Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 23
Safe and Sound


Notas iniciais do capítulo

[Sãos e salvos]

Eu voltei uhuuuuul. Sdds de todos vcs seus lindos!!! Pois bem, essas semanas foram bem complicadas pra mim, cheio de drama familiar e problemas de relacionamento mas tudo bem, a vida segue em frente. Enton genti, as opções empataram mas então, como um anjo enviado por Deus, uma pessoa chamada Cesar falou comigo no twitter, conversamos um monte e ele leu toda a fic e a desempatou, palmas para ele gente, porém, ele desempatou de última hora, ou seja o capítulo já estava quase finalizado sendo feito encima das duas opções, então eu peguei uma coisa da opção 2 e joguei nesse capítulo, só que vai ser da opinião de vcs se vão querer ver o ocorrido como um flash back no próximo capítulo ou não, nas notas finais eu explico tudinho, sorry por demorar tanto, vou voltar a postar duas vezes por semana já q não vai ter mais trabalhos pra fazer ou problemas com o boy. Beijão e leiam com gosto:



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Povs Sam:

O peso de suas palavras é tão grande, que tenho que me agarrar em seus braços para não cair. Case-se comigo. Ele disse tão lindamente que eu não poderia recusar, nem se eu quisesse. Mas não posso dizer que sim. Não do jeito que ele está vendo as coisas. Um pedido por medo. Um medo tão bobo, mas tão assustador e real ao mesmo tempo. Eu solto o ar pela boca e procuro em seus olhos castanhos, a confirmação que eu preciso, mas não encontro nada, somente uma determinação, porém eu o conheço muito bem para saber quando prende seus sentimentos a sete chaves.

— Freddie - eu sussurro mantendo o meu olhar no dele - Eu amo você, mas não faça isso conosco.

Ele se alarma totalmente.

— Como assim? Você não quer se casar comigo?

— Eu quero, mas olhe os motivos que fizeram você me pedir, olhe o lugar que você escolheu.

— Eu sei - ele franze os lábios - Não foi um dos melhores lugares e nem uma ocasião muito romântica, mas...

Eu o interrompo com exasperação.

— Em solo londrino Freddie? Logo aqui? Você não sabe o quanto isso parece forçado...

— Ai, isso machuca sabia? - ele se magoou com as palavras.

— Foi um pedido bonito, só feito no lugar errado, na hora errada, resultado de emoções erradas. Não era assim que eu imaginava você me pedindo em casamento - eu fungo por algum motivo, quase como se eu quisesse chorar - Eu nos imaginava sentados em um banco, vendo o sol afundar nas águas do Puget Sound, os tons grená e azul se fundindo... Você pegaria um lindo anel e o colocaria na minha mão... Mas olha o que aconteceu realmente. - eu desço a mão para o seu peito - Está tudo errado.

— Então, se eu tivesse pedido sua mão em Seattle, você teria aceitado? - ele pergunta.

— Sim. Sim eu teria aceitado. - o ar sai por entre os meus dentes trincados, sentimentos que eu jamais tive fluem por mim.

— Então... Isso é um não?

— Não. – respondo rapidamente - Mas isso também não é um sim. Eu só preciso que você faça o pedido porque me ama Freddie e não por desespero, ou por falta de confiança e egoísmo, lembre-se que mesmo um anel no meu dedo, não faria diferença, eu ainda poderia não querer ficar ligada a você. - eu faço uma curta pausa - Mas eu te amo. Com ou sem anel eu ainda estarei com você. Você é minha vida, eu não quero ficar longe de você, se não eu não teria nada. Eu queria muito dizer sim, mas não posso mentir para você, não neste lugar. Quando pedir novamente, vai ser no lugar certo, e porque finalmente, o para sempre seria só o começo.

Freddie inala bruscamente avaliando com cuidado minhas palavras, até sei que ele está repassando tudo o que eu disse em sua mente repetidas vezes. Espero que ele capte a mensagem. Eu não aceito seu pedido agora por insegurança, mas não pela minha e sim pela dele.

