Você e Eu, Eu e Você escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 11
capitulo 11 - " O Pé"


Notas iniciais do capítulo



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VICTÓRIA — Heriberto, meu amor, me desculpa.  — ela se ajeitou na cama e ele avançou nela segurando-a.– Eu me lembrei de um documento, meu amor que tenho que entregar...

HERIBERTO – Como ousa me chamar...  — estava horrorizado.

VICTÓRIA — Desculpa, me perdoa...  — ela implorou sendo sincera.

HERIBERTO – Transa comigo pensando naquele maldito? Eu não acredito!  — gritou transtornado de raiva e ficando de pé.

VICTÓRIA — Não, Heriberto.  — ela estava tão transtornada que se desequilibra e cai no chão quando tenta sair da cama para falar com ele. — Que merda! Que merda!

Heriberto se assusta. Ele a pega no colo e coloca na cama com cuidado e ficam se olhando. Depois ele se afasta.

VICTÓRIA — Meu amor, eu juro que me lembrei do documento. Vem aqui, por favor.  — sente o pé doer, tinha se machucado.  — Vem...  — sentiu o coração partir com o sofrimento dele. Ele se afastou mais alguns passos dela na cama e voltou a olhá-la.

HERIBERTO – Oscar estava com você nesta viagem?  — o olhar dele era cobrança e frieza.

Ela ficou em silêncio.

HERIBERTO – Responda, Victória! – gritou com raiva, perdendo a paciência.

VICTÓRIA — Heriberto, calma. – tocou o pé e doía, tinha que ficar calma.

HERIBERTO – Seu silêncio me comprova que sim.  — os olhos dele estavam totalmente agressivos. — Dormiu na sua cama também?

VICTÓRIA — Meu Deus, não! – falou horrorizada. – Ele sempre viaja comigo e desta vez tínhamos um contrato importante para assinar. – se explicava apavorada com o que ele estava pensando.

HERIBERTO – E porque desta vez você mentiu e disse que ele não ia? – chegou mais perto da cama e passou a mão pelos cabelos com raiva.

VICTÓRIA — Eu não menti, você não perguntou. – tocou de novo o pé.

HERIBERTO – Mente para mim e se acha no direito de me cobrar por uma foto idiota e fazer um show quando a errada aqui é você! Não perguntei, Victória?

VICTÓRIA — Para... Para com isso, Heriberto, eu trabalho com ele é pelo bem da casa de modas...

HERIBERTO – Vá pro inferno, você e sua casa de modas! – falou enciumado até a alma.

VICTÓRIA — Me respeita! Eu estava trabalhando, não me esfregando bêbada em meus colegas de trabalho, como você! Não me envolvo com pessoas do meu trabalho! – disparou se defendendo e atacando ele.

HERIBERTO – Colega? Ele?  — ri debochado.  — Aquele homem te come com os olhos, não seja idiota! – agressivo e mais ciumento ainda.– Eu não te chamo de Alessandra quando estou com você!  —  diz sem pensar.

VICTÓRIA — Alessandra? Eu não conheço nenhuma Alessandra na sua equipe. Quem é essa mulher e por que você se lembrou dela agora?  — ficou de pé e sentiu dor no pé, mas não se importou.

HERIBERTO – E nem vai conhecer porque não vou perder mais nenhuma médica de minha equipe por seus ciúmes. – falou sendo direto. – Já perdi a conta de quantas médicas excelentes eu demiti por sua causa, Victória! – falou querendo externar sua raiva. – Está sentindo dor no pé?

VICTÓRIA — Estou. – suspirou. – Eu vou lá conhecer essa pistoleira.

HERIBERTO – Ela é umas melhores médicas que já tive e seu ciúme não irá entrar no consultório. – foi até ela para ver o pé.

VICTÓRIA — Heriberto, você está dizendo que não vai me apresentar essa médica? – ele a olhou do chão enquanto tocava o pé dela.

HERIBERTO – Pare de desviar do assunto. – falou ficando diante dela.

VICTÓRIA — Não estou desviando. – os seios intumesceram com ele ali, perto.

HERIBERTO – Está sim! – ele percebeu na hora, se tinha uma coisa que sabia fazer era ler os sinais do corpo dela.

VICTÓRIA — O assunto é você e outras... – cobriu os seios com os braços, como uma criança vendo que ele a olhava.

HERIBERTO – Você viaja sozinha com aquele imundo e quer me cobrar... – falou alto se afastando.

VICTÓRIA — Depois o assunto era você dormir comigo. Ele não é nenhum imundo! É um homem decente, competente e fiel. – defendeu mesmo sabendo que ele ficaria irritado.

HERIBERTO – Não o defenda que só me faz pensar coisas... – chegou perto dela de novo, o perfume exalava dela.

VICTÓRIA — Um homem comprometido com a carreira... – completou e silenciou-se com o olhar dele.

HERIBERTO – E eu não sou, sua cretina?  — passou a mão pelos cabelos.

VICTÓRIA — Cretina? – bufou. – Você é meu marido...

HERIBERTO – E Oscar seu amante? – revidou.

Victória suspirou olhando o rosto dele de modo apreensivo, não queria mais brigar, queria o beijo quente que estavam trocando antes...

