Hogwarts lê: The Cursed Child escrita por Luna Tolking


Capítulo 2
Capítulo 1: Epílogo ou Prólogo?


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Quero agradecer aos nove acompanhamentos e aos favoritos, além dos dois comentários lindos que recebi em minha notificações. Fiquei muito feliz quanto a toda essa movimentação.

Esse capítulo foi escrito calmamente, pois foram as duas primeiras cenas do Ato um, sendo assim, o epílogo um pouco modificado. Claro que a narrativa feita por mim jamais irá se comparar com a J.K Rowling. Sou uma meres mortal em um site de fanfics. u-u

Espero que gostem! Boa leitura!



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O outono chegou cedo naquele ano de paz.

— Ano de paz? — Hermione inqueriu. Aquilo poderia significar muitas coisas. Harry, agora interessado na repentina leitura, ficou ereto na cadeira.

— É o que está escrito aqui. Ano de paz. — Luna respondeu, um sorriso sonhador tomando seus lábios.

Dumbledore pensava se tudo havia dado certo, afinal. O simples pensamento de que a paz estava reerguida o fazia pensar em muitas teorias. Esse tipo de pensamento rondava a mente da Granger, que agora tentava desvendar enigmas que nem ela mesma sabia que existiam.

Harry estava inquieto. Se aquele livro era sobre mais de vinte anos no futuro, e havia começado daquela forma, não haveria nada de ruim que pudesse impedir. Sorriu por dentro. Seria possível?

Luna por sua vez, voltou a leitura.

A manhã do dia primeiro de setembro estava revigorante e dourada como uma maçã.

— Maçãs são vermelhas. — Rony disse como se aquele comentário fosse mudar muita coisa.

— Podem ser verdes também, Weasley. — Draco murmurou de sua cadeira, rolando os olhos. Zabini soltou uma risada discreta, e logo mais ninguém notou a movimentação na mesa da Sonserina.

— Dia de ir a Hogwarts. — Harry falou sorridente, esquecendo-se de repente de tudo que estava acontecendo naquele ano conturbado. Parecia que a escola estava ali para isso, acalmar o coração pertubado e condenado do jovem.

— Os meus melhores anos, sem dúvidas. —Remus falou de modo sonhador. 

A família com cinco integrantes andava pela estação ativa e lotada. Havia muitas pessoas tentando ir para algum lugar. Dois carrinhos com seus malões eram carregados por dois meninos de idades diferentes. Seus nomes eram Alvo Potter e Tiago Potter.

— Potter? — Harry perguntou de repente, ganhando uma cor pálida. Rony deu um sorrisinho sacana.

 — Parece que alguém aqui vai tirar o atraso. — disse de modo brincalhão. O olhar de Harry bateu em Gina, que estava com um rosto sereno e calmo, como se estivesse se preparando para algo psicológico. 

— Certamente que esses são filhos de Harry. Tiago e Alvo... quem mais iria dar nomes assim para os filhos? — Hermione disse com um sorriso. — Sinceramente Harry, você é péssimo com nomes.

— Ei! — Harry protestou. Remus, que estava ao seu lado, deu dois tapinhas nas costas dele. Dumbledore ria para a agitação, e ficava feliz com o repentina homenagem que recebeu do aluno.

— Eu gostei. — falou o Lupin e Harry agradeceu com o olhar. — Senhorita Lovegood...

— Claro Professor. — ela disse, fazendo Remus ficar um pouco rubro.

Um homem de trinta e sete anos, tinha sua filha, a mais nova dos Potter, em seus ombros. Seu nome é Harry Potter e a menina se chamava Lílian Potter.

— Agora sabemos que é você cara. — Simas impôs o fato.

— Fico feliz pela família que formou Harry. — disse Luna com um olhar gentil.

— Eu também fico. — falou o moreno com um sorriso bobo. Ele formaria uma família, afinal de contas. Aquela história estava se saindo, até o momento, melhor do que esperava.

A menina ria para a confusão que se seguia com a conversação dos irmãos. Sua mãe, Gina Potter, vinha logo atrás, um tanto divertida também.

— Minha menininha! — Molly falou emocionada. Harry alargou um sorriso, enquanto os Weasley homens presentes o olhavam duvidosos. Arthur mandou um sorriso torto ao garoto, como quem dizia que estava tudo bem.