— Talvez tenha sido um pedido precipitado... - Freddie murmurou.

— Então ainda tem dúvidas sobre mim?

— De maneira alguma. Mas você está certa, estou um pouco desesperado... - Freddie se vira para pegar o shampoo - Não quero que você pense que eu não te amo. O fato é que eu te amo tanto, que tenho medo de perdê-la. Meu maior medo seria eu te amar e você não sentir nada em troca.

Eu vou para perto dele e seguro sua mão.

— Isso não é amor Freddie. - eu digo - Eu descobri o quê é amar alguém, é algo como continuar gostando mesmo sabendo que não vai dar em nada, por que você já ama não querendo nada em troca, nem precisa ter o amor correspondido para os sentimentos continuarem os mesmos...

— Essa é a sua concepção? - ele abre mais o chuveiro.

— Sim.

Freddie respira e me puxa para a cascata d'água, ela embaça minha visão, mas eu guio meus dedos pelo seu rosto e encontro sua boca, meus lábios roçam os seus de forma lenta, só para deixa-lo menos transtornado.

— Eu te amo. - Freddie larga o shampoo e passa os braços em volta da minha cintura.

— Eu também te amo. – junto nossos lábios de novo.

 

 

Espero no banheiro enquanto o Freddie foi buscar as nossas malas e algo que eu possa vestir. Após uns dois minutos e meio, ele retorna me trazendo uma toalha. Ele me deixa sozinha novamente então enrolo a toalha envolta de mim e saio do banheiro. Vejo Freddie usando uma toalha na cintura, com eficiência ele está tirando minhas roupas da mala e colocando-as na cômoda. Até que ele para de se mexer e seu olhar fica fixo em algo no mural da parede. Temo que ele encontre alguma foto que eu não me lembrei de tirar, mas não importa, isso foi antes de estarmos juntos.

— Você parecia feliz... - Freddie comenta olhando as fotos.

— É... - resmungo caminhando até ele.

— Eu não costumo te ver assim muitas vezes. Tão descontraída.

— Ah...

Freddie levanta a mão e tira do alfinete uma foto minha com o Austin.

— Nossa - sua expressão cai.

— Eu devia ter jogado isso fora.

— E por que não jogou? - Freddie deixa a foto encima da cômoda.

— Um descuido da minha parte. - dou de ombros.

Procuro na cômoda algo para vestir, antigas roupas que eu usava para sair por Londres. Elas têm um cheiro doce de mais, enjoativos de mais para mim, assim como tudo neste lugar. Mesmo usando-as, me sinto um peixe fora d'água. Ajudo Freddie a achar um lugar para suas roupas e espero ele vestir uma calça jeans preta, com uma camisa xadrez azul e vermelha. Não sei o que vamos fazer enquanto estivermos aqui, me sinto invadindo a casa de alguém. Eu nunca pertenci a este lugar.

 

 

 

Entramos na cozinha e Freddie encosta-se a pia. Eu procuro um número de alguma pizzaria na porta da geladeira, após eu não achar nada que me satisfaça, eu desisto.

— Eu prefiro sair e você? – pergunto. Eu só não quero dizer que o apartamento está me deixando nauseada, eu tenho muitas memórias aqui e elas estão cavando com garras um buraco no meu peito.

— Me mostre a cidade então – ele se anima mais do que o necessário.

— Bankside? – opto pelo lugar mais visitado.

— Se for com você – Freddie sorri de lado.

Tiro meu celular do bolso e vou aos contatos. Seleciono o centro de eventos da London Eye e cruzo os dedos para ter uma cabine disponível. Falo com o gerente e consigo reservar uma cabine só para nós as 07:15 p.m. Será essa ou esperar até amanhã. O pagamento é efetuado pela minha conta na mesma hora, o que deixou Freddie chateado e ele insistiu que pagaria depois. Tudo certo para nosso passeio. Porém Freddie e eu reviramos os olhos, teremos que trocar de roupa novamente.

