Mudança de Planos escrita por Honeyzinho


Capítulo 12
Capítulo XII • Protetor


Notas iniciais do capítulo

[UPDATING]

NÃO SEI QUEM JÁ LEU O CAPÍTULO, mas editei as notas iniciais, porque em meio a correria de ontem eu não mencionei o fato de a fic ter sido SUPER RECOMENDADA pela lindíssima Rhayssa Albuquerque (ID: 716945) ♥ muito obrigada MESMO!

E hoje é meu aniversário, mas quem ganha o presente são vocês! euueheuh ;)

Sei que devem estar me odiando por TANTA DEMORA, mas eu explico melhor nas notas finais o motivo de ter desaparecido - e espero que me perdoem.

Boa leitura!





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No dia seguinte, quando acordei, ainda pensava no que Robert havia dito. Ele tinha mesmo sentido ciúmes de mim? Quero dizer, amigos podem sentir ciúmes de amigos, certo? Porque esse era o ponto máximo da relação que podíamos ter um com o outro.

E, se ele viesse me dizer que esse sentimento estava mais para algo amoroso do que amistoso, de fato eu não duvidaria de que aquela conversa fosse, apenas, uma piada de muito mau gosto.

Parte de mim ainda estava meio chateada por ele ter socado Fred, mas a outra metade tinha se confortado, pois ele admitira o seu erro e assumira a obrigação de se desculpar com o colega de equipe.

Era o certo a se fazer, e o Müller sabia.

Felizmente ele sabia.

— Que tal eu te dar uma carona hoje, Sophie? – mamãe perguntou, descendo as escadas, enquanto eu bebia meu suco de uva, devaneando sobre a bagunça que minha vida havia se tornado nos últimos dias.

Eram raros os momentos em que nós duas saíamos juntas sem que tivéssemos um compromisso em algum lugar, como a festa de confraternização dos advogados e juízes locais que aconteceria no final de semana.

E, obviamente, eu adorava poder participar mais da vida dela sem que eu tivesse de disputar a sua atenção com várias outras pessoas mais velhas e influentes.

— Ah, tudo bem! – concordei com um sorriso no rosto, enquanto Janice preparava o seu lanche com muitas frutas, cereais e iogurtes.

Não demoramos mais que vinte minutos. Logo eu e ela já tínhamos pegado a avenida, seguindo para o meu colégio. Mamãe e eu falávamos do baile e dos vestidos que tinha separado para que eu escolhesse um.

Ela adotara esse péssimo hábito de me limitar. Não que os nossos gostos fossem tão distintos, porém eu queria poder escolher a minha própria roupa uma vez na vida.

— São três modelos longos. Um preto bordado, um rosa salmão com rendas e um vermelho liso – Janice explicava, parecendo bem animada – Acho que seria bom você escolher mais rápido, para que o Robert possa adequar o terno dele à sua roupa, que tal?

— Oh, você quer saber a minha opinião... – comentei, com um leve tom de sarcasmo. Eu não queria soar grosseira, só estava cansada de nunca ter voz.

— É claro que sim! – ela respondeu ríspida e me olhou feio de soslaio, tornando a prestar atenção ao trânsito.

— Mãe, você nunca quer saber a minha opinião – disse, demonstrando a minha exaustão – Se quisesse, saberia que odeio as aulas de piano.

— Isso é bobagem – mamãe afirmou.

— Não, não é bobagem – inconscientemente eu já estava alterando minha voz. Eu ficava indignada diante do fato de ela sempre agir como se eu fosse um organismo não pensante, sem gostos e preferências – Eu gosto de cozinhar, eu queria estar fazendo um curso de culinária. Queria conhecer gente do ramo!

— Você não nasceu para isso, Sophie – Janice soltou de um jeito gélido e cortante – Direito ou Medicina, você escolhe. Mas passar a vida fazendo comida? Não mesmo.

A essa altura nós já nos encontrávamos na rua do Instituto Dimsdalle. Apesar da troca de farpas, eu não sentia raiva por conta daquela conversa. Francamente, tinha me acostumado a conviver com a opinião da minha mãe. Porém, e ainda assim, algo dentro de mim se remoía.

Sentia uma insatisfação enorme com relação a tudo.

