Eu estava mesmo zangada, foi só um sonho idiota!Como?

Enquanto penteava meus cabeços em frente ao espelho ficava pensando em como eu era burra. Ele não dava a mínima para mim. Sabe?M-Í-N-I-M-A.

Coloquei um vestido azul um pouco acima do joelho, mas e daí. Ninguém ia me notar mesmo. Eu já estava acostumada a ser ignorada pelas pessoas do sexo masculino.

Peguei um táxi e parei em frente à boate. Era enorme. Só podia ser uma festa do Andreas mesmo.

Quando avistei Bill, Tom, Miranda, Georg e Gustav me deu vontade de voltar para casa e fingir que tinha quebrado o pé.

-Onde está o Andreas?Perguntei olhando para os lados.

-Oi gata!Disse ele me abraçando por trás. -Pensei que ia me privar de sua excelente companhia.

Eu dei uma risada e o abracei dizendo:- Happy birthday!

-Valeu!Chegou agora?Perguntou ele.

-Sim. Nossa aqui está muito cheio. Falei.

-Quem sabe você não encontra seu Taylor, eu o convidei. Disse ele.

-Sério?Disse com um pouco de entusiasmo.

-Que legal. Disse Tom com um sorriso forçado no rosto.

-Esse cara de novo?Disse Bill emburrado.

-Chega disso amor. Falou Miranda beijando os lábios dele.

Peguei a mão de Tom e disse: Podemos conversar?

-Com quiser. Disse ele me seguindo.

Fomos para o carro dele eu disse: não gosto que fique assim.

-Assim como?Eu estou perfeito. Disse ele desviando o olhar do meu.

Segurei o rosto dele e disse: com esse sorriso forçado por causa do Taylor. Eu já falei que eu e você somos só amigos, mas parece que você não entende.

-Como você quer que eu seja amigo da garota que perdeu a virgindade comigo?Perguntou ele.

-Tom me diga uma coisa. Você está apaixonado por mim?

-Não, só gosto de você e pronto. Só isso, juro. Disse ele.

-Então quer dizer que você ficaria com qualquer garota hoje?

-Claro que sim, não fique preocupada com minha paixão platônica. Não é nada grave.

-Que bom então. Disse sorrindo.

-Podemos voltar para festa? Tinham umas garotas me dando o maior mole e você me tirou de lá. Disse ele rindo.

Beijei seu rosto e disse: vamos!

Quando voltamos para a festa deixei Tom livre e quando ia atrás dos outros esbarrei em Taylor.

-Oi!Disse ele.

-Oi Taylor. Você por aqui?Perguntei me fingindo de desentendida.

-Estava procurando você. Disse ele.

-Sério?Por quê?Perguntei.

-Queria conversar, só isso. Faz tempo que não nos falamos. Disse ele.

-É mesmo, desde o dia em que você...

-Te beijei. Depois disso suponho. Disse ele.

-Desculpe, eu estava meio confusa. Falei.

-Sem problemas. Quer dançar?Perguntou ele mordendo o lábio inferior.

Não tive como dizer não e fui.

Horas depois...

Eu e Taylor fomos para fora da boate caminhar.

-Nossa a noite está linda. Disse ele.

-Não é todo dia que o céu fica desse jeito. Estamos com sorte. Falei.

-Está tremendo. Falou ele.

-Esqueci meu casaco. Falei.

Ele tirou a jaqueta dele e colocou em mim.

Eu sorri e disse: valeu.

Só consegui falar isso, pois quando ele tirou a jaqueta eu vi que mesmo com a camiseta eu conseguia ver o tanquinho dele. Meu pai, aquilo era demais para mim.

Taylor olhou para mim e disse: e então como estão as coisas?Alguma novidade?

-Talvez Bill se case com a namorada dele. Espero que sejam felizes e que morem longe daqui. Falei.

-Sério?Que legal. Ele parece estar feliz com ela. Falou Taylor.

