I love you M'Lady escrita por Vampira


Capítulo 11
Capítulo 11- Especial de Halloween


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, eu prometi um capítulo adiantado e especial, não? Aqui está.
Tem algumas coisas que eu quero comentar antes do capítulo;
1- Eu queria agradecer a linda ~StealQueen por ser um pão de mel tão presente nessa história. (tem outros também, eu amo todos, mas ela é a mais presente)
2- Fiquei meio chateada com o número de favoritos e comentários que eu ganhei no último capítulo, mas tudo bem já to melhor agora.
3- O próximo capítulo sai na terça-feira da semana que vem, preparem seus coraçõezinhos que ai vem bomba.
Acho que é só isso, boa leitura.



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Marinette’s POV

            Olhei para minha cama e encontrei tantas roupas espalhadas que nem me atrevi a contar quantas tinham, já estava ficando estressada com a minha dificuldade em achar uma roupa divertida. Se alguém me visse nesse momento me encontraria com fumaça saindo de meus ouvidos, igual aqueles de desenho animado. Joguei me na cama, ao lado do monte de roupas.

            - Marinette, o jantar está pronto. – Levantei a cabeça e vi minha mãe parada no batente da porta. – Aconteceu alguma coisa, mon’ amour?

            Sentei em minha cama e assenti para ela, não havia por que guardar esse sentimento para mim, eu sempre contava tudo para ela mesmo.

            Ela caminhou até minha cama com aquele sorriso simpático estampado no rosto, aquele que nos aquece mais do que ficar parado em frente a uma lareira.

            - O que foi, mon’ cher? – Sentou ao meu lado e passou a mão por meus cabelos.

            - Não tenho nada para vestir no halloween, mamãe. – Reclamei. Ela soltou um riso fraco com as mãos cobrindo a boca.

            - Isso não é um problema, ma poullete. – Continuava passando a mão em meus cabelos. – Podemos sair amanhã para procurar uma bela fantasia para você.

            - Sério mamãe? – Olhei-a cheia de esperança.

            - Falo tão sério quanto quando digo que a senhorita tem 11 anos de idade. – Disse com os braços na cintura e o queixo levemente levantado.

            - Mas eu tenho 12 anos, mamãe. – Olhei e seu rosto expressava falsa surpresa. Mostrou-me a língua logo em seguida e caímos na gargalhada.

            - Agora vamos jantar senhorita crescida. – Puxou-me pela mão e assim rumamos para a pequena sala de jantar.

***

            - Gostou de alguma coisa? – Perguntou indicando a vitrine à nossa frente. Fiz que não com a cabeça. Essa já era a oitava loja que olhávamos. – Tudo bem, realmente não há nada de interessante nessa loja mesmo, não vamos nem entrar.

            Andamos de mãos dadas mais alguns quarteirões, logo desistindo e parando em frente a um café.

            - Por que todas as fantasias são assim, mamãe? – Perguntei bufando. – Não gostei de nenhuma, são tão sem graça.

            - O que você gostaria de ser nesse halloween? – Olhou-me realmente curiosa.

            - Não sei. – Ponderei. – Talvez uma princesa, ou uma super-heroína... ou ou quem sabe uma joaninha.

            Já estava extremamente animada no fim da minha sentença. Minha mãe ria de minha excitação.

            - Poderíamos tentar fazer sua fantasia. – Logo desanimei, o sorriso falhando no meu rosto.

            -Maaaas costurar é tão difícil, mamãe.

            - Você não pode impedir seus sonhos só porque são difíceis de se conquistar.

            - Mas...

            - Sem “mas”, Marinette. – Me olhava um pouco ríspida, mas seu sorriso ainda estava lá. Apenas assenti envergonhada.  – Vamos fazer essa fantasia e ela será a mais bonita de todas.

***

            Passei semanas cortando e costurando tecidos. Meus pequenos dedos tinham cortes e marcas de agulha, já estava cansada disso tudo, logo iria desistir. Porém minha mãe não permitiu, insistiu para que pelo menos terminasse o que já havia começado, e assim o fiz.

            Estou agora parada em frente a um espelho me arrumando para sair junto com alguns amigos para pegar muuuuuitos doces de dia das bruxas. Papai e mamãe estão atrás de mim, abraçados e me olhando como sempre fazem.