— E-Eu... — Gina gaguejou. Encarou Harry. Esse a encarou devolta. — Iremos nos casar.

— Eu sei. Quero dizer, é mesmo. — falou o menino atrapalhado. Algumas pessoas do salão riam com a confusão. Minerva deu um sorrisinho discreto. Sempre achou que aqueles dois ainda teriam algo, e pelo visto estava certa. Luna voltou a sua leitura assim o salão se acalmou (e Gina e Harry retomaram a suas cores normais).

Os trouxas que os olhavam jamais saberiam que ali estavam a família mais famosa do mundo bruxo.

— Era de se esperar. — Molly falou compreensiva. 

— Pelo visto nada mudou em relação a fama do Potter. — Draco falou de maneira maldosa. Harry sem ao menos se virou. Estava cansado de Draco Malfoy lhe pertubando por longos seis anos. 

Foi ouvida uma risada debochada vinda de Tiago. Alvo fez um mumuxo.

— Pai. Ele continua dizendo. — disse com um tom sofrido. Harry se virou para Tiago com um rosto duro, tentando demonstrar sua autoridade.

— Tiago, dá um tempo. — inqueriu para o filho travesso. Este apenas o encarou com um olhar inocente, de quem não fez nada a ninguém.

— Parece até mesmo o próprio avô. — Snape sussurrou para si mesmo com uma carranca exposta. O menino era extremamente mimado, até mais que o próprio Harry. Torcia para que não desse aulas aos futuros pestinhas, mas duvidava que estivesse vivo ou até mesmo solto por ai. 

— Você praticamente fez um novo Tiago Potter. — Remus comentou risonho, o olhar cheio de boas lembranças. 

— Só disse que talvez ele vá para a Sonserina. — explicou Tiago como se aquilo fosse a coisa mais comum do mundo. — E ele pode… tá bom. — desistiu assim que viu o olhar de seu pai. 

— O que ele quer dizer com "ele pode"? — Harry falou um tanto confuso. 

— Todos os alunos podem entrar em qualquer casa, Potter. — Minerva explicou.

— Mas é a Sonserina...

— Iremos deixar isso de lado por enquanto. Pelo visto o pequenino ainda está chegando na estação. — interrompeu o Diretor, e Harry se calou. 

Alvo, que agora estava mais calmo após a chamada de atenção com seu irmão, se virou para a mãe com um olhar um pidão.

—  Vai escrever para mim, não vai?

Algumas meninas soltaram suspiros. O menino era extremamente fofo e inocente. Gina soltou uma risada, aquilo era seu futuro, pelo visto. E ela estava contente com ele.

— Todo dia, se quiser. — falou Gina com um sorriso gentil. Alvo logo a cortou um pouco desesperado.

— Não, não todo dia. Tiago disse que a maioria das pessoas só recebe cartas de casa uma vez no mês. Eu não quero que…

— Parece que ele se preocupa com sua imagem. — Hermione falou meia desgostosa, meia feliz. — Mas... todo dia? Sério Gina?

— Estou até parecendo minha mãe. — a ruiva respondeu e Molly lançou um olhar magoado para a filha.

— Está vendo Arthur? Nos preocupamos, nos esforçamos e é assim que retribuem. — choramingou a mulher. 

— Deixem a Lovegood ler. — Moody rosnou para aqueles que estavam interrompendo. Draco se afundou na cadeira. Mesmo que soubesse que aquele não era o homem responsável pelo incidente da doninha, ele não queria testar a paciência dele.

— Nós escrevíamos para o seu irmão três vezes por semana ano passado. — Harry explicou, já presentindo que aquilo era mais uma das brincadeiras de seu filho mais velho.

— O quê? Tiago! — Alvo olha acusadoramente para Tiago, que ri daquela maneira debochada e despreocupada dele.

— Ele é Tiago Potter totalmente. — Remus falou com um olhar pensativo. — Imagino como deva ser esse menino, já que conheci seu pai...

— Sim. — Gina respondeu concordando com o marido e reforçando o que ele disse. — E você não acredite em tudo que ele lhe disser sobre Hogwarts. Ele gosta de gracinhas, seu irmão. — aconselhou.

— Percebemos. — Rony comentou gratuitamente. 

