I love you M'Lady escrita por Vampira


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oii meus pães de mel favoritos.
Eu sei que eu disse que postaria na terça, mas eu acabei escrevendo o capítulo antes e eu queria muiiiiito postar.
Eu andei pensando e eu não vou postar toda terça, eu vou tentar escrever mais e consequentemente postar em dias aleatórios (tipo hoje) com mais frequência.
Bom, alguém aqui lembra do especial de Halloween? Espero que sim.
Gente eu quero muito chegar a 100 favoritos, será que eu chego?
Vou fazer uma perguntinha nas notas finais okay! O primeiro a acertar, ganha um spoilerzinho (bem pequeno) do que vai acontecer.
Boa leitura!!!



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Adrien’s POV

 

            - O que você está fazendo aqui?- A confusão em sua voz era palpável, seus olhos estavam abertos em surpresa. Seu tom de voz não expressava grosseria de modo algum, apenas curiosidade.

            Meu olhar vagou rapidamente pela pequena cozinha da família Dupain-Cheng, era realmente bem pequena comparada com a da mansão, mas mesmo assim era mais confortável.

            Seus pais começaram a conversar algo entre eles, mas eu não entendi uma única palavra do que eles diziam, pois minha atenção estava toda voltada para a garota na porta. Seus cabelos estavam presos em sua habitual maria-chiquinha , porém dessa vez seu cabelo estava todo encharcado e grudando a seu rosto. Suas roupas também se encontravam molhadas e grudadas à pele da menina. Ela carregava o pequeno casaco preto e as sapatilhas em mãos.

            Não sei o motivo, mas uma única palavra vinha em minha mente enquanto olhava a menina: linda. Sua roupa molhada marcava bem suas curvas. Sua beleza era natural. Ela só era ela mesma e isso a tornava linda. Tão linda quanto Ladybug. Não sei por que as comparo às vezes, devo estar ficando louco. Às vezes até parece que eu tenho os mesmos sentimentos pelas duas mulheres, isso seria impossível a menos que elas fossem a mesma pessoa.

            - N-não vai me responder? – Sua voz doce me puxou para a conversa atual, notei que encarava a garota há algum tempo enquanto pensava, o que a deixou muito vermelha.

            - Adrien veio trazer seu livro de história, querida. – Sabine desviou de sua conversa com Tom para responder a filha por mim. – E, além disso, ele ficou muito preocupado com você e quis ver como você estava pessoalmente.

            Meu rosto enrubesceu subitamente pelas palavras ditas por Sabine. Olhei para a mulher com pura descrença, eu contei aquilo para ela porque acreditava que ela guardaria esse segredo, nem sei por que havia dito aquilo a ela, talvez fosse essa sensação de aconchego que ela sempre me transmite. Sua resposta para minha careta foi um sorriso e uma breve piscadela. Aquela mulher só podia estar brincando comigo, ela fez de propósito.

            Mari também estava extremamente vermelha com o que a mãe havia falado, não consegui olhar para seu rosto por mais de dois segundos sem desviar os olhos para o chão.

            - Como está o trabalho de vocês? – Sabine perguntou novamente, varri a cozinha com meu olhar e notei que Tom havia saído e eu nem havia percebido.

            - Estamos terminando. – Respondeu Mari prontamente.

            - Por que vocês não adiantam agora. – Ela olhou diretamente para mim e me lançou outra piscadela. – Assim vocês aproveitam que ele já está aqui, não é mesmo, querido?

            O que essa mulher está tentando fazer?

            - Ta. – Respondeu Mari, ainda muito corada. – Só preciso tomar um banho e me trocar.

            A garota passou voando pela porta, ainda carregando seus sapatos e casaco nas mãos.

            -Por que você não vai esperá-la lá na sala, querido?- Indicou Sabine. – Eu tenho que voltar para a confeitaria e ajudar Tom com as encomendas para esta tarde. Me agradeça mais tarde.

            Agradecê-la? Por que eu deveria agradecer a ela? Por sua hospitalidade, é claro, até parece que minha mãe não me educou, devo agradecê-la por ter me recebido em sua casa assim de repente.

            Segui para o outro cômodo logo atrás da mulher, mas diferente dela, eu me acomodei no sofá em formato de “L”, já ela seguiu para as escadas que davam para o estabelecimento no andar de baixo. Olhei em volta em busca de uma distração. No chão tinha um tapete redondo branco e rosa, próximo ao tapete um móvel com uma televisão e um videogame.

            Levantei do sofá, já um pouco entediado pela demora da garota, mas eu não podia julgá-la, eu demoro muito tempo me arrumando, hábitos de modelo. Andei até uma estante onde se encontravam alguns porta-retratos, alguns tinham fotos Tom e Sabine abraçados, outros tinham uma pequena Marinette, um tinha uma foto do casamento dos pais da garota, sua mãe era muito parecida com a garota quando mais jovem. Mas uma foto chamou mais a minha atenção, era uma foto da Mari com um garotinho ruivo, a menina usava um vestido vermelho de bolinhas pretas, uma máscara e uma pequena coroa, uma fantasia um tanto incomum devo dizer, já o garoto usava uma simples fantasia de zumbi. Esse garoto não me era estranho.

            A menina parecia uma joaninha usando esse vestido vermelho de bolinhas pretas e eu ri com o pensamento de que talvez ela poderia se fantasiar de Ladybug para alguma festa de Halloween e eu me fantasiaria de Chat Noir, essa ideia é terrível, ela poderia descobrir. Mas que ela ficaria linda de Ladybug, ela ficaria. E novamente as comparações sobre as garotas voltaram para minha cabeça.