            Parando para pensar, eu até que gostei de fazer essa roupa, não é a melhor roupa que já vi na vida, aquela dos cartazes são bem melhores. Queria fazer roupas iguais as daquele moço que aparece na TV, o tal de Gabriel alguma coisa.

            Pronto, está decidido, eu vou aprender a costurar de verdade. Até que não é tão ruim quanto eu pensei, talvez eu só estivesse fazendo birra e minha mãe estivesse certa. Serei uma ótima costureira, ou uma estiladora, não uma estileira, como foi mesmo que a mamãe falou? Ah é ela falou sobre uma tal de estilista.

            - Marinette, já está na hora de você ir com seus amiguinhos, não está? – Papai me perguntou e eu apenas confirmei.

Adrien’s POV

 

            - Mamãe, o que você está fazendo? – Perguntei para a mulher loira que se encontrava sentada na cama com as mãos no rosto. Ela ergueu seu rosto para mim e pude notar seus olhos vermelhos e inchados, mas assim que eles me encontraram um sorriso brotou em seus lábios.

            - Só estava pensando, mon’ amour. – Andei até sua cama e ela me abraçou bem apertado. – Por que o senhor está aqui em cima comigo ao invés de estar treinando como tocar o piano? 

            Disse a última frase mexendo no meu nariz de forma engraçada e carinhosa.

            - Porque eu não sei tocar direito e eu queria que a senhora me ajudasse. – Pedi esperançoso que ela viesse junto a mim. Seu sorriso ainda esboçava em seu rosto, porem seus olhos vermelhos também, o que a levara a chorar?

            Levantou da cama já me puxando junto. Andamos o corredor até a escada, na frente da escada olhei-a de soslaio e saí correndo, sabia que ela correria logo atrás de mim, sempre fazíamos isso. Minhas suspeitas foram confirmadas quando vi um borrão azul passar ao meu lado soltando uma gargalhada. Mamãe era muito rápida, lembrava- me uma ave voando livre.

            Ela se encontrava ao pé da escada com as mãos no joelho pegando fôlego novamente. Após nossa pequena brincadeira fomos para a sala principal, onde se encontrava um grande piano de cauda preto. Eu diria que o que mais gosto nele é sua cor, a cor preta me transpassa certa calma e confiança.

            Mamãe se sentou comigo e comecei a tocar o instrumento, tocava de forma errada, não conseguia acertar a marcação, estava mais uma vez a ponto de desistir, assim como desisti minutos atrás quando fui ao quarto de meus pais. Mas agora a olhando ao meu lado eu crio mais coragem e tento novamente. Minha mãe sempre me fez sentir melhor mesmo estando num momento ruim, não sei o que faria sem ela.

***

            - Posso sair pra pegar doce, mamãe?

            Minha mãe se encontrava sentada no sofá azul de veludo com as pernas delicadamente descansando de lado, meu pai repousava na poltrona, também azul, ao lado do sofá que a mulher estava.

            - Meu amor... – Iniciou minha mãe, trocando olhares com meu pai. O rosto do homem era impassível como sempre. Hora ou outra lançava olhares reprovadores enquanto minha mãe encontrava a palavra que queria para replicar meu pedido. Vendo que minha mãe não encontrava um jeito de falar ele logo se pronunciou:

            - Você não vai sair na rua para isto, Adrien. – Sua voz estava ríspida, todas as vezes que pedia algo era assim que ele respondia. Acrescentou logo em seguida. – E não adianta me pedir novamente, eu não vou mudar de ideia.

            - Certo, senhor. – Andei apressadamente até a escada. Já longe do seu campo de visão comecei a correr até meu quarto, onde me sentei na cama e fiquei apenas encarando a parede.

            Raiva transbordava de meu corpo, não sei por que ainda me humilhava para pedir coisas ao meu pai. Todo ano era a mesma história, ele nunca me deixou sair para brincar com as crianças da minha idade, nem mesmo no halloween. Todo ano eu pedia para sair e, quando ele não deixava, criava expectativa para que no ano seguinte ele permitisse.

