Manipuladores do Futuro escrita por Amanda Maia


Capítulo 5
Encontro, ciúme e empata foda.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/706231/chapter/5

Quando seu celular despertou, Sophie teve a sensação de ter dormido uma eternidade e ainda assim estava com sono, resultado das noites ruins que teve depois do acidente. Com uma crescente animação pelo compromisso que tinha, correu para o banheiro e começou a se arrumar.

Em frente ao espelho de seu guarda roupa, ainda de toalha, Sophie pensava no que vestir. Experimentou alguns vestidos, mas nem um a agradou e pareciam desconfortáveis demais. Uma calça seria melhor, assim não precisaria tomar cuidado para se sentar, contudo, calça e camiseta, não era adequado, sempre encontrava algum defeito.

Por fim, decidiu vestir algo mais provocante, uma blusa vermelha justa com parte das costas aberta, uma calça jeans preta justa e um salto preto com alguns detalhes prateados. Quase não usava maquiagem no dia-a-dia, porém, fazia tempo que não saía e resolveu usar. Destacou seus olhos com um delineador preto, depois de quase desistir, conseguiu acertar, seu amigo, Carlos, era melhor nisso, pensou, desejando que ele estivesse ali, usou uma sombra marrom com um tom bronze esfumaçada e um batom café. Deixou o cabelo levemente ondulado solto.

Um pouco antes de Fernando buzinar, parou para se olhar novamente no espelho e gostou do que viu.

Fernando a esperava encostado no carro, vestindo uma calça jeans azul, sapato e uma camisa branca. Sophie ficou aliviada em estar usando algo melhor que calça jeans, tênis e camiseta. Quase babando, ele abriu a porta do carro. Ela pegou sua bolsa de cima da bancada, trancou a porta e foi ao encontro dele.

Durante o caminho ela quase se arrependeu por ter escolhido aquela roupa, teve que pedir a Fernando para se concentrar na direção e ouviu uma três vezes que estava linda. Tudo bem, Sophie gostava de elogios, como todo mundo, mas não a ponto de arriscar se envolver em uma batida por chamar a atenção do motorista. Achou que seu decote estava exagerado, não tinha seios grandes, mas não fazia feio com decotes e dependendo da roupa, precisava ser cautelosa para não parecer vulgar.

O restaurante estava cheio, era um dos mais caros da cidade. A mesa reservada deles ficava perto da janela, o garçom os conduziu até lá.

— O que vão pedir? – O garçom perguntou, tirando um aparelho do bolso e sorrindo.

— Ainda não sabemos. Quando decidirmos, eu chamo a moça para atender a mesa. – O jeito rude de Fernando, apontando para a garçonete, a incomodou.

— Como quiser, é só chamar! – Sophie sorriu para o garçom, se desculpando com um olhar.

— Obrigada… – Ela agradeceu, simpática e esperou o garçom se afastar. — O que foi isso? – Se virou para seu acompanhante.

— Ele estava te comendo com os olhos. – Explicou Fernando, irritado.

— Como se ele fosse o único! – Revirou os olhos e mordeu a bochecha por dentro.

Sophie esperou até que Fernando escolhesse seu prato e chamasse a garçonete. Infelizmente, ele estava começando errado, se a intenção era impressionar, a começar pela atitude ciumenta e depois o lugar caro, não daria certo.

Cristina, a garçonete, velha conhecida de Sophie e seus pais, nem perguntou o que a garota queria, anotou o pedido de Fernando, sorriu e se afastou. Determinada a ver como seria o comportamento dele e só ai decidir se deveria dar uma chance, Ela deixou que ele fizesse como queria, sem dar nenhum palpite.

— Não vai fazer seu pedido? – Indagou, confuso ao receber seu prato.

— Não preciso. Daqui a pouco vem. Cristina sabe o que eu quero.

— Certo… – Olhou para o seu prato, disfarçou o desgosto pela quantidade de comida e se remexeu na cadeira. — Acho que você tem perguntas, pode começar.

— Qual curso você faz? Em que você trabalha? E me fale um pouco sobre sua família.

Na certa ele já esperava por perguntas tão diretas, observou sua acompanhante por um tempo, como se pensasse no que dizer, ou como se as respostas fossem complicadas e percebendo que ela analisava seus movimentos, bebeu um pouco de seu refrigerante antes de começar.