Tiago mantinha-se com um sorriso estampado em seu rosto. Os cabelos estavam mais bagunçados do que nunca, e ignorando a fala de sua mãe, ele a encara e pergunta:

— Podemos ir agora, por favor?

— Ir? Pra onde? — Neville perguntou confuso.

— Para Hogwarts seu paspalhão. — Pansy respondeu da mesa da Sonserina. Neville a olhou com certo rancor.

Alvo olha para seu pai e depois para sua mãe. Ele também queria ir logo, todavia, não fazia ideia de como. Seu pai fez questão daquele momento ser surpresa. O Potter do meio estava ansioso. Os olhos verdes cintilavam em direção a mãe dessa vez, que se agachou um pouco e se equilibrou no salto, apontando para a pilastra entre as plataformas nove e dez.

— Tudo que você tem de fazer é andar direto para a barreira entre as plataformas nove e dez. — ela explicou. Alvo encarou a parede com certa desconfiança.

— Estou tão animada! — Lílian falou com um sorriso estampado no rosto, descendo dos ombros de seu pai e se posicionando ao seu lado.

— Não pare e não tenha medo de que você irá bater nela, isso é muito importante. É melhor correr se você estiver nervoso. — Harry aconselhou.

Aquele momento para outros bruxos era apenas algo comum e nada significativo, mas para Harry e sua família, era tão especial quanto uma ceia de Natal. O filho do meio olhou para a parede e esperançoso sobre sua coragem e determinação, afirmou:

— Estou pronto.

— Isso é bom. — Harry falou de repente.

— O que é bom? — Hermione perguntou curiosa.

— Ter alguém o guiando na hora de atravessar a barreira. Eu sei que no meu primeiro ano tive a Sra. Weasley, mas... — o moreno sibilou, tomando cuidado com as palavras.

— Entendemos Harry. Nada melhor do que nossos pais. — falou Arthur calmamente.

Harry e Lílian põem suas mãos no carrinho de Alvo — Gina no de Tiago — e juntos, a família correu rápido para dentro da barreira. Nenhuma surpresa foi quando os cinco passaram direto, dando a vista para um glorioso Expresso avermelhado e grande.

A estação, que estava coberta de uma grossa fumaça branca lançada pelo Expresso de Hogwarts, era grande e espaçosa. Estava lotada — mas ao invés de pessoas em ternos bem alinhados indo para o dia de trabalho — agora eram ocupada de bruxos e bruxas em vestes comuns, a maioria tentando dizer adeus aos seus amados descendentes.

— Então é isso. — Alvo falou olhando a sua volta com certo explendor.

— UAU! — Lílian exclamou de maneira excitada.

— Sua filha é muito engraçada, Gina. — Luna falou deixando de olhar para o livro e se virando para a amiga. A Corvina e a Grifana eram amigas desde quando montaram a AD. A ruiva sorriu para a loira em agradecimento.

— Plataforma Nove e Três Quartos. — disse o menino, deslumbrando todo o local. 

— Onde eles estão? Eles estão aqui? Talvez eles não vieram? — Lílian perguntava, olhando para os lados de maneira preocupada. Onde estavam?

— Quem são "eles"? — perguntou-se Rony confuso.

— Quem sabe seja até você mesmo Ron. — Harry falou travesso. Estava preparado para caçoar do amigo. Esperava que ele tivesse casado e tivesse filhos também.

Harry aponta para uma família um pouco no canto da estação. Os cabelos ruivos característicos de Ronald Weasley logo foram notados pela Potter menor. Lílian corre depressa para eles, aos protestos de Gina.

— Tio Rony! Tio Rony! — Rony se vira em direção a eles enquanto Lílian se atirava nele. Ele a pega em seus braços e a rodopia  no ar com uma gargalhada característica dele.

— Até que enfim eu apareci. — Rony resmungou meio magoado. — Será que eu tenho filhos também?

Lilá Brown, a atual namorada de Rony, se jogou aos braços do ruivo de maneira emotiva.

— Ron-Ron, será que estamos casados? — falou ela com um tom esperançoso. Gina e Hermione a encararam com puro desgosto.

— Certamente que se estivesse casada com Rony, eu não teria um relacionamento tão amigável. — resmungou a ruiva cruzando os braços.