Até entendia que ela queria que eu fosse uma mulher forte e renomada, como ela era. No entanto, eu não precisava ser Advogada ou Médica para conseguir essa proeza.

E pretendia provar isso a qualquer custo.

Estacionamos frente ao colégio, onde vários alunos já tinham chegado e se espalhavam pelo pátio de entrada. Olhei para Janice e respirei fundo. Ela ainda mantinha aquela expressão quadrada no rosto.

Odiava discutir com mamãe, mas não podia continuar mentindo para a minha vocação.

— Não quero Direito e nem Medicina, mãe – disse, me despedi e saí do carro, acompanhada do silêncio dela.

Provavelmente, eu ficaria de castigo ou algo do tipo, mas eu não consegui me importar nem por um segundo com isso. Havia sido sincera – com ela e, principalmente, comigo.

 

Logo quando adentrei ao Instituto, caminhei até o corredor principal, no intuito de pegar meus livros de Biologia. Os alunos já seguiam para suas salas, então a movimentação não estava tão grande assim.

Portanto, perceber Fred e Rob conversando por ali não foi nenhum tipo de desafio. Curiosa, fiquei no lugar mais estratégico possível, escondendo-me atrás da porta do meu armário, mirando vez ou outra os garotões ao fim do corredor.

Eles estavam sérios, de início. Depois, Rob assentiu com a cabeça diversas vezes, fazendo muitos movimentos com as mãos. Em sequência, Frederick coçou a nuca e assentiu também. Ambos sorriram e se cumprimentaram, daquele jeito que os rapazes fazem.

Robert tinha pedido desculpas – não me restavam dúvidas.

E, bom, o Müller nunca foi muito famoso por sair por aí pedindo perdão para as pessoas que ofendia ou coisas do gênero, então sim, ver ele se redimir me deixou... orgulhosa.

— Olha o que temos aqui – ouvi uma voz soar ao meu lado e, quando me virei, era Samantha, de braços cruzados, me encarando como se estivesse prestes a cometer um homicídio – Quando vai parar de babar? Eles não são pro seu bico.

— Do que está falando? – franzi o cenho me fazendo de desentendida.

— Você sabe muito bem do que estou falando – ela disse com aquele ar ameaçador. Ela parecia realmente enfurecida comigo, mais do que o normal.

— Não, eu não sei – respondi, cruzando os braços e fitando ela na mesma intensidade. Estava de saco cheio de Samantha Gray sendo Samantha Gray.

— Esquece o Rob, esquisitinha, ou vou acabar com a sua vida – ela respondeu e deu meia volta, indo embora sem me dar a chance de falar mais nada.

Não que eu pretendesse falar alguma coisa. Estava ocupada demais chegando a diversas conclusões sobre aquele showzinho da líder de torcida.

No último horário tivemos aula de Ginástica e, como sempre, os exercícios me deixaram mais cansada e suada do que eu gostaria de ficar.

Entretanto, quando fomos liberadas para tomar banho e ir embora, eu ainda tive que esperar, porque sempre achei incômodo pra caramba tomar banhos grupais com as demais meninas da classe. 

Por conta disso, quando finalmente pude me refrescar e me limpar, a maioria da turma já tinha se arrumado e ido pra casa.

Lavei meu cabelo com calma, pensando bastante nas minhas decisões e nas pessoas que tinham passado a fazer parte da minha vida. Sinceramente, eu pensava muito no Müller.

Apesar de gostar dele, eu tinha muito receio em continuar mantendo contato com ele – principalmente depois do recado intimidador da Gray. E se ela estivesse falando sério?

Eu sabia que ela era mesmo capaz de tudo.

Quando saí do chuveiro, segui até o vestiário para colocar as minhas roupas. No entanto, a única coisa com a qual me deparei foi com um armário aberto e completamente vazio.

Primeiramente, fiquei confusa. Olhei ao redor, procurando algum sinal de vida inteligente por ali, mas não vi ninguém. Nem mesmo alguma faxineira ou outro funcionário do colégio.

Em seguida, comecei a pensar no que Sam havia dito mais cedo. Esquece o Rob, esquisitinha, ou vou acabar com a sua vida. Eu conseguia ouvir sua voz ecoando em minha cabeça e meu corpo todo estremeceu.

Ela armou pra mim — era só nisso que eu pensava.

