Little Liars, Big Secrets escrita por Duas pandacórnias


Capítulo 20
20 - Annabeth: O mistério de Drew Tanaka


Notas iniciais do capítulo

heyyyy!
demorou, mas postei!
participação de Teen Wolf e Alaric (TVD) na área!!!
espero que gostem!!!!
— Gló



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P.O.V: Annabeth :  Still Here

   A última aula era de Física. Gostava muito da matéria, e o professor Alaric era meu amigo. Cheguei à classe com Reyna ao mesmo tempo que Rick. Por muito pouco que eu não perdia esta aula também.

   Me sentei ao lado de Reyna. Alaric começou a falar sobre um trabalho de duplas que valeria nota.

   “Por favor, que seja com a Reyna.” pensei desesperadamente. Eu não iria querer fazer o trabalho sozinha. Era sempre assim. O professor dava o conteúdo para a minha dupla, o tal fulano sentava e relaxava enquanto eu fazia o resto sozinha.

   Mas o pior, é que como valeria nota, eu não poderia reclamar.

   Ou seja, eu estou, definitivamente, FERRADA.

   “Não tem como o dia ficar pior.” pensei.

   Ouvi a porta se abrindo, fazendo todos olharem para ver quem era, incluindo eu.

   Era Percy. Quando ele pediu licença e o professor permitiu, vi alguns sussurrando uns para os outros ou então rirem baixinho.

   Bando de idiotas.

   Todos acéfalos.

   Ele se sentou no último lugar disponível, pois as outras carteiras estavam ocupadas com as mochilas que, misteriosamente apareceram ali. Se pudesse, eu apostava 50 $ de que foi proposital.

   Senti um aperto no coração ao ver aquilo.

   Bem, pelo menos ele se sentou ao lado do Leo.

   - Bem Jackson, já que você me concedeu a grande honra de estar na minha classe agora – voltei a olhar Alaric quando ele começou a falar – vou lhe falar seu tema e com quem fará o trabalho. Seu tema será Magnetismo e sua dupla será Annabeth Chase.

   Gelei na hora.

   “O quê?” pensei.

   Ouvi Reyna rir de mim baixinho.

   “Que bela irmã que eu tenho! Espere só Reyna.”

    - Reyna! – falou Alaric sorrindo – Já que deu seu ar de graça, vou falar sua dupla também. Será Leo Valdez, o tema será Mecânica.

   Ri mentalmente. Como eu amo esse professor.

   Ela me olhava como se eu fosse a maior inimiga dela. Se olhar matasse, eu já estaria enterrada.

   - Bom trabalho para você, maninha – falei para provocá-la – tenho certeza que o Leo será uma ótima dupla para você.

   - Digo o mesmo sobre o Percy para você, maninha.

   A aula passou rápido. Me levantei e arrumei minhas coisas para ir embora. Quando já estava de saída, Rick me chamou.

   - Annie, posso falar com você?

   - Claro.

   - Aconteceu algo?

   - Como assim? – me fiz de desentendida. É óbvio que ele sabia da conversa minha e das minhas amigas com o detetive.

   - Algum motivo em particular para o Detetive Ugliano ter chamado Reyna, você e suas amigas para uma “conversa em particular”? – perguntou ele.

   - Ele nos pediu um depoimento sobre a morte de Silena. – admiti.

   - De novo? Por quê?

   - Porque agora é um caso de assassinato, não desaparecimento. Acho que ele suspeita da gente. – confessei.

   - Entendo. Bem, para o que precisar Annie, pode contar comigo. Sou seu amigo, acima de tudo. De todas vocês.

   - Sei disso Rick. – falei dando um sorriso sincero, que o mesmo retribuiu. – Bem, tenho que ir, tchau!

   Logo fui me encaminhando para a saída da escola. Eu estava com muita pressa, então nem reparei nas pessoas ao meu redor, somente quando esbarrei em alguém, quase caindo no chão, mas por sorte essa pessoa me segurou.

   Era Percy.

   Se eu realmente não estivesse bem avoada e com pressa hoje, com certeza teria corado.

   - Me desculpa! – falei sem jeito.

   - Tudo bem. Ah, então... Sobre o trabalho, poderíamos nos encontrar hoje, talvez. O que acha?

   - Não vai dar! – falei rapidamente – Hoje não vai dar mesmo! Pode ser amanhã? Na minha casa.

