Hogwarts lê: The Cursed Child escrita por Luna Tolking


Capítulo 4
Capítulo 2: Apenas pelos doces (02/02)


Notas iniciais do capítulo

E aqui estamos com a segunda parte prometida! Desculpem o horário, tive problemas técnicos com meu querido e guerreiro computador. ♥

Sem mais delongas, 5000 palavras! Coisa pra caramba. Espero que gostem. Boa leitura!



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Neville, antes de começar a ler, foi interrompido por um baque vindo da porta do salão. Uma garota de seus quinze anos olhava tudo de maneira fascinada. Seus cabelos loiros se remexiam com o andar dela, e foi quando ela tropeçou no meio da sua caminhada que enxergou a plateia.

A menina corou e abaixou a cabeça, tentando em vão se esconder. Alguns alunos a acharam extremamente fofa.

— Senhorita, creio que não seja daqui. — Dumbledore disse, se levantando com um sorriso gentil. A menina ergueu os olhos e sorriu de volta.

— Não sou senhor. Sou de Wizard Castle, mesmo que more no Reino Unido. — disse ela, ajeitando seu uniforme verde e estendendo a mão para o diretor. — Pode me chamar de Astoria.

Draco, na ponta da mesa da Sonserina engasgou-se. A menina o encarou com a sombrancelha arqueada e corou mais ainda ao ver como o menino que ela julgou bonito a encarava. 

— Como chegou aqui, senhorita? — Dumbledore perguntou, os olhos brilhando de curiosidade. A menina pareceu se lembrar de algo e olhou para trás, confusa.

— Foram dois garotos que me trouxeram. Eles estavam bem atrás de mim, eu não sei... — mas não houve tempo, pois da mesa da Grifinória e da Sonserina, alguns alunos correram para fora do salão.

Draco e Harry tropeçavam em seus próprios pés, ofegantes. Viraram o corredor ao julgar que haviam enxergado uma capa negra esvoaçar perante eles. Gina, Rony e  Hermione vinham logo atrás, tentando alcançar o sonserino e o grifinório.

Foi ai que eles escutaram um baque de uma porta. Harry lançou um alohomora e entraram. Puderam ver duas siluetas, os cabelos negros e os cabelos loiros, rodopiarem com um vira-tempo na mão. Harry jurou ter visto o menino loiro sorrir para eles, porém, o moreno nem ao menos o olhou.

A poeira da viagem do tempo se afastou e eles infelizmente não conseguiram sequer vê-los. Draco resmungou indignado e saiu atropelando Rony, Hermione e Gina que haviam chegado a pouco tempo.

— Vamos voltar... — Harry comentou meio cabisbaixo. Queria ter falado com o filho. Os quatro amigos seguiram de volta para o salão, onde havia uma Minerva furiosa. O sermão foi dado pela professora, que segurava o Chapéu Seletor com uma das mãos, pronto para repousar na cabeça da jovem Astoria, que parecia animada com a ideia de ser selecionada para Hogwarts.

Antes do Chapéu fazer a seleção, o mesmo se pôs a cantar, alegre como sempre:

"Ah, eu tenho feito esse trabalho por anos
E jamais presenciei algo do estilo
Seleciono alunos de todas as partes
Para Sonserina, Grifinória, Lufa-Lufa ou Corvinal
Farei esse trabalho durante muito tempo pelo visto
Não me arrependo não
Pois eu sou o Chapéu Seletor
O Chapéu pensador."

O objeto se repousou sobre a cabeça de Astoria que deu um sorriso divertido. Por algum tempo ele ficou ali, mas logo se pôde ouvir um grande: CORVINAL! A menina retirou-o da cabeça e procurou pela mesa indicada. Os alunos de azul acenavam para ela.

Draco observou a garota caminhar para lá. Será que Escórpio cairia na mesma casa que sua futura esposa? Astoria parecia ser uma boa pessoa, ele admitia. Pegou-se encanrando-a fixamente e sentiu Zabini lhe cutucar. O Malfoy assentiu e desviou os olhos da menina, que agora ouvia explicações devidas de Luna Lovegood sobre o que ela estava fazendo ali.

A menina abria a boca cada vez mais chocada e encarou Draco, que a encarou de volta. A ligação de olhares fora cortada pela voz de Dumbledore, que pediu a Neville para continuar a leitura que já fora interrompida demais.

E agora se entra em um mundo com constantes mudanças no tempo. Muitas coisas se passaram na vida de Alvo Potter. As mudanças são rápidas, se salta entre os mundos deslumbrando as fases corrigíveis e incorrigíveis do menino.

— Parece que os anos de Alvo não foram tão importantes para serem contados detalhamente, pelo visto. — Arthur argumentou pensativo. — Me pergunto em qual casa ele entrará.

