Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 24
In the night of London


Notas iniciais do capítulo

[Na noite de Londres]

Hi Hi Hi Hianne! Aqui estou eu mais uma vez, trazendo mais um capítulo para vocês U.U.. Antes de tudo deixa eu dizer uma coisa, o povo do twitter devem ser tarados né? Gente, eu não sou de escrever hot intenso, mas como vcs do twitter (safados) me pediram, eu tentei fazer um e acabei fazendo dois hehehe... Bom, o capítulo ficou imenso, então optei por fazer dois capítulos. Esse já inicia no Flash Black da Sam sobre o que fez com o Freddie após o passeio, a conversa dela com o Austin e um pedacinho após Sam dizer que aceita se casar com o Freddie. O segundo vocês vão ter que ler para descobrir (~macaquinho tapando a boca~), eu espero que gostem, aproveitem.

P.S: Ambos os capítulos se passam na OPÇÃO 1.



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Flash back ON:

Povs Sam:

— Eu adorei sair com você, Londres não é tão ruim. - Freddie abre a porta para mim.

Eu entro com os saltos nas mãos e Freddie fecha a porta.

— Depende do ponto de vista. - respondo ao seu comentário.

— Já vi que temos um bem diferente.

— Não duvido. - eu jogo meus saltos no sofá e escuto um barulho de algo sendo atingido.

— Vamos para o quarto, quero tirar esse vestido de você. - Freddie pega a minha mão.

— Se eu me lembro bem, Benson, eu queria tirar sua gravata. - eu começo a andar primeiro do que ele para as escadas.

— Nada a impede agora. - Freddie sorriu e eu não lembro quando colei meus lábios nos seus.

Minhas mãos percorrem seu cabelo macio e minha boca beija a sua de maneira profunda. Tudo dentro de mim se acende como um Quatro de julho. São explosões repentinas de sentimentos e sensações excitantes. Freddie me empurra para as escadas. Ele tira as mãos da minha cintura e eu abro os olhos interrompendo o beijo.

— Você não vai tirar sua gravata. - eu reclamo.

— Mas... - ele murmurou e eu puxei sua gravata com força.

Freddie cambaleia para frente se admirando com minha agressividade.

— Eu estou no comando. - eu sussurro.

— Como quiser- ele levanta as mãos entregando o jogo.

Começo a puxa-lo pela gravata e subimos as escadas com rapidez, preciso chegar ao nosso quarto.

Seus passos ficam mais leves atrás de mim. Sua respiração está próxima o bastante para eu senti-la no meu pescoço. Meu corpo se arrepia e quase tropeço ao abrir a porta do meu quarto. Enfim entramos e eu fecho a porta. Freddie me observa enquanto vou fechar as cortinas. O ambiente fica totalmente tomado pela escuridão, não consigo enxergar direito, então ligo o abajur roxo para iluminar essa parte do quarto. Só preciso visualizar a cama, o resto pode ficar menos iluminado, será mais fácil para mim. Viro-me para o Freddie, que já tirou os sapatos e meias, o chão está escuro, mas vejo que os empurrou para o pé da cama. Eu inspiro e expiro com delicadeza. Meus pés andam em sua direção e ele me aguarda com um sorriso ansioso.

— Agora vou tira-la de você- eu murmuro sedutoramente.

Ele só acena com a cabeça achando tudo divertido. Eu pego a gravata, puxo o nó o desfazendo e ela se solta do seu pescoço. Eu a jogo na cama e abro o primeiro botão da sua camisa, depois o segundo, em seguida planto um beijo macio acima do terceiro botão. Ele suspira e sua mão roça na minha cintura, eu lhe dou um tapa rápido.

— Eu prefiro estar no controle. - Freddie diz.

— Hoje não. - eu sussurro e volto a retirar sua blusa.

Ela se abre, revelando seu peito e seu abdômen perfeito. Inclino-me e deposito um beijo casto na sua barriga, ele suspira entrando em colapso. Ajoelho-me na sua frente para retirar seu cinto. Abro a fivela e o tiro da sua calça, ela pende de forma quente nos seus quadris, o que intensifica minha respiração. Por um momento perco o foco, até que Freddie leva a mão direita aos meus cabelos loiros e a mão esquerda para seu quadril.

