The Seven Deadly Sins escrita por Coffee


Capítulo 3
Greed - Judgement of Corruption


Notas iniciais do capítulo

HELLO, SWEETHEARTS! ♥

Em primeiro lugar, eu realmente queria muito agradecer a Ana Banana (se voce estiver lendo isso, eu sinceramente adorei o nome do seu perfil ahsuahsua) pela primeira recomendação da fanfic, que foi uma recomendação maravilhosa. Considere-se recebendo um abraço virtual nesse momento ♥

O segundo agradecimento é, basicamente, a todos! Eu sinceramente amo os comentários de voces, e todo o incentivo. E, é claro, a Danny, que tem ajudado muito nessa fanfic desde o inicio, fazendo os banners dos capitulos e dando sugestões. Voce sabe que eu te abraço virtualmente todos os dias auhshuahusa ♥

Well, well! O que vamos falar desse capitulo? Mesmo depois da demora, procrastinação e enrolação que eu fiz para escrever esse cap, aqui está, a Avareza, representado por Peter Pettigrew. Eu recomendo muito que voces prestem muita atenção no que vai ser citado aqui, por que eu estou dando pistas de capitulos futuros. Esse capitulo é pesado, então, para quem não gosta de assuntos polemicos, não recomendo que leia.

O video desse capitulo é esse, para quem tem interesse em saber mais da história: https://www.youtube.com/watch?v=l3S_-wLNVuE

Enfim, era só isso que eu tinha para falar! Eu sinceramente espero que voces gostem! Boa leitura:



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GREED

Judgement of Corruption

***

That's right, your charges are at my discretion,
at the mercy of my judgment of corruption.
If you truly wish to be saved from the swamp of false charges,
then hand over more of that money!

***

“Agora, que o julgamento comece!”

***

No continente de Hogwarts, dizem ter existido uma grande cidade, a capital do país vermelho, com o nome de Godric’s Hollow. Essa grande cidade, onde todos os dias as pessoas acordavam cedo para irem até os seus trabalhos, tinha no centro um grande tribunal, como símbolo da justiça. Porém, essa justiça mal era vista pelos moradores da cidade, sendo que a corrupção era um triste e predominante acontecimento em suas vidas.

E como mestre do tribunal, responsável pela administração corrupta decidida pelos estratos sociais dos acusados, estava Peter Pettigrew, um homem baixo, gordo, loiro e que, vagamente, tinha dentes que lembravam os de um rato. Ele era um homem que deveria promover a justiça, fazer com que ela acontecesse. Porém, ele fazia exatamente o contrário. Peter queria mais dinheiro do que justiça.

Naquele especifico dia, após um julgamento que iria ter o resultado claro no dia seguinte, Peter cumprimentava os seus colegas de trabalho, com um sorriso simpático e com uma conversa agradável. Porém, a sua conversa foi interrompida por uma pessoa que se aproximou e disse:

— Com licença, vossa excelência.

Ele então se virou para trás, arqueando uma das sobrancelhas, tentando esconder o chateamento ao ter a sua conversa interrompida por uma pessoa qualquer. Porém, a sua chateação sumiu quando ele percebeu quem era. Aquela pessoa era a mesma do tribunal que havia acabado de acontecer. Era um homem, com o cabelo castanho e olhos da mesma cor. Peter se lembrava daquele homem (Frank Longbotton, se ele não se enganava), cujo a esposa foi acusada do assassinato de uma guarda, Ginny Weasley.

— No que eu posso ajudar? – perguntou Peter, sorrindo de forma cínica.

— Eu gostaria de conversar sobre o julgamento da minha esposa. – murmurou Frank, tremendo, clara em seu rosto a preocupação.

— Oh, claro! – O sorriso no rosto de Peter se alargou. – Com licença, senhores, eu irei conversar com esse homem. Podemos nos encontrar outra hora, talvez?

Os seus colegas de trabalho assentiram, se afastando. Peter então guiou Frank, que murmurava palavras de agradecimento, até uma sala. Nessa sala luxuosa, com quadros nas paredes e um caro tapete vermelho, se encontrava uma escrivaninha e três cadeiras, duas delas de frente para o móvel.

— Esse é o meu escritório. – explicou Peter, indo até a sua escrivaninha e sentando-se na cadeira. – Gostaria de chá ou alguma coisa para comer, Sr. Longbotton?