            Ouvi passos vindos do corredor e nem ao menos virei meu rosto para descobrir quem era. Os passos se tornaram mais audíveis e logo minha cama afundou do meu lado. Sua mão passava por meu cabelo de forma carinhosa, e com esse carinho me deixei entregar a tristeza e a frustração.

            - Mas por que ele nunca nos deixa sair, mamãe? – Minha voz já se encontrava embargada.

            - Seu pai nos ama muito, ele quer apenas nos proteger, mon’ Cher.

            Abracei-a bem apertado, mesmo ela dizendo aquilo eu ainda não entendia por que meu pai nos mantinha presos aqui, era assim que eu enxergava a forma que ele nos tratava. Aves dentro de uma gaiola.

            - Que roupa você usaria para sair na brincadeira de dia das bruxas? – Perguntou- me e então eu notei que não havia parado para pensar nisso, só me preocupei em ter a permissão dele. Riu de minha cara confusa percebendo que eu não havia sequer analisado isso. – Vamos para meu quarto, vamos fazer nossa própria festa de halloween.

            Um sorriso se abriu em meu rosto, apenas minha mãe consegue melhorar meu dia com poucas palavras.

            Dentro de seu quarto ela me levou para seu closet e lá ela tirava grandes caixa com máscaras e roupas antigas, ela me disse que eram das festas que ela frequentava com meu pai a mais 13 anos atrás, ou seja, antes de eu nascer, já que tenho 12 anos.

            Ela me vestiu como um super-herói, com um gato e como um príncipe, até que experimentar roupas não é tão ruim, eu poderia ter uma profissão como essa, pode ser divertido se eu tiver alguém comigo para tornar tudo melhor.

            Peguei uma pequena caixa que estava dentro de uma enorme, que agora estava vazia por tirarmos todas as roupas de dentro. Dentro dessa pequena tinha uma foto de meus pais sorrindo e uma criança de colo que imagino ser eu. Ao lado da foto estava um broche azul.

            - O que é isso, mamãe? – Apontei para o broche. Ela pegou o broche de minhas mãos e o olhou de forma triste.

            - Eu ganhei isso de um homem há muitos anos atrás. – Disse. – É o broche do pavão, ele me lembrava de quem eu era por dentro.

            - Me fala mais sobre ele, mamãe. – Pedi.

             Ela abriu sua boca para falar, porém a campainha lhe impediu de continuar.

            -Acho melhor atendermos a porta, não é porque seu pai não lhe deixa sair para pegar doce com as crianças que nós não podemos entregar doces para elas, não é mesmo? – Acenei freneticamente concordando.

            Descemos a escada correndo e fomos abrir a porta, eu carregava um pote cheinho de doces que minha mãe havia deixado preparado sem que meu pai visse.

            Na porta estavam paradas algumas crianças fantasiadas. As fantasias eram tão legais, tinha um pirata, uma múmia, um zumbi, uma vampira e uma que me chamou atenção, não sabia ao certo dizer qual era sua fantasia. Todas gritaram “doces ou travessuras” ao mesmo tempo, minha mãe logo lhes entregou alguns doces.

            As crianças já estavam deixando a entrada de minha casa, mas pelo visto a garotinha também chamou a atenção de minha mãe, que lhe perguntou:

            - Ei, pequena, do que você está vestida? – Disse minha mãe de forma carinhosa. A garota usava um vestido que ia até suas canelas vermelho com algumas bolinhas pretas, uma mascara vermelha e uma tiara, que mais parecia uma coroa. Seus cabelos escuros estavam presos e marias-chiquinhas.

            - Eu não sabia se me vestia como super- heroína, joaninha ou princesa, então decidi vir como as três possibilidades. – Disse. – Eu mesma que fiz.

            Sorria vitoriosa. A menina, embora pequena, deveria ter mais ou menos a minha idade.

            - Você ficou linda assim. – Contemplou minha mãe.

            - Vem logo, Mari. – Gritou um garoto ruivo que estava com o grupo de crianças mais a frente. A princesa logo saiu correndo acenando um breve tchau para mim e minha mãe.

            -Já to indo, Nath. – Respondeu ela.

            Como eu gostaria de poder estar junto daquelas crianças.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que mais gostaram ou o que acham que deve melhorar, beijos



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