— Me beije aqui... - ele pede apontando para o seu quadril de Apolo.

Eu que deveria tomar as rédeas da situação, mas não resisto ao seu pedido. Meus lábios vão para a linha perfeita do seu quadril e ele geme extasiado. Deposito outro beijo na linha da direita e ele desce a minha cabeça mais para baixo. Entendo o que ele deseja, é como se eu lesse cada pensamento seu. Eu abro o botão da sua calça e o zíper. Beijo a barra da sua cueca enquanto minhas mãos descem sua calça pelas suas pernas. Eu o faço erguer os pés para que eu tire suas calças da jogada. Eu tomo coragem e ergo olhar para ele. Freddie me olha curioso. Encaixo os dedos na sua boxer e desço-a com rapidez. Finalmente ele fica gloriosamente nu. Neste momento Freddie solta a minha cabeça rapidamente. Eu não olho para ele, só respiro tomando coragem para fazer uma coisa. Eu quero agrada-lo de todas as maneiras que posso, talvez fazer isso não seja tão ruim.

— Freddie... - eu o chamo baixinho.

— Não precisa fazer isso se não quiser, ou se não estiver pronta. - ele pega meu queixo com carinho.

Penso a respeito. Sei que estou mais vermelha que um tomate. É melhor eu não dificultar as coisas.

Coloco-me de pé e ele me envolve com os braços com rapidez. Seus lábios estalam contra os meus, mas em um movimento rápido eu nos giro e o jogo na minha cama. Freddie me lança aquele sorriso de derreter uma calota polar. Vou para cama e me deito ao seu lado. Ele tira meu vestido sem perder muito tempo, depois eu arque-o as costas e ele retira meu sutiã. Freddie vai para o fim da cama e puxa minhas pernas, eu solto um gritinho e ele ri docemente, ele começa a se inclinar, meus olhos se abrem completamente quando sua boca beija a parte interna das minhas coxas, ele beija minha calcinha e vai trilhando beijos até a parte de cima, em seguida ele morde e começa a tira-la de mim com os dentes. Engasgo-me com o ar pela sua audácia. Não acredito que ele fez isso. E não para por ai. Agora ele beija minha barriga e seu olhar se ergue queimando no meu, sua intenção é bem clara. Freddie sorri e introduz um dedo em mim. Eu agarro os lençóis da cama e solto um gemido alto, trinco os dentes para abafar os seguintes. Ele gira o dedo indicador fazendo com que eu o sinta por todos os lados.

— Pa... Para - minha voz sai engasgada.

— Diga que me ama. - ele continua sua tortura.

— O... Que? - eu pergunto fechando os olhos.

— Diga que me ama enquanto eu faço isso com você. - sua voz fica naquele tom rouco que eu amo.

— Eu... Eu... - procuro a minha voz, mas ela se perdeu.

— Diga. - ele exige e seu polegar toca a parte mais sensível do meu corpo.

Eu grito e meu quadril se ergue involuntariamente.

— Eu... Te amo. - pronuncio não suportando o que ele está me fazendo sentir.

— De novo. - Freddie não para.

— Eu amo... Eu amo você Freddie. - eu estou quase chorando.

— Obrigado. - ele agradece excitado com o que fez comigo.

Ele retira o dedo indicador de mim, em seguida o desliza na sua boca com facilidade e faz uma cara de satisfação. Meu subconsciente desmaia e eu fico em choque com seu atrevimento. Freddie se inclina novamente e retorna a beijar minha barriga, ele trilha beijos sob meu abdômen e chega aos meus seios, ele beija cada um me fazendo arfar. Finalmente ele me beija na boca, sua língua toca a minha de maneira sensual. O jeito que ele me beija é coisa de outro universo. Eu afundo as mãos no seu cabelo desgrenhado, dou alguns puxões para descontar um pouco do que ele fez comigo. Ele ri contra a minha boca. Minha mão direita desce pelo seu corpo, chega ao seu quadril onde eu desejo. Eu mesma o coloco dentro de mim, jogo minha cabeça para trás e fecho os olhos. Freddie se deita com um movimento rápido me colocando por cima dele. Eu me surpreendo abrindo os olhos, ele ergue as costas para se sentar, nossos narizes se tocam dessa maneira. Ele mexe meu quadril com força me fazendo soltar outro grito. Ele entra até o final. Seguro seu rosto, minha boca clama pela sua. Ele contorna os meus lábios com a sua língua, enquanto eu acaricio seus músculos das costas. Continuamos nos beijando loucamente. Meu corpo está quase se partindo em dois. Freddie está nos movimentando com rapidez e com toda a força dele.