VICTÓRIA — Não Heriberto, ele é meu funcionário. Que droga! Eu não tenho nada com ele. Eu nunca tive nada com ele e nem com ninguém! Eu sou sua mulher... Eu nunca tive outro homem. Você foi o primeiro e o único. – sentiu o coração se encher de alegria. – É assim até hoje...  — ela o encarou, tinha orgulho disso, não pelos motivos cafonas e machistas da sociedade, mas por amor a ele.

HERIBERTO – Você...  — ele a analisou apaixonado.  — Eu nunca tive problemas até hoje, mas às vezes duvido... – baixou a guarda, lembra-se como a tinha tomado em seus braços quando era jovem e linda e como tinha tornado sua esposa, o fazia feliz.

VICTÓRIA — Você me fez sua mulher e eu ainda era uma menina.  — baixou os olhos timidamente e falou mais baixo.  — Você me amou, me cativou e não era só meu corpo, Heriberto, você queria o meu amor...

HERIBERTO – Eu sempre te quis, eu sempre te amei... – ele falou baixo e perto.

VICTÓRIA — Eu não desejo ninguém, eu só desejo você... Eu te amo...  — ela deu um passo até ele e gemeu. Ele a segurou.

HERIBERTO – Você se machucou... – falou preocupado.

VICTÓRIA — Sim, está doendo muito, mas eu quero fazer amor, eu não quero discutir. Eu quero ser sua.  — esperou por ele em silêncio.

Ele a envolveu pela cintura e a beijou. Com amor, com prazer e sem culpa.

HERIBERTO – Tenho que ver seu pé... – ele falou depois de passar as mãos pelo rosto dela.

VICTÓRIA — Eu quero que olhe outra coisa, me dá uma injeção, doutor...  — ela riu sexy. Ele a acompanhou no riso, a pegou no colo e deitou na cama.  — Me dá uma injeção?

HERIBERTO – Você não está merecendo... – falou examinando o pé dela, estava marcado e ficaria dolorido, mas não havia torcido.

VICTÓRIA — Você é médico. Não pode me negar. Faça, Dr. Rios Bernal.  — ela abriu as pernas e gemeu ousada.

Ele arrancou a calcinha dela sem rasgar e enfiou os dedos no meio de suas pernas sem penetrar. Victória gemeu alto segurando o lençol.

HERIBERTO – Poderia te castigar.  — acariciou as pernas dela sentindo desejo infinito.

Ele abaixou e a beijou intensamente, sem encostar os corpos, apenas os lábios se tocando enquanto ele acariciava entre as pernas dela de modo bem rítmico e lento.

VICTÓRIA — Me castiga, Dr. — gemeu, o corpo todo pulsou e sentiu lubrificar sua genital.

Heriberto se posicionou e passou o membro na entrada dela e a sentiu molhada, latejou, colocou só a pontinha e saiu. Fez isso por duas vezes, como um agrado e uma tortura para os dois.

VICTÓRIA — Heriberto, não faça assim...  — gemeu desesperada, arfando.

HERIBERTO – Fazer o que?  — colocou e retirou novamente olhando o corpo dela.  

VICTÓRIA — Isso... ahhhhhh, eu preciso.  — Tira o pijama, amor, você nunca tira a roupa.  — reclamou se contorcendo na cama.

HERIBERTO – Você nunca me dá tempo, quando penso em tirar você já gozou.  — riu dela e de toda a excitação que demonstrava.

Victória era mesmo uma mulher fácil de ser agradada. Cada ponto do corpo dela era sensível ao toque dele, era o amor que sentia por ele que a fazia ser assim, tão suscetível, tão cheia de amor para dar...

VICTÓRIA — Vai, tira... A roupa, meu amor, não o pau... – ela o queria dentro.

Ele enterrou-se nela com força e retirou mais uma vez.

VICTÓRIA – Heriberto você está reclamando de mim?  — viu o marido se levantar.  — Onde você vai?  — o rosto afogueado, sentia calor no corpo todo.

HERIBERTO – Não quer que eu tire a roupa? – falou rindo dela e de sua impaciência.

VICTÓRIA — Pensei que ia embora. – o olhou.

Tirou lentamente o pijama a torturando.

VICTÓRIA – Não dava para tirar aqui junto comigo? – passou a mão pelos cabelos e juntou as pernas em excitação.

HERIBERTO – Não está em condição de exigir nada. – olhou o corpo nu e ficou admirando.

Observou a demora dele e naquela fração de segundos teve a impressão de que Heriberto estava enrolando e tudo que queria era apernas ser amada. Ficou aborrecida virando na cama. Sempre parecia que estava implorando por ele.

VICTÓRIA — Tudo bem, Heriberto, não precisa mais, você não quer... – suspirou e o olhou da cama. – Está enrolando... Eu vou tomar meu banho e vou dormir. – segurou a testa num gesto de insatisfação. – Não dormi a noite toda e preciso descansar.

Ele parou. Foi imediata a forma como ele a olhou.

HERIBERTO – Não dormiu por quê? – já estava nu e se aproximou da cama. – Estava dando para aquele desgraçado?


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