Desafio de mini fics Star Wars escrita por Livia Y


Capítulo 3
Asas


Notas iniciais do capítulo

Desafio do Rafael Cesar: "Faz algum coisa do shipp StormPilot (Finn e Poe Dameron), pq eu simplesmente amo os dois"



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/707346/chapter/3

Poe desceu do cockpit de seu novo X-Wing com cuidado, retirando o capacete para entregá-lo a um dos imediatos na base da Resistência. A nave estava em perfeitas condições, como nova, mas ele não sentia tanto prazer em pilotá-la. O tempo que havia passado na Starkiller parecia ter roubado um pouco de sua alegria, e ele sentia falta de seu pequeno droide. Não apenas temia ter falhado em sua missão de proteger o mapa, como também sentia saudades da pequena esfera de metal seguindo-o como um animalzinho fiel.

Perdido nestes pensamentos, demorou alguns instantes para perceber que os ruídos em binário que escutava ao longe não eram fruto de sua imaginação. Aos seus pés, deparou-se com a pequena unidade BB pintada de laranja. Mal conteve sua alegria ao reencontrar o amigo, que apitava alegremente, tornando ainda mais difícil entender seus beeps. Ajoelhou-se diante do droide, como faria com um bicho de estimação.

— BB-8! Calma, amiguinho... o que...? Finn está aqui?

Finn! O stormtrooper desertor que o salvara de morrer nas mãos de Kylo Ren. Poe pensara tanto nele, desejando que nada de mal tivesse lhe acontecido, mas desistira de sofrer fantasiando o impossível. A não ser que... teria ele sobrevivido à queda do TIE Fighter em Jakku? Ou Poe entendera mal o binário acelerado do pequeno droide? Olhou ao seu redor, vasculhando o mar de gente que caminhava pela pista de pouso. Sentiu um sopro de esperança chegando de mansinho ao seu coração, e explodindo em seu peito ao avistar o amigo, não mais do que alguns metros adiante.

— Finn!

Chamou o nome do companheiro com um grito que era um misto de alívio e felicidade em meio a todo o horror da guerra. Correu na direção do trooper, que também acelerou o passo rumo a Poe. Por um instante esqueceu-se da missão, esqueceu-se de quem era, tomado pelo sentimento que passara a nutrir por Finn. Ainda não sabia que nome dar a esta emoção, mas não podia resistir à sua força arrebatadora. Naquele instante, apenas o ex-stormtrooper importava, gritando de volta seu nome. Sentiu o rosto afoguear, iluminado por um sorriso ao ouvir aquela voz.

— Poe? Poe Dameron? Você está vivo?

Abraçaram-se rapidamente, ainda espantados pela reunião improvável, ambos querendo saber como o outro escapara da morte certa no planeta desértico. Poe foi o primeiro a falar, ainda incrédulo diante do amigo.

— Eu fui ejetado da nave! Acordei à noite, e você tinha sumido! BB-8 está dizendo que você o salvou...

— Não, não fui apenas eu...

— Você completou minha missão!

Ele olhou para Finn mais uma vez, ainda sem acreditar no que via. Mal podia respirar e falar ao mesmo tempo, entusiasmado por rever o companheiro, abraçá-lo mais uma vez. Até que o inusitado novamente chamou sua atenção, em um dia que já estava cheio de surpresas.

— Ei, você está usando minha jaqueta!

Finn o encarou desajeitado, e sem nada dizer pôs-se a tirar o casaco, desculpando-se com o olhar humilde. Mas ele ficava tão bem com aquela jaqueta, Poe não podia negar. Livrara-o do temível uniforme da tropa de choque do Império e da Primeira Ordem, e fazia com que ele parecesse um verdadeiro rebelde da Resistência. Além disso, os tons combinavam com a pele escura de Finn como jamais haviam combinado com a de Poe... ou pelo menos assim lhe pareceu. Poe sentiu o coração acelerar diante deste pensamento, mas mordeu o lábio, contendo-se. Que sensação era essa que lhe atravessava o peito, apenas de olhar para Finn? Como aquele garoto – não, aquele homem— se tornara tão importante, assim de repente? Não era apenas o fato de Finn ter arriscado tudo para salvá-lo. Havia... algo mais.

— Não... pode ficar. Ela cai muito bem em você.

Observou mais um instante o amigo, imaginando se ele sentiria o mesmo.

— Você é um bom homem, Finn.

O rosto de Finn tomou uma expressão séria.

— Poe, preciso de sua ajuda com algo.

Poe apenas acenou positivamente.

— Claro, meu amigo. Qualquer coisa que você pedir.

Abraçaram-se mais uma vez, longamente, um apertando o outro como se não quisessem mais se soltar.

— Qualquer coisa. – Poe Dameron murmurou, fechando os olhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Pés, para quê os quero, se tenho asas para voar?"

Frida Kahlo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Desafio de mini fics Star Wars" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.