Ele para de me beijar por algum motivo.

— Hmmm- murmurou- Eu nunca vou me cansar de você garota.

— Eu sei. - fecho os olhos, mas ao fazer isso ele me dá um tapa na bunda, abro de novo e dou um risinho, mas a forma que eu estou com ele faz o riso ocasionar uma onda de prazer pelo meu corpo.

— Olhos abertos Sam. - ele me encara com os olhos castanhos perfeitos.

— Por quê? - eu diminuo o ritmo, mas ele ergue o quadril para que eu solte um gemido.

— Por que... - ele sussurra aproximando a boca da minha bochecha - Eu gosto... - ele beija meu rosto - de ver... - sua boca vai para o meu nariz e ele beija a pontinha- o prazer que eu te dou.

— Ah!- eu arfo quando ele morde meu lábio inferior.

Ele começa a gemer junto comigo. Eu encosto minha testa na dele e lembro-me de não fechar os olhos. Os mantenho abertos. O azul queimando no castanho. O tom de castanho mais perfeito do mundo. Aquele que eu reconheceria no meio de uma multidão. Ah! E tem o cheiro do seu pescoço também. É inebriante. Como se fosse meu próprio paraíso particular. Meu corpo me manda um alerta dizendo que vai explodir a qualquer momento. Eu aperto seus ombros e ergo a cabeça para cima. Freddie consegue acesso livre ao meu pescoço e o aproveita para beijar. Ele leva as mãos para as minhas costas. Ergue a pélvis rapidamente e eu mordo o lábio sentindo aquele calor tão familiar me dominar.

— Sammy... - ele murmura contra meu ouvido- Anda baby...

Eu sei o que ele quer dizer. Ele precisa que eu chegue lá com ele. Submeto-me ao seu ritmo, tentando fazer meu corpo se igualar ao prazer do corpo dele. Não vai demorar.

— Freddward!- eu grito com força.

O tremor domina cada parte de mim. Sinto afundando sobre ele enquanto o orgasmo me faz perder os sentidos. Ele também goza em seguida, me apertando com força enquanto ainda se movimenta para me oferecer tudo que pode. Freddie fica parado, somente o corpo dele ainda está um pouco trêmulo.

Eu coloco meu rosto na dobra do seu ombro. Só me toco que meu rosto está úmido quando Freddie me tira de cima dele e coloca-me deitada na cama. As lágrimas caem pelo meu rosto. Elas parecem erradas e sem qualquer sentindo.

— Sam? - ele fica preocupado e me envolve com os braços- Por que está chorando?

— Porque isso foi muito intenso pra mim. - eu levo a mão para o meu rosto tentando enxugar as lágrimas, mas Freddie as enxuga com seus lábios primeiro.

— Eu sinto muito. - ele continua beijando cada uma delas.

— Não se desculpe. Eu amo você, acho que o choro foi por isso também.

— Então Sam, se você me ama, porque não aceita se casar comigo?

Eu viro meu rosto para fitar o seu.

— Se lembra de quando você tentou me forçar a dizer que eu te amava? - pergunto e ele faz que sim com a cabeça- Você viu o quanto aquilo me magoou? - ele faz que sim novamente- Então não force algo dez mil vezes mais importante, do que aquilo. Eu te amo e agora eu peço mais tempo para você.

— Tem todo o tempo que precisar.

— Perfeito. - eu passo a mão no rosto, mas coro ao lembrar do que ele fez.

— O que foi? - ele dá um sorriso pateticamente inocente.

— Não acredito que você fez aquilo. - viro meu rosto para não ter que olha-lo.

— O que... - ele perguntou contra meu ouvido, mas depois entendeu meu comentário- Você gostou?

Meu corpo se contorce em resposta, isso o faz rir.

— Acho que sim... - finjo indiferença.

Acha que sim. - ele se mexe contra a minha coxa mostrando que está excitado novamente.

