MELLORY — entre Deuses e Reis escrita por Lunally, Artanis


Capítulo 4
Draken — a morte dos alfas


Notas iniciais do capítulo

Esse dois irmãos vão deixar vocês de boca aberta, ao mesmo tempo que são amáveis são brutos.
Conheça os protegidos do dragão, agora descubra quem é o escolhido do dragão branco e quem é o do dragão preto!



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Os dois irmãos brincavam com jogos típicos de seu país. O mais velho era mais habilidoso nos que exigiam intelectualidade e mais novo era melhor em força física, mas ambos eram muito competentes nas duas áreas.

A carruagem balançava bastante, estavam em solo desregular. Na frente tinha outra carruagem com os pais dos meninos. Era a primeira viajem de negócios de Miguel, o mais novo. Estavam indo para o mercado no Basílio em cima da floresta de Mellory. Lá iriam comerciar joias com Premim em troca de armamento e técnicas de luta.

Hatori tinha ido duas vezes antes, apesar de ser só três anos mais velho, o garoto tinha que ser mais presente no trabalho dos pais, pois seria o sucessor deles, um dia seria o alfa de Draken.

Miguel olhava pela janela a grama verde do local, a densa floresta muito bem escondida, animais feios andando por ai e escutava o som grotesco de coisas comendo outras coisas, ou melhor, matando para devorar algo. Notou alguns galhos quebrados, árvores marcadas. Muito suspeito.

— Hatori, alguma vez alguém atacou vocês aqui? — o pequeno indagou.

— Já, mas somos fortes e ganhamos sempre. — tranquilizou o menor. Hatori era muito estável emocionalmente e sabia ficar tranquilo em qualquer situação, às vezes era confundido com alguém ressequido, mas seu irmãozinho sabia da verdadeira face de Hatori.

Chegaram sem problemas no mercado de trocas e seus pais foram falar com o alfa e esposa de Premin Mathias e Liliana, duas pessoas de expressões tão amargas que os meninos nem quiseram se apresentar direito. Eram bem vestidos com quilates de ouro no corpo e educados, no sentido de serem bem etiquetados em relação às formalidades.

Enquanto decorria a negociação, Miguel notou uma menina com o casal de Premin. Uma garota bonita, mas tão fechada e sombria que nem se aproximou por receio de ser mal tratado. Tinha cabelos escuros que se assemelhavam com o do pequeno, seus olhos eram mesclados com mel e sua pele era linda, negra dourada e aparentemente macia e hidratada. Miguel ficou hipnotizado por um momento com a visão da menina charmosa, mas logo desviou a atenção para outra coisa.

O local era cheio de tendas, comércios livres e fechados, pessoas gritando, vendendo de tudo e o bom era que tinha gente de todo o continente, era uma zona neutra de comercio, por isso sempre se encontravam aqui, pois os reinos ainda desconfiavam uns dos outros, porem sempre gostavam de manter uma relação de negócios, aproveitavam e viam a situação do inimigo.

— Hatori! — chamou pelo irmão que lia um livro grande dentro da carruagem, era um menino muito recatado e conservador, não agradava ficar em multidões e lugares barulhentos. — Larga esse livro vamos ver o lugar! — reclamou visivelmente insatisfeito. Era sua primeira vez ali, era obrigação de Hatori mostrar o local.

O mais velho sorriu e balançou a cabeça rindo do irmãozinho sapeca “onde desliga isso?”— pensou sabendo que teria que ficar por conta da criança de sete anos. Miguel era agitado e muito bisbilhoteiro, sempre tinha que estar fazendo algo senão ficava chateado.

— Só tem tendas comerciais aqui, não tem muito para ver. — explicou em vão, já sabendo que seu irmão mais novo era persistente e não aceitaria um não.

E assim foi feito, se encontrou passeando pelo mercado com Miguel, mostrando algumas curiosidades, objetos interessantes e até mostrando pessoas de outras culturas e ensinando sobre elas para o mais novo. Hatori detinha de um conhecimento muito vasto e sempre gostava de ampliar mais isso.

Miguel prestava atenção em tudo fascinado pela diferença gritante com o que era acostumado. Mesmo sendo ensinado pelos melhores professores de Draken, era sempre mais divertido quando seu irmão lhe explicava as coisas.

Escutou sua mãe lhe chamar e puxou Hatori para irem embora. Mais um negócio bem sucedido, os irmãos voltaram a jogar na carruagem e se divertir na longa viagem de volta. Entrando na estrada para Draken foram conversando banalidades sobre tudo o que lhes viam na cabeça.

