais uma noite conosco, fazemos questão de lhes oferecer o que temos de melhor para comer.

— Bem. — Marsh sente seu estômago roncar. — Já que estão oferecendo, vamos aceitar.

Sua barriga roncara tão alto agora que todos que estavam por perto puderam ouvir, gargalhando em seguida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!

Até o próximo capítulo!

Death Kid!



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