            Eu tenho que parar com isso, elas não são a mesma garota, nem mesmo são parecidas. Mari é doce e gentil comigo, não importa o que aconteça, ela gosta de mim em ambas as minhas formas, Adrien e Chat Noir. Ladybug é uma grande parceira, forte, corajosa e confiante, mas só me conhece como Chat Noir e parece não me suportar.

              - Esse dia foi bem legal. - Pulei de susto ao notar que a garota se encontrava parada bem ao meu lado, nem mesmo a ouvi chegar. – Eu saí com alguns amigos pra pegar doces, mas a parte mais legal foi fazer essa fantasia.

            - Você que fez sua fantasia? – Perguntei surpreso. Tão jovem e com tanto talento, essa garota sempre me surpreendia.

            - Sim, eu não estava muito segura até uma mulher comentar sobre minha roupa. – Disse sonhadora. – Isso me lembra que temos que costurar a nossa roupa.

            Olhei-a confuso. Nossa roupa?

            - Nosso trabalho. – Afirmou e me puxou pela mão até seu quarto. A segui, carregando o porta retrato que mal notei que segurava em minha outra mão.  – Eu já comprei o material e já cortei os panos, só falta costurar mesmo.

            Sentamos na sua escrivaninha, lado a lado, de frente para a máquina de costura. Pousei o porta retrato em uma parte vazia da mesa e tentei iniciar outra conversa com a menina, gostava de conversar com ela.

            - Esse garoto aqui é seu amigo? – Apontei para o ruivo da foto.

            Ela desviou os olhos do tecido, olhou para mim e depois para onde eu apontava. Parou alguns segundos olhando para a foto, novamente tinha aquele ar sonhador.

            - É o Nathanäel, da nossa sala. – Comentou. – Éramos mais amigos quando crianças.

            - Por que vocês se distanciaram? – Uma curiosidade estranha me invadiu de repente.

            - Não sei, nossos caminhos mudaram. – Disse meio alheia. – Mas acho que voltaremos a ficar próximos agora.

            - É por isso que você saiu da escola com ele? – Minha voz saiu mais rude do que eu gostaria, mas mesmo assim não voltei atrás no que disse.

            - Sim, ele estava lá pra me ajudar com um erro meu. – Sua voz se elevou um pouco, como se a raiva começasse a lhe dominar.

            - Você gosta dele? – Aquela pergunta me surpreendeu, não estava pensando direito ao falar, mas no fundo eu sabia que aquela pergunta me martelava por dentro.

            - Eu já te respondi isso uma vez e minha resposta não mudou. – Disse ríspida. – Ele é meu amigo, eu gosto de outra pessoa!

            - Eu conheço essa pessoa? – Eu deveria parar de perguntar, sei que vou me machucar caso continue com isso. Ela apenas assentiu em resposta. – Ele sabe sobre isso?

            - Eu nunca disse claramente pra ele, tentei mandar algumas indiretas, mas nada aconteceu. – Bufou levemente irritada, pude ver que a raiva já não lhe afetava mais. – Ele até sabe que estou apaixonada, mas não sabe que é por ele.

            - Que garoto lerdo. – Pensei alto demais. – Você o conhece há muito tempo?

            - Pessoalmente só o conheço há um ano, mas já o via em fotos antes. – Ponderou.

            Olhei para a garota e notei que seu rosto adquirira uma coloração muito vermelha, mais vermelha do que ela geralmente ficava. Mas eu a entendo, assuntos do coração geralmente são difíceis de conversar abertamente.

            - Não precisa falar mais nada. – Suspirei, meio derrotado. Não sabia por que me sentia tão para baixo, só por saber que ela amava outro. – Sei como é estranho falar sobre isso com pessoas que não sabem o que se passa dentro da nossa cabeça.

            Ela assentiu brevemente e voltou a olhar para o tecido.

            Não sei o que é pior: suspeitar que ela goste de Nathanäel ou ter a certeza de que ela é apaixonada por outro cara que eu nem ao menos sei quem é?

            Voltamos a trabalhar no modelo, revezávamos em quem costurava e quando o relógio marcou oito horas já havíamos terminado de costurar toda a roupa, só faltavam os ajustes que teriam de ser feitos com a roupa em meu corpo e os detalhes, mas achamos melhor terminar em outro dia já que estava tarde.

            Me despedi da menina e desci para a confeitaria, onde sua mãe me abraçou  e me entregou uma caixinha com macarons, e assim me despedi de seus pais também.

            As ruas de Paris são muito bonitas durante a noite, aproveitei a caminhada para pensar um pouco, mas logo minha mente estava naquela conversa que tive anteriormente com a garota. Essa conversa me intrigava muito, nesse momento eu até desejava que Plagg me importunasse com algum assunto estranho, apenas para me distrair, mas ele parecia dormir em meu bolso.

            Minha mente ficava voltando no tempo e revivendo a conversa, não sei o que tanto me incomodava naquilo que ela havia dito, seria ciúmes?

            Busquei palavras que ela havia dito para tentar adivinhar de quem a garota falava. Sei que ela o conhece há apenas um ano. Sei que ela o via em algumas fotos. E sei, também, que ela já teve uma conversa sobre relacionamentos com ele. Será que essa é uma conversa comum pra ela? Ou será que...? Não pode ser!

            Como pude ser tão lerdo?

            Entrei no liceu este ano, mas sou modelo há muito tempo. Minhas fotos estão por toda Paris, ela com certeza já viu minhas fotos antes.

            Como pude não perceber antes? Ela disse claramente para mim, mas eu nunca me toquei de que ela na verdade não estava falando de alguém desconhecido.

            Como fui tão lerdo?

            Marinette disse tudo na minha cara, mas eu não entendi.

            Marinette era apaixonada por mim.


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Notas finais do capítulo

Quem é a mulher que a Mari falou ali na conversa sobre o Halloween?



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