Voltamos para o quarto e eu começo a me produzir. Acho um vestido azul escuro no guarda-roupa, ele é aberto nas costas e não possui mangas, o comprimento é dois dedos acima do joelho, eu ficarei bastante exposta, mas o clima está quente por aqui – por causa do sol – e certamente por causa do Freddie também.

Quando termino de me vestir, passo uma maquiagem leve no rosto, deixo o foco todo para os meus olhos. Eles estão brilhantes e empolgados, assim como meu espírito nesta noite.

Seleciono para os pés o Christian Louboutin que eu usei no aeroporto há meses atrás, coro relembrando de Freddie e eu na sala da limpeza. Foi tudo tão inacreditável e agora ele me pediu em casamento. Eu devo dizer sim... Mas o que está me impedindo?

Sou tirada dos meus pensamentos quando Freddie se posiciona na minha frente. Ele está trajando uma camisa social cinza e uma gravata preta. Muito interessante.

— Achei que poderíamos combinar – Freddie sorri e ajeita à gravata preta que é significativa para nós – Seus saltos, minha gravata...

— Adorei. – me levanto e aliso a gravata.

— Não vejo a hora de voltarmos.

— Não quer ir?

— Quero, mas estou mais ansioso para tirar esse vestido de você. – ele olha para meu corpo e meu queixo cai no chão.

— Nós não fizemos sexo agora pouco? – pergunto sem acreditar.

— E pretendo fazer de novo. – ele aproxima o rosto do meu – Mais forte. – ele beija minha face – Mais intenso – ele tira o cabelo dos meus ombros para beijar ali – Mais rápido – ele se endireita e sorri inocente – Podemos ir?

— Vamos que eu quero voltar logo. – eu suspiro e saímos do quarto.

 

 

 

Apago as luzes da sala e eu deixo meu celular sobre o sofá, dou uma última olhada para o lugar e vou para o lado de fora. Freddie parece meio perdido e fica olhando para mim esperando segundas ordens. Eu pego sua mão e o puxo para o lado direito, caminho pela calçada cinza e respiro o ar londrino. Tem cheiro de doce, folhas de árvores e chá da tarde. Isso nunca teve nada haver comigo. Há quatro meses, no início da viagem que a Carly sugeriu, eu disse ao Freddie no avião: “essa não sou eu”. Agora eu vejo que foi simplesmente a verdade. Londres me deixou diferente, eu tentei ser outra pessoa apenas por conveniência, uma forma de adaptação. E agora que estou com Freddie eu me sinto “eu” novamente. Mais um motivo, para eu me sentir desajustada aqui.

— No que está pensando? – Freddie pergunta rompendo o silêncio, até esqueci-me onde nós estávamos indo.

— Em mim. – franzo os lábios.

— Isso não é nem um pouco altruísta.

— Eu não sou altruísta, mas se serve de consolo, eu estava pensando em você também.

— E sobre o que a meu respeito? – ele fica curioso como sempre.

— Sobre como me sinto eu mesma ao seu lado. – respondo soltando sua mão para entrelaçar nossos braços.

— Jura? Eu sempre pensei ao contrário, que você não se sentia você mesma.

— Você estava errado, você faz eu me sentir confortável. – me inclino e beijo seu rosto.

— Deve ser porque fomos feitos um para o outro. – Freddie usa seu sorriso de garoto americano.

Eu sorrio de volto. Freddie é tão perfeito sendo assim. Eu não o trocaria por nenhum britânico desse mundo, talvez pelo Chris Martin, mas isso é outra história.

— Com certeza fomos feitos – faço pressão no seu braço e continuamos andando.

— Então o restaurante fica aonde?

— Na London Eye, não é óbvio? Não poderia ser mais clichê.

— E depois de jantarmos?

— Até chegarmos lá vai ser o depois, o trânsito não é tão rápido há essa hora. Pegamos a hora do rush, o que fará nós voltarmos para casa quase de madrugada.

