MELLORY — entre Deuses e Reis escrita por Lunally, Artanis


Capítulo 38
Mercado negro — Os reinos em angustia




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— Devemos avisar aos alfas, rápido! Volte! — ordenou o Beta que foi na frente com alguns para espionar o local, em media distancia dali um acampamento de guerra foi montado há cinco dias já. Os betas empolgados chegaram correndo para dar noticias aos Alfas, os betas iam todo dia espionar, ver a situação, tentavam achar brechas, estudavam o local, os horários, os negócios, tudo e disso tiravam o que podia lhes favorecer na invasão.

Hatori havia aprovado o plano de invasão de seu irmão. Estava discutindo agora o momento exato de atacar, já tinham muitas informações, a invasão seria fácil, não era orgulho desta vez, era fundamentado em fatos.

 Quando os betas entraram desesperados, entre eles estava Matt, marido de Sara.

—Senhor, rei, alfa. — Matt soltou todas as denominações que pode lembrar. — Acabam de descarregar alguns escravos de Findoram, e tem alguns soldados deles ali e Premin estava com apenas algumas comitivas, seus principais generais nem se encontram aqui, nem o alfa brutos, claro. A maior quantidade no mercado são os bárbaros, e como sabe se nós mostrarmos ser mais fortes e tiver propostas mais lucrativas, ele vem para nosso lado instantaneamente.

Hatori ponderava e julgava as condições. Ele soltou um riso irônico. — Essa sorte toda me assusta, é como se tivesse um preço caro. — comentou meio atônico. Estava tudo muito acessível, alguns homens do mercado que entrava na floresta eram capturados para não os dedurar e fornecer informações,  no total já tinham dois prisioneiros. — O que acha Miguel?

—Os deuses já sabiam, não é atoa que me deram aquela missão, escravos de Findoram estão aqui. — Miguel deduziu. O mercado nunca teve uma grande proteção, o motivo de ao invadir era que ele era uma porta para guerra. Se o tomassem, os outros reinos ficariam furiosos.

—Zara. — o Alfa maior murmurou o nome.

Capitulo floresta — CAPÍTULO II

O sol já despontava há alguns minutos e Luna parecia estar dedicada a obter uma combinação de vestimentas complexa. Serena ria com a atitude exagerada da jovem.

— Querida, acho que não precisa levar tantas armas com você. – A preminiana alertou. – Iremos caminhar um pouco, não enfrentar demônios.

— Eu sei, mas não custa nada sermos precavidas. – A loira retrucou, amarrando uma bainha com uma faca em sua panturrilha.

— Realmente! –Serena suspirou. – Como esperado da menina do cervo. – Sorriu com seu próprio comentário. As duas ainda estavam no quarto, esperando a chegada de Solar. Optaram por trajar roupas casuais, em memória de Draken, pretas. A preminiana tocou o colar em seu pescoço com os dedos, aquilo que ela estava fazendo não parecia justo com Miguel. Lunally percebeu seu gesto e mudança de expressão.

— Que joia linda! – Elogiou. Curiosa como sempre, aproximou-se para se atentar a cada detalhe do acessório. – Foi Miguel que lhe deu, não foi? – Perguntou animada, cutucando a barriga da morena. Serena enrubesceu. – Nem tente me enganar, está escrito nos seus olhos. – Insistiu Luna.

— Ok. Ok. Foi ele. – A Alfa de Premin sorriu com a lembrança. Ele havia depositado tanta confiança nela. – Ele me propôs.

A goltyniana ficou boquiaberta. – Em casamento? – Perguntou quase que reciprocamente. Serena assentiu, ainda envergonhada. – Eu sabia! Sempre soube que ele era louco por você! – Ela parecia ter desvendado o segredo do universo. Abraçou a morena euforicamente. Serena estranhou o contato tão íntimo de primeira, mas logo se rendeu aos cumprimentos calorosos de Luna.

— Mas, as coisas não serão tão fáceis assim. – Disse a preminiana quando elas se afastaram. – Não posso me casar com ele. Não agora. Nem muito em breve.

Luna a olhou confusa. Finos fios de sua cabeleira loira despontando rebeldes de seu rabo de cavalo alto. – O que quer dizer?