Hermione ficava mais vermelha a cada segundo. Harry, que estava ao seu lado, pegou sua mão, em um simples pedido silencioso de "Se acalme". Hermione o olhou e sorriu agradecida, mas logo voltou ao seu semblante mal humorado ao ver os fatos: Rony poderia estar casado com a histérica Lilá Brown.

— Se não é minha Potter favorita. — disse o ruivo com certa alegria. Rony, mesmo que tenha envelhecido alguns anos, ainda tinha um tom de voz jovem e um sorriso estampado no rosto.

— Você tem um truque pra mim? — Lílian perguntou, retirando uma mecha de cabelo ruivo que estava incomodando seus olhos. Rony a olhou com mistério.

— Você já conhece o nariz rouba-fôlego certificado pela Gemialidades Weasley?

— Eu não acredito que a loja andou para frente! — Gui comentou alegre. Estava orgulhoso de seus irmãos mais novos. As Gdmialidades Weasley eram sem dúvidas, a melhor loja de logros que existia.

— O que quer dizer com "o nariz rouba-fôlego"? Nada certificado por Fred e Jorge pode ser seguro. — Molly protestou, olhando de maneira rigorosa para Rony. Ele deu os ombros. Aquilo era o futuro, ele não poderia saber. 

— Parece ser genial. — Tonks falou para Remus, que assentiu de modo risonho.

— Com certeza. Senhorita Lovegood, se possível... — Dumbledore pediu. Luna assentiu e voltou a ler.

Antes mesmo de Rony começar o seu truque, ele foi interrompido por uma voz fininha e muito indignada:

— Mãe! O papai está fazendo aquele truque idiota de novo. — Rosa protestou. Os cabelos cacheados e cheios, os olhos de uma típica sabe-tudo e a astatura baixa, todavia, ainda sim alta para as crianças de sua idade.

— Oh! Mais uma netinha! — Molly falou emocionada.

— Como se encher mais aquele casebre deles fosse algo bom. — Draco murmurou para si mesmo. Ultimamente estava assim. Não queria toda aquela atenção para ele. Estava com raiva. Era claro que o Potter teria uma vida perfeita. Duvidava que com ele fosse igual. Provavelmente estava em Azkaban, ou pior, morto. Draco balançou a cabeça de maneira que espantasse aqueles pensamentos e nem ao menos notou quando a louca Lovegood voltou a ler.

— Você diz idiota, ele diz glorioso, eu digo algo entre os dois. — uma outra voz se fez presente. Hermione Granger (agora Weasley) ria discretamente do marido, que segurava Lílian nos braços com certa dificuldades.

— O quê?! — Lilá gritou indignada. Rony sentiu suas orelhas ficarem vermelhas. Hermione desejou se esconder atrás de seus cabelos castanhos e volumosos. — Ele é meu namorado! 

— Pelo visto no futuro não é mais. — Gina disse com certa alegria estampada na voz. Só de pensar que Hermione fosse sua cunhada, lhe dava alívio. Mione era sem dúvidas muito melhor que Fleur ou Lilá. 

— Olha aqui garota...

— Senhorita Brown! Contenha-se! — Minerva pigarreou. Lilá olhou da Professora para Rony. De Rony para Gina. De Gina para Hermione. Com o rosto tão vermelho e os olhos marejados, a Grifana saiu correndo do salão principal.

— Droga, olha o que você fez! — Rony falou apontando para Mione. A castanha arregalou os olhos.

— Eu não fiz absolutamente nada. Ela começou a chorar por si mesmo. — inqueriu a menina com um tom indignado. — Se não quer esse futuro, vai atrás dela.

Rony olhou para a porta. Olhou para Hermione. Ele não poderia mentir. Queria mais do que tudo aquele futuro. Suspirando  de maneira cansada, ele coçou a nuca de modo distraído.

— Eu estou curioso e quero terminar o capítulo. Depois eu vou atrás dela. — falou, pondo em ação todo seu orgulho. Hermione fungou, mas nada disse. Pediu que Luna continuasse aquele livro que com certeza traria muitas novidades e posteriormente, problemas.

— Espera aí. Me deixa só sentir esse… ar. E agora é só uma simples questão de…Desculpa se cheirar levemente a alho… — ele soltou o ar na cara de Lílian que riu.

— Você cheira a mingau de aveia. — falou ela, fungando um pouco. Rony sorriu travesso.