   - Okay. – falou ele sorrindo – Te vejo amanhã, depois da aula?

   - Sim. Até amanhã. – respondi com um sorriso que deixaria o Coringa no chinelo.

   Fui para o meu carro, liguei o e fui para casa almoçar. Quando cheguei, havia um lembrete de Reyna na porta da geladeira dizendo que ela saiu para fazer o trabalho. Joguei o papel no lixo e esquentei mina comida. Enquanto comia, resolvi ler algo do diário, mas não havia nada nele que me fizesse prestar atenção.

   Ouvi um barulho vindo da sala de estar. Me levantei na hora e fui ver o que era. A porta que dava para a saída dos fundos estava com a janela quebrada. Olhei ao redor, para ver se não havia nada faltando. Mas estava tudo dentro do normal. Somente um pen-drive que não era meu. Peguei meu notebook e fui ver o que continha.

            “Depois não diga que eu não lhe ajudo. Lembre-se minha querida vadia, S é de Silena, não de Simulada.

                                              - S”

   Estranhei, mas abri o vídeo que continha ali. Era uma conversa de Drew e o detetive. Mesmo receosa, assisti tudo atentamente, com medo do que eu iria descobrir.

   “- Queria dizer sobre as amiguinhas da Silena.

   - E sobre o quê, Drew?

   - Sei que você anda as espionando. Mas com certeza você não descobriu nada, afinal, elas são ótimas em guardar segredos. Silena as ensinou muito bem.

   - E como você tem certeza do que fala, Drew Tanaka?

   - Posso ser cega, mas tenho olhos por toda parte. Tenha sempre consciência disso. Mas não é por isso que eu o chamei. Quero que você dê um jeito nelas. As incrimine do assassinato de Silena.

   - E porquê quer tanto que elas se ferrem? Além de que... Como, eu faria isso?

   - Ainda pergunta? Por causa delas eu estou cega! Você é o detetive, Gabe. Dê o seu jeito. Use sua autoridade. Se não conseguir, conto para todos do seu segredo.

   - Assim como ameaçou Silena de contar o dela? Minha querida, não é tão simples assim. Qualquer ato diferente meu pode ser suspeito. Além de que elas têm pessoas da família naquela delegacia. E a Atena Chase é a melhor advogada conhecida. Lembre-se, Drew, tome cuidado com quem você resolve ameaçar. Da última vez, deu no que deu. Vou fazer o que me pede, mas não é por medo de você. Por que se eu quisesse, você já estaria morta.

   - Nem eu tenho medo de você Gabe. Aliados?

   - Aliados.”

   Meus deuses. Eu tinha que fazer algo. Tinha que descobrir mais sobre Drew e Gabriel Ugliano.

   Ou Gabe, tanto faz. Os dois nomes dele são ridículos.

   Além de que com certeza Drew sabe de muita coisa. Coisas que podem me levar até S.

   Bem, só tem uma coisa que pode ter todas as informações e dados sobre uma pessoa.

   O celular dela.

   Então eu precisaria pegar aquele celular para descobrir algo. Eu já até sabia quem poderia me ajudar.

   Peguei minha bolsa, meu celular e o pen-drive e logo fui para o meu carro. Dirigi até o meu destino, que por sorte, era perto da minha casa.

   Suspirei. Fui até a porta e bati. Quem me atendeu foi o Sr. Stilinski.

   - Annabeth? Quanto tempo! – falou ele.

   - Realmente. O Stiles está? – perguntei.

   - Como sempre no quarto dele. Entre. – ele me deu passagem para eu entrar e então eu logo fui em direção ao quarto do Stiles.

   Bati na porta. Quando ele abriu a porta, ele me olhou um tanto surpreso e ao mesmo tempo alegre.

   - Annie! Não esperava ver você aqui tão cedo.

   - Quando você esperava me ver? – perguntei.

   - Sei lá, quando saísse a prova de história sobre mitologia greco-romana e você fizesse questão de esfregar na minha cara que tirou um A+ enquanto eu tirei um A- ou um B+?

   - Muito engraçado, Stiles. – falei sarcasticamente.

   - Eu sou engraçado! – falou ele.

   - Continuando, eu vim pedir sua ajuda em algo. – comecei.