— Estou cursando Engenharia civil… – Fez uma pausa enquanto, Cristina servia o pedido de Sophie e deixava uma garrafa de vinho aberta ao lado de duas taças em cima da mesa. — Eu não vou beber, estou dirigindo.

— Eu dou conta, não se preocupa. – Não conseguiu evitar um sorriso com o olhar que ele deu a sua lasanha, provavelmente arrependido de não ter pedido o mesmo.

— Tudo bem, só não vá desmaiar.

— Claro que não! – Riu alto, se lembrando dos porres que já tomou e sabendo que aquele vinho, apesar de gostoso, não teria qualquer efeito e só estava ali por causa da massa. — Pode continuar. – Gesticulou com a mão, controlando a risada e começou a comer.

— Sobre minha família… – O clima mudou e ela se arrependeu por ter perguntado. — A coisa é um pouco complicada. Minha mãe era doente, viciada na verdade, quando meu pai foi embora, eu ainda era criança a ponto de não me lembrar dele, a coisa só piorou depois disso. Eu tive uma criação horrível… – Ficou surpreso por Sophie não o interromper, esperava que ela fosse ser gentil e perceber o quanto aquilo era custoso, mas a garota apenas esperou que ele continuasse.

— Resumindo… Minha mãe foi declarada incapaz de cuidar de mim e um senhor que abrigava crianças cuidou de mim até a maior idade. Quando minha mãe morreu eu já tinha 18 anos. Não conheço outras pessoas da minha família por parte de pai, minha mãe era filha única e meus avós já tinham falecido quando ela engravidou.

— Realmente… Uma vida difícil. – Assentiu e esse foi o único comentário que teve coragem de fazer depois do que ouviu.

Ficaram um tempo em silêncio, até Fernando terminar seu prato e Sophie dividir a lasanha com ele. Imaginou que o cara ainda estaria com fome e mentiu ao dizer que não aguentaria comer sozinha e que não gostava de deixar comida no prato. Só a última parte que era verdade, porque ela aquentava comer uma lasanha sozinha sim. Gentilmente Fernando a ajudou.

— Agora quero saber sobre sua profissão. Talvez justifique a arma. – Teve o cuidado de falar mais baixo a última palavra.

— Bom, esse também é complicado e não posso dar muitos detalhes. – Esperou até Sophie assentir, sinal de que compreendeu que não ouviria muita coisa. — Minha primeira formação é químico. Trabalho para uma agência, não posso falar muito sobre ela. E o que faço exige que eu carregue algum meio de defesa, mesmo sem ter autorização.

— Alguma agência do governo? – Franziu a testa, por essa resposta ela não esperava.

— Digamos que sim, mas ninguém confirmaria isso, ou acreditaria se você contasse. – Fernando pensou em mais alguma informação que pudesse dar, sem que isso a prejudicasse, apesar de achar que ela já estava envolvida nisso de um jeito ou de outro. — O homem que me abrigou trabalha nessa agência, ele custeou minha primeira faculdade e me indicou para o trabalho… Também não tenho hora certa para trabalhar, isso inclui viagens.

— Isso é sério mesmo? – A risada dela não o surpreendeu. — Você vai bancar o agente secreto para cima de mim?

— Não. – Ele se manteve sério, o que fez a risada dela diminuir aos poucos até cessar. — Não sou agente secreto. Tenho um trabalho sobre o qual não posso falar, lidamos com assuntos que a população não deve saber, apenas isso. Não tem nada de agente secreto, isso é coisa de filme.

— É uma história inusitada, mas acho que tenho que acreditar em você. Só tenho uma pergunta sobre isso. – Fernando assentiu enquanto aguardava. — É perigoso?

Antes de responder ele riu e segurou a mão dela.

— Acredito que sim. Depende muito da função, a minha é mais tranquila. Mas é perigoso para os outros. O que não inclui você, claro!

— Fico aliviada. – Respondeu sorrindo, mesmo com uma sensação esquisita. Não era todo dia que alguém ouvia uma coisa dessas.

Os dois resolveram ir embora em seguida. Fernando não venceu a discussão sobre pagar a conta e eles acabaram dividindo.