— Hum... Sabia que London Eye é a quarta maior roda-gigante do mundo? A primeira fica em Las Vegas.

— Não começa com isso nerd.  – eu dou risada e ele também.

Andamos mais algumas quadras e entramos em um táxi, o mando seguir para Londe Eye.

— A roda-gigante de Las Vegas... – Freddie inicia e pelo resto do trajeto o escuto falar sobre isso.

 

 

Descemos do táxi e Freddie olha para cima admirado, as luzes roxas da London Eye iluminam as águas calmas do Bankside, tão diferente das águas meramente agitadas do Puget Sound. Andamos pela calçada de pedrinhas, os cascalhos estralam com nossos passos e a alegria de menino do Freddie ao meu lado faz tudo ficar mais leve.

Chegamos à recepção e informo sobre a nossa reserva, Freddie apresenta os documentos necessários e somos liberados para entrar na roda-gigante. O gerente informa que nosso jantar já foi servido. Entramos e sentamos à mesa, um ao lado do outro. Aguardamos a cabine subir enquanto a roda começar a girar. Freddie mantém um olhar apaixonado sobre mim, eu coro ficando um pouco sem jeito. Olho para a mesa e acho um catálogo de pontos turísticos, a foto de uma padaria na frente me chama a atenção.

— Quer comer lá? – Freddie pergunta e toca no catálogo.

— Jamais... – eu perco a voz.

Ele tirou o papel da minha mão e suspirou após ler o nome do lugar.

— Eu sei a quem pertence.

— Sinto muito. – me desculpo sem ao certo saber por quê.

— Não precisa se desculpar a cada vez que pensar nele, talvez eu esteja pagando pelos meus erros.

— Como assim?

— Na época em que eu só pensava na Carly o tempo todo – ele grunhiu – Aquilo devia ser horrível para você.

— Era horrível... – relembro o quanto ele era caidinho por ela – Mas comigo é diferente.

— Pode até parecer diferente, mas talvez seja a mesma coisa nos sentimentos.

— Hein? – coloco a mão sobre a sua na mesa.

— Eu só pensava que amava a Carly... Talvez você só pense que ama o Austin. – Freddie deduziu abrindo nossos pratos, um arome delicioso preenche o lugar e meu estômago se anima em resposta.

— Eu queria que fosse isso. – pego o garfo de cima dos guardanapos roxos.

— Eu também – ele fica cabisbaixo.

— Como você suporta isso Freddie? – fico com dor na voz.

— Isso o que?

— Eu ainda... – travo nervosa – Como suporta eu estar com você e ainda ter sentimentos por outra pessoa?

— Eu não sei. – ele é sincero comigo – Só suporto, entende? Eu te amo e deixar você seria entrega-la de bandeja a ele, não quero nem pensar numa coisa dessas. – ele fecha os olhos e balança a cabeça – Eu estou pronto para lutar – seus olhos se abrem determinados – O problema é que eu tenho que lutar contra você. – Freddie coça a ponta do nariz – Às vezes eu penso que o Austin não é o problema é somente você. Eu nem sei quem é o culpado: Austin ou eu. Mas lamento informar que, foi bom ele ter te deixado.

— Mas o que? – eu gralho já usando o garfo como arma.

— Sam – Freddie tira o garfo da minha mão com calma – Se ele não tivesse te deixado, estaríamos juntos agora? Se a resposta for sim, então está tudo resolvido.

— É plausível.

— São os pontos que precisamos ligar, será que falta alguma coisa no nosso namoro?

— Você acha que falta?

— Da minha parte? – ele morde o lábio inferior enquanto pensa – Um pouco mais de compreensão eu acho... E da sua parte?

— Mais amor e aceitação.

— Aceitação sobre...

— Sobre a sua vida. Não que você tenha mudado, mas a empresa tira muito tempo seu de mim e isso se torna um pouco desgastante. Mas é seu trabalho e eu tenho que compreender isso.