— Bing. Bang. Boing. Senhorita, prepare-se para não conseguir respirar nem um pouco.— ele coloca os dedos entre o nariz dela, em seguida o arrancando.

— Onde está meu nariz? — a ruivinha pergunta entrando na brincadeira.

— Tadã! — a mão dele está vazia. É um truque bobo, na opinião de todos em volta, mas que diverte a vera. Rony logo coloca a mão entre o nariz de Lílian, devolvendo-o ao seu devido lugar. A menininha pula para o chão e diz:

— Você é bobo.

— Isso é um fato. — Gina caçoa. Harry ri da piada. 

— Ei! Isso é algum complô? — reclama o ruivo. O salão começa a rir do garoto.

— Todos estão nos encarando de novo. — Alvo reclama, se encolhendo. Não gostava nada da ideia de ficar sendo encarado por onde passava.

— Entendo. — Harry diz meio sombrio.  

— É por minha causa! Eu sou extremamente famoso. Meus experimentos com nariz são legendários!

— Eles certamente são uma maravilha. — Hermione concordou não querendo ir contra o ruivo.

Harry se virou para o velho amigo e perguntou de maneira rotineira:

— Estacionou sem problemas?

Algumas pessoas do salão soltaram risadas. Harry nunca pensou que viria a falar coisas tão banais com o amigo. Geralmente estavam muito ocupados tentando salvar a pele de Voldemort ou de bruxos das trevas.

— Estacionei. Hermione não acreditava que eu pudesse passar no teste de direção Trouxa, acredita? Ela pensou que eu teria que confundir o examinador. — ele falou de modo magoado. Hermione se virou para ele com um olhar inquietante.

— Eu não pensei nada disso, eu tenho completa fé em você. — retrucou ela, passando a mão no cabelo cacheado e olhando decepcionada para a fala anterior do marido.

— E eu tenho completa fé que ele confundiu o examinador. — disse Rosa convicta.

— Ei! — Rony protestou se virando para filha que mantinha um olhar duro.

— Ei! — o jovem Rony repetiu. Alguns alunos riram. 

— Devo concordar com ela. — Hermione falou, brincando com suas vestes. Concordar com a filha. Merlim! Ela teria uma filha! Com Rony! Isso era de fato surreal em sua mente.

As brincadeiras e discussões se seguiam naquela parte da estação. Harry estava distraído ouvido Rony narrar como recebeu uma multa por infligir uma norma bruxa sobre vendas de poções mata-aula, quando sentiu alguém puxar suas vestes um pouco inquieto.

— Pai… — Harry olha para baixo para se encontrar com os olhos intensamente verdes de seu filho do meio. — Você acha… e se eu for… E se eu for selecionado para Sonserina…

— Vejo que ele tem o mesmo medo que você teve Harry. — Dumbledore disse de modo cuidadoso. 

— Eu não sei realmente o que sentiria se ele entrasse para Sonserina. Na verdade, eu nem ao menos sabia que seria pai, quanto mais passar por algo assim... — falou Harry. Dumbledore o fitou por trás dos oclinhos meia-lua, os olhos demonstrando um brilho diferente que o normal.

— E o que há de errado nisso? — falou Harry de modo despreocupado.

— Muita coisa errada! — Rony berrou um tanto emburrado.

— Ronald Weasley! — Molly ralou com o filho, que nem ao menos se virou para encarar a fera. 

— Sonserina é a casa da cobra, de Magia das Trevas… não é a casa dos bruxos corajosos. — falou ele como se fosse óbvio.

— Vejo que nossa fama não mudou durante os anos. — Snape comentou meio acedo. Alguns sonserinos rolaram os olhos para o comentário desnecessário do filho do Potter.

— Alvo Severo,

— Oi?! — Harry saltou da cadeira descrente ao que ouviu.

Luna releu o nome do menino, confusa com a reação exagerada do amigo. Alguns alunos começaram a cochichar loucamente, tentando descobrir o que levou Harry Potter a nomear seu filho com o segundo nome "Severo". Snape juntou as sombrancelhas, olhou para Alvo Dumbledore como se este tivesse a resposta para aquele acontecimento.

— Cara, você endoidou no futuro. — Rony falou compreensivo, dando tapinhas nas costas do amigo.

