Por Jasper

— Eu já cansei disso- falou em um sussurro.

— Pra uma vampira, isso é novidade.

Ela olhou para mim com a expressão de quem achava que eu não iria responder.

— Quando todos estão atrás de você apenas pelo seu dom a vida vira um dia a dia cansativo e insuportável.

Seus olhos... Eu... Eu não sei o que eles tem, mas quando olho pra eles sinto algo diferente, algo que nunca senti antes.

Ela voltou a escorar a cabeça na parede e de repente eu queria tirá-la dali, queria protegê-la, cuidar dela e não deixar que ninguém a usasse como uma máquina do futuro. Ela é uma pessoa, vampiros podem ser imortais e frios, mas ainda são pessoas.

Os meus sentimentos mudaram para, tristeza? É, eu acho que estou triste por vê-la assim.  

— Por que está me olhando assim? – ela olhou para mim.

— Eu não sei.

Fui atingido por uma onda de raiva que estava junto com a chegada de Maria.

— Você será muito útil para nós – ela riu aproximando-se das grades.

— Você vai me entregar pros Volturi – Alice falou.

— Como assim entrega-la pros Volturi? – perguntei me direcionando para a Maria.

— Jasper, eu sei o que é o melhor para nós – ela olhou para mim – Ela será entregue para eles e então nos deixarão em paz.

— Nunca fugimos de uma luta.

— Você não quer perder, não é? – ela me beijou – Você fica vigiando ela? Preciso resolver algumas coisas – eu concordei.

Maria saiu deixando o rastro dos seus sentimentos nada agradáveis...

Por Alice

É, eu vi. Irão me entregar para o Aro. Eu não quero isso, passei a minha vida fugindo deles, tentando ser feliz...

— Você está bem? – meus pensamentos foram cortados pelo som da sua voz.

— Por que não estaria?

Eu não estava bem, minha cabeça latejava e já tem uma semana que não paro para descansar, ou seja, dormir.

— Seus sentimentos, você está com medo – ele disse e eu fui obrigada a desviar do olhar dele – Está cansada? Você que caçar?

— Eu já cacei. Sim eu estou cansada. Eu sou um pouco diferente dos outros vampiros.

— Sim, você é. Tem algo que eu possa fazer pra te ajudar?

— Me tirar daqui?

— Isso eu não posso.

— Então que tal parar de bancar o cachorrinho da Maria? – fitei os seus olhos que me olhavam com intensidade.

— Cachorrinho da Maria? – ele pareceu zangado.

— Não preciso ficar muito tempo aqui para perceber as coisas, ela manda e você obedece. É um verdadeiro fantoche.

Seu olhar mudou, eu cheguei a recuar um pouco e o meu medo aumentou, parecia que ele iria me matar.

— V-Você está me assustando – disse com dificuldade...

Por Jasper

Droga. O que ela disse me atingiu, eu gosto da Maria e ela gosta de mim. Eu não sou controlado por ela... Eu me irritei e o meu lado máquina de matar falou mais alto. Se fosse qualquer outro vampiro já estaria morto.

— V-Você está me assustando – sua voz era falha.

Ela estava encolhida no canto da parede e sem querer a deixei com mais medo. Eu me xinguei mentalmente por fazer isso com ela... Ela é tão frágil, é tão pequena e está em perigo.

— Desculpa...