Segurei firme a toalha ao redor do meu corpo e respirei fundo, com a intenção de manter a calma, mas, principalmente, as lágrimas dentro dos meus olhos. Estava cansada de ser tão fraca e ridícula.

— Tenho que encontrar minhas roupas – falei para mim e ri da minha própria desgraça. Encostei a porta do meu armário e, enrolada na toalha, caminhei devagar até a entrada do vestiário.

Assim que pisei do lado de fora, percebi uma movimentação da equipe de Natação. Fred e mais três caras já estavam na piscina, enquanto os demais atletas ainda se organizavam para começar os treinos.

Robert era um deles.

Eu falei pra você parar de babar!— assim que ouvi a voz estridente ao meu lado, meu coração quase saiu pela boca. No instante em que me virei para encarar a criatura que falara comigo, senti a minha toalha úmida ser arrancada do meu corpo.

Samantha e sua gangue finalmente tinham atingido o ponto máximo da crueldade. Elas riam como hienas e eu estava totalmente, completamente e infelizmente sem roupa nenhuma.

De imediato, tampei o que precisava ser tampado com as minhas mãos – e da melhor maneira que consegui. Minhas pernas tremulavam e, quando por um breve segundo eu cogitei correr de volta ao vestiário, percebi que os caras da Natação já estavam olhando em nossa direção.

Olhando em minha direção.

Comecei a chorar sem parar, em um estado de choque real, enquanto as garotas saíam correndo e rindo, indo a qualquer lugar longe dali para que não se metessem em confusão.

Já eu não consegui me mover.

Vergonha, tristeza, raiva – todos esses sentimentos me inundaram de uma forma que jamais experimentei. Os garotos ainda me encaravam e eu não sabia o que fazer, ou como fazer.

Foi quando ele correu até mim, pedindo para que eu ficasse calma.

— Ok, respira, vou cuidar disso – Rob falou manso, ficando à minha frente, mas sem encostar muito em mim por motivos óbvios— Eu não estou olhando, ok? – Ele assegurou, enquanto as lágrimas ainda deixavam a minha visão turva, quase me impedindo de notar quando ele retirou uma camisa de sua mochila.

— O que... O que está fazendo? – sussurrei.

— Vou vestir você – ele respondeu, como se fosse o óbvio, já passando a peça pela minha cabeça e colocando em mim como se eu fosse uma criança. Em seguida, ele tirou uma calça de tactel do mesmo lugar, e sem sequer olhar para baixo, me ajudou a vesti-la.

Eu queria agradecê-lo, mas estava assustada demais para isso. Tão assustada, que mal percebi ele se aproximar de mim, colando seus lábios em minha testa, dando um beijo suave, que fez todo o meu corpo estremecer.

— Vamos embora daqui? – ele perguntou baixinho e eu assenti com a cabeça sem pensar duas vezes.

Rob pousou um de seus braços sobre meus ombros, de um jeito protetor, e me guiou para longe da quadra e de toda aquela bagunça que acontecera ali.

Por sorte, eu não tinha ido para o colégio de carro, então aceitar a carona do capitão não me foi problema algum. Pegamos meu celular e minha carteira em meu armário no prédio das salas de aula e partimos.

Ao contrário do que eu esperava, Robert não me deixou em casa para chorar pelo resto da eternidade. Na verdade, ele dirigiu até o Centro da cidade, sem falar do ocorrido, permitindo que a música tranquila que tocava no seu rádio nos inundasse.

Francamente, a companhia dele era reconfortante.

Tão reconfortante, que eu sequer ameacei fazer um escândalo por ele ter se desviado da rota original. Até porque o motivo era nobre – ele queria me apresentar ao seu novo lar.

Sua mãe havia comprado um apartamento para os dois e ainda estavam mobiliando e decorando. De acordo com o Müller, o lugar era espaçoso, muito bem iluminado e tinha uma vista privilegiada de Dimsdalle.

No fim das contas, eu respirei fundo e tentei colocar as ideias em ordem.

Subimos de elevador e algumas pessoas estavam de olho em mim por conta da minha aparência deplorável – roupas largas, masculinas e nenhum sapato nos pés.

Rob, notando aquilo, mais uma vez me entrelaçou em seu braço forte, fazendo cara feia para qualquer um que reparasse em mim com o mix de expressões de desdém e pavor estampados no rosto.