Sophie ficou em silêncio durante o caminho para casa, tentando assimilar o que ouviu, parecia surreal conhecer alguém que trabalhasse para uma agência da qual não podia falar, uma agência secreta, nunca passou por sua cabeça essa possibilidade absurda.

Também pensou no quanto foi insensível por tê-lo, de certa forma, forçado a falar sobre sua família. Sentia-se mal por isso e nem sabia como dizer isso a ele. Decidiu simplesmente tentar esquecer e não tocar mais no assunto.

Sophie o convidou para entrar e Fernando hesitou, mas acabou aceitando. Ela se serviu de uma das bebidas de seus pais, Amarula, e ofereceu a ele.

— Não, obrigado. Prefiro não beber quando estou dirigindo. Não sei se é uma boa ideia você continuar bebendo. – Advertiu, preocupado por ela não apresentar sinais de embriaguez depois de secar uma garrafa de vinho sozinha, geralmente, quando isso acontece, o álcool sobe de uma vez.

— Precisamos acertar algumas coisas, mas depois falamos sobre isso. – Ela começou a beber, ignorando a advertência e se sentou no sofá ao lado dele, ainda com o copo que pegou para o convidado em sua mão. — Aquele vinho não tinha álcool, era só para acompanhar a massa. Você tem hora para chegar em casa?

— Na verdade não. Por que? – Ele franziu o cenho e sorriu.

— Então bebe comigo. Não precisa ir embora agora. – Sophie ergueu uma sobrancelha e torceu para não ter que explicar.

— Entendi. – Os olhos brilharam e ele pegou o copo. — Vamos conversar um pouco então. – Ela assentiu e Fernando prosseguiu. — Você disse que não era amiga daquele garoto do acidente, mas o defendeu hoje. Você sabe o porquê de estarem pegando no pé dele?

— Idiotas fazem isso, não há motivo. – Começou a enfiar uma unha por baixo da outra, algo que costumava fazer quando se sentia desconfortável, além de outras coisas como, balançar as pernas, morder o lábio inferior para arrancar as peles ressecadas e mordiscar a mucosa da bochecha.

— Eu soube que o garoto, momentos depois do acidente começou a dizer que sabia que aquele acidente aconteceria e a conversa se espalhou pela cidade.

— Isso não me surpreende. – Revirou os olhos e esfregou as unhas com mais força.

— Ele saber do acidente?

— Não! – Abaixou o tom da voz tentando não se entregar. — A conversa ter se espalhado. – Riu, sem jeito.

— Os avós dele comentaram com alguém que a mesma coisa aconteceu antes da mãe dele falecer. Ela já estava doente, mas estava em tratamento e melhorando no hospital. Parece que ele acordou de madrugada dizendo que sua mãe não iria voltar do hospital, que iria morrer. Ninguém acreditou, claro. Acharam que o garoto estava impressionado com a doença da mãe, porém, no dia seguinte receberam a ligação do médico avisando sobre falecimento. Então pode ser que ele não esteja mentindo...

— Não sei se ele está mentindo. Duvido que alguém diria uma coisa dessas à toa. Mas acho que ele pode ter tido essa impressão, como naquelas vezes em que temos a impressão de já ter passado por determinada coisa, ou presenciado algo. Na hora do desespero fica difícil se expressar direito. E crianças são mais sensitivas também, pelo que ouvi dizer. – Essas eram as explicações que seu pai deu a todos que de alguma forma viram o que Sophie fazia quando criança. Cresceu aprendendo a dar essas justificativas.

— Pode ser… Mas ele precisa aprender a guardar essas coisas para si, ou vai começar a ser taxado de doido.

— Acho que ele já percebeu isso. – Ela suspirou e se levantou para pegar mais da bebida e aproveitou para mudar de assunto. — O que você achou do jantar?

— Na verdade estava querendo saber o que você achou. – Ela percebia a expectativa dele e esperava não frustrá-las totalmente.

— Quer saber mesmo? – Esboçou um sorriso ao sentar novamente ao lado dele.

— Quero. – Ele apertou os olhos e riu, como um menino ansioso.

— Certo, vou ser sincera. – Bebeu um pouco antes de começar. — O meu foi ótimo, geralmente como uma lasanha daquela sozinha, mas hoje não estava com tanta fome e quis dividir com você. Tinha certeza de que ainda estava com fome, certo? – Não precisava pergunta, tinha visto o tamanho do prato dele mais cedo, mas queria garantir.