Um grito foi audível nos ouvidos das crianças. Hatori colocou o dedo reto na boca pedindo silencio para seu irmão, eles estavam na saída do mercado para entrada de Draken, o que poderia ter acontecido? O mais velho colocou a cabeça para fora da janela e viu homens de Premin, identificados pelo brasão do Leão lutando com os de Draken, que usavam o brasão do Dragão.

Manteve a calma e olhou para o menor que queria sair correndo ver o que estava acontecendo, mas foi impedido por Hatori.

— Você vai passar pela janela da frente e subir no cavalo, cavalgue sem olhar para trás! — ordenou Hatori empurrando Miguel pela passagem estreita. Tinha um beta na parte da frente da carruagem que auxiliaria o menor na fuga.

— E mamãe e papai? — perguntou aflito, sabia mais ou menos o que estava acontecendo, o menino notou sinais na floresta de marcação de emboscado, deveria ter falado com os pais e irmão, mas escondeu a informação para si, se sentiu culpado por um momento.

— Estarão logo atrás de você! — mentiu tentando evitar mais perguntas do mais novo. Não sabia o que aconteceria, esperava que todos ficassem salvos, mas nunca poderia dar certeza.

Miguel obedeceu ao mais velho, que foi pelo lado contrario ver como estava o casal Alfa.

Hatori sabia manejar uma espada muito bem e lutou contra alguns inimigos que partiram ao ataque para com ele, virou para traz e viu que um guarda de seu reino segurava Miguel no cavalo para levar o menino de volta ao reino, o que aliviou um pouco as preocupações dele.

Logo na frente avistou seu pai sangrando muito e sua mãe caída no chão morta, com uma faca enfiada em seu peito. Correu na direção do pai, cortou qualquer um que estivesse na sua frente sem piedade a tranquilidade do rapaz foi embora com a visão deturpadora.  Estava raivoso, confuso e desesperado.

Com ajuda de alguns betas de seu reino pegaram o alfa e o colocaram em um cavalo, Hatori foi junto e o corpo de sua mãe foi trazido para ser enterrado com dignidade. O menino não chorou, mas seu coração estava destruído.

*

Miguel chorava escandalosamente, a mãe estava morta e a pai gravemente ferido. Xingava Hatori por tê-lo mandado embora de maneira forcada sem poder ter ajudado.  Todos que estavam presentes na sala do hospital se comoviam pelo lastima do filho mais novo.

Hatori saiu do quarto, muitos o achavam uma criança fria sem muito carisma e nem estranharam o ato. Miguel bradava contra os espíritos, reclamava com os médicos, gritava consigo mesmo por não ter ajudado.

Hatori no terraço do hospital respirou fundo incontáveis vezes, mas as lagrimas caíram em suas bochechas pela primeira vez desde de o fatídico ocorrido. Ele não foi capaz de proteger quem amava. Alem de ter perdido a mãe, e provavelmente o pai, deixou Miguel nervoso e resentido.

O garoto ficou um tempo no recinto se acalmando, voltando ao seu normal. Tinha que manter a postura, agora com a morte de sua mãe não tinha ideia do que aconteceria, mas rezava aos Dragões para que tudo desse certo. Seu coração estava doendo, sua alma vazia e seus olhos sem brilho, apenas revivia sem parar o momento da luta, vendo onde errou, o que poderia ter feito para melhorar, assim ferindo-se cada vez mais pela sua incompetência.

— Hatori... — uma voz infantil e manhosa o chamou.

— Miguel... — avistou seu pequeno irmão que parecia estar mais calmo se aproximando dele.

— Eu sei que você queria me proteger, mas tem que confiar em mim, temos que ser unidos. — Miguel falou convicto, o que surpreendeu Hatori. O menino fungou e cerrou os punhos levantando na frente do rosto. — Vou me tornar forte e imbatível e serei seu escudo! — lagrimas começaram a rolar no rosto do menor. — Agora, mais do que nunca, devemos estar juntos... — olhou solenemente para o irmão — Você é alfa. — Hatori começou a chorar junto com irmão. — Papai acabou de falecer e disse isso que falei que devemos nos tornar a força um do outro.


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Notas finais do capítulo

"Todos são órfãs nessa historia Artanis e Lunally?"

1° Avisamos antes que a historia começou a tomar um rumo obscuro e estranho, se não viu corre para o site e veja no topico WELCOME TO THE WAR: https://melloryking.wordpress.com/welcometothewar/

2° Sofremos de complexo de anime jump. " o que"? Sabe Naruto? Fairy tail? One piece? Então, se não são órfãs, são abandonados, a justificativa dos mankagas é que os pais prendem os filhos e os impedem de se aventurarem, então adotamos isso, mais ou menos.

3° Senta ai claudia! Não são todos que são sem papai e mamae, espera vir os outros personagens! ~kkk

Sem mais delongas, até o próximo♥



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