Capítulo 16 – A batalha da ponte e o desconhecido.

O vento batia fraco sobre a temerosa ponte que ligava as fortalezas, as águas que passavam por baixo dela seguiam o rumo do vento, que indicava a chegada da chuva. Encaravam-se agora, duas criaturas monstruosas, de seus olhares apenas podia-se ver um brilho, como uma chama na escuridão. Encararam-se por um tempo, seus cavalos permaneciam irriquietos, era possível ainda ouvir o tilintar de espadas na entrada da fortaleza, os guardas seriam tão tolos ao ponto de confundir seus próprios aliados com inimigos? Mas os cavaleiros eram astutos, e sabiam que não deveriam desviar a atenção do adversário.

Um cavaleiro alto, encapuzado, coberto por um manto negro. Em sua bainha repousava uma espada pálida e preso ao cavalo, um enorme mangual. Ele utilizava uma grande coroa de aço, e mesmo assim ela não repousava sobre nenhuma cabeça visível, entre ela não havia nada para se ver, exceto o brilho de um olhar malicioso, e de uma boca invisível veio uma risada mortal.

—  Criatura tola, ainda pretendes lutar comigo? Sou o general dos exércitos mais poderosos, sou o braço direito do senhor das trevas. Nenhum homem mortal pode me matar!

Phantom nem desviara seu olhar, continuava a observar o cavaleiro negro como se estivesse lendo sua mente. O general sabia que não lutava com alguém normal, seres humanos tremem de medo só de ouvir sua voz, o espectro não respondeu e ficou em silêncio, como se tomado por uma dúvida repentina.

Phantom preparou sua lança enquanto Witch King retirou sua grande espada da bainha. Os cavalos esperavam as ordens de seus mestres, os soldados batalhavam atrás das grandes portas de aço que davam passagem sobre aquela ponte, a água balançava misteriosamente com ajuda do vento, que mechia elegantemente a capa do cavaleiro negro.

Witch King começou o ataque e partiu em direção a Phantom, que com seu cavalo, também partiu em direção de seu inimigo. Os dois iriam confrontar-se naquela imensa ponte, Phantom segurava sua enorme lança, e no momento em que o cavaleiro passou, acertou de raspão em uma de suas ombreiras, mas a armadura era feita pelos melhores ferreiros e acima de tudo era mágica, fazendo com que Witch King apenas perdesse o equilibrio e caisse do cavalo, enquanto que Phantom acabou recebendo um tranco que também derrubou-o do cavalo, agora os dois estavam a pé, e a luta seria mais séria.

— Não reconheces a morte ao deparar-se com ela? — disse o cavaleiro em uma voz grave, segurando seu imenso mangual, que intimidava qualquer inimigo.

— Eu apenas preciso finalisar com você, sua amiga de cabelos louros vai dar conta de seus amigos, eu vejo muita força nela, e tenho certeza que todos sucumbirão! Qualquer coisa que cruzar seu caminho será morto, não há como escapar.

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             Steven acabara de acordar, sua cabeça estava deitado sobre as pernas de Cynthia, que estava sentada, acariciando-o de leve, enquanto ela conversava com um homem. Steven levantou-se confuso, lembrava que alguém o acertara pelas costas fazendo-o desmaiar, mas depois disso não lembrava-se de mais nada e agora estava em um estranho local junto a Cynthia e ao homem. Ela olhou para Steven e deu um forte abraço, quase em lágrimas.

— Eu sabia que você viria... — disse a moça.

— Eu nunca a abandonaria. — sorriu Steven. — Mas, onde estamos?

— Assim como nós, você está em uma prisão. Aqui não seria um bom lugar para dizer “Bem vindo”, estamos planejando uma fuga. Pretendemos realisar um ataque para acabar logo com tudo isso. — afirmou o misterioso homem. — Sou Boromir, filho de Denethor. Não pertenço a nenhum desses jogos do console 64, mas acabei me envolvendo nessa batalha quando uma dessas Engrenagems acabou aparecendo em minha cidade.

— Parece que esse problema das engrenagems já chegou longe demais, realmente tenho que acabar logo com isso! — respondeu Steven, colocando sua mão em seu cinto e lembrando-se que seus pokémons não estavam com ele. — Onde está meu Skarmory?