— Não, muito obrigado. – respondeu Frank, ansiosamente estalando os dedos.

— Então, sente-se em uma das cadeiras. – O homem loiro disse, apontando para uma das cadeiras que se encontravam à sua frente.

Frank caminhou até a cadeira que se encontrava à direita do juiz. O suor escorria pela testa do homem mais alto, que parecia em algum lugar entre a preocupação e a ansiedade. Peter então se inclinou para a frente, arqueando uma das sobrancelhas, fazendo esforço para não rir do desespero de Frank.

— O que gostaria de falar comigo? – ele perguntou tranquilamente.

— Vossa excelência está responsável pelo julgamento da minha esposa. – Frank engoliu em seco. – O nome dela é Alice Longbotton. Ela foi acusada do assassinato da guarda Ginny Weasley. Porém, eu posso afirmar que a minha esposa é inocente. No dia e hora em que o assassinato ocorreu, ela estava em casa, comigo e com o nosso filho.

Um sorriso que beirava o cruel surgiu no rosto de Peter. Ele então suspirou dramaticamente, encarando Frank com os seus olhos azuis que pareciam ter perdido o mínimo sinal de humanidade e sanidade.

— Sr. Longbotton, eu sinto muito em lhe dizer que eu não poderei fazer nada por sua esposa. – disse Peter, sem tirar o sorriso de seu rosto. – Não tenho dúvidas de que a sua esposa seja inocente. Porém, não existem provas que consigam provar a inocência da sua esposa. Porém, nós podemos fazer um acordo, sim?

— Um acordo? – Frank franziu a testa, confuso.

— Sim, um acordo. – Peter então começou a brincar com uma moeda que estava em sua mesa. – Sabe, eu sou um homem verdadeiramente poderoso nessa cidade. Tenho o poder de controlar o destino de qualquer um que dependa desse tribunal. Posso salvar a sua esposa da morte. Porém, tudo tem o seu preço. E eu quero uma alta quantia de dinheiro em troca disso.

— Vossa excelência quer dinheiro em troca de justiça? – perguntou Frank, incrédulo. – Isso é corrupção, e é algo muito errado!

— E quem realmente liga? – zombou Peter, arqueando uma das sobrancelhas em sinal de deboche. – O sistema judiciário corrupto dessa cidade não é nenhuma novidade, e vem se arrastando por décadas. No que iria mudar alguma coisa apenas mais um caso, como esse? E além do mais, nós dois saímos ganhando. Sua esposa ganhará a liberdade e eu, bem, eu irei ganhar dinheiro.

— Você é um ser abominável! – exclamou Frank, indignado. – Está se aproveitando do sofrimento das pessoas para satisfazer as suas necessidades! Isso é horrível e desprezível! Na realidade, você é desprezível!

— Sr. Longbotton, eu já lhe dei a minha proposta. – rosnou Peter, estreitando os olhos de forma severa. – Se não tem um acorda para fazer comigo, sinto em lhe dizer que seria melhor sair do meu escritório nesse exato momento.

— Você não irá sair impune! – Frank então se levantou da cadeira. – Eu irei contar para todos o seu sistema de corrupção!

— E você realmente acha que as pessoas dessa cidade irão acreditar em você, apenas um homem cujo a mulher foi acusada de assassinato? – Peter gargalhou de uma forma verdadeiramente doentia. – Sr. Longbotton, você tem ideia do meu poder nessa cidade? A minha palavra contra a sua é a mesma coisa que um simples homem contra um gigante. As pessoas nunca irão acreditar em você.

— Isso não irá acabar desse jeito. – rosnou Frank, estreitando os olhos. – Eu irei falar com o meu advogado, e irei conseguir justiça contra os seus atos!

Peter gargalhou cruelmente, chegando ao ponto de quase ficar sem ar, de forma que Frank o olhasse de forma confusa. Do que ele estava rindo? Será que aquele louco não tinha medo do que poderia lhe acontecer no futuro? Após alguns longos segundos, ele parou de rir e encarou Frank com um sorriso cínico.

— Sr. Longbotton, sinto em lhe dizer que viver nessa cidade é como viver no inferno. – ele disse, ainda rindo. – E o melhor advogado no inferno é o dinheiro.