   - Espera aí, Annabeth Arellano Chase pedindo ajuda? A mim? Você está bem Annie?

   - É sério Stiles. – pedi – Preciso roubar o celular da Drew, e preciso mais ainda das suas habilidades de hacker para acessar todas as informações desse celular.

   - Ah, é por isso que pediu minha ajuda, por que aí eu me ferro junto. Meu Deus, se isso for seu hobby favorito, não quero nem saber o que você faz com as velhinhas que você encontra na rua.

   - Stiles! – o repreendi.

   - É sério! Por que você quer pegar o celular da cega?

   - Para algo importante. Não faça perguntas.

   - Tudo bem. Mas me deve uma explicação.

   Saímos da casa dele e fomos rapidamente para o meu carro. Mas fomos esbarrados por Scott que tinha acabado de chegar.

   - Annabeth? Stiles? Aonde vão? – perguntou ele.

   “Era só o que me faltava.” pensei.

   - Nós vamos peg... – tampei a boca de Stiles antes que ele falasse besteira.

   - Vamos comprar umas coisas que eu quero. Daqui a pouco voltamos.

   - Que coisas? – perguntou Scott desconfiado.

   - Livros. – falei rapidamente.

   Stiles me olhou confuso, mas assentiu.

   - Vocês vão me explicar direito o que está acontecendo depois. Tem algo de estranho nessa história. Bem, até.

   “Droga!” pensei “Ele pode não ser um gênio, mas é esperto.”

   Ou pode ser que eu só minta mal mesmo.

   Dirigi até a casa da Drew. Quando cheguei, parei o carro em um local um pouco distante.

   - Eu pego o celular dela. Você procura algo suspeito no quarto dela.

   - Por quê eu tenho que fuçar o quarto dela? Não é só pegarmos o maldito celular?

   - Tenho que ter algo que me favoreça contra ela. Ou alguma pista.

   - Você é uma agente da CIA disfarçada, Annie? Por isso não pode me dizer nada?

   - Claro que não idiota. Agora vamos.

   Ele entrou pela janela com dificuldade enquanto eu batia na porta. Drew abriu a porta.

   - Quem é? – Drew perguntou.

   - Sou eu. Annabeth.

   - Ah. O que quer? – falou ela curta e grossa.

   - Posso entrar? – falei.

   Ela me deu passagem. Entrei, analisando o local. Era igual ao vídeo, o que confirmava as minhas suspeitas sobre o vídeo ser gravado no mesmo dia em que eu e minhas amigas vimos Gabe na casa dela. Resolvi puxar conversa.

   - Então – comecei – Onde você estudou? No período em que esteve fora de Nashville?

   - Em Indiana. – disse ela – Por quê? Pelo que eu me lembre, não somos amigas do tipo em que você se preocupa comigo e com o que eu fiz fora daqui.

   - Só estou tentando me entender com você.

   Ouvi um barulho vindo do corredor. Como poderia ser o Stiles criando problema, resolvi ver o que estava acontecendo.

   - Posso ir ao banheiro? – pedi.

   - No corredor. – falou ela.

   Fui até o corredor. Mas em vez de entrar no banheiro, abri lentamente a porta do quarto dela. Encontrei Stiles, e para minha não tão grande surpresa, Scott.

   - O quê faz aqui? – sussurrei.

   - Resolvi descobrir qual seria o problema em que vocês iriam se meter! – sussurrou ele de volta.

   Suspirei.

   - Descobriram algo então? – sussurrei mais uma vez.

   - Sim. – disse Stiles.

   - Ótimo. Agora saiam daqui! – falei.

   Stiles, com dificuldade, pulou primeiro, seguido de Scott. Eu teria rido de Stiles, se não estivesse com raiva. Saí do quarto dela e voltei para a sala.

   - É sério, Annabeth. Por quê veio aqui? Sabe, Silena me disse que você e Reyna eram muito inteligentes. Sempre que faziam algo era por um motivo. Então me diga, o que quer, Annabeth?

   - Drew, não quero nada. Se quisesse, teria sido bem direta com você. – falei irritada – Ah, e a Silena errou sobre mim e Reyna. Não éramos inteligentes, nós SOMOS inteligentes. Nunca nos subestime. Passar bem.

   - O quê conseguiram? – perguntei enquanto ligava o carro.

   - Drew estudou em Manhattan quando saiu de Nashville. Também achamos isso.

