MELLORY — entre Deuses e Reis escrita por Lunally, Artanis


Capítulo 25
Quando o Leão e o Cervo se juntam


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é muito fofo, vão ver uma amizade fortalecendo entre as garotas mais lindas dessa Fic!

Aproveitem♥



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O frio estava insuportável, o inverno se aproximava casa vez mais. A face de Luna já tinha ficado vermelha de tanto tempo caminhando na rua. Passou pela ponte que cortava um pequeno rio que tinha em Draken, não era o que cruzava o continente, que nascia em Findoram e terminava em Golty, descrevendo uma linha diagonal. Era outro que nascia e morria em Draken.

A visão que tinha da cidade daquela ponte era incrível, dava para ver todas as luzes, que se acendia na cidade se fosse a noite e o local era a parte mais arborizada do local, com diversas arvores, moitas e flores que nasceram perto do rio. Era agradável e lembrava a casa de Lunally. Quando olhou para frente para seguir seu caminho um homem de cabelos castanhos longo, olho amarelo brilhante e vestido na tônica mais bela deste mundo apareceu chateado e triste na frente da Alfa. Com uma cara digna de dó e piedade, como se estivesse sofrendo naquele momento.

— Cervo? — bracejou Lunally braba ao ver o seu Deus. Cruzou os braços esperando por uma explicação. Não se comoveu nem um pouco pela expressão dramática do Deus.

O Cervo tímido chegou mais perto de sua escolhida, apoiava a mão nos limites da ponte. — Não gosto de reuniões. — confessou tentando explicar sua ausência na vez que os espíritos apareceram. — Mas eu deveria ter ido naquela. — admitiu um pouco pesaroso. — Porem estava ocupado com algo muito importante. — falou empolgado e com esperança de sua protegida entender perfeitamente sua causa por ter faltado.

Luna olhou para a Alfa de Golty com descrença, nem piscava, apenas estava com com a cara de quem não se deu por satisfeita com a tentativa frustrada de desculpas de Caius.

— Sabe como fiz com que ninguém te atacasse em Mellory...

— Exceto pelo Hatori. — intrometeu-se rispidamente na fala do Deus, lembrando-se da sua quase morte em seu primeiro encontro com o Alfa de Draken, que quem diria se revelar um homem tão carinhoso e preocupado. Luna ficou rubra com o pensamento e logo o expulsou de sua cabeça.

O cervo olhou melancólico para Lunally, estava realmente arrependido. — Desculpe-me. Não te abandonei, na verdade estava conseguindo um álibi, uma carta na manga para você. — contou para a pequena mulher que já estava ficando mais convencida. — A mãe natureza tem vida própria e faz o que quer, mas ela dá certas vantagens ao que ama.

Luna prestava atenção em cada palavra de seu Deus, lógico que o sentimento de revolta que tinha havia passado, havia ficado triste antes, mas agora está bem. E sem chances dela ficar de mal de um Deus, e o mais legal é que um Deus pediu desculpa para ela. O ego de Lunally cresceu um pouco nesse dia.

Caius começou a andar para trás da garota que o acompanhou com o olhar, estava angustiado.

— Eu e a mãe natureza somos muitos amigos e ela me cedeu muitos mimos ao decorrer desta relação. E nesses tempos em que eu estava sumido consegui algo muito valioso, e é para você. — revelou a informação importante que tinha e que era a causa de sua ausência.

— O que seria? — indagou Lunally desconfiada, ainda se fingindo de braba.

Caius sorriu, sabia muito bem do humor de Luna e viu que ela suavizou a expressão apenas estava se fazendo de difícil. — O controle dos animais de Mellory. Todos! É algo muito difícil de conseguir, ainda mais que é para atacar, pois a mãe natureza me ama, porque não causo mortes e preservo a vida, flora e fauna. — explicou tentando dar ênfase que era algo extremamente complicado o que ele fez e conseguiu.

— Isso vai ajudar a impedir o que eu vi no sonho? — indagou novamente com medo na voz, isso estava martelando a cabeça dela, mesmo com o apoio de Draken, ela ainda tinha suas incertezas.

Caius afagou a cabeça da menina. — Tinha um cervo filhote e uma luz branca no sonho. Quem acha que era?

— Você e a mãe natureza. — percebeu Lunally. — Mas vocês fugiram! Quando o exercito apareceu vocês sumiram.  — falou irritada.

—Não. O fim do sonho foi só para você ficar perturbada e dar importância. Estaremos sempre do seu lado! — Caius revelou sua trama dando gargalhadas. Depois sorriu de forma meiga. — Me perdoa?

—Claro! — respondeu a alfa de Golty contente de novo. Sua bipolaridade era muito variável. — Foi mal pelo que disse antes.

Caius entendia essa revolta da humana. — Não te abandonei. E nunca vou. Mas às vezes não posso interferir pelo livre arbítrio que vocês têm. — esclareceu. — Muitas coisas ainda serão reveladas. Seja forte e corajosa, pois sei que é.

— Agora vou poder fazer tudo! — gabou-se Lunally cheia de si. — Tenho Mellory sob meu controle.

Caius deu uma gargalhada novamente. “Que ingênua” — pensou. — Só os animais, os selvagens não. Mas já é grande coisa. — se glorificou por ter conseguido uma grande força para sua escolhida.

Lunally com sua insanidade apontou o dedo ao céu. — Talvez eu os tenha também! — Saiu correndo e disparada e Caius desapareceu no ar.

*

Ela precisava muito falar com Serena e com os ciganos: Kalifas, Dominus e Dalila. Pois sabia que se Premin invadisse Golty, quem melhor seria conversar do que com a bastarda Alfa? E os ciganos que tudo conheciam, até os selvagens?!