***

Para Peter Pettigrew, não importava a aparência, a idade, a raça ou o gênero do acusado. Todas essas coisas eram irrelevantes. O importante era que o acusado ou, talvez, o advogado, lhe pagasse dinheiro. Dinheiro, essa era a palavra chave para a sua salvação. A sua vida dependia dele. Porém, ele dependia do dinheiro. Essa era a sua única salvação.

Quando um julgamento estava para começar, ele sempre estava com um sorriso sarcástico. Ao pronunciar as palavras: “Agora, que o julgamento comece!”, ele se esforçava para não rir das suas próprias mentiras. Afinal, a frase que mais iria se encaixar na situação seria: “Agora, que a corrupção se inicie!”.

A vida das pessoas estavam em suas mãos. Porém, essas pessoas não sabiam que estavam sendo enganadas. Tudo aquilo, todas aquelas acusações, eram, em sua maioria, falsas. Armações. Provas falsas, que levavam sempre a uma pessoa inocente, que nem sequer sabia o por quê de estar ali. E Peter se aproveitava disso, sabendo que a maioria dessas pessoas tinham família, de forma que fariam qualquer coisa para não morrerem. E era essa loucura detestável que fazia daquele julgamento não qualquer um, porém, um julgamento da corrupção.

***

Peter encarava a colher de prata na sua mão, os olhos azuis estudando cuidadosamente cada detalhe do talher. O seu escritório ficava silencioso naquela hora do dia, afinal, o tribunal se fechava, de forma que todos os seus colegas de trabalho fossem para as suas respectivas casas. Porém, Peter era o único que ficava ali, no seu escritório, examinando dois objetos: a colher de prata e a tesoura, cujo diziam ter pertencido a um alfaiate.

Pareciam dois objetos completamente comuns, porém, havia um segredo por trás deles. Eram objetos amaldiçoados, onde ali estavam presos pecados antigos, cujo ninguém sabia exatamente o tempo em que ali estavam. No mundo, existiam sete objetos, onde pecados estavam presos. Na tesoura, a inveja. Na colher, a avareza. Porém, ainda faltavam cinco. Outros cinco objetos, que ele queria mais do que tudo em sua vida.

Alguém então bateu na porta. Ele colocou a tesoura e a colher em uma caixa, guardando esta em uma das gavetas da escrivaninha. Nesse momento, ele passou a mão pelo cabelo loiro e exclamou:

— Pode entrar!

A porta foi aberta, de forma que um homem entrasse no escritório. Peter o reconheceu como sendo um dos trabalhadores do tribunal. O loiro arqueou uma das sobrancelhas, encarando o homem, se perguntando o por quê dele estar ali tão tarde, sendo que ele provavelmente tinha uma família.

— Vossa excelência. – disse o homem, se aproximando com um pacote estranho em suas mãos. – Mandaram que eu entregasse esse pacote. Falaram que foi uma coisa que vossa excelência comprou do leilão que vendia os bens do príncipe Regulus Black.

— Aquele que morreu há duas semanas? – Peter sorriu levemente.

— Sim, vossa excelência, aquele cujo o irmão mais velho, Sirius Black, morreu de forma desconhecida.

— Ah, maravilha! Me dê esse pacote, paguei muito caro nesse objeto! E pode ir embora, já está tarde. Afinal, você deve ter família, não deveria dedicar tanto tempo ao seu trabalho.

O homem assentiu e caminhou até Peter, lhe entregando um pacote e, logo em seguida, saindo da sala. Com um olhar maníaco, Peter abriu o pacote com tremendo cuidado, sorrindo largamente ao ver o que havia dentro dele. Era um pequeno boneco, feito de porcelana. Suas feições, seu cabelo e seus olhos lembravam muito os de seu antigo dono. Isso tinha uma explicação, é claro. O boneco foi dado para Regulus como um presente quando ele ainda era pequeno, sendo o boneco extremamente parecido com ele. Peter ainda não tinha a certeza de qual era o pecado no objeto, porém, sabia que faltavam apenas quatro. Apenas mais quatro objetos e o seu sonho iria se realizar.

Com um sorriso, ele pegou cuidadosamente o boneco e o colocou na caixa, junto com os outros objetos. Ele então tirou uma chave dourada de seu bolso e trancou a caixa, logo em seguida se levantando e a guardando em seu armário. Aquela caixa era mais do que a sua vida, era o seu sonho. Peter dependia daquela caixa. Ele queria completar os sete pecados mais do que tudo em sua vida.