   Olhei para ele e peguei o papel.

   - Stiles me contou o que está acontecendo. – disse Scott – Para quê quer informações sobre Drew? Está investigando algo?

   - Não seria o Stiles se não contasse. – falei – Quando chegarmos à casa do Stiles eu conto tudo.

   Voltamos à casa dos Stilinski. Fomos até o quarto dele. Enquanto Stiles hackeava o celular procurando algo, eu explicava tudo o mais resumidamente possível, tirando os segredos e o caso da Drew.

   - Se você tem esse vídeo que tem provas do que Drew quer fazer com você, porque não simplesmente entrega essas provas para a polícia ou algo do tipo? – perguntou Scott.

   - Eu posso – falei – mas posso prejudicar alguém, e até a mim mesma.

   - Bem – disse Stiles – achei um endereço no celular dela, 350 5th Ave, New York, NY 10118, EUA. Já que eu e o Scott ajudamos você e suas amigas nas suas “missões suicidas”, quando nós vamos até esse endereço?

   - Nós vírgula – falei – vocês não vão se meter nessa.

   - Já nos metemos nessa – disse Scott – aceite.

   - Além de que pode ser onde Drew estudou, já que é em Manhattan. – completou Stiles.

   - Tudo bem! – falei derrotada – Eu e o Scott vamos para lá na sexta, depois da aula. Você, Stiles, vai ficar aqui tentando descobrir mais informações.

   - Ah claro, porque a parte mais cheia de adrenalina fica com vocês. – dramatizou ele.

   - Tchau Stiles. – disse dando fim a conversa.

   Voltei para a minha casa e fui até o quarto de Reyna. Abri a porta e a encontrei deitada na cama.

   - Onde estava? – perguntou ela.

   - Na casa da Drew.

   - COMO É QUE É?

   - Fala baixo! – disse.

   - Para quê? E sem me contar?

   - Foi na ação do momento! – me defendi – E eu recebi esse vídeo de S.

   Mostrei para ela o vídeo. Ela assistiu tudo atentamente sem questionar.

   - E aí? O quê você fez depois? – perguntou ela.

   - Peguei o celular da Drew e o Stiles está hackeando ele agora.

   - Ótimo. E sobre o “Gabe”?

    - Eu ia pedir para você descobrir algo sobre ele. Na sexta eu vou para Manhattan descobrir algo. – falei.

   - Okay. Descobriu mais alguma coisa? – perguntou ela.

   - Tem isso. Mas não sei o que diz. – mostrei os símbolos que estavam em um papel para ela. – Só sei que estão em Braille.

   - Okay. Eu vou ver o que descubro desses símbolos.

   - Obrigada! – falei – Boa noite.

   - Boa noite mana.

   No outro dia, após a aula, me despedi das meninas e fui para a minha casa junto com Percy. Fomos até o meu quarto. Peguei meus livros de Física e me sentei no chão perto dele.

   - Podemos fazer um experimento sobre o campo magnético terrestre. – falei.

   - Eu não entendo muito disso, mas... Claro!

   Ri com o seu comentário.

   - É simples. O planeta Terra se comporta como um imã. Temos que explicar isso só que em forma de um experimento. – comecei a explicar.

   Depois de eu reensinar praticamente a matéria de Física inteira para ele, ele me olhou ainda meio confuso, mas finalmente respondeu:

   - Ah... Agora eu entendi. Não detalhe por detalhe, mas os pontos mais importantes que você me explicou agora.

   Ri mais ainda. Como ele conseguia ser tão fofo?

   - Okay. – falei já me recuperando da risada – Depois de fazermos este experimento, quer que eu te ajude na matéria?

   - Seria ótimo, Sabidinha. Não só em Física, mas em Francês, Matemática e Química também.

   - Sabidinha? – perguntei confusa.

   - Sim. É que você é bem mais inteligente do que eu. Acho que de qualquer um que eu tenha conhecido, até.

   - Tenho que achar um apelido a altura para você. Mas em quesito inteligência, minha mãe é bem mais esperta que eu. - admiti

   - Se eu já me sinto um acéfalo perto de você, não quero nem saber como me sentiria perto dela. – falou ele.

   - Também não é assim. Você é esperto, só é um pouco lerdo. – falei.

   - Valeu pela parte que me toca, Sabidinha.