Os encontrou na casa de Miguel depois de procurar e perguntar para algumas pessoas que educadamente a ajudaram em sua procura. O chalé grande e recoberto de tapetes de lã era acolhedor, mas ao mesmo tempo temível, como a casa de um militar. Antes de bater na porta Dalila a abriu com um sorriso encantador e misterioso, era uma senhora muito bonita. Cabelos grisalhos e pesados pendiam cacheados em seus ombros, os olhos azuis interrogavam curiosos a não esperada chegada da Alfa. .

Na casa estavam somente Dalila e Serena que desceu as escadas para receber sua convidada. Os outros tinham ido para a arena ajudar Miguel em seja lá o que estivesse fazendo, mas Lunally já ficou feliz de ter achado as duas, a que mais queria ver era Serena e esta estava aqui.

— Como está você Luna? — perguntou vendo o rosto vermelho da nova amiga, mas não era só pelo frio. Ela estava com os olhos avermelhados indicando choro.

Lunally abraçou Serena sem cerimônia. Tinha gana quando via aquela mulher, Serena assustou e do jeito mais desajeitado do mundo retribuiu o abraço com umas tapinhas nas costas da loira. Dalila observava a interação com curiosidade, era novidade para o mundo pessoas de outros países darem certo assim.

— Serena, tu não vai acreditar! — contou Lunally tirando o cachecol que havia enrolado em seu pescoço com varias voltas para que sua garganta fosse protegida. Largou este no sofá com sua bolsa. — Premin e Findoram querem invadir Golty. Conversei com Hatori, e ele já disse que tomaria providencias e provavelmente vai envolver você e Miguel, pois são dá guarda. Mas não é isso que vim conversar com você e com Dalila. — a cigana levantou a sobrancelha, pois foi pega de surpresa na fala. O que a Alfa de Golty queria com ela?

—Diga. — Serena mandou e sentou-se no outro sofá na frente de Lunally. A morena não era de falar muito, mas poucas palavras dela já serviam para dar o objetivo que queria.

Lunally viu que a cigana aproximou. E começou a falar o que veio dizer: — Caius tem um trato com a mãe natureza, acho que sabem um pouco disso pelo leão, mas por causa disso ele tem o controle dos animais de Mellory, parcial, pois às vezes a mãe natureza não lhe cede o controle... — explicou tentando ser objetiva. —Mas em Mellory o perigo não é somente os animais, também têm os selvagens, eu não sei muito desse povo e de sua crença/ideal, mas sei que vocês sabem!

Serena estava compreendendo aonde a garota queria chegar. Então antes de tudo daria uma explicação sobre os selvagens: — Os selvagens são um povo intrigante. Mas, não se encontram todos sob meu domínio. Eles não são amigáveis e não gostam de garotas desacompanhadas. Mas, eles são fortes o suficiente para fazer um reino estremecer. Apesar de toda a cultura primitiva que os assolam.  — Depois de explicar concluiu — Tem certeza que quer usar esse povo?

Lunally afirmou com um gesto de cabeça. — Não só ao meu favor, mas ao seu. Serena, o alfa de Draken disse que queria tornar publica sua identidade para que o povo de Premin veja quem é você, e o que quer! No caso o trono de seu reino. Se mostrar ao seu reino que tem a força dos selvagens e eu lhe ajudarei com os animais de Mellory, metade do povo vai vim para seu lado e irá lutar por ti! E claro tem outros pequenos reinos que lutam por eles, mas...

— Vamos recuperar eles. — afirmou Serena convicta de sua decisão o que Lunally disse era verdade, mas seu plano apenas precisava ser lapidado para ser perfeito. E ninguém melhor do que uma estrategista de Premin para aperfeiçoar o plano.  — Antes de irmos para o combate principal, direto a Premin e Findoram, iremos retomar os reinos que eles colonizaram e acabar com o mercado do Basílio. — a alfa de Premin levantou-se e com toda sua postura superior, mostrando seu ego ao falar. — Eu irei ter o que quero, e nada vai me impedir.

Luna arrepiou todo o corpo pelo tom autoritário e sombrio. Levantou-se e foi até Dalila. — Peço sua ajuda também. Seu povo não tem país e sei que procura um, que provavelmente será Premin, estão devemos nos unir. Ao menos neste primeiro momento devemos enfrentar o nosso inimigo em comum.

—Não é tão simples assim, minha jovem, mas prometo conversar com os ciganos sobre esse assunto em nossa próxima reunião na Cúpula da Floresta. — Dalila fez-se de difícil. E Luna sorriu sabia que ela iria ajudar.

— Temos um problema ainda. — Serena informou recordando de Hatori e revirou os olhos. — Mesmo que, por hipótese, decidirmos conversar com os selvagens para pedir apoio o alfa maior não irá a favor, os acha perigosos e traiçoeiros.

— Mas ele não precisa saber. — Lunally sugeriu. Meio angustiada, Hatori tinha desenvolvido confiança nela e ele parecia difícil de ter isso por qualquer um, no entanto tinha que fazer isso.  — Podemos eu você sorrateiramente ir à floresta e falarmos com eles.

Serena sorriu de forma satisfeita. Gostou muito da ideia, gostava de fazer as coisas ao seu jeito, em seu comando e fazer uma missão em que não teria Draken a controlando era perfeito.

— Assim, indo só vocês sem guardas, os selvagens serão mais acessíveis e maleáveis para conversar e negociar. — declarou Dalila que estava amando isso. Colocar os ciganos e selvagens na guerra poderia dar poder ao seu povo.

Lunally então partiu muito feliz com o seu progresso. Seu reino: Golty iria ser protegido.


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Notas finais do capítulo

Essa dupla é terrorista, é especialista, olha o que elas fazem quando juntam com as amigas! ~kkkkk



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