— Seja qual for, estarei orgulhosa pai. — Gina disse, vendo que o Sr. Weasley iria dar palpites com a Grifinória. Harry pensava se ficaria realmente orgulhoso com a ideia de seu filho cair na Sonserina. Espantou aqueles pensamentos, Alvo certamente não seria uma das cobras. Ele estava com medo no início do livro, não estava? Não faria sentido ele pedir um conselho para não entrar na Sonserina e acabar caindo nela, aquilo era sem dúvidas uma contradição na vida e nos pensamentos do menino.

Inicialmente todos estão dentro de Hogwarts, no Grande Salão. O teto mágico estava estrelado, fazendo os alunos, que caminhavam em fileira, soltarem muitos "Oh!" admirados. Alvo olhava tudo com maestreza, enquanto ouvia alguns alunos ao seu lado murmurarem.

— Que não estejam murmurando sobre ele, por favor. — Harry pediu de maneira silenciosa. Odiava aquela atenção sobre ele e não queria aquilo para os filhos.

— Alvo Potter. — Polly Chapman, uma menina de cabelos curtos e pretos disse, apontando de maneira nada discreta para o Potter.

— Um Potter. No nosso ano. — Karl Jenkins, um menino de cabelos castanhos falou deslumbrado. Alvo encarou aquelas crianças um pouco desconfortável.

— Ele tem o cabelo dele. Ele tem o cabelo exatamente como o dele. — Yann Fredericks falou, quase passando a mão no cabelo de Alvo. O Potter se sentiu incomodado com aquilo. Falavam como se ele fosse o próprio pai.

— E ele é meu primo. — Rosa falou conforme se virava para Yann. — Rosa Granger-Weasley. Prazer em conhecê-lo.

Snape rolou os olhos. Parece que Alvo seria tão popular como o pai, ou como o avô idiota. Por um momento odiou o fato do menino carregar seu nome. Aquilo era um pesadelo.

— Eles não deveriam fazer isso. Ligar Alvo a Harry. Eles são duas pessoas diferentes. — Remus falou meio incomodado. — É como se esperassem muito do menino. Ele se sentirá pressionado.

— Foi assim que me senti ao chegar aqui. —  disse Harry se remexendo na cadeira. Hermione mandou-lhe um sorriso reconfortante. 

— Sei que ele será brilhante e fará coisas onde ficará reconhecido por ele mesmo. — Hermione falou. Gina sorriu agradecida. A ruiva demonstrava um grande nevorsismo ao ver que Alvo passaria por uma atenção exagerada só pelo fato de se parecer fisicamente com Harry.

O Chapéu Seletor se coloca a cantar uma música alegre e espontânea. As crianças o olham fascinadas, enquanto ele dizia:

"Eu tenho feito esse trabalho por anos
Em toda a cabeça de estudante eu me sentei
Dos pensamentos, eu tomo nota
Eu sou o famoso Chapéu Seletor
Eu seleciono altos, eu seleciono baixos
Eu tenho feito esse trabalho de grosso a fino
Então me coloque e você saberá
Que casa você deve pertencer/entrar…"

— Rosa Granger-Weasley. — a voz do professor* a chamou-a.

— Quem será que faz a chamada agora? — Simas perguntou curioso. Todos concordaram. Pelo visto, não se teria mais Minerva para chamá-los. E não havia nenhuma descrição. 

O Chapéu foi colocado na cabeça de Rosa, que respirou profundamente mantendo a calma. Poucos segundos depois, o objeto mágico tardou a berrar:

— GRIFINÓRIA!

Rony bateu palmas animado. Hermione sorriu orgulhosa, apesar de tudo. A mesa da Grifinória fez um grande alvoroço enquanto muitos davam parabéns para o futuro casal Granger-Weasley.

— Bom, começamos bem. — Neville murmurou para si mesmo e voltou a leitura.

Houve uma agitação na mesa dos grifinórios enquanto Rosa se junta a eles. Muitos assobiavam e gritavam orgulhosos com a chegada de um dos filhos dos integrantes do Trio de Ouro. Rosa suspirou aliviada.

— Graças a Dumbledore. — ela disse enquanto se sentava na mesa dos leões.

As risadas no salão foram altas. Dumbledore ficou vermelho e tentou esconder o rubor com sua barba. 

— Tenho certeza que não foi graças a mim, porém, obrigado. — falou entre risos tímidos. Neville limpou uma lágrima que saiu por conta das risadas e voltou a leitura.

A chamada continuou e logo chegou a vez de Escórpio.

— Escórpio Malfoy.

O menino correu para tomar o lugar de Rosa abaixo do Chapéu Seletor. Sentou-se no banquinho e esperou ser selecionado.