— Assim como você, sou uma estrangeira em solo drakiniano. Tenho um trono que preciso retomar, um povo que necessita de minhas ordens e conselhos. Premin precisa de uma rainha. Uma autêntica alfa. E se me casar com Miguel...

Lunally a interrompeu séria. – Provavelmente será obrigada a permanecer em Draken.

— Exato. – Concordou Serena.

Um baque surdo na porta interrompeu, abruptamente, a conversa das duas. Era Solar que as esperava animada do lado de fora. O dia ensolarado sendo revelado no horizonte. – Bom dia, senhoritas! – Cumprimentou alegre. – Aceitam uma maçã? – Ofereceu, trazendo dois frutos vermelhos nas mãos.

— Claro. – Serena respondeu e pegou uma maçã para si. Luna agradeceu e fez o mesmo. A fruta estava suculenta e deliciosa, um sabor doce envolvente provindo de cada mordida.

Deixando a casa, seguiram em passos largos, sobre uma ponte de madeira envelhecida. Lunally se questionava como o material não havia pegado fogo até hoje com aquela quantidade de minúsculos vulcões logo abaixo dele.

— Não se assuste, senhorita Lunally. – Pediu Solar calma. – O fogo nos mantêm vivos, sem eles nunca poderíamos nos metamorfosear em humanos.

— Como assim? – A garota perguntou sem entender.

— Os Iluminados são animais da floresta que possuem energia vital baseada no calor. São, em sua maioria, salamandras e fênix. Os primeiros meros mortais e os outros, membros da nobreza, como Solar, que protegem esse santuário e renascem a cada século. – Serena explicou.

— Quer dizer que a senhorita é uma fênix? – Luna não se conformava. Como uma garotinha poderia ser uma criatura tão célebre?

— Basicamente, sim. Sou a próxima espécime mãe. Darei origem a outras fênix e após alguns milênios, desfrutarei do sono eterno junto aos deuses. – Solar sorriu. Sua missão, embora parecesse simplória, a fazia muito feliz.

— Entendo. Saiba que acho isso incrível. Sempre tive um fetiche por seres místicos. – A goltyniana concluiu com admiração.

— Obrigada. – A ruiva agradeceu. Fazendo uma curva inesperadas, as guiou por outro caminho, após descerem da ponte. Serena e Lunally concordaram em não perguntar nada a garota, aguardavam ansiosas para descobrir o lugar aonde Solar as estava levando. Andaram mais alguns metros até se depararem com a maior estufa já vista por ambas. Soltaram uma exclamação de espanto.

— Este é o jardim de nossa soberana, a Mãe Natureza. – Solar apresentou o local para Serena e Luna. A construção era feita de ouro branco, com pequenos filamentos barrocos em tons de cobre. Um enxame de abelhas parecia compelido em polinizar o maior número de flores possíveis, com sutileza e a devida atenção. A fragrância do mel liberada pelos animais era adocicada e tornava o ar mais gostoso. Em prateleiras verticais que se perdiam na imensidão do teto, as plantas estavam organizadas segundo seus tamanhos, espécies e funções. Lunally pode reconhecer algumas. – Aqui estão guardadas as ervas que produzem todo e qualquer medicamento e também, qualquer veneno. É a horta preciosa de vossa senhoria. Ela a manteve trancafiada a sete chaves até o dia em Serena apareceu aqui pela primeira vez.

— E qual seria o motivo de tal atitude repentina? – A Alfa de Premin perguntou, sem compreender muito bem.

— Você seria a pessoa que traria a Menina do Cervo até nós. – Solar esclareceu, entusiasmada. Lunally a observou surpresa. Por essa, ela não esperava. – Você é a única que pode zelar verdadeiramente deste jardim para a Mãe Natureza, ela lhe deu este dom de curar para que tu fizesses um excelente uso dele. Além das fronteiras de Wakanda, um peste terrível assola as vilas, matando todo e qualquer humano existente. É claro que a senhorita não entenderá a utilidade deste santuário neste instante. Mas, no futuro, haverá uma vida que poderá ser salva por suas mãos. Uma vida muito preciosa. Para todos nós.

— É uma surpresa para mim saber que devo proteger tamanha herança. – Luna se sentia no paraíso. Ela conseguia perceber cada seiva que se movia nos caules, cada folha que transpirava e cada flor que brotava.