-Você acha?Eu não gosto da Miranda. Não confio nem um pouco nela. Falei.

-Ah tá, mas como ama seu amigo. Quer que ele seja feliz mesmo sendo com ela. É por isso que gosto de você. Sempre se sacrifica pelo que ama, mesmo que isso te faça sofrer. Falou ele.

-Você acha mesmo isso?Que fofo. Obrigada por me distrair. Acho que não seria legal ficar com o Bill e com a Miranda segurando vela. Falei.

-Você segura vela porque quer. Falou ele.

Nesse momento Taylor parou de caminhar e ficou olhando para mim.

-O que foi?Porque paramos?Perguntei.

Ele não respondeu. Apenas se inclinou para frente e me beijou.

O beijo só durou uns dez segundos, mas foi o bastante para me fazer correr para longe dele.

Por que corri?Essa era a pergunta que não saia da minha cabeça.

Ele gostava de mim e beijava bem, então por que corri?

Já sei por que corri. Eu estava preocupada com Bill e não queria beijar Taylor. Eu não sinto nada por ele.

Para mim, ele era tipo um melhor amigo.

Fiquei pensando nisso e quando cheguei em frente boate encontrei Bill.

Ele me abraçou dizendo: que bom que você está bem. Fiquei preocupado.

-Por quê?Eu só fui dar uma volta com o Taylor. Falei.

-Eu sei, por isso fiquei preocupado. Esse cara podia ter abusado de você ou coisa pior.

Dei uma risada alta e me afastei dele dizendo: o Taylor?Abusar de mim?Ficou louco Bill?

-Quer dizer que ele não fez nada?Nem um beijo?

-Beijo?Bem, beijo teve, mas eu sai de lá e deixei-o sozinho. Feliz?

-Seria mentira falar que não. Disse ele com um sorriso enorme no rosto.

-Vamos voltar para a festa?Perguntei.

-Não quero. Vamos dar uma volta?Dessa vez de carro. Podemos ir para a praia.

-Agora?Perguntei.

-Claro. A noite está excelente. Disse ele.

No carro nós ficamos escutando Just Dance e cantando feitos loucos bêbados.

Era bom estar com Bill, ver o sorriso dele e ouvi-lo dizer meu nome.

Ele parou o carro perto de uma palmeira e tirou os sapatos.

-Sem sapatos?Perguntei.

-Vai andar de salto na areia. Quer cair?Perguntou ele.

-Engraçadinho. Tudo bem, sem sapatos. Falei.

Sentamos-nos na areia e Bill disse: finalmente paz. Aquele barulho estava acabando comigo. Disse Bill.

-Eu nem aproveitei muito. Estou com fome. Falei.

-Ninguém mandou sair com o projeto de lobisomem e me deixar. Falou ele.

-Mas você estava com a Miranda, pensei que estava bem e queria ficar sozinho com ela. Falei.

-Eu e Miranda sozinho?Nem morto, eu ainda não tinha percebido o quanto ela é fútil. Ela fala coisas sem nenhum conteúdo. Eu fico entediado em ouvir o nome Prada e Gucci o tempo todo. É irritante.

-Tadinho do meu Billzinho. Falei acariciando o rosto dele e fazendo beicinho.

-Sem graça. Disse ele me empurrando de leve. -Não precisa zoar.

-Desculpa, mas você precisa aprender a lidar com ela. Vocês vão se casar.

Essa frase foi meio difícil de falar. Ela não queria sair, mas como era para ajudar o Bill, eu acabei falando.

-Casar?Eu estou começando a pensar seriamente em desistir desse casamento. Pelo menos agora. Disse ele.

Era a hora da pergunta chave. Aquela pergunta que fazia com que meu estômago rodasse e eu tivesse vontade de me matar.

-Você a ama Bill?Perguntei.

-Como antes não. Agora esse amor diminuiu um pouco e eu não me sinto bem. Disse ele colocando a cabeça em minhas pernas de uma forma que se eu olhasse para baixo podia ver seu rosto de anjo.