Após também trancar o armário (este, porém, com uma chave de prata), ele guardou as chaves no bolso e saiu do seu escritório, trancando a porta logo em seguida. Ele acenou para alguns poucos funcionários que ali estavam, que sorriam simpaticamente. Nenhum deles acreditavam que aquele homem tão simpático era, na realidade, um dos piores seres humanos que você poderia ter conhecido em toda a sua vida.

***

Peter entrou em sua enorme mansão, bocejando fracamente. Ele não se preocupou em ir se deitar nem cumprimentar as empregadas e mordomos. Ele subiu as escadas, sem encarar ninguém, até chegar no segundo quarto do segundo andar, que possuía cerca de sete quartos, sendo que a maioria deles não eram usados.

Sua expressão se suavizou quando ele entrou no quarto e fechou a porta, a trancando para ter a certeza de que ninguém iria entrar ali ou ouvir a conversa. Um sorriso leve se instalou no seu rosto quando ele observou um menino sentado na cadeira de rodas, olhando melancolicamente a página aberta de um livro.

— Olá, querido. – ele disse, sorrindo e se aproximando do menino. – O que foi, filho? Você não gostou do livro que papai comprou para você? É do seu autor favorito.

— Eu só queria saber quando você vai achar os outros objetos dos pecados, papai. – ele choramingou, o olhando com grandes olhos castanhos repletos de lágrimas. – Eu quero voltar a andar! Eu não aguento mais passar dia e noite sem poder me mover dessa cadeira de rodas!

— Eu sei, meu amor. – Peter sorriu levemente, afagando carinhosamente o cabelo escuro do menino. – E é por isso que o seu papai irá achar em breve os outros pecados, tudo bem? Não se preocupe. Vou realizar o nosso sonho.

— Tudo bem, papai. – ele lhe lançou um sorriso leve.

Foi nesse exato momento em que um dos empregados entrou no quarto. Peter imediatamente ficou emburrado, encarando o empregado com tanto ódio que fez com que o homem tremesse de medo do olhar de seu chefe.

— O que você quer? – Peter rosnou, cruzando os braços. – Não está vendo que eu estou conversando com o meu filho?

— Desculpe-me, vossa excelência. – O funcionário engoliu em seco. – É que está para ocorrer uma emergência no tribunal. Um julgamento de ultima hora. Querem que vossa excelência esteja lá.

Um sorriso que beirava o maldoso se instalou no rosto de Peter, que se levantou, passando a mão pelo cabelo loiro. Ele então caminhou até o funcionário, que tremia de medo naquele momento.

— Por que não me disse antes? – ele perguntou, cruzando os braços. – Bem, eu tenho trabalho para fazer agora. Cuide do meu filho enquanto eu estiver fora.

— Mas, vossa excelência…

— Eu preciso repetir? – rosnou Peter, estreitando os olhos.

— Não, vossa excelência. – O funcionário engoliu em seco.

Peter lhe lançou mais um sorriso repleto de maldade antes de sair do quarto, descendo as escadas. Naquele dia, mais uma vez, as portas do tribunal estariam abertos. Para realizar o seu maior desejo, ele iria continuar balançando aquele martelo da injustiça. Pessoas boas iriam chorar, pessoas terríveis iriam gargalhar. Porém, Peter não se importava. Ele queria apenas mais e mais dinheiro.

***

Naquele dia, iria ocorrer um julgamento verdadeiramente sério. Mais sério do que todos os outros que já aconteceram. Um assassino em série estaria para ser julgado ali, assassino responsável por diversas mortes. Pessoas gritavam do lado de fora, pedindo pela pena de morte de Tom Riddle, apelidado de Voldemort.

Seria um julgamento muito óbvio. Nenhuma prova ou argumento apresentado pelo advogado do acusado poderia salvá-lo da morte. Afinal, existiam milhares de provas o apontando que o homem era o verdadeiro culpado. A maioria das pessoas apenas esperavam o dia em que o juiz iria acabar com aquele julgamento e dar o resultado que todos esperavam.

Peter conversava com alguns de seus colegas de trabalho. Ele sorria tão simpaticamente que nenhum dos homens suspeitavam de que, por trás de um sorriso aparentemente bondoso, estava uma pessoa horrível. O advogado do homem acusado se aproximou, dizendo educadamente:

— Vossa excelência, posso conversar convosco em seu escritório?

