Por Alice

Olhei em direção a pessoa. Seu porte físico alto, não tão musculoso, seus cabelos em um tom de caramelo e suas cicatrizes...

— Quem é você?

— Quanta petulância – Maria se pôs na minha frente – Acho que você sabe quem somos.

— Sei muito bem quem são – a encarei, por ser mais baixa isso não facilitou muito – Estou aqui para ajuda-los, eu acho.

— Não precisamos de ajuda – ela falou entre os risos.

— Acreditem, você precisam. Os Volturi estão vindo, o desastre será grande, você perderá o seu exército.

— O que uma vampira baixinha pode saber?

Baixinha? Pode me chamar de tudo, menos baixinha.

— Façam como quiser.

— Nós deveríamos escutar o que ela tem pra dizer – ele voltou a falar e seu olhar caiu sobre mim, como se quisesse me matar.

— Não Jasper, não vamos – ela falou tomando a decisão por todos – Como essa coisa saberia algo sobre os Volturi?

— Alguns vampiros tem dons especiais, e eu sou um deles. Posso ver o futuro.

Maria me olhou por um longo tempo.

— Iremos continuar a nossa caçada, Jasper a leve para o QG, depois eu te recompenso meu nobre soldado.

Nobre soldado? No século XXI isso é conhecido como falsidade, mas parece que ele não percebeu, quando me dei conta ele já estava me segurando pelo braço e me arrastando pela floresta.

— Eu sei andar sozinha.

— Você é preciosa para a Maria.

— Preciosa? – o encarei – Pode largar o meu braço por favor?

— Não.

— Nobre soldado só se for em júpiter – falei baixo, mas é claro que ele escutou – Depois dessa eu não faço mais favor pra ninguém.

Entramos em uma caverna.

— Isso é o QG? Precisa de uma boa arrumação. Eu agradeço a hospedagem, mas tem um hotel de luxo me esperando.

— Você vai ficar aqui.

— Qual é Jasper? É o cachorrinho da Maria? – tentei passar por ele em direção a saída, mas ele me impediu.

— Maria quer falar com você.

— Mas eu não, eu quero estar pronta pra quando o primeiro shopping abrir eu entrar.

Ele não falou nada. Ficar sem fazer nada por horas para um humano pode ser entediante, mas para um vampiro... Chega um momento que você se acostuma.

— Como eu nunca vi você? – eu perguntei mais pra mim do que pra ele.

— Você vê mesmo o futuro? – não esperava que ele respondesse então o som da voz dele foi como uma corrente elétrica pelo meu corpo.

— Sim. E eu vi cada pessoa desse exército, menos você.

— O que exatamente você viu? – ele pareceu mais interessado na conversa.

— Os Volturi chegando, uma luta travada. Cada pessoa desse exército morta.

— E você onde se encaixa nisso?

— Dois coelhos com uma cajadada. Eles estão atrás de mim e estão atrás de vocês. Na minha visão vocês morrem sem a minha ajuda.

— E com a sua ajuda?

— Eu não sei, minhas visões mudam. Depende de como vocês vão agir, podem fugir ou lutar...