-Não gosto de ver você triste, mas fico feliz em saber que estamos conversando como antes.

-Você é linda sabia?

-Bill você está se sentindo bem?Perguntei. -Bebeu algo?

-Eu não bebi. Estou falando a verdade. Nunca tinha notado muito bem, mas você é muito linda. Falou ele.

-Obrigada. Você também é lindo. Falei com as bochechas vermelhas.

-Sabia que você é a única garota que eu não queria perder?Acho que se pudesse fazer um pedido pediria para nós dois ficarmos juntos para sempre. É um pedido egoísta, mas me faria feliz. Disse.

-Me faria feliz também. Falei olhando para o céu.

Bill ficava me olhando e percebi que pela primeira vez não era u olhar de amigo. Ele estava me olhando como o Tom olhava para mim. Já era um começo, mas eu fiquei muito envergonhada.

Bill e eu nos levantamos e ficamos sentados em no capô do carro conversando.

Estávamos comendo batatas fritas e tomando refrigerante.

-Eu vou ficar um baleia desse jeito. Disse.

-Mas mesmo assim vai ficar linda, bem espero. Disse Bill rindo.

-Hoje você está um comediante mesmo. Falei com um sarcasmo no sorriso.

-Eu queria falar com você sobre umas coisas que venho sentindo. Quer ouvir?Perguntou ele.

-Tudo bem. Falei colocando várias batatinhas na boca.

-Bem eu queria dizer que...

Ele foi interrompido, pois meu celular tocou.

-Alô. Falei.

-Joanne você sabe onde está o Bill?Perguntou uma pessoa que pela voz era Miranda.

-Não, não sei. Desculpa. Falei.

-Tudo bem. Se você ver ele diga que é para ele me buscar agora. Estou enjoada da festa.

-Tudo bem amore. Eu digo. Tchau. Disse desligando o telefone.

-Valeu pela ajuda. Disse Bill.

-Acho melhor você ir buscá-la. Falei.

-Ela pode esperar um pouco, vou te levar para casa primeiro. Disse ele.

Bill me pegou no colo e me colocou dentro do carro.

-Não precisava ter me pegado. Não estou incapaz. Falei.

-Hoje eu sou o príncipe e você é a donzela em apuros. Eu te salvei do Taylor. Aquele tarado!

-Ele não é tarado Bill. Coitado. Disse rindo. -Você é maléfico.

-Só quando é preciso. Disse ele.

Chegando em casa...

Bill e eu paramos em frente à porta de minha casa e ele disse: já escrevi a música. Quer dizer duas músicas para você.

-Sério. Ficaram boas?

-Sim. Uma se chama “Sacred” e a outra Rescue me”, vou cantá-las no seu aniversário de 19 anos. é daqui a dois dias certo?

-Isso mesmo. Falei.

-Mas vou cantar só para você. Não quero que ninguém escute. Bem, Sacred eu posso cantar para todos, mas Rescue me tem que ser para você. Tudo bem?

-Como quiser. Falei.

Eu e Bill ficamos nos olhando e enquanto ele me abraçava eu queria que o tempo parasse e que ficássemos grudados um no outro para sempre.

Quando nos afastamos um pouco, ele aproximou o rosto do meu e nossos lábios ficaram quase grudados, mas minha mãe apareceu e disse: oi!

Bill ficou um pouco envergonhado e disse: Olá!Boa-noite!

Bill beijou meu rosto e disse: Tenho que ir. Vejo você amanhã. Tchau.

Ele entrou no carro e eu quando fui para casa minha mãe disse: ele ia fazer o que eu pensei que ele fosse fazer?

-Acho que sim. Disse subindo as escadas e segurando a vontade de gritar de alegria.

Ele ia me beijar?Ele ia me beijar???

Será que ele ia mesmo me beijar?

Aquilo ficou preso na minha cabeça a noite toda e eu não conseguia tirara um sorriso idiota da cara.