I love you M'Lady escrita por Vampira


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oii gente,eu avisei algumas pessoas que eu ia postar quarta-feira, mas eu tive alguns imprevistos então ta aqui o capitulo.Vocês viram que eu mudei a capa da fic, desenhei só pra vocês ( mentira, é pra uma comic que eu to fazendo)
Além dos imprevistos eu passei a semana desenhando e assistindo YURI ON ICE, PORQUE É A MELHOR COISA DO MUNDO.
Ainda não vi o episódio de natal de Miraculous, só achei em francês sem legenda( acho que só saiu em francês até agora) e meu francês não é lá a melhor coisa do mundo.
Gostei desse capitulo, espero que gostem!!!
Vocês gostam quando eu faço perguntas aleatórias?



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Marinette’s POV

 

            Meus deuses, eu só posso estar louca. Não acredito que dei todas aquelas pistas pra ele! E se ele descobrir que era sobre ele que eu estava falando? Bom, esse era o propósito inicial, não era?

            Enfiei meu rosto no estofado do meu divã em uma tentativa falha de me esconder, era só pra isso que eu me deitava, não conseguia dormir direito desde a noite em que praticamente me declarei para Adrien. Alguns dias já haviam se passado e já era sexta-feira novamente.

            Eu só podia estar maluca para ter dito algo daquele gênero para o garoto, e se ele tivesse entendido? Será que ele entendeu? E o que contar pra ele me rendeu? Olheiras enormes e uma ansiedade tão grande que não me permite andar com ele há dias, estou fugindo dele na escola durante todo esse tempo.

            A noite já tinha se instalado na minha janela e nem sinal do sono aparecer, eu já tinha feito três esboços e os jogado no lixo. Desenhar também se torna impossível quando você está ansioso, pelo menos é isso que acontece comigo. O Nath me contou que quando ele se sente mal ele desenha e tudo fica bem, eu gostaria de ser assim também.

            Eu tenho andado mais com o Nath na escola e fora dela também. Ele realmente se tornou um grande amigo, embora continue insistindo que eu leve adiante essa história de revelar meus sentimentos ao Adrien, mas não sei se sou capaz. Ele até propôs um plano para conquistar o garoto, mas eu neguei até a morte.

            Nem parece o garoto de meses atrás, agora que já estava acostumado comigo ele estava mais solto pra conversar, até parece eu quando fiquei mais próxima do Adrien. Adrien. Nem quando eu penso em outra coisa ele sai da minha cabeça.

            Levantei do encosto confortável do divã e estalei os ossos da coluna, que já estava tensa pelas horas seguidas na mesma posição. Minha barriga fez um barulho um pouco mais alto do que o natural, devo ter comido horas atrás e nem sequer pensei em comer novamente, mas agora não podia mais evitar ou iria passar mal.

            Coloquei os pés no chão frio em busca dos meus chinelos, mas não os encontrei, então decidi ir até a cozinha descalça mesmo. Um vento gelado bateu na minha perna descoberta. Eu usava um pijama de mangas compridas e calça longa, porém quando eu levantei do divã, minha calça enroscou e subiu um pouco.

            Estávamos próximo do inverno, o que explicava o frio repentino. Isso me lembrava que o natal estava bem próximo e logo teria de fazer ou comprar meus presentes.  

            Andei a passos rápidos pelo corredor e pude ouvir o barulho da chaleira funcionando na cozinha. Passei pela porta dando de cara com minha mãe que carregava uma revista para a sala. Quase derrubei ela no chão, por estar distraída.

            - Desculpe, mamãe. – Peguei a revista que ela havia deixado cair e a entreguei.

            - Não tem problema, meu amor. – pegou o objeto que eu estendia. – Quer comer uns biscoitos comigo.

            Assenti e a segui até a sala, onde ela se sentou no sofá e eu a olhei confusa. Nós não íamos comer biscoitos? Como que se meu corpo correspondesse aos meus pensamentos, minha barriga roncou novamente. O som não passou despercebido por minha mãe, que se limitou a rir da minha situação.

            - Espere o chá ficar pronto e já comemos os biscoitos. – Suas bochechas estavam coradas pela risada que acabara de sair de seus lábios. – Embora eu ache que apenas os bicoitos não vão satisfazer sua fome.