— Hum... - eu o empurro um pouco e deito de barriga para cima.

Ele me beija com rapidez. É tão rápido que dou um sorrisinho. Então eu sinto onde sua mão se encontra. Ela está espalmada contra a minha barriga e por um momento vejo que ele está triste por alguma coisa.

— Cansada? - ele me pergunta retirando a mão de mim.

— Muito. - solto um bocejo involuntário.

— Hora de dormir então. - Freddie se vira para apagar o abajur da cômoda.

O quarto é tomado pela escuridão. Eu deito encima do seu peito para inalar o cheiro de segurança que inala dele. Fecho os olhos e vou adormecendo aos poucos. Algo dentro de mim me manda fazer alguma coisa, mas o cansaço fala mais rápido e eu apago.

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Eu fecho a porta e mergulho na noite fria de Londres

Coloco as mãos no bolso do meu casaco e começo a bolar o texto mentalmente. Só que é tarde de mais quando noto que não tenho nada para dizer. Eu só quero olhar para ele. Ver se meus sentimentos ainda continuam os mesmos e saber se ele realmente ainda me ama. E eu quero saber se depois de vê-lo, poderia voltar para casa e dizer “sim” ao Freddie. Provavelmente terei que explicar aonde eu fui. Acima de tudo, eu quero voltar com um bom motivo para a minha saída.

A antiga padaria da família dele, fica no mesmo bairro que o meu. Pelo catálogo de turismo, ela fica aberta 24h. Não sei se isso é bom ou ruim. Eu acelero os passos. A rua deserta me perturba um pouco. Quando meu dou conta, estou correndo para o final da rua. Londres pode ser segura, mas não quero arriscar. Ninguém vai me ouvir pelas persianas fechadas se eu gritar. O povo londrino tem o hábito de dormir cedo. Outro ponto negativo para mim. Ele não vai estar acordado até essa hora, mas chegando lá, eu posso deixar um recado ou coisa assim. Contorno o bairro fazendo um grande esforço físico. As lojas deste lado são menos sinistras e mais iluminadas, vejo um 24-7 aberto o que me deixa mais tranquila. Prossigo correndo com eficiência e avisto a fachada iluminada da Padaria C. Nichols. Paro em frente. Meu coração martela nos meus ouvidos. Eu respiro fundo diversas vezes. Subo os degraus de pedra sem muita vontade. Eu não devia estar aqui. Abro a porta e um sininho toca anunciando minha entrada. Tiro o capuz da cabeça e deixo meus cabelos caírem em ondas sobre meus ombros e costas. Olho todo o ambiente, continua parecido com o que eu me lembro. Cadeiras acolchoadas azul escuras em cada canto das paredes. No centro do ambiente, ficam as mesas menores com cadeiras redondas pretas, a mesma sequência de: adoçante, sachês de tempero, sal e ketchup preenchem as mesas. A mãe dele tinha a mania de deixar assim. Passo as mãos nos cabelos e vou para a quarta mesa da parede ao meu lado direito, eu sempre sentava ali. Tinha vista para o lado de fora e para o balcão onde ele costumava ficar me olhando.

Sento-me à mesa e cruzo as mãos sobre ela. São poucas as pessoas aqui no momento, alguns trabalhadores das obras no fim da rua, alguns funcionários da Comosplit da rua de trás, adolescentes saindo de festas e um ou dois casais apaixonados. Olho pela janela, o tom azul escuro também predomina lá fora. Meus olhos marejam e eu balanço a cabeça, minhas mãos soam.

— Olá gatinha – escuto a voz dele ao longe.

Eu ergo a cabeça e olho para o balcão, ele está lá. Do mesmo jeito que eu me lembro. Os cabelos castanhos claros bagunçados, uma camisa preta meio desgastada pelo uso contínuo. Ele não está com o habitual sorriso no rosto, parece assustado - como se não fosse para estar – e abismado. Ele parece exausto. Tem olheiras ao redor dos olhos e a aparência cansada, mas ainda feliz de alguma forma desconhecida. Mantenho meu olhar em sua face. Ele contorna o balcão elegantemente e abre a portinhola para sair. Seus passos aceleram. Quando chega próximo à mesa, ele se senta na minha frente e não do meu lado como de costume. Seus olhos marrons claros me observam com curiosidade.