— Compreensão e aceitação não é a mesma coisa. – Freddie debate comigo, ele espeta seu bacalhau com o garfo e insere na boca lentamente, algo excitante passa nos seus olhos e quando me dou conta, me mexo na cadeira.

— Pois bem, então falta aceitação da minha parte.

— Melhorou – ele leva a mão à coxa e a coça de leve.

— Está tentando me seduzir? – eu sorrio diante do seu jogo.

— Quem disse? – ele se faz de inocente e se concentra na comida.

— Eu não vejo a hora de voltarmos, quero tirar essa gravata de você. – sussurro sedutoramente e ele inala se excitando.

Eu pego o garfo e começo a comer em silêncio. Olho para o Freddie constantemente e ele parece bolar alguma coisa. Se estou certa, vai vir um bombardeamento de perguntas a qualquer instante.

— Pergunta logo. – eu insisto com a boca cheia.

— Se vamos realmente morar juntos, o que acha do apartamento Axuss? Gosta de lá, ou quer ir para outro lugar?

— Por hora lá está bom, se vamos para outro lugar que seja no fim do ano, nada de mudanças agora, as atuais já são o suficiente.

— Excelente. – Freddie pega a taça de vinho na sua frente e dá um gole, por alguma razão quero beija-lo.

Pego a minha taça e tomo tudo de uma vez, preciso da mente mais fora de ordem para fazer a próxima pergunta.

— Aquilo que fizemos no banheiro – eu chamo sua atenção – Foi o que você queria dizer com “mais intenso”?

Ele me dá um sorriso lascivo e encosta as costas na cadeira.

— Sim. Por que não tentar coisas novas? – ele se aproxima e me da um selinho na fração de um segundo.

— Tem razão... – passo os dedos nos meus lábios.

— Oh céus. – Freddie se espanta ao olhar pelos vidros. Nossa cabine atingiu uma boa altura e o Big Ben se torna totalmente visível, luzes amarelas enfeitam as pontas da torre e eu sorrio com isso, as luzes são muito significativas para nós. Londres consegue ser abrir em um espetáculo magistral, é de qualquer um ser surpreender. Seus olhos se iluminam como os de uma criança em uma noite de natal. Acho que “embasbacado”, é palavra que o define no momento. Leva um tempo até ele se lembrar da minha presença ao seu lado.

— Uma bela vista não é? – pergunto a ele.

— Inacreditável. Foi quase como se meus pés não tocassem mais o chão. É tudo escuro e ao mesmo tempo brilhante.

— Assim como nós. – tento ser romântica.

— Me sinto perdendo o controle quando estou ao seu lado.

— Então perca – eu saio da mesa e vou até o final do vidro.

— Não nesse sentindo – ele ri da mesa, escuto a cadeira se arranhar sobre o piso.

Freddie me envolve por trás passando os braços pela a minha cintura.

— Me ilumine – eu peço olhando as luzes amarelas do Big Ben.

Continuamos ganhando altitude.

— Você é como uma rosa em tom vermelho vivo, que consegue quebrar o concreto. Ou como um coração de desenho animado.

— Você me dá mais vida do que eu mereço. – solto algo como um agradecimento.

— Meu objetivo é te fazer feliz e você só pode ser feliz se for mais brilhante que seus sentimentos.

Eu solto uma risada doce.

— Faça-me uma pergunta.

— Eu faço, mas você não precisa responder por que eu já sei a resposta.

— Então quer dizer, que você sabe a resposta para qualquer coisa que você me perguntar? – inclino a cabeça para o lado e ele cheira meu pescoço.

— Bom, nem todas as coisas... – ele murmurou contra meu pescoço. Ele ainda não sabe a resposta para o seu pedido de casamento.

— Freddward – eu sussurro – Se eu disser “sim”, você poderia afirmar com toda a certeza do universo, que nunca se arrependeria de ter escolhido a mim como... Esposa? – forço a palavra a sair.