   Rimos um pouco e fizemos o trabalho. Quando acabamos, conversamos mais um pouco e então me despedi dele, dando um beijo na bochecha de despedida. Quando ele saiu, me deitei na cama, sorrindo igual uma boba.

...

   Finalmente, chegou sexta. Logo após a aula, peguei minha bolsa e fui rapidamente buscar Scott para irmos até Manhattan. Demorou horas até chagarmos, afinal, da Carolina do Norte até Nova York demorava muito. Procuramos pelo endereço, e para a nossa não tão grande surpresa, era realmente um centro de reabilitação para cegos.

   Entramos lá. Resolvi pedir informações a atendente que assinava uns papéis.

   - Boa tarde. – falei – Minha amiga, Drew Tanaka, estudou aqui. Poderia me dizer alguma informação sobre ela?

   - Não, não posso. – falou a atendente. – Agora, me dê licença.

   “Odiei ela!” pensei irritada.

   Scott veio até mim e falou:

   - Que grossa. Bem, aquele cara ali pode nos ajudar. Ele disse que estudou com ela.

   Nos sentamos ao lado do cara. Ele estava com uma aparência alegre. Também tomava um pouco de chá.

   - Você é amiga da Drew Tanaka? – perguntou ele.

   - Sim. – falei – Você estudou com ela, certo?

   - Isso. Também era amigo dela. Mas ela não estudou aqui por muito tempo.

   - Sabe se alguém a visitou nessa época? – perguntou Scott.

   - Claro. Um tal de Gabe e outro chamado Octavian. Além é claro da sua melhor amiga, Calypso.

   - Entendo. Muito obrigada. – falei – Mas, onde ela começou a estudar depois daqui?

   - Não sei. Só sei que fica em Nashville. Ela falava muito de lá. E a amiga dela também mora lá.

   - Por que ela iria para Nashville?

   - Não sei. Mas ela sempre ia para lá resolver uns problemas.

   - Obrigada...

   - Ethan. Nakamura. – ele me respondeu.

   Apertamos as mãos. Ele me fez uma careta preocupada.

   - Você está bem? Seus batimentos cardíacos estão acelerados. – falou ele.

   - Não é nada. É que eu e meu amigo estamos muito atrasados. Tivemos que vir aqui correndo. – falou Scott por mim.

   - Okay. – falou Ethan sorrindo. – Tchau!

   Íamos sair quando a chata da atendente nos chamou.

   - Vocês entraram aqui. Assinem.

   Assinamos o caderno e vimos ela sair mais uma vez. Olhei para a prateleira. Havia arquivos, de cada ano, na prateleira. Eram todos de alunos.

   - Olha Scott – sussurrei.

   Peguei os arquivos de 2015. Procuramos rapidamente pelo arquivo da Drew.

   - Achei. – falou Scott pegando o arquivo.

   Guardei rapidamente na minha bolsa e fomos para o carro. Peguei o arquivo e comecei a procurar por algo que servisse de pista. Foi quando achei os arquivos de parentes ou amigos que a visitaram. Procurei com os olhos por nomes familiares. Somente dois chamaram a minha atenção.

   Bianca di Ângelo.

   E Blair Scarlett.

   O nome falso de Silena.

   - Achou algo? – perguntou Scott.

   - Talvez. – procurei o período em que Drew estudou. De 30/06, três dias após seu acidente, até 01/09. Silena a visitou no dia 03/07, um dia antes dela desaparecer. Bianca a visitou no dia 04/07, algumas horas antes de Sil sumir. – Silena visitou Drew. Bianca também.

   - Silena?

   - Sim – disse – aqui tem o nome falso de Silena: Blair Scarlett. Ela a visitou um dia antes de sumir do mapa.

   - Bianca?

   - Algumas horas antes do momento que descobrimos que Silena estava desaparecida.

   Voltamos para Nashville. Deixei Scott na sua casa e fui para a minha. Antes de entrar, resolvi olhar mais uma vez para os arquivos da Drew, então achei um endereço em vermelho. Resolvi ir até lá, já que se encontrava nesta cidade.

   Quando cheguei, se tratava também de outro centro de reabilitação, mas estava abandonado. Estranhei, mas entrei mesmo assim.

