Hogwarts lê: The Cursed Child escrita por Luna Tolking


Capítulo 3
Capítulo 2: Apenas pelos doces (01/02)


Notas iniciais do capítulo

Oi! Bom, vocês devem estar se perguntando o porque de eu estar postando ao sábado. Eu irei explicar nas notas finais, pode deixar. :3

Quero agradecer aos comentários que estou recebendo! E são cinco favoritos e vinte e dois acompanhamentos. Isso me deixa super feliz.

Vamos a nossa leitura. Hoje está curtinho, eu reconheço isto, mas espero que tenham uma boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/708541/chapter/3

— Apenas pelos doces? O que isso pode significar? — Remus argumentou, um tanto confuso.

A mente de Hermione trabalhava a mil por hora. Pelo que ela entendia, a guerra havia sido ganha, tudo estava nos conformes. Ela olhou para Harry, que parecia ansioso com aquele livro. Encarou Rony, que parecia pensativo demais para seu gosto. O ruivo retribuiu o olhar dela, que desviou rapidamente.

O trem havia partido e agora uma nova fase na vida de muitos bruxinhos e bruxinhas estava para começar, inclusive de Alvo Severo e Rosa Granger-Weasley, que andavam pelos corredores do trem a procura de uma cabine. Os cabelos negros do menino cobriam-lhe um pouco os olhos verde esmeralda, que olhavam tudo sem perder nada do lugar. Rosa caminhava decidida, um olhar confiante e concentrado. Os cabelos ruivos e cacheados, cheios demais como de sua mãe balançavam com a brisa que circulava no corredor.

— Ele é exatamente igual a você. — Hermione disse para Harry. O Potter riu.

— E ela é exatamente igual a você, a não ser pelos cabelos ruivos. — retribuiu. Hermione sorriu sem mostrar os dentes.

A bruxa do carrinho de comida se aproxima. Ela, com seu típico coque de cabelos brancos na cabeça e um sorriso gentil. Parecia mais velha que o normal e empurrava seu carrinho de doces com gosto e orgulho.

— Eu nunca parei para prestar atenção nela. — Gina comentou.

Remus resmungou algo ináudivel, que foi ouvido por Tonks.

— O que? — ela perguntou. O ex-professor levantou os olhos, o rosto um tanto corado.

— Essa mulher me assusta. — ele disse. Alguns alunos riram, mas não era de certa forma uma piada. Dumbledore balançou a cabeça, sabendo bem o que o Lupin queria dizer com a mulher ser assustadora.

— Alguma coisa do carrinho, queridos? Torta de Abóbora? Sapos de Chocolate? Bolo de caldeirão? — ofereceu. Alvo encarou os sapos de chocolate com um olhar apaixonado, estendendo a mão para pegar. Rosa rolou os olhos, puxando o primo junto com ela. A fascinação de Alvo por chocolate era assustadora.

— Esse é dos meus! — Remus disse alegre. Harry soltou uma risada.

— Merlim, parem de interromper! — Moody rosnou.

— Al, nós precisamos nos concentrar. — Rosa falou, enquanto Alvo fazia mumuxo. 

— Concentrar em quê? — ele perguntou, achando aquela cena de Rosa um pouco exagerada. Queria ter comprado chocolate e não escutar as baboseiras da prima.

— Em quem escolher como amigos. Minha mãe e meu pai conheceram seu pai na primeira viagem no Expresso de Hogwarts, sabe… — explicou. Alvo parou de caminhar e tentou raciocinar o que a prima dizia.

— Isso é... — Gina começou e Harry completou.

— ...assustador.

— Que pensamento ridículo. — Minerva falou de modo decepcionado.

— Com certeza não fui eu quem disse isso a ela. — Mione falou.

Rony estava quieto. Rosa era, sem dúvidas, uma garota estranha e pouco educada para a idade. Se lembrava que tinha o mesmo pensamento na época, só que menos narcizista. Ele crispou os lábios, a orelha ficando vermelha a cada segundo. Rosa era, de fato, muito parecida com ele.

— Então nós temos que escolher agora de quem seremos amigos para sempre? Isso assusta um pouco.

