Between Love and Hate escrita por Summer Breese


Capítulo 4
Estudos e um V atrapalhado


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, pessoas!
Espero que gostem do capítulo!



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GI

Respirei fundo mais uma vez e puxei a minha mão para longe da mão dele, ele se afastou e pôs as mãos nos bolsos da calça. Um silêncio constrangedor se instalou entre nós. Por um momento ficamos encarando o chão com se fosse a coisa mais interessante a se fazer. Com um resquício de coragem que eu conseguira reunir, encarei-o e percebi que ele fez o mesmo, eu estava prestes a falar, mas uma voz, irritantemente alta e aguda soou por quase todo o ambiente. Olhei para trás e vi uma garota morena correndo na direção do Suga, ela, praticamente, pulou em cima dele e o abraçou com muita força. Suga quase caiu com a surpresa, mas conseguiu se manter em pé.

—Eu não acredito que é você! - exclamou a morena se afastando. - Pode tirar uma foto comigo? - perguntou e Suga sorriu.

—Claro, linda. - falou e a garota pegou o celular para tirarem a foto. Fiquei extasiada ao ver a tamanha doçura com a qual Suga tratou aquela fã, eu nunca imaginei que ele podia ser tão atencioso com uma pessoa como foi com ela. Assim que ela foi embora, nós começamos a andar, por um momento eu tinha esquecido o que vim fazer aqui.

—Trata todas as suas fãs desse jeito? - perguntei e ele apenas sorriu com o canto da boca.

—Por que? Está com ciúmes? - perguntou e eu lancei um olhar mortal para ele, que apenas ergueu as mãos em sinal de rendição. - Eu só estava brincando. Mas... o que viemos fazer aqui?

—Eu tenho que comprar um presente para uma amiga minha. - respondi, pelo menos eu acho que só foi por isso que eu vim. - Não faço ideia do que vou comprar.

—Do que sua amiga gosta? - perguntou e um grupo de garotas veio até nós, elas tiraram fotos e pediram autógrafos ao Suga, que as atendeu com um enorme sorriso no rosto, quando elas foram embora, nós voltamos a conversar.

—Além de gostar de você?

—É, além disso.

—Bom... ela gosta de chocolate, música, desenhar, fazer barulho, festas, perfumes fortes e de muitas outras coisas. - falei e ele ia responder algo, mas o seu celular tocou. Sua mão foi até o bolso da sua casa e puxou o celular, ele revirou os olhos antes de atender.

[...]

SUGA

Assim que olhei para a tela do meu celular e vi a foto do meu papai querido (sintam a ironia) e seu nome piscando na mesma. Revirei os olhos. Deus, dai-me paciência para não discutir com este homem em meio à um shopping cheio. Por mais que eu quisesse recusar aquela chamada, eu sabia que ele ligaria para a Gi, que ficaria me abusando o percurso todo, dizendo o que eu devia ou não fazer, e, na boa, eu não gosto nem de receber ordens do meu pai, quanto mais de uma garota mais nova que eu (sei que só temos um ano de diferença, mas isso também conta). Cacete! Eu tenho mesmo que atender.

Ligação on:

Suga: Que é? - perguntei assim que aceitei aquela chamada, eu podia sentir a raiva pulsando pelo meu pai do outro lado da linha, eu sabia que ele não gostava quando eu falava assim com ele, eu fazia de propósito e gostava da reação dele quando o fazia.

Chul: Olha o respeito, garoto insolente. - eu senti a raiva reverberando na voz do meu pai e aquilo encheu o meu ego, eu não sabia o porquê, mas eu gostava de irritar as pessoas.

Suga: Reivindicando respeito, Chul? Meio tarde, não? - quando eu falei o nome de meu pai, Gi ficou alerta, apenas encarando o meu rosto com os olhos arregalados, ela devia pensar que eu sou um monstro por estar falando assim com o meu pai e eu pouco me importava com o que ela achava.

Chul: Eu sou o seu pai, Min Yoongi e é melhor bater na boca antes de falar assim comigo de novo. - falou e eu revirei os olhos, eu amava ver ele tentando ser um bom pai, era muito engraçado, ele fingia estar preocupado comigo para que a esposinha dele ache que ele é um pai amoroso e carinhoso que tem um filho que se desviou do caminho certo e, puta que pariu, ele estava conseguindo fazer ela acreditar.

Suga: Tanto faz, o que você quer? Já fez o inferno na minha vida me obrigando a morar com a sua enteada, e ela não é tão sã quanto se imagina, ela fica dizendo que tem uma tal de Mi-Hi na casa dela e diz que é uma empregada, só que eu não vi ninguém. - falei e vi o rosto dela transbordar em raiva, eu apenas sorri cínico e ela revirou os olhos.

—Enviado do Satã. - murmurou irritada,enquanto cruzava os braços.