— Mas... A hora não é agora. – Solar fechou as portas inesperadamente, deixando um rastro de vento. Serena a encarou assustada. Nunca havia presenciado um gesto tão rude de Solar. – A senhorita ainda deve aprender muito antes de pisar neste lugar. Um passo e estaria morta. – Concluiu apreensiva.

— Como assim? –Luna indagou.

— Serena deve lhe ensinar sobre as forças que brotam da floresta. Você deve começar a senti-las verdadeiramente, como se pulsassem em seu coração. Como se cada árvore de Mellory estivesse conectada a sua alma. Porém, por hora, a senhorita não está nem perto de tanto equilíbrio. Golty lhe impediu de aprender sobre sua verdadeira força, mas Serena irá mostrar-lhe a vastidão que é o mundo aqui dentro. – Solar disse mais sóbria do que o usual. – Agora, vocês devem partir. Para o outro lado. Para... – A iluminada parecia ter levado um soco no estômago.

Serena concluiu assustada. – Asgar. Você está bem, Solar? – Perguntou preocupada.

— Não! – A voz dela ecoou por cada canto do vale, tornando-se alta e grave. Quase mecânica. – Vão, agora! – Estendendo a mão, abriu um portal para que elas atravessassem. Serena puxou Lunally com um olhar apreensivo. – Vamos, Luna. – Sussurrou, forçando a Alfa a se mexer. As duas alfas entraram na escuridão do portal.

DANIEL

Lisa já tinha sua barriga um pouco realçada, estava com três meses e duas semanas. Estava tão contente com sua gravidez, deitada em um dossiê com Daniel, eles comiam frutas e conversavam sobre coisas banais.

Seu marido era seu mundo, ele era tão atencioso, seria um pai magnífico. — Se for homem eu quero que chame Gustavo. — Daniel expressou sua vontade, estava tão realizado com seu filho, era a coisa que faltava para ele ser feliz por completo, era luz/raio de esperança que apareceu para ele. Mesmo em meio desta perturbação que acontecia só de pensar a criatura que estava na barriga de Lisa o deixava anestesiado e em paz.

—E se for uma mulher? — Lisa acariciava os cabelos loiros do alfa. Ele como futura mamãe estava radiante. Daniel iria responder, mas Ren o chamou.

Daniel revirou os olhos e levantou-se saindo de perto de sua esposa para poder ver o que o líder dos anciões queria. Estava muito chateado com o a GCA nesses meses.

— Meu senhor, — Ren sorria de forma única, estava entusiasmado. — Não sei se foi milagre ou se foi sorte, mas militares de Draken estão aqui para nós proteger. Quem os mandou foi Hatori a pedido de Lunally.

Daniel não acreditava no que ouvia, junto com isso chegou uma coruja que carregava uma carta. Era de Hatori, algo explicando que ele estava do lado do Golty, que a morte dos antigos alfas de Golty não foi culpa deles, na verdade a responsável foi à cidade de Premim.

Daniel se sentou novamente. Ele não saiba se ficava triste ou alegre. Seu reino estava protegido, mas não por seu trabalho, mas sim porque sua irmã se arriscou e fez tudo isso acontecer. Ele se sentiu frustrado, não foi capaz e acabou tendo que colocar essa responsabilidade em cima de Luna.

— Isso é bom. A unificação, união, paz. — Lisa disse emocionada, era culpa dos hormônios. Ela sabia que Golty estava frágil, mas agora tinha o exercito do país mais forte do continente Wakanda. Abraçou seu marido de costas.

—Estou cansado deste povo fraco. — rebelou o Alfa. — Devemos tomar providencias, já deveríamos antes. — olhou para Ren e este entendeu muito bem.

—Vamos formar militares no nosso reino, com os militares de Draken, deve ser mais fácil aprendermos técnicas e habilidades. — o líder dos anciões afirmou. Este tinha total independência no que fazia e já havia providenciado pequenas medidas antes de vir falar com o Alfa, iria montar escolas de treinamento. Golty também deveria ser forte, e não se esconder mais.

As essências dos países estavam mudando, as pessoas, os próprios Deuses. Talvez o equilíbrio se moldasse nisso, a mãe natureza era o equilibro, ela estava satisfeitas com alguns resultados, por contradição outras a deixava magoada.


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