Alvo achava que a prima estava enlouquecendo. Amizade não se fazia com o tempo? Rosa, por outro lado, parecia ter determinação nessa tal missão. Seu olhar inquisitor batia ferozmente sobre Alvo, que tinha os olhos arregalados e um rosto surpreso.

— Alvo parece-me ser um garoto de ouro. — Molly falou sorrindo de maneira orgulhosa. Harry lhe respondeu com o mesmo sorriso.

— Pelo contrário, é maravilhoso. Eu sou uma Granger-Weasley e você um Potter; todos vão querer ser nossos amigos, nós podemos escolher quem quisermos. — explicou com um olhar orgulhoso.

Hermione rolou os olhos. Fez uma anotação mental de que iria mudar aquele pensamento idiota. Surpresa, ela retirou aquelas ideias da mente. Rony não iria se casar com ela, não agora. Todavia, o ruivo continuava ali, mas seria por ela? Ou seria pela simples curiosidade?

— Um pouco, talvez muito narcizista. — Draco murmurou para si mesmo sobre a garota. Rosa parecia, ao seu ver, extremamente irritante.

— Então como nós vamos decidir qual compartimento entrar… — tentou raciocinar com a prima.

— Nós avaliamos todos e então fazemos nossa decisão. — disse, parando de frente a um compartimento. Alvo abre a porta para olhar uma criança loira e solitária envolta de muitos doces. Alvo sorri para o menino. O menino sorri de volta, o olhar brilhando em excitação com a ideia de ter suas primeiras companhias desde que chegou.

— Essa descrição... — Harry falou confuso.

Dumbledore olhou para Snape, que agora encarava Draco de maneira discreta. Seria possível? Se o menino fosse um Malfoy, então quer dizer que todo plano daquele velho biruta havia dado certo. A conversa sobre almas e pureza... bom, ele duvidava que Potter e Malfoy seriam amigos. Talvez eles tomariam as dores dos pais.

— Não podemos nos precipitar. — disse Gui na ponta da mesa. — Neville...

Neville sorriu e voltou a ler.

— Oi. Este compartimento está… — começou Alvo, que foi cortado pelo menino.

— Está livre. Somente eu. — respondeu rapidamente, tentando disfarçar o nervosismo e a ansiedade. Alvo nem ao menos notou quem era o menino que ele conversava, ao contrário de Rosa, que tinha uma carranca exposta.

— Que menino adorável. — Molly falou.

— Só não entendo porque Rosa parece chateada. — Hermione falou confusa. Na idade de Rosa, ela daria tudo para ter amigos. Demorou muito para conseguir a amizade de Harry e Rony.

— Ótimo. Então nós podemos… entrar… por um tempo… se tiver tudo bem?

— Tudo bem. Oi. — ele cumprimentou, vendo os dois entrarem.

Alvo se sentou na frente do garoto e estendeu a mão para ele de forma educada.

— Alvo. Al. Eu sou… meu nome é Alvo… — se apresentou.

— Oi, Escórpio. Quero dizer, eu sou Escórpio. Você é Alvo. Eu sou Escórpio. — ele se atrapalhou, estendendo a mão para Alvo. Logo, Escórpio se virou para a menina que o acompanhava. — E você é…

— Que nome engraçado. — comentou Zabini para Draco. O Malfoy sorriu em deboche, não queria dizer que tinha gostado do nome, mesmo que o menino parecesse um tanto pateta.

Neville continuava a ler. Os dois sonserinos pararem com o murmurinho e prestaram atenção.

O rosto de Rosa endurecia mais a cada minuto. Ela sabia muito bem quem era aquele menino e não estava disposta a se meter com ele. Lembrava-se dos conselhos do pai antes de embarcar, e ela iria seguir, como uma filha obediente.

— Rosa. — respondeu de maneira seca, sem estender a mão para Escórpio. O loirinho não se importou com a maneira que foi respondido e logo tratou de ser gentil, como sua mãe havia aconselhado.

— Eu não entendo! — Hermione resmungou inquieta. Apontou para Rony. — Você colocou esses pensamentos nela!

— Eu? Ela nem ao menos existe ainda!

— Querem parar?! — Neville falou com um ar autoritário. — Estou tentando ler!