Chul: Não fale assim dela, tem sim uma empregada na casa chamada Mi-Hi. Eu te digo uma coisa, Min Yoongi, se você fizer algo ou a tratar mal, eu extinguo a sua única chance de voltar a fama, não te dou herança e te faço morar em um casebre em uma ruela qualquer para você viver dos seus trabalhos e esforços.

Suga: QUÊ? - praticamente gritei e quase todos naquele local olharam para mim.

Chul: Isso mesmo e fique sabendo que eu não vou deixar você aí vegetando, a partir de amanhã você ira para a escola com a Gi, eu já mandei seus materiais para a casa dela e devem chegar ainda hoje. - eu ri fraco quando o escutei dizer aquilo.

Suga: Isso é uma piada, certo?

Chul: Não, não é, você não terminou os estudos, tem 19 anos e vai começar o último ano na alta escola agora, vai estudar na mesma sala que a Gi, deixei claro que quero ela de olho em você.

Suga: Eu não preciso de uma babá.

Chul: Sério? Não parece.

Suga: Hahaha, muito engraçado, virou comediante? - perguntei com as sobrancelhas arqueadas.

Chul: Você vai para a escola e ponto, não adianta discutir.

Ligação off

O idiota desligou na minha cara e a raiva tomou conta do meu ser, apertei o celular com força, estava sentindo vontade de jogar o celular longe.

—Eu te odeio. - escutei Gi dizer, eu a encarei e a vi mais irritada que o normal.

—Você me adora. - repliquei cruzando os braços assim como ela.

—É, nossa como eu te... - do nada ela caiu em meus braços e eu a segurei, mas não consegui me firmar e acabei caindo com ela por cima de mim.

[...]

GI

Senti um impacto nas minhas costas e acabei caindo nos braços do Suga, que, ao tentar me segurar, também caiu e eu caí por cima dele. Eu estava com os olhos fechados, eu sentia as batidas do seu coração contra a minha mão que estava no seu peito esquerdo, sentia o piso frio do local com a minha outra mão, que estava ao lado da sua cintura, mas também sentia outra coisa, algo revirava o meu estômago, eu sentia os meus lábios prensados contra algo, era macio e tinha um sabor doce, abri os olhos e corei no mesmo instante ao ver os nossos lábios se tocando, tentei me afastar, mas logo senti sua mão direita na minha cintura, me puxando contra ele e sua mão esquerda fez um caminho doloroso do meu pulso, até o meu rosto, o seu toque nunca me pareceu tão quente, seus lábios pressionavam fracamente os meus, como se temesse aprofundar mais aquele momento.

O que estava acontecendo? Eu não posso estar aqui com ele, não desse jeito. Pus uma das mãos em cima da dele, a que estava em minha cintura, e a outra mão, usei para fazer com que ele soltasse o meu rosto, me levantei rapidamente e vi o V de olhos arregalados nos encarando. Encarei Suga que estava no chão, parecendo perdido e eu engoli em seco.

—V-Você... - o Suga me interrompeu.

—Eu te beijei, ta legal? - ele se levantou e o V o encarou com a boca aberta. - Qual o teu problema? - perguntou Suga exasperado para o V, que estudava na mesma escola que eu, ele era um cara legal e bem brincalhão, eu gostava da companhia dele. Apesar de não nos falarmos muito, eu sei que sempre posso contar com ele para me animar.

—Tae? V, você está bem? - perguntei e vi ele sorrir, com a mesma mania de sempre de abrir a boca, eu achava fofo aquele sorriso dele.

—É você! - exclamou Tae e Suga revirou os olhos, se virando de costas para procurar algo no chão, pelo que eu conhecia do V, ele ia fazer algo que o Suga não gosta muito, ele me encarou pedindo permissão e eu apenas dei de ombros, ele correu até o Suga e o abraçou por trás.

—Merda, cara! Me solta! Eu nem te conheço! - exclamou Suga, mas o V não o soltou, o V pode ser bem grudento quando quer e ele parecia ser mais forte que o Suga, já que ele não conseguia se soltar. - Porra! Eu não gosto de grude! Me. lar. ga! - exclamou tentando se soltar e eu ri da cena, agradeci ao V mentalmente, pelo menos assim, esqueceríamos o beijo, eu ainda sentia o sabor doce dos lábios dele nos meus e me crucifiquei mentalmente por ter achado bom.

—Eu desisto! - exclamou Suga exasperado e eu percebi que o V estava agora com as pernas presas na cintura do Suga e com os braços em volta do pescoço dele. - Vamos comprar a droga do presente para podermos voltar logo e talvez conseguir tirar esse coisinha, que você chama de V, de cima de mim.

Suga começou a andar com o V nas costas e eu gargalhei com a cena. Boa V!

[...]


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!