— Porque eu dei o nome do Snape no meu filho?! — Harry perguntou meio nervoso.

— Professor Snape. — Dumbledore corrigiu. Harry nem ao menos ouviu-o. 

— Eu não entendo. Ele sempre me odiou. 

— Algo ocorreu e você mudou de ideia. — Dumbledore disse, um tom extremamente misterioso. Snape ficou ereto, seu rosto indiferente. Mesmo que não soubesse o motivo para tal homenagem, se sentiu um pouco orgulhoso.

...nós lhe demos o nome de dois diretores de Hogwarts. Um deles era da Sonserina e ele foi provavelmente o homem mais corajoso que eu já conheci.

— É oficial, eu enlouqueci. — Harry murmurou. 

— Diretor? — Dumbledore se perguntou. Agora tudo fazia sentido. Severus foi e sempre será fiel ao que lhe foi pedido. O professor de poções pareceu notar isso, e pela forma que o Potter falou sobre ele... ele... havia morrido. Ótimo. Era melhor assim.

— Mas e se…

— Mas se faz diferença para você, o Chapéu Seletor levará seus sentimentos em consideração. — explicou de bom grado. O menino o encarou surpreso.

— Sério?

— Ele levou os meus.

Isso era uma coisa que ele nunca disse antes, ficou em sua cabeça um momento. Lembrou-se de sua seleção, quando Chapéu quase o colocou na Sonserina.

— Sério? — Hermione perguntou surpresa. Harry confirmou. — Ele levou a Corvinal em minha consideração.

— Para mim levou a Lufa-Lufa. — Neville disse um pouco incerto. — Mas sempre quis entrar na casa do meu pai...

— Bom, parece que ele levou em consideração muitas pessoas. — disse Gina surpresa.

— Hogwarts irá moldar você, Alvo. Eu te prometo, não há nada a temer de lá. — falou Harry, passando as mãos nos cabelos do filho. Alvo sorriu tímido.

 
— Exceto os Testrálios, cuidado com os Testrálios. — Tiago alfinetou e saiu correndo em direção ao trem. Harry suspirou frustado ao ver o nervosismo do menino voltar, junto ao medo e resitação.

— Eu achei que eles eram invisíveis! — Alvo protestou um pouco desesperado, enquanto via o irmão mais velho lhe mandar língua e entrar no expresso de vez.

— Escute seus professores, não escute o Tiago, e lembre-se de se divertir. Agora, se você não quer que este trem saia sem você, você deveria embarcar…

— Muito bom Harry. Jamais pensei que ouviria algo assim de você. Um conselho sensato. — Hermione elogiou.

— Tive uma boa treinadora pelo visto. — falou Harry risonho.

— Eu vou seguir o trem. — Lílian mal acabara de falar e saiu correndo, sendo seguida por Gina.

— Lílian, volte já aqui. — a ruiva berrou.

— Rosa, lembre-se de mandar nosso carinho para Neville. — disse Hermione enquanto arrumava distraidamente o casaco da filha.

— Mãe, não posso dar carinho a um professor! — Rosa falou com uma careta. 

— Parabéns Neville! — Luna parabenizou o amigo. O Longbottom ganhou uma coloração avermelhada no rosto e ficou extremamente surpreso.

— Eu vou ser professor! — o Grifano comemorou. Snape rolou os olhos, pensando em como o ensino no futuro provavelmente era fraco.

Alguns alunos parabenizaram Neville. O jovem ficou abobalhado com a informação. Anna Abbout murmurou um parabéns bem baixinho para ele, e o mesmo sorriu agradecido, fazendo a menina ficar mais vermelha que um tomate.

Rosa embarca no trem sem nem ao menos olhar para trás. Audáciosa como era, provavelmente não demoraria para mandar uma carta sobre como foi seu primeiro dia. Alvo se vira e abraça Gina e Harry uma última vez e embarca atrás dela, mas seu olhar e andado não era em nada parecidos com os da prima.

— OK, então. Tchau. — disse de maneira tímida, acenando para os pais e entrando no expresso.

Hermione, Gina, Harry e Rony assistem o trem partir — ao mesmo tempo que o apito toca por toda a plataforma e a ruiva tenta segurar a filha mais nova em seus braços.

— Eles vão ficar bem, certo? — Gina perguntou para ninguém em especial. Quem respondeu fora Hermione.