Draco mordeu os lábios de maneira que demonstrasse o nervosismo. Se sentia um idiota por estar agindo daquela forma, mas Escórpio era quase como um milagre na sua vida. Astoria da mesa da Corvinal batia o pé nervosamente, não se importava com a casa do futuro filho, apenas queria que ele se divertisse como ela se diverte em sua escola de magia no Brasil.

O grito foi alto e reconhecível:

— SONSERINA!

Foi a vez dos alunos da Sonserina baterem palmas. Draco soltou a respiração aliviado. Pelo menos não iria se preocupar com aquilo. 

Escórpio estava esperando por isso, ele acena para seus futuros colegas de casa e dá um meio sorriso. Há uma agitação na mesa dos sonserinos enquanto ele se junta a eles.

— Bem, isso faz sentido. — Polly murmura para Yann, que assentiu. Alvo engole em seco, sabendo muito bem que se entrasse para a Grifinória, nada seria como ele imaginou com o novo amigo.

— Um pensamento puro. — Dumbledore comentou gratuitamente. Snape se remexeu incômodo. As lembranças de sua seleção vieram a tona. Ele sabia muito bem que se Alvo fosse para a Grifinória os dois garotos não seriam amigos ou confidentes nem que quissesem.

— Alvo Potter.

Alvo anda rapidamente para o local marcado. O Chapéu repousa em sua cabeça e dessa vez aparenta tomar um tempo maior para sua decisão,  quase como se ele também estivesse confuso com a mente do garoto. Alvo já estava ficando verde de vergonha, quando finalmente o objeto mágico toma sua decisão:

Neville engasgou ao ler a próxima fala e encarou Harry com um olhar perdido.

— Neville, o que foi? — o Potter perguntou preocupado e com... medo? O Longbottom respirou fundo, temendo a reação do salão ao escutar uma única palavra.

— SONSERINA!

O silêncio pairou no salão, enquanto os olhos de Dumbledore iluminavam-se em excitação. Draco sorriu cínico, sabendo o quanto aquilo poderia ter chocado o seu maior inimigo. Rony balançou a cabeça negativamente, murmurando o quanto aquele Chapéu estava ficando louco.

Snape se surpreendeu. Era estranho ter um Potter na Sonserina, afinal, nenhum fora da casa de Salazar até... Alvo Severo. Foi quase como Sirius Black de maneira reversa. 

— Sonserina? Mas isso não faz sentido... ele não queria... — Harry falou meio atordoado.

— Harry, você mais do que ninguém deve saber que a casa não faz o bruxo. Claro, a influência é grande, mas nem sempre é isto que faz ele ser bom ou ruim. — Remus falou com um olhar sereno. Harry assentiu meio resignado, lembrando-se de Peter e de como o Grifinório traiu os amigos. Com um suspiro, ele pediu para Neville continuasse.

Houve um silêncio. Um silêncio profundo e perfeito, daqueles que se afunda, torce um pouco e causa danos internos. Alvo se levantou do banquinho e demorou um pouco para raciocinar o que havia acabado de acontecer.

— Sonserina? — Polly falou um pouco chocada.

— Whoa! Um Potter? Na Sonserina. — Craig Bowker Jr. falou surpreso. Alvo olha para a mesa que estava destinado a ficar todos os anos escolares, incerto. Escórpio sorri, satisfeito, conforme grita para ele:

— Você pode ficar perto de mim! — disse alegre, puxando as palmas que foram seguidas pelo restante dos alunos da mesa verde e prata.

— Certo. Sim. — disse Alvo completamente embasbacado. E foi-se ele para a mesa, sob os olhares atentos dos alunos. Yann se virou para Polly e Craig e sibilou baixinho para eles ouvirem:

— Eu acho que o cabelo dele não é tão parecido assim.

— Merlim... isso é horrível. — Astoria disse um pouco chateada. — Pelo menos Alvo estará perto de Escórpio.

Isso não aliviou o humor de Harry, que agora estava estranhamente preocupado. 

— Ser diferente as vezes é bom. Ser diferente faz de nós únicos. — Luna falou para todo o salão ouvir. Alguns concordaram com a famosa "lunática", outros simplesmente ainda achavam aquela seleção e/ou a maneira que Alvo estava sendo tratado injusta e estranha.

— Alvo? Mas isso está errado, Alvo. Isso não é como era para ser. — Rosa falou observando o primo se distanciar. Não era para ser daquela forma.

— Imagino como Rosa deva ter se sentindo. Pensou que iria para a mesma casa que o primo. — Gui argumentou meio assombrado. — O destino é um pouco brincalhão.

— Bom, minha mãe foi sonserina e eu sou lufa-lufa. Acho que vai de cada um. — Tonks falou e Gui assentiu concordando.

Depois do choque da seleção, o tempo passou-se. Alvo se deu com sua casa, mas não com as matérias ministradas. Sua primeira lição de voo com Madame Hooch não fora o que ele esperava, ou o que todos esperavam:

— Bem, o que vocês estão esperando? — Hooch disse com seu ar mandão de sempre. — Todos fiquem ao lado de suas vassouras. Vamos, se apressem.