Quando enfim chegamos ao penúltimo andar, ainda estávamos calados demais. Rob destrancou a porta, alegando que sua mãe não estava, e entramos.

Os móveis de maior porte, como sofá, armários e geladeiras já estavam acomodados em seus devidos lugares. Entretanto, ainda havia muitas caixas de papelão espalhas pelos cômodos – algumas ainda lacradas.

— Você aceita água, suco...? – ele perguntou, finalmente olhando de fato para mim depois de tudo o que passamos.

Balancei a cabeça em negativa, sentando-me em seu sofá e respirando fundo. Assim que joguei a cabeça pra trás e fechei os olhos, repassando o quão constrangedor tudo aquilo tinha sido, senti Robert se sentar ao meu lado e, de um jeito suave, ele segurou em minha mão direita.

Abri os olhos imediatamente e o fitei.

— O que foi? – questionei, incerta sobre aquilo, mas sem me desprender dele.

— Sabe, não vale a pena ficar mal. Você não teve culpa de nada – seu olhar era manso e seu semblante, compassivo. Já eu me sentia super desnorteada e irritadiça. Muito machucada por conta de tanta perseguição.

— É fácil falar quando a história não é com você – soltei, mais ríspida do que devia. Não que ele tivesse algum tipo de culpa, porém eu simplesmente não consegui evitar a sinceridade.

Ele concordou com a cabeça, dizendo que eu tinha razão.

— Só espero que fique bem – ele falou por fim – Você não faz ideia do quanto é maravilhosa.

Dito isso, o garoto se levantou e seguiu para um dos cômodos ao fim do corredor. Pensei que ele fosse voltar, mas notando a sua demora, resolvi ir até onde Rob estava.

A última porta à direita era a única entreaberta, então logo deduzi que Müller estivesse ali – e eu tinha razão. Ele estava assentado em sua cama, mexendo no celular com uma expressão meio abatida.

— Desculpa pelo... – comecei a dizer, temendo que ele tivesse ficado chateado.

— Pelo o quê? – ele perguntou, erguendo seu olhar até alcançar o meu e deixando o seu aparelho de lado.

— Pelo o que eu disse – respondi confusa.

— Sophie, você está certa. Eu nunca passei por nada do que passou, eu não tenho o direito de opinar sobre o que deve sentir – ele começou a dizer, ficando frente a frente comigo – Não estou chateado pelo o que disse.

— Não está?

— Óbvio que não. E eu gostaria mesmo que falasse nesse tom de voz mais vezes, e que lutasse pelo o que sente. Comigo você é tão... feroz? Seja assim com o mundo também – Rob afirmou convicto, em meio a um discurso que eu jamais esperara ouvir dele.

— Obrigada, Rob – falei após alguns segundos que mais pareceram minutos. Ele me deu um sorriso e me abraçou, guardando-me completamente dentro do seu peitoral, permitindo-me sentir o cheiro do seu perfume cítrico de costume.

— Você merece ser feliz – ele disse, causando vibrações em nosso abraço, e um arrepio passou por todo o meu corpo. Soltei-me dele por um breve momento e nós nos olhamos, dessa vez sem pressa.

Seus olhos azuis, as sobrancelhas élficas e sua boca vermelha. Ele parecia ter sido feito a pinceladas pensadas e repletas de inspiração. Senti meu coração bater mais rápido e mais forte.

Suas mãos saíram das minhas costas e subiram para o meu pescoço. A energia passando por minha pele era mais do que real. Mal percebi quando ele fechou os olhos e eu fechei os meus. Eu não podia acreditar no que estava prestes a fazer.

Eu ia mesmo beijá-lo.

E o mais impressionante era que eu, de fato, queria isso.

Arrepios e mais arrepios, meu corpo todo estava trêmulo e eu podia sentir a respiração dele próxima ao meu rosto. O cheiro dele, o calor dele, o contato dele.

E, de repente, ouvimos uma música ecoar pelo quarto e nos soltamos com um solavanco. Era o celular do Müller, dando um belo show de rock em sua cama, enquanto eu falhava miseravelmente em tentar conter a vergonha.

O capitão também não estava diferente; Seu rosto ficou vermelho e seus olhos fixos em mim, como se ainda não acreditasse no que estávamos prestes a fazer.