— Deve estar se perguntando por que eu estou aqui... – murmuro me endireitando.

Ele ergue a mão como se pedisse silêncio.

— Não fala nada agora – o tom doce ressoa no espaço entre nós – Só me deixe olhar para você... Não sei quando terei essa oportunidade de novo. – seus olhos percorrem meu rosto, se demorando em cada parte com calma, ele une as sobrancelhas pensando em alguma coisa, seu olhar prossegue examinando cada linha, como se para confirmar que sou realmente eu sentada em sua frente. Ele termina a avaliação minuciosa e coloca as mãos sobre a mesa, extremamente perto das minhas.

— Terminou? – pergunto indiferente, é como se sua presença não me afetasse, isso é bom, não terei fraqueza perto dele.

— Agora sim. – ele responde e se inclina – O que faz aqui?

Eu não sei o que responder. Posso começar dizendo que vim saber se ele ainda me amava? Se eu ainda amava ele? Que o Freddie me pediu em casamento por estar com medo que eu fosse deixa-lo? Somente o fito estarrecida, as palavras não querem se encaixar. Basta eu olhar para seu rosto para sentir algo como um soco na barriga e uma alavanca sendo acionada no meu coração. Mas meu coração parece sem força para dar continuidade a algum sentimento que foi existente ali. O amor do Freddie me arrebatou de tal forma, que agora quando olho para o Austin, o vejo mais como um Plano B do que como uma opção concreta ou uma necessidade imediata.

— Freddie retornou comigo para Londres – começo a responder sua pergunta – Vou transferir tudo para Seattle.

— Que bom – ele soa sincero, mas continua com o olhar penetrante nos meus olhos.

 - Ele me pediu em casamento – eu digo mordendo o canto esquerdo da minha bochecha.

— Congratulações – isso o abalou, pois ele desvia o olhar do meu e começa a observar pela janela.

— Eu não aceitei. – informo para sua surpresa.

— Mas o acordo... – ele tenta me contradizer.

— Foda-se o acordo Austin – eu chamo seu nome diretamente para ele depois de muito tempo – O Freddie nunca vai me deixar, eu sou a única que pode acabar rompendo esse relacionamento. O problema sempre vai ser você e eu.

— Vocês estavam em outro país. Se vocês se desentenderam não foi por minha culpa. – ele ergue o tom da voz em uma oitava perfeita.

— A culpa sempre vai ser sua. – eu rebato sentindo raiva. Mas não é exatamente raiva e sim rejeição. Ele ter me deixado naquele hospital foi a pior coisa que já aconteceu comigo.

— Eu apenas liguei para me certificar, fiz o que qualquer outro cara apaixonado faria. Não me sinto culpado... Mas peço desculpas mesmo assim.  – ele espalma as mãos na mesa fazendo a ponta dos seus dedos tocarem nos meus, eu recuo como se tivesse levado um choque.

Ele é melhor do que eu pensei. Consegue achar um ponto negativo e transformar em algo bom, e ainda se desculpar por algo que fez sabendo que estava totalmente errado, mas não tem qualquer tipo de sentimento de culpa. Filho da mãe!

— Sua ligação foi bastante prejudicial – eu sibilo trincando os dentes com tanta força, que uma dor dispara na minha gengiva.

— Talvez tenha sido... Mas a sua foi pior. Porém foi bom.

— O que foi bom? – acho inacreditável a calma que exala dele.

— Saber que você ainda me amava – ele responde sem delongas.

— Amava... – eu penso na palavra – Exato. Do verbo amou. Não existe mais. Acabou. Se foi. Morreu – eu faço um gesto com a mão e ele a pega no ar.

— Se mentir para si mesma te faz bem, então prossiga. – Austin segura a minha mão.

— Por que acredita que ainda amo você? – minha voz vira um sussurro.

— Porque se não me amasse, não teria vindo aqui. – ele começa a acariciar minha mão e eu me sinto incomodada, Freddie não gostaria disso, tiro a minha mão da dele e Austin recua sem pestanejar com minha rejeição.

— Droga... – eu balanço a cabeça, foi uma péssima ideia, eu sabia e vim mesmo assim.