— Claro que sim. – Peter exclamou animadamente, sorrindo de forma maldosa.

Ele acenou com a cabeça para os seus colegas de trabalho e caminhou até um corredor, fazendo sinal para que o advogado o seguisse. O advogado seguia o juiz, temeroso, quase como se o juiz fosse matá-lo quando ele não o encarasse. Eles entraram no escritório e Peter trancou a porta, sentando na cadeira da escrivaninha.

— No que eu posso ajudar? – ele perguntou tranquilamente.

— Meu cliente me informou que o senhor faz alguns acordos. – O advogado engoliu em seco. – Ele quer fazer um suborno.

— O seu cliente tem uma pena muito pesada e fez grandes crimes. – Peter cruzou os braços, sorrindo maldosamente. – Eu irei querer uma alta quantia de dinheiro para que ele fique livre da morte. Quanto ele está oferecendo?

O advogado, meio hesitante, tirou uma caneta e um pedaço de papel do bolso. Ele começou a escrever um certo valor e, quando acabou de escrever, entregou para Peter, que leu o número com ambas as sobrancelhas arqueadas. Aquele não era o maior valor que já havia sido lhe oferecido, mas ainda era extremamente alto. Ele sorriu de lado, guardando o papel no bolso.

— Muito bem! – exclamou Peter. – Me traga o dinheiro antes do julgamento começar. Diga ao seu cliente que foi bom fazer esse acordo com ele.

O advogado assentiu, se levantando da cadeira e apertando a mão de Peter, antes de sair da sala. Ele sabia que, no exato momento em que disse que queria fazer um acordo com aquele juiz, ele estava fazendo um acordo com o próprio diabo. Porém, o advogado queria dinheiro. O dinheiro costuma corromper as pessoas. Pessoas como Peter, que um dia tiveram humanidade, mas a perderam com o tempo e ganancia.

***

O povo não era burro. Eles sabiam daquele extremo e terrível sistema de corrupção que inundava a justiça daquela cidade. Porém, eles estavam aguentando até o momento. Eram poucos os que eram verdadeiramente atingidos por aquele fato. Mas, quando um assassino que cometeu assassinatos brutais foi chamado de inocente, o povo estava furioso. Eles iriam derrubar aquele sistema terrível.

Todavia, ao mesmo tempo em que havia um grande número de pessoas pobres e que eram prejudicadas com aquilo, existiam naquela cidade terríveis pessoas ricas que apenas se beneficiavam com tudo o que Peter fazia de mau. Devido aos diferentes pensamentos relacionamos a mesma pessoa, uma guerra civil foi iniciada na cidade. De um lado, o exército formado pela população de classe média e baixa, liderados por um homem desconhecido por Peter. Do outro, mais outro exército, formado pela classe alta, liderados por Tom Riddle.

Peter não tinha muita preocupação. O seu lado da guerra era muito mais poderoso do que o da população. Ele tinha armas cinco vezes melhores do que as que a população carregava para ir até o campo de batalha. Foi uma semana verdadeiramente sangrenta. Enquanto Peter estava tranquilamente tomando chá em sua mansão, pessoas inocentes morriam, e seus corpos poderiam ser vistos no campo de batalha.

Em um dia comum, Peter estava na enorme sala de sua casa, tranquilamente tomando chá enquanto lia um livro. Foi nesse momento em que, assustado, um empregado se aproximou. Ele tremia, quase como se estivesse fazendo força para ficar de pé. Peter colocou a xícara de chá na mesa, arqueando uma das sobrancelhas para o emprego, esperando que ele lhe contasse o que tinha para falar.

— E-Eu tenho más noticias, vossa excelência. – gaguejou o empregado. – O general de seu exército, Tom Riddle, foi morto.

— Morto? – Peter franziu a testa, quase indiferente. – Me explique essa história direito. Deve haver algo de errado nisso.

— Tom Riddle está oficialmente morto, senhor. – murmurou o empregado, com medo da reação de Peter. – Seu corpo foi encontrado há algumas horas em sua casa, completamente mutilado. O exército rival fez questão de matar todos os homens de nosso exército. Nesse exato momento, uma multidão irada está vindo para a sua mansão, com tochas e armas.

Peter não disse nada, o olhar frio, afastado e indiferente. O empregado parecia verdadeiramente com medo, observando atenciosamente o seu chefe, esperando um surto de raiva em qualquer momento. Porém, para a sua surpresa, Peter apenas suspirou e lhe lançou um sorriso suave.