Todas as crianças correm para a posição ao lado de suas vassouras, animadas com a primeira lição que teriam. Alvo, com seu uniforme verde e prata, suava nervosamente, duvidando de sua capacidade.

— Estiquem suas mãos sobre sua vassoura, e diga, ‘Suba!’ — Madame Hooch incentivou.

— Suba! — todos disseram ao mesmo tempo. As vassouras de Rosa e Yann saltam para as mãos deles de primeira e com maestreza. Eles comemoram.

— Isso! — falaram ao mesmo tempo.

— Vejo que teremos mais uma jogadora de quadribol. — Minerva disse não contendo a emoção e o amor pelo jogo. Alguns alunos riram.

— Esse talento ela não puxou da Mione. — Gina alfinetou e a castanha pensou seriamente em jogar uma taça na ruiva.

— Vamos, agora, eu não tenho tempo para preguiçosos. Digam ‘SUBA’. ‘SUBA’ com vontade. — a professora ordenou. Os alunos restantes fizeram o que foi pedido.

— Isso! — todos comemoraram, exceto Rosa e Yann que tinham suas vassouras em mãos e Alvo, que ainda tentava fazer a dele subir para sua mão.

— Suba. SUBA. SUBA. — a vassoura dele não se movia; nem mesmo um milímetro. Ele encara ela com desesperada descrença. Os outro começam a dar risadinhas do menino que estava vermelho.

Harry suspirou. Alvo era muito diferente dele e aparentemente não tinha um dom natural para voo. Alguns alunos murmuravam o quanto aquilo era embaraçoso. Filho sonserino, sem dom para o voo como o pai... Alvo era seu reflexo no espelho, ele só não sabia se sentia orgulho ou medo pelo filho ser rejeitado.

— Pelas barbas de Merlim! Que humilhante! Ele realmente não é como o pai dele no fim das contas, não é? — Polly caçoou, enquanto Alvo ainda insistia para que a vassoura subisse. As risadas continuavam.

— Alvo Potter, o Aborto Sonserino. — Karl disse para ele, que o olhou com rancor.

— Isso é horrível! — Hermione falou meia horrorizada. — Eles tem que entender que Alvo não é o Harry!

— O menino está sendo atacado. — Remus disse um tanto triste. Snape rolou os olhos para a hipocrisia, como se o lobisomem e seus amiguinhos não tivessem feito coisas piores com ele.

— Eu... eu não sei... eu simplesmente... — e Harry suspirou, afundando-se na cadeira. A vida do seu filho estava se saindo um pesadelo.

— OK. Crianças. Hora de voar. — Hooch disse e Alvo pegou sua vassoura do chão, um pouco rancoroso.

Alvo não era brilhante como o famoso Harry Potter. Não salvaria o mundo e não seria corajoso. Era uma mera sombra na família, todos felizes demais e... Grifinórios demais. Seus anos estavam destinados a piorarem. Já no segundo, indo agora para o Expresso, Alvo tentava em vão dispensar o pai:

— Eu só estou pedindo para você, pai, se você pode… se você pode ficar um pouco longe de mim. — pediu de maneira séria. Harry achou graça da preocupação do filho.

— Segundanistas não gostam de ser vistos com seus pais, é isso? — perguntou meio risonho. Alvo não estava achando graça naquilo, será que seu pai não percebia?

Um bruxo mais atento começou a circular eles, como se quisesse algo. Alvo fingi que não o vê. Harry realmente não o vê.

— Não, é só que… você é você e… e eu sou eu e…

— São apenas pessoas olhando, OK? Pessoas olham. E elas estão olhando para mim, não para você.

— Harry, isso foi um pouco metido da sua parte. — Hermione falou com uma careta. 

Harry estava infeliz. Aquilo que ocorria com o filho era algo terrível. 

O bruxo atento oferece alguma coisa para Harry assinar. Harry assina e manda um sorriso para o homem que sai satisfeito. Alvo suspira rancoroso.

— Para Harry Potter e seu filho decepcionante.

— O que isso significa? — Harry pergunta, agora preocupado com o tom de voz do menino. Ele vira o rosto para o lado e continua:

— Para Harry Potter e seu filho Sonserino.

Antes de Harry dizer algo, Tiago se apressa para ultrapassá-los, carregando sua mochila. Ele esbarra de propósito em Alvo e completa com os disseres venenosos:

— Sonserino sonso, pare com seus arrepios, hora de embarcar no trem. — falou e continuou a caminhada. Harry fechou a cara para aquele ato do filho mais velho.

— Desnecessário, Tiago. — ele brigou com o filho, que não lhe deu ouvidos.

