Por Alice

— Chega Maria.

— Os Volturi estão vindo... Você quer mesmo enfrenta-los?

— Eu não fujo de uma luta – ele praticamente rosnou.

— Vamos entrega-la, já avisei que ela está aqui. Eles estão vindo – Maria disse com um sorriso no rosto.

— Não!

Senti algo me puxar e então já não estava mais na cela...

.......

Seus braços estavam envolta da minha cintura, eu diria que estávamos correndo, mas o mais exato é que ele estava correndo. Ele me suspendeu do chão e me guiou.

Eu não sei por quanto tempo corremos, mas eu não estava prestando atenção em nada, apenas no seu cheiro... Até que ele parou.

Ele me colocou no chão e tirou os seus braços da minha cintura. Eu olhei para ele e nossos olhos entraram em sintonia. O silêncio se instalou, mas eu não liguei, tudo o que merecia a minha atenção era ele.

O que está acontecendo com você Alice? Você mal o conhece, você tem que seguir o seu caminho até os Cullen, você tem que seguir as suas visões... Minhas visões! É isso!

— Acho que podemos despistar ela daqui – ele foi o primeiro a falar.

— Eu não olhei o meu futuro nessas últimas horas – ele pareceu não entender o que eu disse.

Será que ele estaria no meu futuro? Isso é idiotice, eu sempre estive sozinha e já me acostumei com isso, mas ao mesmo tempo eu preciso dele.

— E por que não fez isso senhorita? – ele deu um sorriso de lado.

— Você desvia o meu foco demais.

— E qual era o seu foco?

— Impedir que um exército morra – quando eu disse isso o seu rosto mudou para uma expressão séria.

Eu entendi o que aquilo significava, ele não estava feliz pelos outros terem que morrer, pela Maria ter que morrer. O nome Maria fez um nó se formar na minha garganta. Ela não o merecia...

— Eu não sei porque fiz isso – ele se escorou em uma árvore e cobriu o rosto com as mãos, em um ato fofo.

— Me salvar?

— Sacrificar um exército – ele suspirou.

— Achei que não fugia de uma luta.

— E não fujo – ele olhou para mim – Você já está em segurança. Siga o seu caminho Alice e não deixe ninguém tirar proveito do seu dom – ele se aproximou de mim e colocou a mão no meu rosto – Seja feliz...

Por Jasper

Eu não posso. Eu sou um monstro, uma máquina de matar e ela é o contrário de mim, é doce, sensível e se importa com os outros, eu não podia deixa-la lá.

Ela já tinha feito a parte dela, nós avisou sobre os Volturi, ela não precisa passar por Maria e seus planos.

Ela merecia ser feliz... Os seus sentimentos são puros e bons... São sentimentos que eu nunca tinha experimentado mesmo sendo de outra pessoa.

— Tome cuidado Alice – tirei a minha mão do seu rosto e segui o meu caminho.

Ela ficou parada enquanto eu seguia. Eu poderia seguir andando na velocidade de vampiro, mas preferi a humana, assim eu teria mais tempo para pensar.

— Jasper – ouvi sua voz macia e baixa – Não vá,  por favor...