Os dois bufaram, cruzando os braços e virando os rostos. Harry rolou os olhos e encarou Gina, que ria divertida para aquela discussão idiota.

— Oi Rosa. Você gostaria de um pouco das minhas Fantasias Debilitantes? — lhe estendeu o pacotinho de doces.

— Eu acabei de tomar café da manhã. Obrigada. — rebateu a Granger-Weasley, todavia, Escórpio não foi assim tão abatido. Ele verificou seus doces, tentando adivinhar do que Rosa gostava e qual deles ela não resistiria em aceitar.

Harry pensou em como aquele menino estava se esforçando. Queria que Alvo fosse amigo do tal Escórpio. Via que o loirinho era sozinho e estava ansioso para novas amizades. Talvez achando que Hogwarts melhoraria tudo, assim como fez na sua vida.

Muitas garotas no salão se pegaram soltando suspiros para o menininho fofo. Hermione ainda estava indignada por Rosa o tratar mal, por um simples capricho de Ronald Weasley. Molly parecia irritada também, mas o seu filho nem ao menos soltava argumentos de discordância.

Dumbledore achava toda a situação interessante. Sabia muito bem quem poderia ser o tal Escórpio, e isso, na sua não tão humilde opinião, seria um golpe irônico do destino.

— Eu também tenho um pouco de Choco-choque, diabinhos de pimenta e um pouco de lesmas gelatinosas. — ofereceu. Rosa abriu a boca para responder que não iria aceitar nada, porém, o menino continuou. — Ideia da minha mãe… ela disse: — ele começou a cantarolar como sua mãe fazia quando vinha com doces do Beco Diagonal. — “Doces, eles sempre te ajudam a fazer amigos.” — ele percebe que cantar foi má ideia, assim que viu as duas crianças o olharem de maneira estranha. — Ideia estúpida, provavelmente.

O rosto de Escórpio se tornou vermelho, enquanto ele encarava compulsivamente seus doces. Alvo via o quanto ele estava desesperado por amigos, e em um ato imprevisível, o Potter falou:

— Eu quero um pouco… minha mãe não me deixa comer doces. Qual você comeria primeiro? — perguntou de forma educada.

Harry sorriu orgulhoso. Pegou-se incentivando mentalmente aquilo. Dumbledore estava observando cada reação de maneira cuidadosa. Não queria deixar escapar nada.

Draco bufou de maneira invejosa. O Potter era perfeito. Porque o filho do Potter não seria?

Rosa cutuca Alvo fora do campo de visão de Escórpio, que agora estava feliz por ter uma resposta positiva.

— Fácil. Eu sempre considerei os diabinhos de pimenta como o rei do saco de confeitaria. Eles são doces de menta que fazem sair fumaça das orelhas. — falou rápido e com um ar inteligente. Alvo sorriu contente, amava doces. Com um aceno positivo, ele estendeu a mão.

— Ele parece a Mione. — Gina comentou vagamente. A Granger corou.

— Eu era assim? — perguntou.

— Era. — Harry confirmou, recebendo um tapa no ombro.

— Brilhante, então é esse que eu vou querer. — Rosa cutuca ele de novo. — Rosa, quer parar de me cutucar?

— Eu não estou te cutucando.

— Você está me cutucando e machuca. — rebateu o moreno. Escórpio de repente fica cabisbaixo. Ele havia entendido tudo.

— Parece que teremos algumas perguntas respondidas. — Dumbledore disse, fazendo um sinal com a mão para Neville continuar.

— Ela está te cutucando por minha causa. — murmurou tristonho. Alvo se virou para ele, ignorando o olhar da prima.

— O quê?

— Escuta, eu sei quem você é, então não é mais que justo você saber quem eu sou. — falou ele, cruzando os braços e tentando manter um olhar superior, o que não durou muito.

— O que você quer dizer, você sabe quem eu sou?

— Você é Alvo Potter. Ela é Rosa Granger-Weasley. E eu sou Escórpio Malfoy. Meus pais são Astoria e Draco Malfoy. Nossos pais… não se davam bem. — ele explicou. Rosa encarou Alvo, dessa vez tentando enxergar nele motivos suficientes para eles sairem dali e ignorar o Malfoy.

