Você e Eu, Eu e Você escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 10
capitulo 10 - "A Foto"




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Victória viajou, mais uma vez estava envolvida em uma viagem em busca de novos horizontes na criação de moda. Heriberto ficou, os dois estavam afastados há alguns dias, ele estava atolado em plantões.

Para desenvolver um novo medicamento contra a dor, Dr. Rios Bernal estava ficando mais tempo no setor e pesquisa do hospital e se dedicando ao maravilhoso ofício de buscar formulas de aplacar a dor das pessoas.

Essa rotina extenuante era a rotina que sempre os afastava e por mais que os dois desejassem que a vida fosse mais calma e mais leve, era impossível pela forma como eles haviam escolhido seguir com suas carreiras.

Heriberto estava sentindo falta de Victória, mas também não podia cobrar dela que ficasse em casa, se ele não podia estar também. Estava desejoso da companhia dela e sentia que dormir sem ela era incomodo e sem propósito, sendo assim, quando Vick não estava em casa, ele dormia na clínica.

Ela viajara na condição complicada de ter negado sexo a ele antes de viajar, talvez por birra ou por quaisquer outras coisas que passassem pela cabeça dela naquele momento.

Ela estava viajando quando a linda foto dele ao lado de um verdadeiro harém foi divulgada em um jornal amplamente divulgado. Bufou ao ver e contraria sua agenda, pegou o primeiro avião de volta para casa. Eram sete da manhã quando Victória Sandoval Rios Bernal entrou em seu quarto.

Cuspidora de fogo não era o termo correto para defini-la, mas chegava próximo ao que se podia ver dela.

VICTÓRIA — Acorda Don Juan!  — jogou ele da cama.

HERIBERTO – Está louca mulher?  — ele diz quando sente o chão.

VICTÓRIA — Cretino, você não tem vergonha não?  — transtornada andando pelo quarto e sentindo o estômago doer.

HERIBERTO – O que? – sonolento e sem entender.

VICTÓRIA — Foto no jornal com as putas do hospital e eu trabalhando feito louca. – falou com raiva pegando o jornal de sua bolsa e jogando sobre ele. –Você não tem tempo para mim, nem para viajar comigo, mas tem para posar com essas vagabundas, não é isso?

 Ele passa a mão nos cabelos, suspira irritado e se levanta do chão. Odiava quando Victória se comportava assim, de forma infantil e agressiva.

HERIBERTO – Eu te avisei do evento e você disse que tinha essa porcaria de viagem, eu não te impedi. – ele foi tranquilo se sentando na cama e olhando para ela.

VICTÓRIA — Me avisou do evento?  — olhos de fogo encarando ele com fúria.  — Você as deixou agarrarem você e está com cara de bêbado! Não teve a menor consideração por mim! – falou alto sentindo-se enganada.

HERIBERTO – E você teve por mim? Victória, não me cobre, se estivesse ao meu lado quem estaria se esfregando em mim seria você. – falou como cobrança.

VICTÓRIA — Eu imploro por você há dias! Quase esfreguei meu traseiro na sua cara semana passada, me humilhando no escritório, Heriberto? O que você fez? – estava constrangida, mas precisava falar.

HERIBERTO – Eu te dei o que você queria. Do que reclama? Já sei o seu fogo era maior, seu fogo é sempre maior. – queixou-se como se o desejo ela fosse um defeito e ficou de pé.

VICTÓRIA — Ah? Meu fogo era maior? – furiosa com aquela declaração. – Você não me beijou, não me fez um carinho, só pau e pronto, cinco minutos...

HERIBERTO – Você me queria em você, não me pediu carinho. – foi rude.– Te dei sua rapidinha de um minuto...

Victória enfurecida avançou nele. Como podia fazer uma declaração como aquela?

VICTÓRIA — Não fale assim comigo, seu idiota! Eu te amo, rastejo por você, imploro e você nada. Todo dia cansado, todo dia com sono. Todo tempo longe e quando está aqui, não está! – falava estapeando ele de modo raivoso.

HERIBERTO – Eu trabalho, Victória!  — a segura pelos braços.  — Tenho plantão de dias, será que não entende? E você está quando estou?

VICTÓRIA — Quando foi que você quis e eu não estive para você? Quando você me diz que está com saudades eu paro tudo, deixo tudo e venho ou vou onde você está. – falava sofrendo, como ele poderia ser tão injusto? – Ou você vai e me lembra que tenho que te atender, podendo ou não...

Ele a soltou... Ela tinha razão em tudo que dizia.

HERIBERTO – Victória, eu estava na festa, tomei uns copos a mais e nem me lembro desta foto. – foi sincero.

VICTÓRIA — O que mais você não se lembra?  — os olhos chorosos, tinha medo das respostas dele e o encarava.

HERIBERTO – Só desta foto que não me lembro. – a olhou com carinho. – Rafa estava comigo...

VICTÓRIA — Onde você dormiu? – suspirando, não conseguia controlar os ciúmes.

HERIBERTO – Aqui na nossa cama... – bateu a mão sobre o lençol.