— Mas e ai, no final de tudo, o que te trouxe aqui além do seu amor por mim? – ele cruza os braços sobre o peito.

— O seu amor por mim, me trouxe aqui. – eu respondo e de repente o medo de ele não me amar mais me envolve.

— Meu amor por você continua o mesmo. – ele diz em um tom enfadado, como um adulto que repete a mesma coisa diversas vezes para uma criança, para ele é como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Assim como o seu por mim.

— Mas eu amo o Freddie – eu tenho que deixar bem claro.

— E ele te ama – Austin admite fazendo uma careta – Provavelmente não vai te deixar, mas eu ainda estarei esperando por você. Não tenha pressa. Pode levar dez, quinze, quarenta anos. Quando você já estiver com os primeiros fios brancos aparecendo nos seus cachos loiros, com a pele fazendo pequenas ruguinhas quando sorrir, ou quando o azul dos seus olhos ganharem mais destaque na sua pele branca, eu ainda estarei a sua espera gatinha.

Pisco diante das suas palavras. Tento junta-las para achar um significado coerente, mas só acho o amor dele por mim. Mas ainda assim, o fato dele ter me deixado no hospital, faz com que eu repudie qualquer ato amoroso que venha da minha parte para ele. E acima de tudo, é o Freddie que eu amo. Bem, na atual situação, eu posso usar o argumento: é o Freddie que eu amo mais. Eu faço menção de me levantar, mas ele me dá um sorriso cínico.

— Eu tenho vontade de chutar – eu falo morrendo de raiva dos meus sentimentos por ele e dos sentimentos dele por mim.

— Eu não vou interferir de qualquer forma, só queria fazer uma última pergunta antes de você ir, porque eu sei que é isso que você estava fazendo quando mexeu a perna direita e apoiou a mão sobre a mesa. – ele diz lentamente mostrando o quanto me conhece, dois anos foram suficientes para ele saber meus próximos movimentos.

— Pergunte então, meu tempo é precioso de mais para ser desperdiçado com você. – eu fecho a cara chateada e ele continua sorrindo.

— Hum, tá... Sei. – dessa vez ele se inclina totalmente em minha direção, mas eu não recuo, só o encaro com ódio – Conhece a história daquelas duas mulheres que foram diante do rei Salomão?

Aula bíblica? Essa eu quero ver.

— A história do bebê que ia ser partido ao meio?

— Sim. – ele balança a cabeça e respira no meu rosto.

— O que tem haver conosco? - relembro a história bíblica na minha mente.

— Que eu não vou mais lutar. Não quero te dividir. – ele mostra confiança e serenidade. Bem simples o que ele quis dizer: Ele me ama mais. Mas eu amo o Freddie e por isso nada do que ele disse vai fazer diferença. Apesar da parte que ainda o ama estar me devorando por dentro.

— Então você perdeu essa batalha. – eu me levanto e começo a sair da mesa.

— Porém não perdi a guerra. Freddie ainda pode desistir... Eu acho. – ele volta a olhar nos meus olhos.

Quase me esqueço da foto.

— Fique com isto – eu tiro-a do bolso e estendo para ele.

— Não, pode ficar. Você vai precisar bem mais do que eu. – ele mal olha para a foto.

Eu a coloco de volta no bolso.

— Ótimo.

— Diga "sim" para ele. - Austin me pediu e meus olhos quase pularam das órbitas.

— Eu irei. - aceno com a cabeça.

— Adeus Austin – eu digo com toda a certeza.

Saio de perto dele e começo a caminhar sem olhar para trás.

— Eu amo você. – ele pronuncia.

Meus pés travam, forço-os a se moverem, mas estão colados no chão. Por um momento quero voltar e abraça-lo, dizer que vamos achar um jeito de consertar tudo isso, porém eu já fiz a minha escolha.

— Eu também amo você. – murmuro fechando os olhos.

Eu saio da padaria a passos largos, por um momento acho que vou chorar. Mas as lágrimas não vêm. Só uma certeza. A que eu amo o Freddie com tanto fervor, que o Austin virou uma parte meramente significativa do meu passado. É com o Freddie que vou me casar. É com ele que vou subir em um altar e pronunciar diante de todas as pessoas, meu amor por ele. Jamais vai ser com o Austin. Encerramos tudo aqui. Eu posso ser uma pessoa ruim, mas nem por isso desejo que o Austin termine sozinho nisso tudo. Eu me pergunto quem será a pessoa que preencherá o lugar vazio, que eu deixei no peito dele?