Draco abriu a boca em descrença. Escórpio era seu filho? O Malfoy sentiu uma sensação quente tomar conta de seu peito. Colocou a mão no braço da marca negra e sentiu como se todo aquele peso tivesse desaparecido. Ele teria um filho. A raiva de Rosa fazia sentido agora, ele só temia que ocorresse a mesma coisa com Alvo.

Harry de repente sentiu que aquela amizade poderia trazer riscos. Mas... o menino parecia ser bom. Não era como Draco. A dúvida tomava conta dele. Torcia que Alvo fizesse amizade e ao mesmo tempo pedia para que ele saísse do vagão.

— Um Malfoy. Isso sim é interessante. — Snape disse para si mesmo. Olhava de Harry para Draco com o cenho franzido.

— Isso é suavizar as coisas. — a garota explicou, fazendo um rosto acedo. — Sua mãe e seu pai eram Comensais da Morte!

— Eu disse! — Harry se levantou e apontou para Draco. O Malfoy pegou sua varinha e mirou nele. Harry fez o mesmo.

— Sr. Potter! Sr. Malfoy! Sentem-se! — Minerva disse de modo autoritário. Draco e Harry nem ao menos se mexeram.

— Confesse! Confesse que é um maldito comensal!

Draco ficou em silêncio. Aquele título não era algo que ele se orgulharia. Recebeu a marca por mero desespero.

— Potter! — Snape berrou da mesa. Harry o olhou com ódio, porém, abaixou a varinha. Com um olhar de raiva, ele disse:

— Eu espero que meu filho saia daquele maldito vagão. Não o quero com o filhote de comensal.

Draco tremia de raiva, mas se controlou. Guardou a varinha assim que viu Snape o fitar. Harry voltou para seu lugar, o salão agora estava tenso. Muitos alunos encaravam Draco como se o mesmo fosse uma ameba.

Escórpio se sentiu afrontado pela acusação. Com um rosto vermelho, o olhar arregalado e descruzando os braços, ele rebateu de maneira digna:

— Meu pai era… minha mãe não. — Rosa olha para o lado e Escórpio sabe o porque ela fez isso. Desesperado, ele deveria desmentir aquilo. — Eu sei qual é o rumor. E é uma mentira.

"Rumor?" Pensou Dumbledore. Aquela história ficava cada vez mais interessante. Os segredos e acontecimentos o respondiam inúmeras perguntas do Diretor.

Alvo olhava de uma inconfortável Rosa para um desesperado Escórpio. Sua curiosidade apitando de forma descontrolada. Estava claro para ele que sua prima odiava o Malfoy, porém, Alvo não tinha motivo ou argumentos para tal sentimentos. Ele colocou um chocolate na boca, dado por Escórpio de bom grado; agora, com mais confiança, o Potter perguntou:

— Qual… é o rumor? — colocou suas dúvidas no ar. Escórpio parecia triste em como Rosa o tratava e logo quis responder:

— O rumor é que meus pais não poderiam ter um filho. Que meu pai e meu avô estavam tão desesperados por um herdeiro poderoso, prevenir o fim da linhagem dos Malfoy, que eles… que eles usaram um Vira-Tempo para mandar minha mãe de volta…

— Isso é ridículo! — Draco protestou. Jamais iria fazer algo assim, e ele podia muito bem ter herdeiros.

— Isso que é desespero, em Malfoy! — Rony disse de maneira indelicada. Draco sentiu um ódio enorme do Weasley.

— Não existe nenhum vira-tempo. — Hermione falou. Aquela história não tinha pé nem cabeça.

— Eu me pergunto quem inventou essa historinha. — Gina disse em um tom seco. Havia gostado do menino, mesmo sendo um Malfoy. Todos tinham esperanças, certo?

— Mandar ela de volta para onde?

— Ele é lerdo igual a você. — Granger falou para Harry. — Mesmo que faça perguntas mais inteligentes.

Harry fez um bico magoado. Mas de fato, era verdade.