            Deitei- me no sofá com a cabeça no colo da mulher, enquanto ela lia a revista ia me fazendo cafuné. Durante um breve tempo senti minhas pálpebras pesarem e o sono chegar, mas logo o barulho da chaleira com a água pronta despertou meu estomago, me acordando também.

            Corri para a cozinha, tirando mais uma risada de minha mãe. Não estava mais aguentando a fome que eu estava sentindo. Ela veio logo atrás de mim, rapidamente tirando a chaleira do fogão e preparando duas canecas de chá de camomila com maracujá. Acho que minha mãe percebeu que eu estava sem sono durante esses dias, já que estava me preparando esse calmante natural.

            Pra acompanhar o chá, ela me preparou um sanduíche que eu aceitei de bom grado. Bebi o chá e devorei o sanduíche calmamente enquanto ela comentava sobre a semana dela na confeitaria, sobre os bolos novos que fizera. Ouvi tudo calada até ela mudar de assunto bruscamente.

            - Sabe, filha, eu acho que você tem que ser mais segura das suas decisões. – Quase cuspi a bebida que estava na minha boca. - Você é uma garota forte e poderosa.

            Olhei para ela, mas ela não me olhou de volta. Seu olhar estava parado na xícara em suas mãos delicadamente depositadas acima da mesa.

            - Entenda que a dúvida é comum. – Continuou seu breve discurso. – Mas você é mais forte que elas e que qualquer vergonha que possa aparecer.

            Eu estava chocada, como ela sabia sobre minhas dúvidas?

            - C-como? – Gaguejei sem conseguir formar uma frase decente, ainda estava um pouco abalada pelas palavras.

            - Você parecia precisar de um conselho. – Agora olhava para mim. – Não sabia o eu dizer, então usei um conselho comum.

            Olhei descrente para ela, que esboçava um sorriso simpático nos lábios. Comum? Aquele conselho parecia ser feito pra mim.

            - Acho melhor você ir se deitar. – O sorriso já estava um pouco menos nítido, mas ainda estava lá. – Seus olhos estão mostrando seu cansaço.

             Assenti brevemente me levantando e depositando a louça na pia, andei pelo chão frio até meu quarto e logo me coloquei em baixo das cobertas, bem encolhida na cama. Pousei minha cabeça no travesseiro e fechei minhas pálpebras, já sentindo o sono chegar.

            Seria minha primeira noite bem dormida em dias, mas como eu disse SERIA. Assim que me senti confortável na cama pude ouvir um grito a distância e eu já sabia o que me aguardava.

            Pulei para fora da cama e gritei:

            - Tikki, transformar. – Vi a luz vermelha invadir meu quarto e corri para fora pela janela, em busca do meu dever.

Adrien’s POV

 

            Vi a borboleta branca voar para fora do ioiô de Ladybug e tentei inutilmente pegá-la com a mão, mas é claro que ela foi mais rápida e voou na direção oposta. Ultimamente eu sentia que tudo fugia das minhas mãos, que eu perdia tudo por entre meus dedos.

            Eu também me sentia assim em relação à Marinette. Desde que eu descobrira sobre seus sentimentos, busquei por ela nos corredores do liceu, mas ela sempre parecia estar um passo à minha frente. Ela sempre saía mais rápido que eu das aulas, ou entrava depois de mim para o início da aula. Quando Nino e Alya se encontravam nos corredores e eu acompanhava meu amigo, a garota, que acompanhava a amiga, fugia para o banheiro dando uma desculpa esfarrapada.

            A verdade era que eu queria conversar com ela, queria que ela esclarecesse os sentimentos para mim. Mesmo eu já sabendo da verdade, queria que ela dissesse tudo aquilo usando o meu nome, pois tudo parecia tão surreal pra mim.

            Olhei pra frente e Ladybug não estendia o punho para mim, como sempre fazia. Durante a luta ela mal olhou para mim, mal falou comigo. Eu não estava muito diferente.

            Não conseguiria olhá-la nos olhos após ter beijado outra garota, a culpa não me permitiria. Culpa? Eu de fato me sentia culpado? Não, eu não me sentia culpado, eu nunca conseguiria me culpar por uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida. Isso mesmo, beijar Mari foi maravilho, mesmo que na hora tenha sido errado.

