O Deus da Escuridão escrita por AnnaGrandchamp007


Capítulo 5
Um mundo cada vez mais louco.


Notas iniciais do capítulo

Hello people!!!!!!! Caros gafanhotos... Que que acontece... Eu love vocês, OBRIGADÃO por ler e acompanhar a historia! Beijos no core, e boa leitura!!!!!!!!!!!
PS: quem narra dessa vez é o nosso amiguinho Gale!



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Achei que fosse mais legal estar num filme de interrogatório.

Quando acordei no Acampamento, com uma baita de uma gripe, nem tive tempo de pensar no que havia acontecido. Só que um cara chegou e me disse que precisávamos conversar. Daí, depois de ter me apresentado tudo, ele me disse que eu iria ter que "conversar" com o Quíron. Foi aí que começou o interrogatório. Lembro-me do momento que entrei na sala e ele me observou de um jeito avaliador que me lembrou uma antiga professora de história que cismou que eu (talvez) colava na prova.

— Olá, Gale não é? - Ele me dirige um olhar paternal - Sente-se, temos que conversar.

— Ok! - Eu me sento na sua frente, um tanto nervoso.

— É sobre sua amiga... Maya, certo?

— Isso! - Me esqueci até que fora Maya que nos salvou. Como exatamente, não sei. Só que quando eu acordei, a vi deitada em uma cama bem longe da minha. E não parecia nada bem. - O que aconteceu? Ela está bem?

— Acreditamos que sim, não se preocupe. O fato é que, nós só encontramos vocês por causa dela.

— Como assim? - Pergunto. Quíron faz algum suspense.

— Você não percebeu? A aura que ela irradiou era muito forte... - Ele fica pensativo - Nunca vi nada parecido, talvez com exceção de... bem, melhor esquecer.

— O que?  - Eu fico mais assustado ainda, e a minha BFF; a hiperatividade, começa a atacar. Não consigo continuar sentado. - Como assim? A Maya tem um poder? Tipo, um mega-poder?

— Mais ou menos isso - Ele me responde simplesmente.

— Cara, isso não se faz. Dê a história inteira!

Percebo que Quiron se esforça para não rir de nervoso. O que Maya fizera de tão assustador?

— Hum, o que foi exatamente que nos atacou?

— Vendo pelas suas feridas, nós imaginamos que foram Queres. Agora, o que elas faziam tão próximas do Acampamento, nós não fazemos ideia.

— Acho que nos seguiram, ou melhor, a seguiram. Nós nos conhecemos quando ela estava fugindo de monstros. Só que o que tem de tão estranho de uma semideusa matar um monstro?

— Exatamente isso. - Ele me avalia, como se tentasse ler meus pensamentos. - Queres são seres imortais. Somente um Deus pode mata-las. As únicas vezes que foram vencidas por semideuses, eles receberam ajuda de um Deus, ou apenas as afastaram deles.

Acho que o acampamento ouviu meu arquejo. Fiquei boquiaberto. Como é possível isso? O poder de Maya era tão forte assim?

E agora, eu me via frente a frente a ela, e me sentia mais inútil do que nunca. Quando Quíron disse que ela era filha de Hades... Eu pude perceber em seus olhos o seu medo. Seu corpo tremia inteiro. No momento em que o garoto na porta dá um passo em sua direção, ela corre para fora. Mesmo machucada e fraca, ela foi mais rápida do que todos ali. O tal de Nico fica paralisado.

— Vou atrás dela. – Eu digo, tentando parecer calmo. Ninguém, nem eu, acreditamos muito em mim.

— Ela não pode sair dos limites do Acampamento. Existem coisas que precisamos entender ainda, e lá fora é perigoso para alguém como ela. – Diz a garota loira, Annabeth.

— Não se preocupe. – Digo, preocupado. – Eu vou encontra-la, e daí, ela vai se acalmar. No fim, vai ficar tudo bem!

— Esse é o meu garoto! – Diz Leo, animado. Eu não posso deixar de sorrir para o meu novo ídolo.

— Volto para o jantar!

Então eu corro para fora de lá, um pouco aliviado. Logo no momento que saio, esbarro com Clarisse, que me dá um soco no braço de presente.

— Babaca! Olhe por onde anda!

— Foi mal. – Resmungo.

Eu não faço ideia de onde ela foi. Corro um pouco pelo acampamento, e percebo que estou nisso á uns bons dez minutos. Caraca Maya colabora, né?! Por fim, eu decido ir à praia, parte porque não havia nenhum outro lugar para procurar, parte por pura intuição. O melhor é que realmente foi lá que a encontrei. Ela estava sentada na areia, de costas para mim, e de frente para o por do sol (que vamos e convenhamos, não chega nem perto da minha beleza).