— Te vejo no natal, pai. — diz Tiago, já longe. Harry ignora aquilo e se vira para Alvo, preocupado.

— Al…

— Meu nome é Alvo, não Al. — ele corta rangendo os dentes. Harry fica surpreso com a forma de como o filho falara.

— É Potter... parece que seu filho te odeia. — Draco falou, sua típica voz arrastada, porém, sem o tom venenoso de sempre. Harry nem ao menos se virou. A cada frase proverida daquele livro, mais machucado ele ficava. Daria tudo para ter seu pai junto dele, e parece que seus filhos querem o contrário. Alvo quer o contrário.

— Neville, termina logo isso. — disse Harry e o Longbottom assentiu.

— As outras crianças estão sendo antipáticas? É isso? Talvez se você tentasse fazer mais novos amigos… sem Hermione e Rony eu não teria sobrevivido em Hogwarts, não teria mesmo. — falou Harry tentando achar uma solução.

— Fato. — Rony interrompe. Alguns alunos riem. 

— Isso é verdade, eu jamais sobreviveria sem vocês. — Harry fala para os amigos com um sorriso agradecido estampado em seu rosto. 

— Mas eu não preciso de um Rony e uma Hermione. Eu… eu tenho amigos, Escórpio, e eu sei que você não gosta dele mas ele é tudo que preciso. — Alvo argumentou, vendo o rosto de Harry se contorcer, todavia, o pai não quis interferir.

— Fez bem. — Gina disse. — É bom Alvo ter amigos.

Draco arqueoou uma sombrancelha para aquilo. A Weasley fêmea defendendo seu filho. Isso sim era algo surpreendente. Draco jamais demonstraria, mas estava feliz por Escórpio ter um amigo. O loiro por toda a infância sonhou em ser amigo do ilustre Harry Potter, e bem, que conseguira um feito quase igual fora seu filho. 

— Olha, contanto que você seja feliz, é o que importa para mim. — disse Harry forçando um sorriso. Alvo rapidamente mudou de assunto.

— Você não precisava ter me trazido até a estação, pai. — falou e pegou sua mala, fazendo um caminho complicado. Harry se viu triste.

— Mas eu queria estar aqui… — murmurou, porém Alvo já tinha ido. Antes de Potter fazer seu caminho, Draco Malfoy, com suas vestes perfeitas, seu cabelo loiro preso em um rabo-de-cavalo perfeitamente no lugar emerge da multidão para ficar ao lado de Harry.

— Eu preciso de um favor. — disse sem rodeios.

Draco suspirou profundamente. Ele deveria estar desesperado para pedir um favor ao Potter.

— Draco. — cumprimentou Harry meio assustado.

— Esses rumores… sobre a paternidade do meu filho… ele parecem não desaparecem. — disse o loiro com um tom de voz raivoso, todavia, controlado. Se virou totalmente para Harry, obrigando-o a encará-lo. — Os outros estudantes de Hogwarts provocam Escórpio sobre isso, implacavelmente… se o Ministério pudesse publicar um comunicado reafirmando que todos os Vira-Tempos foram destruídos na Batalha do Departamento de Mistérios...

— Draco, deixa isso pra lá… em breve eles irão esquecer. — falou Harry de modo despreocupado, cruzando os braços e encarando Draco de volta. O loiro não se deu por vencido, o rosto se tornando púrpura.

— Meu filho está sofrendo… e Astoria não está bem recentemente… então ele precisa de todo suporte que possa ter. — falou de modo autoritário. Harry fez um rosto indignado pelo tom do antigo colega de colégio.

— Eu entendo a preocupação dele. — Molly falou. — Só quer ver seu filho feliz.

Astoria estava quieta. A frase "Astoria não está bem recentemente..." rodeava sua mente. A garota mordeu os lábios, contendo as lágrimas. Droga, então todos os tratamentos que fazia não adiantariam em nada. Pelo menos ela teria um filho e um marido. Engoliu um soluço que sufocou sua garganta e resolveu ouvir o que Neville lia.

— Se você ligar para a fofoca, você a alimenta. Tem havido rumores 
de que Voldemort tem um filho por anos. Escórpio não é o primeiro a ser 
acusado. O Ministério, para o seu bem e nosso, precisa evitar tudo isso. — disse Harry no mesmo tom de voz. Draco franze as sobrancelhas, irritado, enquanto se afasta do homem a quem ele notou não poder contar.

A mente de Dumbledore trabalhava de maneira rápida. Se existiu outros com esse mesmo rumor nas costas, algum ponto de verdade teria. Isso fez ele sentir um arrepio estranho. Decidido, ele iria investigar sobre isso.

Longe dali, Alvo e Rosa andavam lado a lado com seus malões:

— Assim que o trem partir você não tem que falar mais comigo. — Alvo disse baixinho para a prima, que assentiu discretamente.