   O lugar estava bem desgastado. Me lembrava aqueles filmes de terror. Procurei por algo que me fosse útil, mas não achei. Até que encontrei os arquivos do lugar, desde funcionários, até quem ficou aqui.

   Alguns arquivos, na maioria, estavam queimados. Provavelmente este lugar foi abandonado porque ocorreu um incêndio aqui. Por sorte, o arquivo mais importante estava intacto.

   O arquivo de Drew Tanaka.

   “Era aqui que ela ficou depois de Manhattan”. pensei.

   Guardei o arquivo na minha bolsa rapidamente quando ouvi um barulho. Quando me virei, soltei um grito abafado. Havia 5 corpos, todos pendurados em uma corda. Todos femininos.

   E obviamente, eram corpos de pessoas mortas.

   E todas vestidas como minhas amigas.

   Para aumentar o meu pavor à cena, havia uma mensagem de S na parede:

                     “Por quê tão séria? Não vai demorar muito para você ser a próxima.

                                                         - S”

   Saí correndo dali. Procurei uma saída em todas as portas, mas elas não abriam. Comecei a me desesperar. Queria muito chorar de medo, mas as lágrimas não saíam.

   E nada acontecia.

   Me sentei no chão, procurando com o olhar algo que me ajudasse a sair.

   Até que eu ouvi alguém chamando o meu nome.

   Eu reconheceria aquela voz de qualquer lugar.

   Afinal, era Percy.

   Corri em direção a sua voz chamando por ele. Até que eu o vi. Corri até ele e o abracei.

   - Você é louca? – falou ele ainda abraçado a mim. – Por que veio até aqui?

   - Como sabia que eu estava aqui? – falei me afastando do abraço.

   - Recebi uma mensagem de um tal de S dizendo que você estava aqui e precisava de ajuda. É um amigo seu?

   - É. – menti – Obrigada.

   - Não precisa me agradecer, Sabidinha.— falou – Agora vem, vamos embora.

   Ele me abraçou de lado e me guiou a uma porta que agora estava escancarada. Entramos no meu carro, então eu o levei até sua casa.

   - Obrigado pela carona – falou ele.

   - É o mínimo que eu posso fazer.

   - Se cuida, Sabidinha. – dizendo isso ele beijou minha bochecha e saiu. Sorri com seu gesto.

   Voltei para casa mais cansada do que pensei. Deitei na cama e fechei os olhos. Então eu ouvi uma voz.

   - Parabéns! Eu sabia que você era inteligente.

   - Silena?— a chamei, confusa, quando a vi sentada na minha cama.

   - Oi querida. Como está? – perguntou ela com uma voz doce.

   - Péssima. – admiti.

   - Já me senti assim, várias vezes. – falou ela – Deve ser por isso que eu sou assim.

   - Estou sonhando?

   - Se considera conversar com alguém considerada morta é sonhar, então sim.

   Ri um pouco.

   - Descanse. Você teve um dia cheio.

   - Sil? – a chamei.

   - Hum?

   - Eu nunca admiti isso, mas... Sinto sua falta.

   - Sabe – falou ela – eu também nunca admiti que você sempre foi uma das minhas amigas que sempre estiveram do meu lado. Todas vocês. Sinto falta de quando você me olhava furiosamente, pronta para me corrigir por ter feito algo errado. Sinto falta de todas vocês.

   - Por que nos abandonou? – falei sem pensar.

   - Nunca pense isso! – ela me repreendeu – Sempre vou ajudar vocês. Sinto muito por não ser a melhor das amigas, mas estou sempre as ajudando. Não se esqueça disso.

   - Tchau, Silena. – falei.

   - Tchau, minha querida.

   Vi que ela ainda estava no quarto. Olhei para o teto até sentir minhas pálpebras ficarem pesadas.

   Resolvi finalmente dormir, tendo em mente que quando eu acordar, ela vai desaparecer.

   Como se tudo fosse somente um sonho.

 

 


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Notas finais do capítulo

O endereço onde fica este centro de reabilitação na fic é onde se encontra o empire state (ou o Olimpo, como preferir)
Percabethhhh uhuuuuu!
(só uma coisa: a Drew ficou cega no dia 27/06/15, e a Sil desapareceu no dia 04/07/15)
terá especial de HALLOWEEN com POV da Sil.
até a próxima!!!!
—Gló
OIII
E aí gostaram?
Espero que sim
—--Lena



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