— Vá para casa. – ele lhe ordenou, se levantando da poltrona de onde estava sentado anteriormente. – Descanse um pouco com a sua família. E não conteste. Isso é uma ordem.

O empregado o encarou por alguns segundos antes de assentir e caminhar para fora da mansão, lançando um último olhar para o seu chefe antes de fechar o portão, que fez um enorme barulho naquele enorme e vazio lugar. Peter suspirou, cansado, subindo as escadas até o segundo andar e entrando no segundo quarto do corredor. Seu filho melancolicamente encarava a janela, e Peter se aproximou, encarando a paisagem.

Era possível escutar os gritos de raiva da multidão. O fogo das tochas iluminavam a escura noite daquele momento. Peter estreitou os olhos para o líder do exército, que se colocava a frente de todos, que pareciam satisfeitos em finalmente ter as suas vinganças por tudo o que Peter havia feito contra eles. O seu filho franziu a testa levemente, lançando um olhar triste para Peter, que sentiu o coração apertar.

— Esse é o fim, não é mesmo? – ele perguntou, a voz quase um sussurro.

— Não é exatamente o fim. – respondeu Peter, colocando a mão direita em seu ombro. – O fim é apenas o começo. E enquanto eu estiver com você, meu filho, tudo estará bem.

O menino assentiu, voltando a olhar para a janela. As pessoas jogavam as tochas na mansão, de forma que, rapidamente, o fogo começasse a cobrir todo o local. Peter se ajoelhou ao lado de seu filho e o abraçou fortemente. Ele sabia que estava prestes a morrer. Porém, ele não se importava, pois estava com o seu filho. E foi nesse momento em que tudo ficou escuro, e ele teve a certeza de que tudo estava acabado. Ele já sabia qual seria a manchete dos jornais do dia seguinte: “Corpos de pai e filho achados nas cinzas da sua mansão.”

***

Quando Peter havia acordado, ele estava em um lugar semelhante ao seu escritório. Porém, com algumas diferenças. Por exemplo, a parede era áspera, quase como se fosse a parede de uma caverna. Ele via um enorme portal a sua frente, cujo ele podia ouvir gritos de desespero vindos do portal. Peter franziu a testa, se perguntando como ele havia acordado ali e que lugar era aquele.

Peter se surpreendeu ao perceber que não estava sozinho naquele local. Em frente ao portal, estava uma pessoa estranhamente familiar, porém, ele tinha a certeza de não se lembrar da existência daquela pessoa. Ela vestia uma capa que perturbava Peter, que tinha quase a certeza de que aquela capa era feita de pele humana. Suas botas eram lustradas com, aparentemente, sangue humano. Ele usava uma máscara que não permitia ver o seu rosto, porém, os seus olhos verdes como esmeraldas eram claros. Peter imediatamente soube que aquela figura era o Mestre do Submundo.

— Vejamos quem temos aqui. – A figura gargalhou, o encarando. – Pettigrew. Eu tenho esperado esse momento há muito tempo, principalmente depois de você ter matado todos aqueles inocentes.

— Por favor. – murmurou Peter, arregalando os olhos. – Não me mande para aquele lugar.

— Não quer pagar por todos os seus erros? – zombou a figura, colocando as mãos na cintura. – Bem típico de você. Porém, acho que posso ser bom com você. Todos merecem perdão, por mais terríveis que tenham sido. Se você me dar toda a sua fortuna que ganhou de forma injusta, eu posso te libertar desse castigo eterno. Afinal, dinheiro é o melhor advogado no inferno. Palavras suas, não é mesmo?

Peter encarou o Mestre do Submundo por um momento, incrédulo. Por fim, ele se aproximou lentamente, um sorriso maldoso se formando em seu rosto. Ele se aproximou da orelha da figura e sussurrou:

— Eu nunca daria a minha fortuna para alguém como você.

E ao dizer isso, Peter Pettigrew se jogou no portal que dava livre passagem para o inferno, sem se incomodar com aquele terrível final. Aquela altura, aquele terrível lugar iria se tornar em uma utopia para ele e seu filho. Peter era apenas um homem terrível que não se importava com a moral, e muito menos se arrependia de todos os seus atos.


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Notas finais do capítulo

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