E Falando de Mudanças Repentinas da Vida escrita por carol-chann


Capítulo 7
7°De volta ao lar.


Notas iniciais do capítulo

Naruto e seus personagens não me pertencem eles são do tio Kishi e eu fico só na inveja!
Eu sei titulo sem graça, como todos os meus títulos.



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Gaara pOv’s.

 

Ino estava deitada ainda no notebook quando meu celular tocou e eu atendi e era Kankuro ligando para avisar que vôo saia às 14h30min então era bom estarmos lá às duas da tarde. Avisei para Ino, ainda tínhamos três horas para arrumar tudo. Comecei arrumar minha mala e levei menos de quinze minutos enquanto Ino ainda estava sentada ao lado das dela com varias roupas espalhadas ao redor da mala eu soltei uma risada. Mulheres sempre tão complicadas! Por que ela tinha que tirar tudo da mala para por de novo?! Ela olhou para mim sem entender eu dei de ombros e ela pareceu ficar curiosa, mas não disse nada. Estava me acostumando a Ino rápido demais e isso me assustava um pouco eu a conhecia tão bem e ao mesmo tempo não sabia muito sobre ela! Era estranho e ao mesmo tempo fascinante será que eu gostava de Ino? Eu achava que sim! Mas ela queria que o casamento fosse anulado. Olhei para cima respirando fundo e revirando os olhos.

Depois de Ino guardar toda a sua roupa na mala ela ligou para Sakura. Ouvi alguns “eu também!”, “tudo bem!”, “claro.” E “ta loca?” e então ela se despediu e desligou o telefone. Fiquei olhando para ela, enquanto ela organizava a frasqueira dela e deixou aberta em cima da cama pegando uma toalha e indo banhar.

 

-Ino? – disse antes de ela entrar no banheiro.

-o que Gaara?

-não ia dizer a Sakura que vai voltar hoje?

-ia! Mas ela disse primeiro então eu disse que eu também! Não sei o horário que o vôo dela sai, mas combinei de encontrar ela amanhã. – ela entrou no banheiro e fechou a porta.

-ah. – foi tudo que eu pude dizer.

 

Deitei na cama e fiquei olhando para o teto pensando o que eu faria de agora em diante. Deveria entrar com o processo de anulação quando chegássemos a Konoha ou esperarmos entrar em um senso comum. Bufei irritado. Eu não queria mais pedir a anulação por um motivo do qual eu não sabia e pensava ser por que eu gostava de Ino, mas ela não gostava de mim! O que eu podia fazer? Eu não iria forçar minha convivência a ela. Ia esperar ela tocar no assunto saber a opinião dela, ao invés de tentar adivinhar o que se passava na cabeça dela. Assim que ela terminou de banhar eu fui para o banheiro, tomei um banho rápido me vesti e liguei para Kankuro só faltava meia hora para as duas da tarde.

 

-alô? – disse assim que ele atendeu.

-Oi! Já esta tudo pronto ai maninho?! Só estou te esperando para ir para o aeroporto. – ele disse ansioso.

-tudo pronto aqui, eu acho! – olhei para Ino que mexia em alguma coisa que eu não pude enxergar de onde estava.

-acha? – ele riu. – a garota ainda não esta pronta?Aposto que a terceira passagem era para ela!

-sim e daí? – eu perguntei irritado.

-qual foi o problema com ela? Ainda não me disse.

-te digo no aeroporto. – vi Ino vindo para o meu lado e perguntando se já íamos, fiz que sim com a cabeça para ela. - e ai já quer ir?

-só estava esperando você dizer a frase mágica! Te espero na recepção! -  ele desligou.

-já vamos descer? – Ino perguntou.

-sim!

 

