MELLORY — entre Deuses e Reis escrita por Lunally, Artanis
Notas iniciais do capítulo
Marcio é o ser mais fantástico do anciões, sem duvidas! Vocês vão perceber! ~kkk
Helio e Marcio eram as principais peças de Hatori e eles tinham total consciência disso. E carregavam o peso da responsabilidade, muito bem vinda e satisfatória.
— O que houve com ela? — Helio indaga olhando para figura pálida e frágil de Kohana, estava presa no calabouço embaixo da cúpula, parte a qual só os alfas e soldados de que eles determinavam tinham acesso, o lugar nem se quer era de conhecimento de todos. — Isso não é exagero?
Hatori havia partido há um dia, e as coisas já se complicaram, porque não achavam as Alfas estrangeiras, e Helio preferiu não mandar minha coruja anunciando isto ainda, porque o momento já era bem tenso, e não necessitava de mais pressão.
Marcio deu um tapa na testa de Helio. — Ora como fala comigo, sou um ancião muito habilidoso, ela está bem, sem forças, mas não por minha culpa. — Marcio suspirou e aproximou de Kohana. — Ela pediu ajuda de Kalisse e fez rituais para ela, mas ninguém a não ser um ancião sabe fazer isso, então teve ajuda de alguém daqui.
— Descobriu que é? — Helio nervoso tenta entender. Passando a mão onde foi atacado.
— Claro que sim, mas só revelarei para o alfa maior, sem querer te desmerecer. — o ancião falou de forma educada e humilde. — Ainda que tratá-la mais, e ver se consigo informações mais detalhadas para incriminar o culpado.
—Peço perdão, irei ajudar como for. — Kohana que estava jogada no chão de cabeça baixa e presa com algemas em cada pulso ligadas na parede. Ela estava muito frágil e piedosa, com um tom de manha e olhar necessitando de afeto.
Helio sentiu piedade e foi libertar a moça, não poderia alguém estar daquele jeito. Marcio fez uma negação com a cabeça, mas não impediu. Helio tirou uma algema e foi atacado com brutalidade, uma tentativa de enforcamento, como um beta militar capaz, torceu o braço da garota e a prendeu de novo.
Afastou-se. — O que foi isso?
— Tolo. — Marcio julga o beta. — Ela segue a deusa da luxuria e drama, acha que isso não iria acontecer? Ela lhe seduziu. July não gostaria de saber disso.
—Que tipo de tratamento você faz com ela? — Helio bracejou. E mudou de assunto, ninguém duvidava do amor dele por sua mulher e ele não iria ficar discutindo isso.
— Chás e rezas, nada mais. — explicou a verdade. — Porem ela resistiu muito, e vai demorar a estar purificada, ela é bem agressiva.
Helio entendeu, nunca soube bem o que os anciões faziam, até porque as suas praticas são sigilosas, o poder divino é muito poderoso e saber lidar com ele gera consequências. — Se ela fez isso tudo para ter atenção do alfa e não adiantou, porque está assim?
Marcio riu pela ingenuidade daquele rapaz. Se bem que são coisas que ninguém deveria saber mesmo. —Ter o coração do alfa foi um dos pedidos dela. Tem vários outros: Beleza, riqueza, saúde, sucesso... Por ai vai, estes foram realizados. — Helio concordou, Kohana tinha todos esses atributos. — E para cada um ela teve que fazer uma missão para Deusa raposa, ou para aquele que a ajudou.
—E? — O Beta começou a ficar impaciente com toda a enrolarão de Marcio.
— Você sabe algo sobre o amor? — Marcio não esperou a resposta. — Temos uma alma gêmea. E está pessoa é a qual nos gera um sentimento de pura e/ou natural afinidade. Isto pode ser relacionado com a similaridade, o amor, romance, a intimidade, sexualidade, espiritualidade, compatibilidade e confiança.
Helio havia entendido até ai, mas não entendeu a relação ainda, não tinha cabeça para isso, graças a Deus não era Hatori que ficava escutando essas coisas todo dia, e sinceramente não aguentaria ficar muito tempo no cargo do alfa.
— Se quer conquistar alguém tem duas opções: Se for a alma gêmea basta fazer uma simpatia e tem sucesso ao conquistar, mas se não é deve matar a alma gêmea de seu amado e fazer simpatia. — Marcio esclareceu cuidadosamente.
— Então, Kohana iria matar Luna. — Helio lembrou-se no dia do recrutamento que Kohana sugeriu que Lunally lutasse. — Luna é a alma gêmea de Hatori. — os olhos do beta brilhavam, então a prometida de Hatori chegou.
— Talvez não. — Marcio cortou o clima de Helio. — Veja a situação, tanto para deusa, quando para o mau elemento que desvirtuou essa menina, a morte da Alfa de Golty, prometida de Caius, seria excelente. Eles só poderiam ter tirado proveito do desespero da filha de Paulo.
— Ah, prefiro pensar que são nascidos um para o outro. — Helias conclui. — Pois bem, continue sua missão e quando o alfa chegar o relate, tenho coisas para fazer. — Saiu do calabouço, que ao contrario do que poderia pensar era limpo, bem arquitetado, iluminado e muito aconchegante, exceto pelas algemas, cada cela tinha cama e banheiro. A prisioneira estava no chão por opção.
Kohana ainda tinha um pouco de si em consciência, ela se sentiu mal por saber que era usada, por saber que nunca teria Hatori, e por saber que mataria alguém inocente por tão pouco. Lagrimas correram pela sua face. Arrependimento.
Marcio notou e sorriu contente. — Talvez sua purificação não demore tanto assim.
*
Helio estava na sua sala que ficava do lado da do Alfa maior, assinava documentos administrativos e muito cansativos de ler. Ainda achava o trabalho de Hatori muito chato, e o pior que o Alfa fazia com gosto.
—Beta responsável, tenho um anuncio! — um militar que estava na cidade pronunciou. Helio lhe concedeu a palavra. — O líder dos Betas de Golty está aqui.
Helio saltou de sua cadeira. — Traga ela aqui. — ficou em pânico por instantes, até porque a alfa daquele reino estava sumida, o que diria?
O militar deu espaço e mostrou a figura loira de olhos azuis, com o corpo bem definido e de aparência agradável.
— Prazer, meu nome é Eric! — o goltyano se aproximou amigavelmente. — Vim por mando do alfa de meu povo resguardar a segurança da alfa menor.
Os neurônios de Helio processavam a situação ainda. Onde está Hatori em momentos desses? Ou melhor, onde esta Lunally?
— Bem, então se sente, tenho coisas a lhe contar. — decidiu ser franco.
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