            Ela virou de costas e estava pronta para ir embora, mas eu segurei em seu braço. Queria saber porque ela estava assim, sou parceiro dela e me preocupo.

            - O que está acontecendo? – Fui direto ao ponto, mas ela parecia não querer ser tão direta quanto eu.

            - Nada, estou bem. – Sua voz estava ríspida, quase rancorosa.

            - Eu fiz algo? – A culpa agora parecia estar se mostrando em mim. Do nada uma vontade de me explicar para a mulher na minha frente me invadiu. Como se eu devesse alguma explicação pra ela, não era como se tivéssemos um relacionamento além de parceria na luta.

            - Não. – Ela suspirou jogando os ombros para trás. – Amor. O Amor é que está me deixando inquieta e sem sono.

            - Por que o amor está tirando seu sono my Lady? – Por que eu sentia que já tive essa conversa antes?

            - Mas eu não vou mais perder meu sono por isso. – A rispidez voltou a sua voz. – Não vou mais permitir a dúvida. Vou ser forte e levar minhas decisões para frente.

            - Como assim? – Eu estava incrédulo, nunca a vi usando esse tom de voz antes e isso me assustou profundamente.

            - Chat, eu não amo você. – Ela disse em um suspiro. Parecia que ela tentava provar algo, mais para ela mesmo do que para mim. – E eu vou brigar por quem eu amo.

            Durante muito tempo temi ouvir essas palavras saindo da boca dela, mas eu não estava triste. Abalado era mais próximo do meu estado naquele momento, abalado por ela ter sido tão grossa ao dizer aquilo. Até mesmo Marinette teria sido mais educada dizendo algo sobre seu príncipe. Seu príncipe. Eu era seu príncipe. Meu coração acelerou com esse pensamento.

            - Já que estamos nos abrindo eu também quero te confessar algo. – Ela me olhou com a sobrancelha erguida, esperando que eu continuasse. – Eu beijei uma garota.

            Vi seus ombros abaixarem novamente, como se tirasse um peso dos ombros.

            - Eu sei. – Meus olhos se arregalaram como em um desenho animado, como ela sabia? – Não importa como eu sei, não estou triste por isso.

            - Mas...- Tentei, mas ela logo me interrompeu.

            - Como eu disse, eu amo outro. – Grossa novamente. – Você tem direito de beijar quantas bocas quiser, quem quiser.

            Um alívio estranho percorreu meu corpo, mesmo no meio de suas duras palavras.

            - Espero que encontre alguém que ame, Chat. – Ela disse. Sua voz agora exibia um pouco de compaixão.

            - Te desejo sorte com seu amado. – Um sorriso se abriu no rosto dela com a minha sinceridade, acredito que ela esperava uma reação negativa da minha parte. Ela veio até mim com os braços erguidos e a abracei imediatamente.

            - Amigos? Quero dizer, ainda somos amigos? – Perguntei em seus braços.

            - Claro. – Ela afagou minhas costas, aquele toque me parecia familiar. – Agora já chega, não vamos ficar nos abraçando sempre.

            Ri com aquilo e ela logo me seguiu.

            Achar alguém que eu ame? Isso parecia legal. Sei que meus sentimentos por Ladybug já não são os mesmos, pude comprovar isso hoje mesmo.

            Depois de passar tanto tempo comparando as duas pude perceber que talvez Ladybug não fosse mesmo a garota certa pra mim, ela nunca me deu a atenção que eu queria. Em compensação, Marinette era apaixonada por mim, ela era uma garota doce e gentil, eu gostava dela. Fazer Mari feliz, me deixava muito feliz e agora eu sei exatamente como deixá-la feliz, sendo o príncipe que ela merece ter.

            Venho negando o que sinto pela garota a um bom tempo, com medo de me confundir, mas eu não estou confuso, já me decidi.

            Assim que eu a encontrasse de novo, falaria com minha princesa e faria de tudo pra ela ver o que sinto por ela e provar que ela não estava errada em me escolher. Me sinto um pouco mal por ter demorado para de fato escolhê-la, mas como já dizia minha mãe, antes tarde do que nunca.

            Já deixei minha mãe escapar por meus dedos, não deixaria Mari escapar também.


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Notas finais do capítulo

Acho que é só isso.



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