Liguei na recepção pedindo para mandarem alguém para me ajudar com as malas e dizer que já ia descer para fechar a conta. O carregador chegou e nos ajudou com as malas descemos para a recepção e quando cheguei ao balcão Kankuro estava lá fechando sua conta, o cumprimentei com um aperto de mão e um sorriso e apresentei Ino para ele e não gostei nada quando os olhos dele brilharam ao ver ela. Fechei minha conta enquanto Kankuro ligava para o táxi. Kankuro ficou puxando assunto com Ino até o táxi chegar olhei para ele pelo canto do olho irritado então ele pareceu notar que não deveria estar cantando Ino. Ela nem parecia ter notado a tentativa de flerte dele, ficava maior parte do tempo olhando para baixo mesmo quando respondia as perguntas que ele fazia! Algumas foram reveladoras e eu notei que ainda não tinha falado muito com Ino, sobre ela mesma ou eu mesmo. Ela gostava de musicas antigas disse que os cantores antigos sim eram cantores de verdade. Quando Kankuro falou sobre comerem uma pizza ela disse que não gostava de queijo. Ele falou sobre festas e ela concordou com ele que as de musica eletrônicas eram boas e animadas! Ela sabia dançar reboleition e forró também, trance e funk apesar dela dizer que detestava as letras das musicas, achava vulgar. Ela queria aprender a dançar tango e salsa gostava de assistir animes e tinha muito medo de filmes de terror! Mas esse último eu já sabia. Assim que chegamos ao aeroporto expliquei para Kankuro o que havia acontecido comigo e Ino, e claro que ele fez graça e ainda brincou dizendo que eu era um cara de sorte. E eu realmente era! Ino era maravilhosa a meu ver! Alias não só a meu ver, podia notar o interesse crescendo em Kankuro. Fomos para uma sala de espera enquanto não dava a hora do vôo Ino e Kankuro ficaram conversando e eu me mantive calado, Ino estava falando um pouco sobre a infância dela e eu fiquei interessado.

 

-eu era uma daquelas crianças hiperativas como diria Sakura, mas ela também não ficava atrás! Fazíamos, alias fazemos tudo juntas até hoje! Até casar. – ela disse meio a contra gosto.

-então sua amiga também casou? – Kankuro estava rindo.

-nós víamos a Las Vegas por que ela e Sasuke queriam se casar e a mãe dela estavam fazendo de tudo para eles não se casarem, estava preocupada pela idade dela. Disse que era irresponsabilidade dela. Já eu acho o contrario afinal se eles queriam casar é sinal de que realmente se amam e levam a sérios os sentimentos que tem um pelo outro.

-você estava dizendo que era uma criança hiperativa? Tenho pena dos seus pais, minha irmã Temari era muito agitada! Sobrava para todo mundo. Na verdade até hoje sobra para todo mundo. – Ino riu juntamente de Kankuro. Estavam se divertindo, e eu estava com ciúmes. É ciúmes! de que adianta eu tentar me enganar?!

-eu não dava problemas para os meus pais! – ela fez uma careta emburrada para logo depois fazer uma triste.

 

Kankuro ia começar a dizer algo que se parecesse com um pedido de desculpas, mas uma voz nos alto-falantes anunciando que nosso vôo já ia decolar. Nos levantamos e fomos em direção a área de embarcação. Kankuro na frente e Ino ao meu lado, depois de embarcarmos no avião nos sentamos em nossas poltronas Ino na janela eu no meio e Kankuro no corredor. Kankuro colocou o fone e ficou vendo um filme que eu nem fiz questão de saber qual era, Ino dormiu poucos minutos depois de sentar na poltrona, me perguntei se ela não teria dormido bem de noite. Em alguma parte da viajem ela apoiou o rosto no meu ombro e eu fiquei satisfeito com isso! Mesmo que dormindo demonstrava que ela tinha algum afeto por mim. Será que tinha mesmo? Ou ela tinha simplesmente escorregado apoiando o rosto em mim? Um pouco depois ela passou os braços em volta do meu apertando e me puxando para mais perto dela! Ou ela tinha mesmo um afeto a mim ou ela achava que eu era um travesseiro. Revirei os olhos irritado por ter que adivinhar o que era. Apoiei meu rosto na parte de cima da cabeça dela sorrindo por poder ficar tão próximo dela. Fechei os olhos e fiquei aproveitando a proximidade dela. Um pouco mais tarde ela acordou atordoada sem saber muito bem onde estava por causa do sono.

 

-no avião indo para Konoha. – lhe respondi.

-eu quero água. – ela disse esfregando o olho como uma criança sonolenta.

-uma garrafa de água mineral, por favor. – pedi para uma aeromoça que passava ao lado da poltrona de Kankuro. – já vão trazer! Sabia que você parece uma criança quando acorda?! – eu disse sorrindo para ela.

-não. – ela respondeu emburrada e isso a fez parecer ainda mais a uma criança e eu ri dela.

-pois agora sabe. – eu coloquei a mão embaixo do queixo dela por impulso e esfreguei o polegar na bochecha dela.

-eu não pareço uma criança. – ela cruzou os braços e olhou para o outro lado irritada ou talvez envergonhada?!Fazendo com que eu tirasse a mão de seu queixo, ela parecia não gostar que a chamassem de criança. Segurei-me para não dizer para ela que ela parecia sim.

-a água senhor. – ouvi a aeromoça dizer e me virei para ela pegando à água.

-obrigado. – disse me virando e entregando a garrafa de água para Ino.

 

 

Ino pOv’s.