— Estava, a comida era boa, mas a quantidade…

— Como você já deve imaginar, eu conheço aquele restaurante e vou muito ali com meus pais em alguns eventos que eles são convidados. É o restaurante mais caro e o único que serve aquela quantidade miserável de comida na cidade. Minha lasanha é uma exceção, reclamei logo na primeira vez que comi lá e desde então eles me servem duas lasanhas.

— Ainda quero saber o que você achou, sendo mais específico, do encontro.

— É aí que temos de acertar algumas coisas… – Sua expressão séria o deixou tenso, pensando no que tinha feito de errado. — Não gosto que distratem as pessoas, independente do motivo e ainda mais se estiverem trabalhando, isso limita a possibilidade de defesa delas. O garçom é conhecido meu e muito respeitoso. Não gosto de ceninha de ciúmes. Se algo ou alguém estiver me incomodando, tenho boca para reclamar e pedir ajuda se necessário. Então não faça mais isso.

— Não percebi que tinha te chateado. – Aquelas palavras eram conhecidas já, mas ela decidiu ignorar.

— São apenas arestas para aparar, Fernando, acontece. Preciso esclarecer: Lugares caros não me impressionam. Prefiro comer uma porção de batata frita no boteco. Também não gosto que tentem controlar o que eu faço. Se eu achar que devo beber, bebo e pronto. – Fernando não soube bem o que responder, ou se ela já tinha terminado, mas não conseguiu evitar a risada. — Qual é a graça? – Inquiriu, séria.

 — Essas são suas exigências? Isso significa o que eu estou pensando? Podemos…

— Acho que sim. Desde que você não me sufoque, pode rolar alguma coisa sim.

Antes que pudesse pensar na pergunta que queria fazer, Fernando a surpreendeu com um beijo. A sensação foi melhor que andar de montanha russa, o gosto de canela da boca dele só a incentivou a retribuir e segundos depois ele já se inclinava sobre ela no sofá e a intensidade do beijo aumentava…

Mas os pombinhos foram interrompidos pelo toque do celular de Sophie, que o empurrou enquanto se levantava para atender a ligação.

— Mãe? – Perguntou, ofegante ao atender e pedindo desculpa a Fernando baixinho. — Vocês demoraram, é quase meia-noite. – Do sofá, ele observava a garota e pensava no que estava fazendo.

 — Tinha me esquecido da casa. Verdade, é herança. Não sei o que vou fazer com ela, só sei que não vou dar para a Laura. Ninguém mandou casar e ir morar na casa da sogra. – Era divertido ver que Sophie falava ao celular como se conversasse pessoalmente. — Pagar um aluguel ela também não pode, não trabalha. – Ela também andava de um lado à outro perto da bancada da cozinha enquanto gesticulava. — Grávida? Cuidado para não se envolver nos problemas deles mãe! Você sabe no que dá. Tio Júlio é um frouxo com as filhas. – Soltando uma bufada forte, ela negou várias vezes com a cabeça enquanto ouvia. — Mãe! Antes de desligar, preciso te dizer que... Estou acompanhada. – Sophie riu e assentiu. — Boa noite mãe! Manda um beijo para o pai, o vô e a vó. Tchau!

Colocando o celular no bolso, ela voltou a sentar ao lado de Fernando e limpou a boca para tirar o restante do batom, rindo. Sem saber o que fazer em seguida, limpou com a mão o borrado que ficou nele também.

Seu celular tocou novamente, ela o tirou do bolso e atendeu, crente que sua mãe tinha se esquecido de dizer alguma coisa.

— Oi, mãe! – A respiração do outro lado da linha era diferente da de Bárbara. — Alô! – Ninguém respondeu. Ela pediu silêncio colocando o dedo nos lábios ao ouvir Fernando perguntando se era sua mãe de novo. A pessoa respirou mais forte ao ouvir a voz dele e desligou.

— Quem era? – Ele ficou preocupado ao ver Sophie conferir o número na tela, séria.

— Não sei. Deve ser engano. – Deu de ombros, mas em seguida seu celular tocou anunciando uma mensagem. Ela abriu e leu: “Eu seria uma melhor companhia”. Sophie verificou o número e percebeu que era o mesmo que havia ligado antes.