— Eu sei. Nós só precisamos continuar fingindo na frente dos adultos. — ela concordou. Os dois primos pararam em um local longe dos pais e fingiram ter uma conversa amistosa. Perto dali, Escórpio observava os dois. Com um sorriso no rosto, o mesmo corre na direção deles, com grandes esperanças e uma mala maior ainda.

— Oi, Rosa. — cumprimentou a menina ruiva. Rosa nem ao menos se virou para falar com ele.

— Tchau, Alvo. — e virou-se para entrar no trem. Alvo prendeu o riso do rosto abobado do amigo.

— Ela está amolecendo. — ele falou esperançoso.

Rony ficava mais vermelho que o normal. Draco achava que a possibilidade de um romance ali era o seu maior pesadelo. Namoro, casamento, netinhos... netos ruivos. Malfoy fez uma careta e espantou os pensamentos. Não poderia ocorrer aquilo.

Já no Grande Salão, Alvo e muitos alunos esperavam pelos avisos de Professor Mcgonagall. A mesma estava em pé na frente de todos com um grande sorriso no rosto.

— E eu tenho o prazer de anunciar a nova integrante do time de Quadribol da Grifinória, nossa... — ela percebe que não pode tomar partido. — Sua esplêndida artilheira… Rosa Granger-Weasley.

Rony sorriu orgulhoso. Rosa aparentemente só lhe daria orgulho. Hermione pensava em como em alguns aspectos Rosa parecia ser uma menina difícil. 

O salão explode em palmas e gritos. Escórpio aplaude junto a todos.

— Merlim... — Draco diz enquanto bate a mão na testa. Seu filho era bondosamente idiota.

— Você também está aplaudindo? Nós odiamos Quadribol e ela joga por outra Casa. — Alvo argumentou impedindo o amigo de aplaudir. Escórpio o olhou indignado.

— Ela é sua prima, Alvo. — falou o Malfoy em um tom de voz moderado e óbvio. Alvo rodou os olhos e continuou com seus argumentos:

— Você acha que ela me aplaudiria? — perguntou. Todos sabiam a resposta. Escórpio se virou para frente, fazendo o que sabia de melhor: ignorar os comentários rancorosos do amigos.

— Eu acho ela brilhante.

Alguns alunos riram. Escórpio era realmente um bobo apaixonado. Ronald bufou, já Molly sorriu, imaginando como aquele menino era bondoso, mesmo sendo de uma família pouco confiável.

Era verdade que Alvo jamais seria aplaudido. Como em voo, não era tão bom em outras matérias. Irrelevante para a escola. Decepção para os parentes presentes no castelo. Sentado em seu lugar para a aula de Poções, ele logo escutou os comentários que já estava acostumado:

— Alvo Potter. Uma irrelevância. Até mesmo os retratos se viram para o outro lado quando ele sobe as escadas. — Polly diz para suas amigas. As meninas riem. Alvo ignora aquilo, mas sabia que era bem verdade. Ao lado de Escórpio, ele palpita sobre uma poção:

— E agora nós adicionamos… isso é chifre de bicórnio? — falou pegando um ingrediente que definitivamente não era chifre de bicórnio.

Snape suspirou resignado. Achava que Harry era ruim, até ouvir a descrição de Alvo Severo.

— Deixe ele e o filho de Voldemort, eu sugiro. — Karl disse se virando para falar com Polly. Os alunos em volta riram quando a poção dos dois explode ruidosamente.

Draco fechou o rosto. Eles ainda insistiam nesse rumor sem sentido. Procurou Astoria com o olhar, queria falar com ela, nem que fosse algumas palavras. A loira estava olhando para o chão, como se estivesse tendo uma luta interna. Draco se viu um pouco preocupado.

— OK, qual é o contra ingrediente?O que nós precisamos mudar? — Escórpio perguntou meio desesperado, tentando conter a fumaça. Alvo fez um rosto acedo.

— Tudo. — disse, e ele sabia que se referia não apenas a poção.

E com isso, o tempo continua sempre seguindo. Os olhos de Alvo se tornam mais escuros, seu rosto cresce mais pálido. Continua sendo um garoto atraente, mas tenta não admitir isso. Fica mais sério, esguio e o máximo de sorriso que transmitia era um sem mostrar os dentes.

— Ótimo. — Harry resmungou. Seu filho era definitivamente um verdadeiro sonserino.

Alvo, agora em seu terceiro anos, está de volta à Plataforma Nove e Três Quartos com seu pai que continua tentando convencer o filho (e a ele mesmo) de que tudo ficará bem. Ambos envelheceram mais um ano.

— Terceiro ano. Grande ano. Aqui está sua permissão para Hogsmeade. — Harry disse estendendo o papel assinado com um sorriso cúmplice. Alvo riu em escárnio.