— Acredito que nossos pokémons foram capturados, também não estou com os meus. — disse Cynthia.. — Onde estão os outros Steven? O Acro está bem? Eu fiquei preocupada quando perdi contato com vocês aquele dia!

— É uma longa história Cynthia, o importante é que consegui encontrar você, e me parece que estamos na base do inimigo, podemos planejar um ataque e acabar logo com tudo isso! Os outros podem estar correndo perigo! — dizia Steven, mas antes que terminasse de falar, ele foi interrompido por um grande portal que surgiu. — Metagross! Claydol! Chegaram na hora certa!

Os dois pokémons provavelmente já teriam terminado de ajudar Acro na base, e conseguiram entrar na prisão pelos portais, na hora exata. Steven ordenou que seu Metagross destruísse uma parte da parede, para que pudessem passar, e assim fez a criatura metálica, que com um potente ataque de suas pernas de aço, fez uma passagem dentro daquela prisão.

— Olhe só esta parede quebrada! Parece que alguém também fugiu desta outra prisão! — afirmou Cynthia, apontando para a possível passagem feita por Lance.

— Senhor guerreiro, virá conosco? — perguntou Steven.

— Você carrega o destino de todos nós, se esta é a vontade desta batalha, então Gondor responderá! — respondeu Boromir, partindo junto a Steven e Cynthia.

Era um homem alto, justo, de cabelos escuros, barba e olhos cinzentos. Era conhecido por sua bravura e por ser um dos melhores capitães de sua amada cidade, uma pessoa nobre e leal. O capitão da torre branca, carregava um escudo redondo em suas costas e uma pequena espada na sua bainha. Suas vestes possuiam imagems de uma árvore branca, provavelmente o símbolo de sua cidade natal.

— Eu farei um download do mapa da área, com meu Metagross, assim poderemos procurar nossos pokémons e a sala final mais rápido. — disse Steven, programando seu pokémon, que pode ser mais inteligente do que um computador de última geração. — Vamos pegar nossos pokémons primeiro!

Os três partiram na direção oposta àquela tomada por Lance e General, se continuassem, iriam acabar encontrando-se com Samus, mas os dois caminhos levariam ao mesmo local, a sala final.

— Olhem só! Todos os guardas estão presos do outro lado desta fortaleza, acredito que alguma coisa não está permitindo que eles possam passar por esta ponte, que ligas as duas fortalezas. — disse Steven checando os dados em seu Metagross.

— Sorte nossa! Vamos poder passar normalmente por este caminho, pegar nossos pokémons e acabar logo com isso! — respondeu Cynthia.

— Pensas que será somente isso? Nenhuma batalha possui apenas soldados, tenho certeza que os capitães dessa guerra ainda não revelaram-se. Teremos sorte se não nos encontrarmos com o mais cruel de todos os inimigos, Rei de Angmar de outrora, Feiticeiro, Senhor dos Nazgûl, sombra de desespero, o Witch King.

— Ele está certo Cynthia, pode apostar que ainda vamos nos encontrar com criatura poderosas. Fiquem atentos!

Então, eles seguiram seu caminho indo em direção a uma das salas, todos os locais daquela fortaleza pareciam ter sido construídos rapidamente, pois era uma construção bem simples, e provavelmente não pretendiam usá-la por muito tempo. Ao entrarem na sala, depararam-se com imensas criaturas caídas, derrotadas, alguém já havia passado por aquele local, mas seria algum inimigo? Provavelmente não, pois acabara de derrotar os capitães daquela fortaleza.

— Olhe só essas criaturas, nunca conseguiriamos passar por elas sem nossos pokémons! — disse Cynthia, observando os monstros nocauteados.

— Irei pesquisar quem eram esses monstros. — disse Steven,  digitando em seu Metagross. — Uma delas chama-se Army Dillo, do jogo Donkey Kong 64, um gigantesco tatu, coberto por uma proteção metálica e dois grandes canhões laterais que liberavam bolas de fogo. O outro chama-se Bongo Bongo, do jogo Zelda: Ocarina of Time, um espírito das sombras, uma misteriosa criatura ciclópica com duas grandes mãos desencarnadas. Uma vez selado nas profundezas da escuridão, mas parece que conseguiu escapar... Esta estranha criatura me parece um Inviso, do jogo Yoshi’s Story 64, sabe-se pouquíssimo sobre esta criatura, apenas que ela fala utilizando rimas e fica... Invisível...