Corro animadamente de volta para casa. A felicidade fluiu sobre mim. Meus pés batem e rebatem na calçada. Eu estou quase pulando de tanta euforia. Meu pensamento é apenas o Freddie. Eu sou dele. Eu nunca tive tanta certeza a respeito disso. Freddie é meu. O mundo se senta para observar nosso amor. Iremos ficar juntos. Que todos os inimigos lamentem diante da nossa vitória. Minhas pernas queimam. Meus braços queimam. O Objetivo é o que importa: chegar até o Freddie. Eu direi “sim” com todo o prazer do mundo. Vou me casar com ele. Serei oficialmente dele. E iniciaremos uma pequena parte do nosso “felizes para sempre”.

 

 

 

Flash back OFF:

Meus joelhos doem. Quero perguntar se já posso me levantar. Ainda estamos de joelhos abraçados no chão. Ele ainda não acredita que eu aceitei seu pedido de casamento. Eu me mexo desconfortável. Ele também se mexe.

— Vamos para a cama. - ele fala.

Vejo o duplo sentindo nisso e me levanto junto com ele. Eu o puxo para um abraço. Eu senti falta dele nessa última hora. Freddie rompe o abraço, pega meu pulso e me guia pelo apartamento. Eu sei que tenho que falar com ele, mas é melhor eu esperar ele perguntar alguma coisa. Ele está tão alegre que praticamente está pulando enquanto subimos as escadas.

Ele abre a porta do meu quarto e me deixa entrar primeiro. Depois ele faz a mesma coisa que eu fiz quando voltamos do jantar. Ele acende a luz do abajur e se vira para me olhar.

— Sobre o que vocês conversaram? - ele me pergunta cruzando os braços sobre o peito esculpido, coitado do belo Michelangelo perto do Freddie.

— Sobre nossos sentimentos. Sobre você. Coisas assim. - respondo com cuidado.

— E? - ele quer que eu prossiga.

— Ele disse que não vai mais lutar por mim. Que vai deixar as coisas acontecerem.

Freddie escuta atentamente e aperta os lábios.

— Ele disse que te amava? - a pergunta que eu temia.

— Sim. - respondo sabendo o que ele vai perguntar em seguida.

— E você disse que sentia o mesmo? - ele faz a pergunta sem hesitar.

— Sim. - desvio o olhar dele.

— Então porque não está com ele?

— Porque eu te amo mais.

— É plausível.

— É tão plausível que eu te amo e vou ficar com você para sempre. - tomo coragem e dou um passo em sua direção.

Ele tira os braços do peito e seu sorriso volta.

— Era tudo o que eu queria. - Freddie se aproxima de mim e mordo os lábios. - Tire suas roupas.

— Oi? - fico abismada com a mudança de assunto.

Ele dá de ombros com seu sorriso. Eu tiro meus tênis, depois as meias. Puxo o casaco de moletom pela cabeça, jogo ele no chão e começo a tirar a calça com pressa. Quando vou retirar o sutiã ele segura meus braços.

— Agora deita comigo. - ele me puxa para cama com ele.

Eu deito do lado esquerdo da cama que fica perto da parede. Ele se deita ao lado direito que fica próximo da cômoda.

— Me perdoa por ter ido vê-lo. - me desculpo.

— Se você não tivesse ido, talvez você não aceitaria meu pedido.

Analiso seu ponto.

— Queria poder discordar.

— Esqueça isso. - ele segura meu rosto. - O importante agora é que eu vou te fazer a mulher mais feliz do mundo, enquanto nós vivermos.

— A Carly vai surtar. - imagino a reação dela.

— Não conte a ela agora. - Freddie me adverte.

— Por quê?

— Espera a gente ajeitar sua mudança, depois que eu te comprar um anel e marcamos uma data, você vai contar a ela.

— Ok. - concordo e ele ainda sorri.

— Eu te amo Samantha Puckett.

— Eu também te amo Freddward Benson.