— Odeio Hogsmeade. — disse e Harry não entendeu aquilo.

Alguns alunos se perguntavam quem odiaria Hogsmead. Alvo Potter era uma pessoa estranha. Harry enxergava o quanto seu eu do futuro estava tentando. Alvo era um menino... um menino mal agradecido! O ódio apareceu em súbito, e o moreno cruzou os braços tentando se controlar.

— Como você pode odiar um lugar que ainda não visitou de verdade? — Harry perguntou confuso.

— Porque eu sei que vai estar cheio de estudantes de Hogwarts. — diz Alvo e em seguida amassa o papel.

Snape sentiu um gosto amargo na boca. Ele sabia exatamente como o menino se sentia. Não via prazer em passear em Hogsmead na época da escola pelo fato de Potter e seus amiguinhos estarem sempre lá. Era julgado e ameaçado.

— Alvo está sofrendo psicologicamente, isso não é saudável. — Hermione disse para Harry e Gina, como se eles tivessem que fazer algo. A ruiva suspirou e balançou a cabeça, sabendo muito bem que a castanha estava certa.

— Talvez um dos motivos da leitura seja isso. Enxergar o quanto ele sofreu. Impedir isso. — Harry deu a sugestão.

— Harry, cara, isso não é algo que se possa mudar. Digo, seu filho não vai ser genial em voo se você impedir isso. — Rony falou e crispou os lábios. — Eu pensei que tudo estava melhor...

— E está, todavia, não para Alvo. — Remus terminou o raciocínio e pediu que Neville continuasse.

— Só dê uma chance, vamos lá; é a sua oportunidade de enlouquecer na Dedosdemel sem sua mãe saber... — Harry paralizou subitamente, vendo Alvo retirar a varinha do bolso e apontar para o papel. — Não, Alvo, não ouse.

— Incendio! — a bola de papel queima em chamas e é jogada no chão, sendo apagada por um pisão do garoto.

Harry fechou os olhos. Não sabia porque, mas estava magoado com aquilo. Lembrou-se de como queria ir a Hogsmead em seu terceiro ano. Lembrou-se de como todos o impediam porque na teoria Sirius Black queria matá-lo. A menção do padrinho o fez sentir ainda mais dor no peito. Alvo era um sonserino mal amado e que não valorizava nada. Era isso. Harry apertou a calça, o pano se enrugando lentamente. 

— Que coisa estúpida! — Harry disse com raiva.

— O irônico é que eu não esperava que fosse funcionar. Sou horrível nesse feitiço. — falou com um sarcasmo exposto no tom de voz. Harry respirou, mantendo-se calmo.

— Al... — ele se corrigiu a tempo — Alvo, eu tenho enviado corujas para a Professora McGonagall, ela diz que você está se isolando, que não coopera nas aulas, que é grosseiro, que você…

Porém Harry não terminou, pois Alvo se virou com uma fúria jamais vista. O garoto trincou os dentes e semirrou os olhos.

— E o que você quer que eu faça? Me torne popular magicamente? Me conjure em uma nova casa? Me transfigure em um estudante melhor? — ele respirou fundo, apontou o dedo para o pai em um movimento de ódio. — Só diga um feitiço, pai, e me transforme no que você quer que eu seja, tudo bem? Vai ser melhor para nós dois. Tenho que ir. Pegar o trem. Encontrar meu amigo.

O salão ficou em silêncio. Harry se levantou e estava pronto para sair quando uma coruja negra entrou no salão e pousou em seu ombro. Havia um pequeno bilhete preso ali e endereçado a Harry. O garoto encarou a mesa da Grifinória, que o olhavam meio atordoados. Ele suspirou e pegou o bilhete.

"Fique, por favor. Eu sei que isso machuca, e adiantado, eu peço perdão."

Harry fez carinho na coruja que voou para fora do salão. Alguns alunos encaravam o futuro salvador do mundo bruxo com certa confusão. Ele ajeitou os óculos, guardou o bilhete no bolso e voltou a sua cadeira.

— Harry...? — Gina perguntou preocupada. Harry balançou a cabeça negativamente.

— Nev... continua.

Neville suspirou e se colocou a ler novamente, ainda sob os olhares dos alunos.

Alvo se afastou do pai a passos pesados e procurou por Escórpio. Este, estava sentado em sua mala, desligado do mundo. Alvo correu para seu lado, camuflando as feridas da última discussão com o pai e dando um sorriso.

— Escórpio! — ele disse contente, mas ao ver que Escórpio nem ao menos se virou para ele, seu semblante tornou-se preocupado. — Escórpio… você está bem?

Ele não diz nada, apenas o encara. Alvo tenta ler através dos olhos do amigo, algo que ficou bom depois de um tempo.

— Sua mãe? Ela piorou? — perguntou tentando ser um pouco delicado.