 

Droga quem era aquela aeromoça bonitinha que achava que podia olhar assim para o meu marido?! É meu marido sim! Mesmo que ele estivesse pensando em anular o casamento o mais rápido possível. Peguei a garrafa de água que Gaara me entregou e reprimi o choro que agora vinha com facilidade! Desde quando eu chorava tão fácil? Reprimi o choro mais uma vez ao constatar que era desde que meus pais haviam morrido. Gaara me olhou meio preocupado estava assim tão na cara que eu ia chorar?! Mordi o lábio eu o estava preocupando atoa tá não era atoa, mas eu não queria deixá-lo preocupado. Dei um sorriso, mas não pareceu ter efeito ele ainda me olhava preocupado.

 

-o que foi Ino? – ele me olhou sério.

-nada. – eu tentei mentir.

-se quer mentir ao menos minta direito. – ele segurou o riso.

-isso não é engraçado e eu não estou mentindo. – tentei mentir mais uma vez mais minha voz falhou no final da frase. Como se eu precisasse de mais sinais para mostrar que eu estava mentindo!¬¬

-Ino você realmente não sabe mentir então por que não facilita e me diz o que esta acontecendo? – ele disse com a voz calma, mas uma ruguinha de preocupação denunciava que ele não estava tão calmo assim.

-nada demais só lembranças. – eu disse mordendo o lábio e foi o suficiente para ele não perguntar mais.

 

Ele empurrou o braço da poltrona para que não ficasse entre nós dois e me puxou para seu peito me abraçando. Enterrei a cabeça em seu peito enquanto ele passava a mão pelo meu cabelo e isso foi me acalmando aos poucos olhei de canto e vi que Kankuro tinha dormido e sorri tinha Gaara só para mim. Por que Gaara parecia se importar tanto comigo nesses momentos se ele simplesmente não gostava de mim, se ele ia arranjar um jeito de anular o casamento assim que chegássemos a Konoha. Queria falar com Sakura e Hinata e perguntar a elas o que achavam que isso siguinificava, por que ele me confundia assim? Será que ele gostava de me confundir? Ou ele nem notava que fazia isso? Suspirei desistindo de entender o que se passava na mente dele.

 

-é perdermos o seu passeio. – ouvi Gaara dizendo, mas não entendi.

-como? – eu perguntei.

-o passeio, você tinha de me levar a algum lugar no sábado lembra? – ele parecia divertido com o meu esquecimento.

-ah tudo bem, vamos no próximo sábado então. – eu dei de ombros, afinal não era importante. Preferia estar aqui sendo abraçada por ele do que em qualquer outro lugar.

-pode ser, mas amanhã eu vou levá-la para conhecer um dos meus lugares favoritos.

-aonde? – eu quis saber curiosa.

-só vai saber amanhã. – ele disse sorrindo.

-mas você sabe o quanto eu sou curiosa. – reclamei num muxoxo.

-é sei. – ele disse quase rindo.

-você é mal. Não pior você é sádico. u.ú – reclamei cruzando os braços emburrada.

-é talvez eu seja. – ele disse com a voz rouca que fez um arrepio me subir à espinha.

-o que você quis dizer com isso? – eu perguntei.

-nada. – ele disse sério.

-hum. – achei melhor não insistir na pergunta.

-só vai querer água mesmo? Já estamos viajando a três horas e você almoçou tão pouquinho. – ele parecia preocupado.

-não! Hum... Obrigada mas eu não estou com fome. – tentei parecer bem calma, mas a verdade era que meu estomago estava cheio! Cheio de borboletas dando piruetas pela proximidade dele.

-tem certeza?! Não quer nem um lanche?! Sei lá uma barra de cereais ou biscoitos?! – ele parecia não acreditar muito que eu não tinha fome apesar de não achar que eu estivesse mentindo.

-tenho sim. – sorri para ele. – e você não vai comer nada?

-não acho que também quero só um pouco de água. – ele deu de ombros.

-aqui. – entreguei a garrafa de água para ele.

 

Ele tomou o resto de água que tinha na garrafa, eu continuava abraçada a ele, um braço em volta da cintura dele e com o rosto deitado no peito dele não sairia dali nem pagando! Só se ele me tira-se dali. Fechei os olhos respirando fundo ele tinha um cheiro tão bom.

Ãn? Onde eu estava? Respirei fundo sentindo o cheiro de Gaara e sorri. Ainda estava abraçada com ele! Devia ter dormido de novo será que ainda faltava muito? Abri os olhos e dei de cara com o pescoço de Gaara, era por isso que estava tão cheiroso?! Eu tinha visto quando ele passou o perfume, mas não me lembro que perfume era.

 

-já estamos chegando? – perguntei sonolenta.