— Que surpresa. — Rony falou zombateiro. Hermione apenas lhe mandou um olhar mortal.

— Hogwarts é um lugar grande. — disse a castanha, sendo abraçada nos ombros por Rony.

— Grande. Maravilhoso. Cheio de comida. Eu daria qualquer coisa para voltar. — Rony disse, na necessidade de completar a resposta vaga de Mione. 

Harry parecia perdido em pensamentos preocupantes. Foi ai que ele expôs seu enigma.

— Estranho, Al estar preocupado que ele será selecionado para a Sonserina.

— Isso não é nada, Rosa está preocupada se ela quebrará o recorde de pontos no Quadribol no seu primeiro ou segundo ano. E o quão cedo ela pode prestar os N.O.M.s. — Hermione comentou. Harry suspirou. Aquilo era nostálgico.

— Não tenho ideia da onde vem essa ambição dela. — Rony sibilou, recebendo uma cotovelada de leve da esposa.

— E como você se sentiria, Harry, se Al… se ele for? — perguntou Gina para o marido. Harry parecia continuar distante.

— Sabe, Gina, nós sempre pensamos que tinha uma chance de você ser selecionada para a Sonserina. — Rony falou simplesmente.

— O quê?

— O quê? — Gina perguntou incrédula. Rony deu os ombros.

— Fred e Jorge apostaram. — completou o ruivo. 

— Fizeram apostas? Aqueles meninos... — Molly falou. Moody, que até então estava quieto, soltou uma risada de escárnio.

— Seus filhos são umas peças raras. — falou Olho-Tonto. 

— Sério, Fred e Jorge apostaram. — Rony completou.

— Podemos ir? As pessoas estão olhando, sabe. — Hermione disse um pouco incômoda.

— Eu imagino que deva ser incômodo, de fato. — Remus suspirou resignado. Harry concordou enigmático.

— As pessoas sempre olham quando vocês três estão juntos. E separados. As pessoas sempre olham pra vocês. — Gina disse, e logo todos estavam caminhando para fora da plataforma.

O caminho até o estacionamento foi curto, todavia, longo o bastante para Gina fazer uma pergunta ao marido:

— Harry… ele vai ficar bem, não vai?

— Claro que vai.

Ele iria ficar bem. Tinha que ficar bem. Ele torcia para que Alvo Severo ficasse bem.

— E acabou. — Luna respondeu. 

— Isso foi... 

— ...calmo. — Harry terminou com uma estranha sensação no estômago. Encarou Dumbledore, que parecia ter todas as engrenhagens de sua mente funcionando. 

— Quem quer ler o próximo? — Minerva tomou o lugar do Diretor, vendo que ele não se pronunciaria tão cedo. Alguns alunos se olharam duvidosos, e foi Neville, o aluno que todos duvidam, que levantou a mão.

— Eu leio. — disse ele. Luna lhe entregou o livro e o garoto abriu no próximo capítulo intitulado. — Capítulo 2: Apenas pelos doces.


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Notas finais do capítulo

Claro que tudo vai ficar bem Harry. Confia. (Irônia)

Nenhuma fala do roteiro foi retirada e nenhuma fala foi incluida. A narrativa foi feita por mim — por isso se parece com uma fanfic mesmo hahah — e é claro, os comentários no meio do capítulo. 

Outra coisa: eu quis narrar as emoções de Alvo ai, mas olha... oh personagem complicado! 

Creio eu que a cena da seleção seja a mais difícil de transformar em narrativa, mas calma, eu estou dando meu jeitinho. Mas quem for ler o roteiro, vai sentir que aquela cena foi com certeza a mais bonita da peça. Eu senti isso. :D

Preparados para Escórpio Malfoy? Ele está chegando. Tenho muitas coisas para falar sobre ele, mas só nas notas finais do próximo capítulo. Posso apenas afirmar que ele é sem dúvidas meu personagem favorito. ♥

Sem mais delongas: Os capítulos sairão de quinze em quinze dias, sempre aos domingos. Ou seja, daqui a duas semanas, no domingo. Acho que será melhor dessa forma. 

Quero saber se estão aprovando essa minha ideia. Um comentário faz toda a diferença, e pode ir lá ver que eu respondo com toda a educação. 

Um grande beijo e até o próximo! 



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