— Eu não prevejo o futuro. – diz ele – Mas sei que nunca me arrependeria. Mesmo se você me abandonasse eu não iria me arrepender de ter me casado com você.

— Por que não?

— Porque meu coração é seu Sam, você pode quebra-lo e destruí-lo quantas vezes quiser, ele sempre será seu. Eu não ia poder requerer nada de você. Seria a mesma coisa do que eu te dar uma tela e mandar você pinta-la. A escolha seria sua, simplesmente ofereci o que eu tinha. Mesma coisa com o meu coração, faça o que quiser com ele, eu só quero você, nem que seja por alguns minutos, meses, ou anos. Somente você Sam, dane-se até onde você iria seguir com o casamento, só me dando a honra de estar ao seu lado já é o suficiente.

Eu só me viro bruscamente e agarro seu rosto, beijo sua boca com tanta força que ele quase cai para trás. Após retomar o equilíbrio ele apoia as mãos nas minhas costas me pressionando contra seu peito. Minha boca se prende a sua de maneira mágica, e é isso que está em volta de nós agora. Minhas mãos cavam sua camisa cinza e ele dá carinho nas minhas costas pelas partes abertas do vestido. O sinto suspirar e isso me ascende na noite de Londres. Fazemos parte dela agora.

                              <><><><><><><><> 

— Eu sei que você vai gostar. Eu sempre quis fazer isso. – puxo a mão do Freddie enquanto corremos para o Big Ben.

— Vamos parecer dois loucos! – ele exclama correndo comigo.

— E nós somos dois loucos, nós estamos apaixonados, como isso poderia ser normal? – paro de correr quando estamos a poucos metros da frente o Big Ben.

— Vamos mesmo fazer isso? – ele ainda me olha com dúvida.

— Sim. Nós vamos. – eu pego o celular dele do bolso da sua calça e seleciono a música.

Como é dia de semana e não é uma época para os turistas, não há quase ninguém por aqui. Está tarde então será uma oportunidade única.

Safe and Sound do Capital Cities começa a tocar e eu coloco celular dentro do bolso da camisa do Freddie. O alto falante entoa a música e eu começo a me mexer. Freddie ainda está decidindo, mas vendo minha empolgação começa a balançar o corpo para frente e para trás.

Eu poderia levantar você

Eu poderia lhe mostrar o que você quer ver

E levar você aonde você quiser estar

 

A música toca e eu me jogo nos braços do Freddie, ele me gira pelo calçamento rindo comigo.

Você poderia ser a minha sorte

Mesmo que o céu esteja caindo

Sei que estaremos sãos e salvos

 

Freddie me beija e eu coloco a mão no seu ombro e outra na barra da sua camisa, assim posso puxa-lo para mais perto enquanto danço.

Estamos sãos e salvos

 

 

Eu sinto a letra se juntar a nós de maneira surpreendente.

 

 

Eu poderia encher o seu copo

Você sabe que o meu rio não vai evaporar

Este mundo que ainda apreciamos

 

Você poderia ser a minha sorte

Mesmo em um furacão de carrancas

Sei que estaremos sãos e salvos

 

Estamos sãos e salvos

Estamos sãos e salvos

Estamos sãos e salvos

 

 

— Não sei dizer como me sinto agora – Freddie para o beijo e me olha surpreso.

— Você se sente são e salvo. – eu respondo.

Eu poderia lhe mostrar o amor

Em uma onda do mar de mistério

Você ainda estará de pé ao meu lado

 

Você poderia ser a minha sorte

Mesmo que estejamos mortos e enterrados

Sei que estaremos sãos e salvos

 

 

Eu pulo no calçamento levando Freddie comigo. Ao longe a cena deve estar engraçada, mas aqui entre nós, é um momento marcante. Estou tirando todas as lembranças ruins de Londres e as transformando em algo novo. Serei como um país. Você pode tirar tudo de ruim que aconteceu, com uma história melhor, que sobressaiam as ruins. Freddie e eu acabamos de escrever uma história para nós. E nela não há tristeza ou lamentações. Somente a felicidade de estarmos nos braços um do outro.