— O rumor é que ele é filho de Voldemort, Alvo. — respondeu Rosa de maneira impaciente. Um silêncio horrível e desconfortável se instalou no compartimento, Escórpio olhava ansioso para Alvo, que agora encarava a paisagem lá fora. Com um sorrisinho de lado, ele fez um comentário:

— Provavelmente é besteira. — disse, fazendo Escórpio relaxar um pouco. — Quero dizer… olhe, você tem um nariz.

As risadas no salão foram inevitáveis. Draco, por sua vez, achava aquilo um absurdo. Filho de Voldemort? Era ridículo! Como Hermione, ele pensava que aquela história não havia nem pé nem cabeça.

A tensão foi quebrada suavemente enquanto Escórpio ria, pateticamente grato pelo comentário desnecessário do Potter.

— E é igual ao do meu pai! — disse o Malfoy tocando seu nariz, ficando levemente vesgo por tentar ver. — Eu tenho o nariz dele, o cabelo dele, e o nome dele. Não que isso seja grande coisa também. Digo… problemas de pai e filho, eu tenho. Mas, no todo, eu prefiro seu um Malfoy que, sabe, filho do Lorde das Trevas.

Draco deu um meio sorriso. Parecia que Escórpio era sua mini cópia, mesmo que fosse um tanto inocente e ingênuo.

— Tudo isso que ele disse certamente não é motivo para orgulho. — Rony caçoou. Molly lhe mandou um olhar mortal.

— Certamente. Qualquer coisa é melhor que ser filho de Voldemort. — Tonks disse.

Harry parecia quieto. Não estava gostando da ideia de Alvo se meter com Escórpio, principalmente por conta desse rumor.

Escórpio e Alvo olham um para o outro e alguma coisa acontece entre eles. Os dois sorriem, ali, de repente, uma provável amizade surgia. Talvez o que Rosa havia dito tinha seu ponto de verdade, porém, ninguém escolhe suas amizades como se escolhe mercadorias em uma loja. Rosa, vendo que aquilo não traria benefícios em um futuro próximo, puxou a manga da blusa do primo de maneira nada delicada.

— Isso sim é um golpe do destino. — Dumbledore falou estranhamente alegre. Harry encarou Draco. Os dois fizeram rostos enojados, prometendo que aquela amizade entre os filhos jamais existiria.

— Sim, bom, nós provavelmente deveríamos sentar em outro lugar. Vamos, Alvo. — chamou.

Alvo parecia pensar profundamente. Olhou Escórpio, que fez um mumuxo para a reação da garota e voltou a contar seus doces, tentando ficar inerte daquilo. Ele remexia seus diabinhos de pimenta, pensando em como doces poderiam trazer um leve sabor de amargor quando queriam.

— Não. — respondeu Alvo de mameira autoritária. Rosa abriu a boca de forma descrente. — Eu estou bem, você pode ir…

Dumbledore quase bateu palmas para aquilo. Seria insamente interessante ver aquilo. Snape parecia surpreso com tudo. Harry não aprovava, muito menos Draco. A amizade daqueles dois seria o pior pesadelos deles.

Neville sorriu de lado e continuou sua leitura.

— Alvo, eu não vou esperar. — avisou ela. Alvo deu os ombros, olhando desafiador pela primeira vez para a prima. 

— E eu não esperaria por isso. Mas eu vou ficar aqui. — respondeu de maneira convicta. Escórpio encarava aquela situação um tanto maravilhado.

Rosa, por outro lado, achava que seu primo havia enlouquecido de vez. Algo havia mudado nele e ela estava preocupada com isso. Deu uma última olhada para Alvo e então deixou o compartimento com um rosto de raiva.

— Tudo bem! — respondeu, fechando a porta do compartimento de forma enraivecida. Não iria tolerar ficar a viajem inteira ao lado de Malfoy, nem mesmo pelo primo que agora estava biruta.

— Biruta é apelido! — Rony resmungou. Quem seria amigo de um Malfoy?

— Engraçado como a amizade vem de lugares inusitados. — Luna Lovegood disse de maneira sonhadora. Gina riu da amiga.

Escórpio e Alvo são deixados sozinhos olhando um para o outro incertos. Tomando coragem, o loiro diz:

— Obrigado.