— Dessa vez, eu quero acordar e te encontrar ao meu lado, entendeu? - ele brinca, mas sei que no fundo está falando sério.

— Eu prometo estar aqui.

— Bom... - ele desliza os dedos pelos meus lábios- Você não o beijou, não é?

— Não!- respondo chocada- Céus! Não! Eu não o beijei. Eu jamais faria isso com você.

— Mas ele tentou?

Recordo quando Austin inclinou o rosto contra o meu e pegou minha mão, lembro-me de sentir sua respiração em minha face.

— Ele pegou minha mão, mas eu soltei. Eu sabia que você não gostaria disso.

— Claro. - o olhar dele endurece- Mas se ele fez alguma coisa com você, eu juro que vou atrás dele e...

— Freddie- eu seguro seu rosto- Ele não fez nada. Não se preocupe. Não existe nada no nosso caminho agora. Entendeu baby?

— Sim. - Freddie concorda meio relutante- Melhor a gente dormir.

— Ok amor. - eu me aconchego nos travesseiros e Freddie tem que se virar novamente para apagar o abajur.

Eu reparo nas suas costas perfeitas e nos músculos se contraindo quando ele levanta os braços. Levanto-me um pouco e vou beijar as costas do meu noivo. Sim. Meu noivo. Meu futuro marido. Eu não poderia estar mais extasiada.

Começo a beijar e a mordiscar suas costas. Ele fica paralisado com a mão no abajur, decidindo se apaga ou não. Eu aliso suas costas com a mão direita, com a esquerda eu desço pelo seu peito, pela sua barriga, pelo seu quadril. Enfim coloco as mãos dentro da sua calça, ele está sem cueca, então sinto-o duro sobre meus dedos e passo minha mão sobre ele. Subo e desço pelo seu membro e Freddie solta um gemido.

— Caramba Sam...

— Quero fazer de novo. - eu peço e mordo sua orelha, eu sei que isso o deixa louco.

— Eu quero amarrar você. - ele diz calmamente, mas isso me assusta um pouco.

— Me amarrar? - eu tiro as mãos do seu corpo.

— Sim. - em questão de segundos ele se vira e se coloca encima de mim, Freddie prende meus quadris com as pernas, ele segura minhas mãos no alto da minha cabeça e pega a gravata preta que eu joguei na cama há algumas horas atrás- Com isto. - ele diz sorrindo.

— Tem certeza? - eu tento me mexer, mas estou presa, eu poderia me soltar sabendo que sou tão forte como ele, porém quero que ele ganhe esse jogo.

— Eu tenho. Quer tentar? - seus olhos tem um brilho sombrio.

— Tudo bem. - eu concordo para sua alegria.

Ele me solta para que eu tire meu sutiã. Depois ele ergue minhas mãos novamente e passa a gravata pelos meus pulsos duas vezes, dá um nó e coloca o dedo para ver se não está muito apertado. Ele pega o que sobrou da gravata e amarra na cabeceira da cama, Freddie puxa verificando se estou bem presa e parece satisfeito. Espero ansiosa para seu próximo movimento, que não ocorre como eu esperava. Ele me gira colocando-me de costas para ele. Merda! Ele sabe que é mais intenso desse jeito.

— Permita-me fazer de novo. - ele sussurra se deitando sobre mim.

— Eu ainda posso te bater quando me soltar daqui. - eu lembro a ele.

— Não posso contar com essa vantagem- ele murmura chateado, mas algum pensamento passou por sua cabeça e ele suspira parecendo assustado.

— Freddie. - eu chamo com a cara no travesseiro- está tudo bem. Eu sei que você não vai me machucar.

— Sua confiança em mim é perturbadora.

— Isso se chama amor.

Ele beija meu rosto e sorri contra ele.

— Relaxe o corpo - sua boca suga meu glóbulo da orelha.

Respiro com força e deixo meu corpo amolecer.


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Notas finais do capítulo

Estou sendo movida a comentários, sejam totalmente sinceros, sinceridade é sempre bem-vinda... No próximo capítulo o hot continua (~3 luas pretas~) e vai ter uma bomba para o casal Carly e Gibby... Após lerem o próximo capítulo irei fazer uma pergunta bem interessante a todos vcs... Beijinhos e jájá sai o próximo capítulo



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