 Preocupado, Fernando pediu para ver. Ela percebeu uma mudança sutil em seu comportamento, como se reconhecesse o número. Mas logo passou e Sophie não deu importância.

— Quem é esse idiota? – Começou a procurar em sua agenda algum número que podia não ter anotado sem o nome.

— Você não reconhece o número?

— Não… Vou retornar a ligação e descubro quem é o babaca. Como ele sabe que estou acompanhada? – Esse era um dos medos dela em ficar sozinha, vai que alguém decide fazer alguma coisa e a segue até a casa?

Sentiu medo ao pensar como alguém poderia saber o que ela estava fazendo naquele momento.

— É melhor ignorar, deve ser engano mesmo. – Aconselhou Fernando, despreocupado. Ela o encarou, alguma coisa parecia perturbá-lo. — Se esse número ligar ou mandar outra mensagem, eu mesmo retorno do meu celular para saber quem é, caso contrário, só pode ser engano.

Os dois aguardaram em silêncio por um tempo.

— Ninguém ligou! – Anunciou, aliviado. — Já está dando minha hora. Então...

— Não foi você quem disse que não dirige depois de beber?

— Sim, mas ás vezes é preciso.

— Fernando, você é solteiro e não tem hora para estar em casa. Pensei que tivesse entendido meu convite. – Bufou, irritada por precisar ser ainda mais explícita.

— Entendi, só estava bancando o difícil. – Brincou, tentando mudar o clima. — O sofá perece confortável.

— Se quiser o sofá, tudo bem. Eu vou para a cama. – Ela se levantou e começou a subir a escada.

— Tenho escolha? – Ele ergueu as sobrancelhas fingindo surpresa.

— O que você acha? – Parou no meio do caminho e cruzou os braços sobre o peito.

    — Tenho escolha. – Assentiu e deu um sorriso malicioso, que só a deixou ainda mais a fim dele.

Fernando ficou impressionado com a quantidade de livros na estante da garota e a cama de casal no quarto, imaginava um quarto mais feminino, não nerd, mas gostou. Ela mostrou onde tinha toalha e avisou que tinha escova de dentes nova no armário do banheiro, caso ele quisesse tomar banho.

Ele aceitou, não sem antes convidá-la para ir junto, mas Sophie recusou. Precisava verificar seus e-mails e tirar a maquiagem. Pouco tempo depois, Fernando saiu do banho usando apenas a toalha em volta da cintura e pela primeira vez ele a viu corar.

Sophie levantou da cadeira, pegou sua toalha e entrou no banheiro, sem trancar a porta.

— Vai precisar de ajuda? – Ele entrou em seguida para pegar suas roupas e perguntou.

— Acho que não. – A cor intensa de mel nos olhos dela o deixou novamente excitado e as bochechas vermelhas dela denunciaram a insinuação, mas Fernando pegou suas roupas e saiu.

Enquanto tentava tirar o condicionador do cabelo, Sophie sentiu a presença dele no banheiro e ouviu a porta do boxe sendo aberta. Sem dizer nada, ele começou a massagear os cabelos dela.

A “ajuda”, durou o bastante para que o excesso de condicionador saísse do cabelo dela. Sem se dar conta, Sophie se entregou aos beijos dele e deixou o desejo comandar suas ações. Desligou o chuveiro, envolveu o pescoço dele com os braços e a cintura com as pernas. Ele a segurou firme e voltou para o quarto.

Fernando a deitou na cama, sem cerimônia. Beijou cada centímetro de pele, do pescoço à barriga enquanto colocava o preservativo, só para voltar pelo mesmo caminho, deixando-a ainda mais excitada.

Ele ergueu Sophie da cama e as pernas dela se enroscam novamente na cintura dele. A encostou na parede, segurou o cabelo molhado dela na altura da nuca, pressionando ainda mais seus corpos. O frio da parede nas costas da garota combinava com o frio que sentia na barriga.

Fernando se afastou o suficiente para conseguir ver o desejo nos olhos dela e sem perder tempo, ele a beijou devagar, sentindo o gemido do fundo da garganta de Sophie ao penetrá-la, Fernando intensificou o beijo e foi correspondido com a mesma urgência.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Manipuladores do Futuro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.