— Pelo menos ele é educado. — Harry disse olhando de esguela para Draco, que ignorou.

— Não. Eu não fiquei… por você… Eu fiquei pelos seus doces. — consertou a situação. Escórpio riu, oferecendo alguns doces para o Potter.

— Ela é bem nervosinha. — apontou para a porta agora fechada. Alvo sentiu suas orelhas esquentarem.

— Sim. Desculpe. — pediu. Escórpio riu, ainda encarando a porta. Seu rosto se tornando um pouco patético e um sorriso se formando nos lábios.

Draco fez um rosto horrorizado. Era só o que faltava!

— Mantenha ele longe dela! — Rony acusou. Hermione ficou calada com aquela ação paterna de Rony. O ruivo até mesmo havia esquecido de Lilá, que não havia voltado até o momento.

— Ronald! — Molly brigou.

— Pode deixar Weasley. Isso nunca vai acontecer. — Draco falou de maneira convicta.

— Não, eu gosto. Você prefere Alvo ou Al? — perguntou, mudando de assunto. O Malfoy sorriu e jogou dois doces na boca.

— Alvo. — respondeu depois de pensar muito. O apelido "Al" agora era passado, um pouco idiota ao seu ver, ele deslumbrou Escórpio, que mastigava os doces com certa ansiedade.

— OBRIGADO POR FICAR PELOS MEUS DOCES, ALVO! — Escórpio gritou, enquanto fumaça saia pelos seus ouvidos.

— UAU. — Alvo disse risonho. Os dois comeram doces por toda a viagem, se esquecendo de Rosa e de toda o rumor envolvendo a família de Malfoy. Daquele dia em diante, Alvo Severo e Escórpio se tornaram amigos de coração e alma.

Neville deu uma pequena pausa,olhando todos. O título agora fazia mais sentido, porém, as revelações eram demais.

Draco estava feliz por saber que teria um filho. E infeliz por saber que ele seria amigo do Potter. A simples ideia de conviver com aquela gentinha lhe dava náuseas. Escórpio parecia ser um bom menino, todavia, nada daquilo o tirava do sério quanto aquele rumor idiota. Ele jamais seria capaz de tal coisa. No fundo, Draco amou seu futuro, e a ideia de que viveria em paz e sem as trevas bem na sua casa o davam certo alívio.

Neville coçou a garganta e voltou a sua leitura. Aquele capítulo seria um tanto longo e cheio de surpresas, pelo que parecia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom gente, deixe eu explicar o que aconteceu: amanhã (no caso, domingo) eu não vou poder entrar no Nyah!Fanfiction. Irei voltar apenas na Terça. 

Por este capítulo ter saído antes do previsto e ter sido pequeno, eu irei postar nessa semana a continuação dele e mais um capítulo, logo, no próximo domingo, teremos nossa postagem normal.

Esse capítulo não foi revisado ou escrito da maneira que queria por eu estar quase desmaiando de doente. Prometo que no próximo estaremos ricos em detalhes e com comentários mais significativoa. Acho que tive uma reação alérgica misturada com resfriado, estou dopada de remédios e tudo mais. Essas minhas duas semanas foram movimentadas por terem sido a reta final do terceiro bimestre na minha escola. Terceiro ano, quero sair logo! Haha

Estou torcendo para estar melhor na Segunda e terminar a segunda parte do capítulo para postar na terça. Logo, o capítulo bônus deve sair da Quinta ou Sexta. Quem sabe eu pegue o fio da meiada e consiga postar na Quarta?

E quem gostou do Escórpio? Ele fala demais, não é? O Malfoy me lembra vagamente a Hermione no primeiro livro/filme, o que me dá certa nostalgia. Rosa, porém, é o Rony misturado a Hermione, eu nem sei mais! ~tosse

Mais uma vez me desculpe o imprevisto. Como disse, estarei recompensando vocês com um capítulo bônus no meio da semana.

Pergunta: Para qual casa vocês acham que Alvo vai cair? E Rosa? E Escórpio?

Comentem! Digam o que acharam! Favoritem, acompanhem e façam um autor feliz! Sei que os sorrisos que farei ao receber tudo isso serão meus remédios.

Um grande beijo e até o próximo!