VICTÓRIA — Mentira! Onde você dormiu? – foi rude se aproximando dele.

HERIBERTO – Victória já disse que aqui na nossa cama, que saco! –berrou. – Eu não estou a fim dos teus ciúmes, minha cabeça dói...

VICTÓRIA — Está a fim de que, então? – suspirou.

Avançou até ele, homem lindo que era, só de olhá-lo sentia o mundo parar, mas estava furiosa. Ele a olhou nos olhos, cheia de raiva e ele quase perdendo a paciência, mas seu corpo respondendo a ela. Ele a segurou para um beijo enquanto a mão buscou um dos seios.

HERIBERTO – Eu amo seus arroubos de ciúme. – massageou o seio dela.

VICTÓRIA — Para.  — gemeu dengosa.  — Não estou brincando com você. É serio...  — mas não se afastou dele.

HERIBERTO – Você não tem que ficar com ciúmes de uma foto porque é só uma foto. – ele a enlaçou pela cintura e a beijou de novo.

VICTÓRIA — E você estava com muitas mulheres... – gemeu dengosa e derretendo-se com a proximidade a ele.

Sente o perfume dela. Ela sempre o enlouquecia com aquele cheiro de mulher que ninguém mais tinha, só ela.

VICTÓRIA — Estavam segurando você.  — enlaçou o pescoço dele e foi mais dengosa.

HERIBERTO – Provavelmente porque eu bebi demais. – os olhos dele enfeitiçaram ela, como um mago do amor.

VICTÓRIA — E essas galinhas se aproveitam... – fez beicinho, como uma criança mimada.

HERIBERTO – Eu amo seu cheiro... Em todas as partes do seu corpo... – roçou os lábios no pescoço dela.

Victória sentiu as mãos dele em seu traseiro...

VICTÓRIA — Suas mãos me apertando assim...  — gemeu fogosa.

HERIBERTO – Eu nem dou bolas para elas, Victória.  — levou uma mão abrindo os botões da blusa.

VICTÓRIA — Não dê bolas e nada mais... – riu e arfou só de sentir que ele a tocava assim. – O que está fazendo? Acabei de chegar...

HERIBERTO – Te mostrando que seu ciúme não tem fundamento porque a única pessoa com quem vou estar é com você... – terminou de abrir. – E o que tem que você acabou de chegar?

VICTÓRIA — Eu preciso ir...  — sente os lábios dele em seu ombro.  — Eu tenho que...

HERIBERTO – Fique quieta, Victória... – pediu colando os corpos...

VICTÓRIA — Eu vou...

Ele a beija. Geme sentindo a mão imprópria, divina dentro de sua saia...

VICTÓRIA — ahhhhhhhhhh...  — Eu não posso, Heriberto, não tomei os remédios...

HERIBERTO – Vai se negar aos meus carinhos? – ele sussurrou mais instigante na massagem.

VICTÓRIA — Não é isso amor... – gemeu quase não resistindo a ele.

HERIBERTO – Eu não sei pra que tomar essas porcarias...  — abre o zíper da saia dela e deixa cair.

VICTÓRIA — Por que? Porque não posso engravidar a essa altura, me deixa vai... – pediu sendo carinhosa, mas sem querer ser deixada de fato.

HERIBERTO – Não pode ou não quer? – ele a tocou nos cabelos com amor.

Gemeu sentindo as mãos dele em massagens únicas.

VICTÓRIA — Já, já seremos avós. – enfiou os dedos nos cabelos dele.

Heriberto a suspendeu pelas pernas e se sentou com ela em seu colo. Não queria falar nada, apenas a companhia dela.

HERIBERTO – Podemos ser pais e avós ao mesmo tempo.  — ele a cheira aconchegando o corpo ao seu.

VICTÓRIA — Você está duro.  — ela o beija e rebola no colo dele.

HERIBERTO – Eu sempre estou duro para você.  — tira a blusa dela.  — Ah, não queria e já está até rebolando.  — foi a um dos seios e sugou depois de abrir o sutiã.

VICTÓRIA — Eu queria...  — rebolou mais.  — Eu quero você sempre, meu amor...

HERIBERTO — Você é minha ciumentinha linda, e cheirosa...  — deitou Victória na cama e cobriu o corpo dela com o seu. Apenas a calcinha separando o corpo dela de seu toque.

Em meio a devaneio, de ser beijada, de ser amada, mas com a cabeça sempre alerta ao trabalho, Victória não se desligou e se lembrou de que tinha um documento urgente para entregar a Oscar. Entre tantas palavras que poderia dizer ao marido, naquele momento íntimo e pessoal, ela balbuciou a pior de todas, sem querer.

VICTÓRIA — Oscar...

Heriberto reagiu na hora, a empurrou na cama com brutalidade...

VICTÓRIA — Ai...  — falou colocando a mão nos lábios...

Os olhos do marido estavam depositados sobre ela como uma lança, como a pior das lanças de acusação. Não tinha mesmo justificativa dizer aquilo, aquele nome, ali...

HERIBERTO – Está louca?  — os olhos dele pareciam caldeiras.


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