Estamos sãos e salvos

 

Eu poderia levantar você

Eu poderia lhe mostrar o que você quer ver

E levar você aonde você quiser estar

 

Você poderia ser a minha sorte

Mesmo que o céu esteja caindo

Sei que estaremos sãos e salvos

 

 

A música entoa as mesmas estrofes diversas vezes e eu me viro de costas para girar. Freddie ergue as mãos dando socos no ar seguindo o ritmo, ele está totalmente extasiado.

 

Eu poderia levantar você

Eu poderia lhe mostrar o que você quer ver

E levar você aonde você quiser estar

 

Você poderia ser a minha sorte

Mesmo que o céu esteja caindo

Sei que estaremos sãos e salvos

 

Estamos sãos e salvos

Estamos sãos e salvos

Estamos sãos e salvos

 

 

Estamos sãos e salvos

 

Estamos sãos e salvos

Estamos sãos e salvos

Estamos sãos e salvos

 

Estamos sãos e salvos

 

 

A melodia se encerra e nós deitamos exaustos no chão em frente ao Big Ben. Com certeza foi um mico e dos grandes, mas eu repetiria tudo de novo só porque eu fiz isso tudo com o Freddie.

Pego sua mão, ela está quente e se encaixa na minha com perfeição.

— Isso foi divertido e estranho. – Freddie murmurou ao meu lado e começou a se sentar.

— Valeu a pena. – eu me sento no calçamento, é duro e machuca as minhas pernas.

— Vem garota loira, vamos para casa. – ele se coloca de pé e me ajuda a levantar.

— Obrigado – eu agradeço – Pela dança.

— A ideia foi sua.

— Mas ela não existiria se não fosse por você. – eu lhe dou um beijo rápido.

— Um monte de coisas não existiria se não fosse por mim. – ele se gaba e eu solto uma risada angelical.

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Acordo-me de supetão. Foi como se alguém tivesse me balançado. Olho em volta, está escuro, mas não há ninguém no meu quarto. Somente Freddie dormindo tranquilamente a minha direita. Levanto da cama sem fazer barulho, com sutileza ando para cômoda e procuro algo rápido para vestir. Pego um moletom cinza com capuz e calça jeans, sem tempo para optar por algo melhor, Freddie pode acordar e isso não vai ser bom. Pego a foto que está cima da cômoda e coloco no bolso. Corro silenciosamente para o banheiro e dou uma olhada no espelho, minha cara está um pouco amassada do travesseiro, passo um pouco de água no rosto me deixando mais desperta para o que estar por vir. Escovo os dentes com pressa, largo a escova encima da pia e retorno ao quarto com cautela. Freddie se mexe na cama, fico paralisada, mas ele não parece acordar. Suspiro e enxugo uma gota de suor da minha testa, acelero meus passos e saio do quarto. Finalmente posso correr, já que as paredes absorvem boa parte do barulho. Desço as escadas e os degraus protestam estalando ruidosamente, isso pode ser um problema, diminuo a força nos pés e a velocidade. Quando chego à sala, eu ascendo à luz para enxergar o cômodo, não lembro onde deixei meu celular, se o Freddie acordar vai ficar preocupado e não terá como me ligar. Desisto antes mesmo de procurar e abro a porta. O frio da noite invade o ambiente, dou um passo para frente, depois outro, seguro a maçaneta. Não faça isso. Meu subconsciente pede. Eu fecho a porta e mergulho na noite fria de Londres.

                   <><><><><><><><><>

Uma hora depois:

Chego à frente do meu apartamento. As luzes estão acesas. Caramba! Ele acordou... Suspiro e subo os degraus. Abro a porta e o capuz cai da minha cabeça. Freddie está sentado no sofá usando apenas as calças do pijama. A lareira está acesa e ele segura meu celular na mão. Seu olhar está alarmado.