Suas mãos deslizaram do meu pescoço para os meus ombros e depois para os meus braços. Ele me segurou de um jeito que não conseguia explicar, engolindo em seco diversas vezes, até que finalmente abriu um sorriso de menino e respirou.

— Vou atender, ok? - ele disse e eu tentei sorrir de volta, disfarçando aquela situação embaraçosa. Era como se ainda estivéssemos tentando entender que íamos mesmo nos beijar.

Pelo o que entendi, era uma ligação de sua mãe. Eles conversaram por um tempo considerável, suficiente para que eu resolvesse me sentar em sua cama para me recompor.

Enquanto eu acompanhava Rob andar de um lado para outro em seu quarto, eu me recordava do que Samantha havia dito e feito mais cedo. Ela nunca gostou de mim, e ter me deixado completamente nua na frente da equipe de Natação era, certamente, só o começo de uma guerra.

Comecei a me sentir aliviada por não ter beijado o Müller. Eu e ele não podíamos insistir nisso. Queria que minha vida se tornasse pura paz e não um inferno em chamas.

Eu precisava me afastar dele. Aquela amizade sempre fora maluquice e precisava acabar.

Quando enfim desligou a chamada, Rob ficou me fitando, ainda de pé, até que também decidiu se juntar a mim. Com certeza a minha cara não estava das melhores, então após me contar que era a sua mãe ao telefone, perguntou se eu me sentia bem.

— Sim, mas quero ir pra casa – respondi, torcendo para que ele não fizesse muitas perguntas ou que pedisse para eu ficar por mais um tempo.

Ele permaneceu calado, apenas me observando.

— Pode me levar agora? – perguntei, quebrando o gelo.

Eles piscou diversas vezes voltando ao mundo real. Fez que sim com a cabeça e não demoramos a sair.

A viagem foi silenciosa. Eu estava ocupada demais pensando em como eu diria a Rob o que eu precisava dizer. Já ele, bom, ele simplesmente estava com uma expressão que eu nunca vira antes e não se atreveu a me olhar uma vez sequer.

Quando finalmente chegamos em frente à minha casa, respirei fundo e, mesmo trêmula, eu o encarei determinada.

— Rob, não quero que vá ao baile amanhã – falei e ele franziu o cenho - E acho melhor não mantermos mais contato. Obrigada por tudo e... Adeus.

Não dei muito tempo para ele expressar a sua opinião quanto ao que eu havia dito. E, sim, fora intencional. Se eu ficasse e rendesse qualquer tipo de conversa, as chances de eu ceder eram mais do que gigantescas.

Então eu saí do seu carro, fechei a porta e corri para dentro de casa. Ainda usava suas roupas, podia sentir o seu cheiro, que estava em toda parte, e minha cabeça parecia uma montanha-russa de pensamentos.

Meus olhos se encheram de lágrimas e meu coração parecia ter se partido ao meio.

No entanto, eu sabia: tinha feito a coisa certa.

 

 


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Notas finais do capítulo

Ok, pode sentar que tenho dois recadinhos e gostaria muito que lessem até o final, hihi

First: Sendo super honesta com vocês que acompanham a história, não foi por má vontade ou coisa do tipo que sumi. Ando trabalhando MUITO no estágio - mais do que deveria, pra ser bem sincera -, estou atolada de trabalhos da faculdade e, no meu tempo livre, eu estou fazendo autoescola.

Ou seja: no momento está difícil mesmo atualizar a fic, mas procuro sempre escrever uma coisinha aqui e outra ali, pra depois completar o capítulo.

Essa fase vai acabar em breve, então peço um pouquinho de paciência comigo.

O outro recadinho importante na verdade não é recadinho. É mais uma indicação. A Jen (ID: 614211) está escrevendo uma SUPER história de ação + romance e eu recomendo a vocês. Se faz o seu estilo, que tal dar uma passadinha por lá e dar aquela força? O link é: https://fanfiction.com.br/historia/711645/Holbrook/ ♥

Bom, acho que é isso.

Espero MESMO que tenham curtido o capítulo e fiquem a vontade para comentar (e talvez me xingar e jogar pedras caso estejam muito bravas/os comigo hueheuhe).

Beijinhos e até logo! ♥