— Eaí?

Ela mal se vira e já tenta se levantar, mas sua perna falha e ela cai no chão novamente. Sua irritação fica visível. Eu vou ajuda-la por puro reflexo, mas ela me rejeita. Acabo me sentando ao seu lado.

— Você está bem?

— Nã... Não. – Ela me responde, gaguejando.

— Não se preocupe, acho que ele é um cara legal. O Nico.

Ela se encolhe ao ouvir o nome dele. Então, de forma quase orgulhosa, ela tenta respirar fundo.

— Não é... Isso. Só que eu... Não... – Ela coloca as mãos no rosto. – Não estou... pronta, para ter um irmão... De novo não! – Ela volta a tremer. Muito. Posso ser o que for, mas não sou tão sangue frio assim, a ponto de ve-la desse jeito e ficar calmo.

— Ei! Pare com isso! Chegamos aqui juntos, não foi? Se continuarmos indo nesse ritmo, seremos uma dupla perfeita. Uma coisa assim não vai te parar, certo?

Vendo por sua expressão, acho que ela não concordou comigo. Mas mesmo assim, ela era muito orgulhosa para discordar. Então, simplesmente diz.

— Eles e... Eram idênticos... C... Como é possível?

Eu não fazia ideia do que ela falava. Mas eu também não fazia ideia de como acalma-la. Ela me lembra tanto minha mãe, que desvio o olhar.

— Não sei do que você está falando, Maya. Mas se você não se acalmar, nunca vou descobrir.

Sua respiração estava falhada, mas ela parecia um pouco melhor, como se, finalmente, se acalma-se. Ela da um sorrisinho fraco para mim.

— Finalmente você falou algo certo, você não vai descobrir, mané. – Ela diz com a voz preocupantemente fraca. – Desculpe ter fugido. Desculpe pelas Queres, e por todo o resto. Sem mim, você não teria sido atacado, e não estaria metido em pr...

— Pode ir parando! Sem tudo isso não haveria a menor graça! E eu já disse, somos parceiros. Você e eu estamos juntos nessa. – Ela franziu a testa, sem se convencer. – É sério! Sem você, eu estaria morto, e nem teriam achado corpo! Você que os mostrou onde estávamos!

— O que? – Ela faz uma careta, como se lembrasse de algo desagradável.

— Ah, deixa quieto. – Eu desenho algo na areia; Um centauro. Acho que hoje foi um dos dias mais loucos da minha vida, afinal, eu vi um centauro se transformar em um cara de cadeira de rodas normal. Pelos Deuses, o mundo dos semideuses não é nada normal. – Vamos, já, já vão servir o jantar, e ainda não sei sua comida preferida!

— Nem eu sei, acredite. – Ela me responde prontamente. – Mas e você? Que comida você gosta?

— X-burguer é sempre bom! Mas, milk-shake também é incomparável... Chocolate e bacon são divinos, vamos combinar... E refrigerante! Hum... Deu até água na boca. – Eu me lembro de cada sabor como se estivesse comendo. Mas antes de continuar, não pude deixar de notar a expressão confusa de Maya. – O que é? Não vai me dizer que está de dieta!

— Não é isso! – Ela fica corada. – Eu só... Nunca experimentei nada disso. Minha mãe falava dessas coisas, mas nunca levava para casa. – Seu rosto fica sombrio ao falar da mãe, mas ela consegue disfarçar. Por sorte, eu e minha boca aberta nem prestávamos atenção nisso. Só no fato dela nunca ter comido X-burguer, e milk-shake.

Inaceitável! Como assim você nunca comeu nada disso? Menina, você sabe o que está perdendo? Vou ter que te reapresentar ao mundo, já que parece que você não o conhece nem um pouco!

A partir daí, nossa conversa ficou suficientemente louca para que se eu narrar, provavelmente nos internariam num hospício. Imagine, duas pessoas de quatorze anos, semideuses, recém-quase-mortos-por-bichos-imortais-que-morreram, num Acampamento cheio de caras que começaram sua carreira de heróis explodindo privadas e garotas assustadoras (tipo, muito assustadoras mesmo), conversando sobre o gosto do Bacon, em uma praia linda, com um cavalo-marinho gigante chamado Arco-Íris pulando ao por do sol. Cara, esse mundo é louco, e nós somos ainda mais loucos.

Queria que aquele momento idiota durasse para sempre, ou pelo menos, tempo o suficiente para o resto dos problemas se resolverem sozinhos. Mas nem tudo são flores, não quando se vive nesse mundo.


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Notas finais do capítulo

Mis amores, obrigada por ler, comentem o que querem que melhore (e deem ideias), e acompanhem! Arigato, Thanks, Gracias e Obrigaduuu!!!!!!!



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