— Eu fiquei tão preocupado. – ele sussurra e a voz está trêmula.

— Eu estava... – olho para a lareira, ela me da uma ideia.

Conduzo-me até ela, coloco a mão no bolso direito e retiro a foto, eu a jogo nas chamas, elas crepitam e lambem a foto que vai se desfazendo se tornando preta e apagada, até ficar irreconhecível. Quando por fim o fogo a consome, eu me viro para o Freddie, ele tem um olhar confuso e se coloca de pé.

— Onde esteve? – Freddie pergunta com dor na voz.

— Na padaria com o Austin – eu respondo sem me preocupar – Você estava errado.

Freddie começa a entrar em pânico e abaixa a cabeça.

— Você...

— Você podia confiar nele, Austin jamais ia fazer alguma coisa. Mas eu sim. Eu fui atrás dele. – eu falo sinceramente.

— Por quê? – a voz do Freddie fica embargada.

— Porque eu precisava de uma confirmação.

— E qual seria?

— A que eu não preciso do Austin, mas mesmo assim fui procura-lo.

— Então por que Sam? Diga-me o porquê. – ele anda na minha direção com raiva e tristeza, seus olhos estão ficando úmidos.

— Porque eu te amo Freddward Benson. E eu vou me casar com você. – eu respondo e Freddie engole em seco.

— Repita. – ele pede quase chorando.

— Eu vou me casar com você. Eu vou me casar com você. – eu repito e me jogo nos seus braços e encho seu rosto de beijos.

— E eu vou te fazer a mulher mais feliz do mundo. – ele não aguenta e chora um pouco contra meu ombro, quando meu dou conta, estou chorando também.

— Eu te amo – eu sussurro e caímos de joelhos agarrados um ao outro.

— Juntos, até que nossos corações parem de bater. – ele pega meu rosto entre as mãos e beija minhas lágrimas.

— Juntos, até que nossos corações parem de bater. – eu repito sua frase.

Abraçamo-nos, sentindo o calor do amor um do outro. O amor verdadeiro. Eu só quero dizer a ele, que ninguém jamais amou alguém como eu o amo, mas ele já deve saber disso. Freddie e eu estamos com o futuro pronto, exatamente do jeito que nós queremos. O que pode dar errado agora?


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Notas finais do capítulo

E ai... Oq a Sam aprontou? Hehehe contem oq acharam nos comentários.... Ainda não vou soltar a bomba que vai mudar todo o rumo da fic, isso pode esperar mais um pouco... Lembre-se de pedirem oq quiserem na fic se estiver ao meu alcance eu vou colocar. Beijos para todos os leitores que dispararam as visualizações, berrooo com o número absurdo kkkk bom, escolham as opções e nos vemos domingo! Beijão nas testa de vcs!

OPÇÃO 1: O capítulo vai mostrar o hot intenso que Sam e Freddie tiveram após retornarem do jantar (lua preta). O que a Sam fez quando saiu do apartamento é revelado em um flash back. Carly chega com o Gibby para ajeitar as coisas. Freddie pede para Sam não revelar o pedido de casamento ainda. Embryl descobre o passado de seu pai.


OPÇÃO 2: Carly aparece pela manhã, Sam e ela dão inicio na transferência da empresa. Freddie e Gibby focam-se em planos para o futuro com as garotas. Freddie conhece Austin. Sam não toca no assunto sobre o que falou com o ex namorado. Carly e Gibby tentam fazer Sam e Freddie saírem com eles para um evento na cidade.



E galerinha, eu vou fazer marketing aqui, tem uma ficzinha chamada "Who Loves Never Forgets" do meu amiguinho Cesar que escreve junto com a VicSeddie... Se for do agrado de vcs, passem lá e deem uma olhadinha ♥ por hoje é só, qualquer coisa me chamem na mensagem privada... Beijão! Amo vcs!!! Não me abandonem!!! ♥ ♥ ♥ ♥