— Este Bongo Bongo, me assusta, é maior do que qualquer outro monstro que eu tenha conhecido. — disse Boromir. — Ainda temos um pouquinho de tempo? Será que você poderia contar-nos um pouco a mais sobre esta criatura? Os relatos sobre ela ficariam fantásticos.

— Neste relato existem algumas teorias sobre essa criatura monstruosa, lerei brevemente sua história:

Especula-se que as mãos de Bongo Bongo são separadas de seu corpo, porque elas foram cortadas como punição por ter roubado um artefato, conhecido como Lens of Truth, pois cortar as mãos dos ladrões era um castigo comum da época medieval.

Sua cabeça também parece ter sido cortada, sugerindo que ele foi executado, uma vez que o Shadow Temple possui muitos obstáculos tipo guilhotina. Ele pode ter sido executado pelo fato de ser acusado como um assassino, uma vez que os lugares que habiatava eram cheios de mortos vivos e vários intrumentos de tortura. Acredita-se também que ele pertencia a uma poderosa tribo chamada Sheikah. Ele acabou enlouquecendo e matando pessoas, então os Sheikah o executaram, por isso o símbolo dessa tribo está em seu olho.

— Mas este símbolo era o mesmo que vocês encontraram na Gossip Stone, em Lost Temple, quando vocês foram encontrar a Time Gear de Phantom! — explicou Cynthia.

— Mas que concidência, é engraçado como algumas coisas se encaixam. Temos sorte de ter encontrado essas criaturas derrotadas, mas eu não gostaria de achar o autor desta luta. — afirmou Steven. — Vamos continuar.

Agora eles andavam com mais cautela, não gostariam de ser pegos desprevenidos por qualquer coisa que tivesse derrotado aqueles monstros. A próxima sala que entraram era muito quente, coberta por lava nas profundezas, e isso fazia com que a área ficasse iluminada. Para que eles passassem, seria preciso cruzar uma plataforma, que parecia muito suspeita.

— Nossa, mas que calor, esse lugar é realmente estranho, nem parece deste mundo! — comentou Cynthia.

— Parece que esta plataforma irá cair! Olhe só, não tem corrimões para nós nos segurarmos, será um pouco difícil atravessá-la! Vamos tomar o máximo de cuidado, não quero que ninguém se machuque. — disse Steven.

Enquanto eles tentavam cruzar a plataforma, de repente, eles puderam sentir um grande terremoto, a fortaleza toda começou a se mexer. (Momento em que o Gyarados de Lance lutava com Crystal King.) Algumas pedras caíam na lava, Cynthia segurava-se com força em Steven, quando uma criatura surgiu da lava. Era imensa, mas muito mais que isso, colossal, era Kraid, o mesmo monstro utilizado por Dark Link para encontrar a Time Gear de Clock Town, e talvez o terremoto o acordara de seu sono, e agora ele estava pronto para lutar. Aquela sala nem parecia ser dentro da fortaleza de tão grande que era, parecia não ter fim, talvez uma dimensão distante, contruída a muito tempo por uma raça já esquecida. Com suas garras, o monstro poderia facilmente destruir aquela plataforma, lava escorria em suas escamas, mas pareciam não afetá-lo nem um pouco. Cynhtia estava paralisada, se Bongo Bongo já era grande, Kraid era muito maior, a cada minuto que passava apareciam criaturas mais macabras naquela fortaleza. O monstro os observava, esperando um movimento, mas eles não sabiam o que fazer pois a porta que levaria para a próxima sala ainda situava-se longe demais.

O que poderá acontecer com Steven, Cynthia e Boromir? Quem derrotou aquelas criaturas na sala anterior? Será que eles conseguirão atravessar a sala e fugir da fúria do imenso dragão, Kraid, antes que ele faça algo pior?