— E falhando. — Gina disse rolando os olhos.

Draco mais uma vez encarou Astoria, que agora tinha a cabeça erguida e os olhos marejados.

—  Ficou o pior que poderia ficar. — ele diz em um tom neutro e baixo. Alvo se senta ao lado dele.

— Eu pensei que você mandaria uma coruja.

— Eu não saberia o que dizer. — falou ele, os olhos marejados de uma dor insuportável.

Muitas pessoas do salão olhavam para Astoria com pena. A garota recebeu um abraço de lado de Luna, que sorriu. A loira havia sido a primeira a tratá-la bem ali, o que tornou-a uma boa amiga pelo visto.

— Não se preocupe Astoria. — Luna falou em um tom sereno e calmo. — A morte é uma aventura seguinte e que, sinceramente, eu mal posso esperar para experimentar.

Astoria riu da nova amiga e uma lágrima solitária caiu em seu rosto, arrastando-se pela bochecha.

— E agora eu que não sei o que dizer. — Alvo falou tentando moderar a voz.

— Não diga nada. — sugeriu o Malfoy.

— Tem alguma coisa que eu…?

— Vá ao funeral. — disse, limpando o rosto com as costas do braço.

— Claro. — Alvo falou coçando a nuca. Escórpio sorriu de lado e completou a frase:

— E seja meu bom amigo.

Harry se virou para encarar Draco, que apenas olhava Astoria com um rosto franzido. Parecia confuso sobre si mesmo. E era verdade. Draco iria perder sua esposa. Nada poderia ser feliz na sua vida?Astoria estava abraçada a Luna, que falava coisas como curiosidades sobre zonzóbulos, para tentar reanimar a amiga. A menina encarou Draco e deu um sorriso triste. Para sua surpresa, Draco respondeu com o mesmo ato, e então ela sabia que sua escolha futura valeria a pena.

"Você tem receio do que irá escutar?
Receio que eu vá falar o nome que te amedronta?
Não é Sonserina! Nem Grifinória!
Nem Lufa-Lufa! Nem Corvinal!
Não se preocupe, criança, eu sei fazer meu trabalho,
Você vai aprender a rir, se antes você soluça."

— Lílian Potter.

O Chapéu foi posto na cabeça da menina ruiva de apenas onze anos. Sem demora, ele gritou:

— GRIFINÓRIA.

— Isso! — ela comemorou e se juntou a prima na mesa dos leões. Alvo, na mesa da Sonserina, fez uma careta.

— Ótimo. — disse um tanto magoado.

— Você realmente pensou que ela se juntaria a nós? — Escórpio perguntou um tanto chocado. — Potters não pertencem à Sonserina.

— Este aqui pertence. — disse ele apontando para si mesmo.

Mesmo que Alvo tentasse sair do foco, os outros estudantes sempre o perseguiam apenas para rir dele. Ele, depois de um tempo, olhava para os rostos debochados dos colegas de escola e dizia em alto e bom som:

— Eu não escolhi, vocês sabiam? Eu não escolhi ser filho dele.

Neville terminou o capítulo. Encarou todos os alunos que agora estavam quietos e se distraiam vendo a reação indiferente de Harry.

Foi Dumbledore que terminou com o silêncio:

— Alunos, sei que tudo isso está sendo surpreendente, mas não podemos nos estender. Peço que se dirijam para seus dormitórios e descansem. Amanhã continuaremos com nossa leitura. — falou e viu os alunos se levantando devagar.

Draco levantou decidido de algo: iria falar com Astoria. 


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Notas finais do capítulo

E aqui estamos!

Alguns detalhes sobre esse capítulo:

1. Com certeza foi o mais difícil para escrever pois as cenas mudam com frequência. Se ficou confuso, me avisem! E eu vou dar uma revisada melhor.
2. Na parte do "professor", quem faz a chamada para a seleção no roteiro é o ator que faz o papel do Chapéu Seletor.
3. Ainda na seleção, no início, quando o Alvo entra, os alunos começam a dançar a sua volta enquanto apontam para ele e ficam falando "Alvo Potter!" "Um Potter! No nosso ano!".
4. Os nomes desconhecidos - como Polly, Yann... - são figurantes. Não serão essenciais na trama, todavia, estão no roteiro.

E quanto ao Alvo? Alguma nova opinião? Eu odeio e amo ele. Uma relação bem complicada, devo admitir.

Quanto a seleção da Astoria: Não faço ideia se ela é da Corvinal, mas achei que colocá-la lá seria interessante. E odiei o fato de ela ter morrido no roteiro! Ain 3

Bom, quero saber suas opiniões. Capítulo fora da data é raro em? Mereço comentários.

Obrigada pelos favoritos e acompanhamentos e até o bônus que sairá essa semana como forma de desculpas ao incoveniente.

Beijos! :3