-sim! É previsto para pousarmos daqui a meia hora. – ele disse rindo de alguma coisa que eu não entendi.

-o que foi?

-você pode discordar o quanto quiser, mas realmente parece uma criança quando acorda.

-não pareço não. – que droga! Por que ele achava isso?

-ta pode dizer o quanto quiser.

 

Criança? Eu não queria parecer uma criança! Fiquei emburrada. Eu queria que ele gostasse de mim e ele me achava infantil? Que ótimo!¬¬.  Me soltei do abraço dele a contra gosto, mas se ele me achava uma criança qual era o sentindo em ficar abraçando ele? Nenhum!

Senti meu estomago doer. Droga estava com fome! A viagem era comprida e se já estava no final fazia um bom tempo que eu não comia. Chamei uma aeromoça que estava ali que por sorte não era aquela que ficou olhando para Gaara e pedi alguma coisa para comer, como um pacote de salgadinhos ou coisa do tipo. Quando chegasse a casa comeria algo de verdade. Ela me trouxe um pacote de batata fritas que eu fiquei beliscando até que Kankuro acordasse e acabasse com elas. Ele tinha dormido bastante e eu também, mas não tinha visto Gaara sequer cochilar será que ele passou todo tempo acordado? Não ia perguntar eu estava chateada com ele! Na verdade magoada seria a palavra certa! Criança? Como ele podia dizer uma coisa assim para mim.

 

-você dormiu a viagem toda Kankuro? – eu quis saber.

-você dormiu primeiro que eu! – ele retrucou e eu ri.

-mas eu acordei durante a viajem e acordei primeiro. – mostrei a língua achando graça da discussão besta que estava tendo.

-ta, ta! – Kankuro bocejou.

 

Virei-me para a janela esperando que os minutos que faltavam para o avião pousar passassem rápido, precisava falar com Hinata, mas ela provavelmente estaria dormindo é claro que se eu ligasse a ela não reclamaria e acharia ótimo, mas não queria atrapalhá-la. Quando finalmente pousamos no aeroporto às duas e meia da madrugada Kankuro se despediu de nós e eu fiquei curiosa sobre uma coisa! Gaara morava sozinho O.O?! Ou era Kankuro? Ou os dois? De repente voltei a me preocupar em ficar sozinha com ele afinal ele não gostava de mim e eu não queria correr o risco de me envolver mais a fundo com ele sem ele gostar de mim. Pegamos um táxi e eu sorri ao ver minha cidade de novo o pouco tempo que fiquei longe trouxe tantas mudanças. Notei que o caminho era o mesmo que para ir a minha casa e me assustei! Afinal o que isso siguinificava? Gaara sabia onde eu morava? Ou morava próximo? Fiquei confusa durante o caminho quando muito próximo a minha casa o táxi mudou de rumo devia somente morar próximo a minha casa.

 

 

Gaara pOv’s.

 

Ino tinha ficado emburrada desde o final da viajem e eu não conseguia entender o porquê disso. Afinal o que era que ela tinha? Será que a cidade a fazia lembrar-se dos pais? Ainda era bem recente o falecimento dos pais dela e ela já tinha passado por mais problemas ela ainda não devia nem estar assimilando bem o que acontecia. Olhei para ela que agora tinha um olhar distante e pensativo. Já estávamos próximos ao meu apartamento era estranho pensar em alguém alem de mim morando lá o que será que Ino pensava de ir morar com alguém que era quase um completo estranho? Eu não achava que ela era uma estranha de alguma forma eu parecia a conhecer bem. Bom pela primeira vez ia ter alguém alem de mim morando no apartamento pelo menos eu era organizado ela não ia chegar lá e ver uma bagunça como ela provavelmente veria se o fosse o apartamento de Kankuro. Não era a primeira vez que alguma garota fosse dormir no meu apartamento, mas a situação era completamente nova, eu havia tido varias namoradas as quais algumas dormiram no meu apartamento, mas era só físico para elas também! Mas com Ino era diferente eu estava casado mesmo que por acaso e de alguma forma eu parecia realmente gostar dela tinha mais afeto que qualquer outra namorada que tive! Ainda por cima eu nunca tinha ido para a cama com ela e parecia que isso não iria acontecer pelo menos tão cedo! Era realmente uma situação inusitada.

 

-ainda vai demorar? – Ino se virou na minha direção para perguntar.

-não já estamos chegando. – respondi. Por que ela parecia tão irritada? – por que esta brava Ino?

-eu não estou!- ela deu de ombros.

-mas parece muito. – eu retruquei baixo o suficiente para que ela não ouvisse.

 

Em poucos minutos o taxista parou em frente ao edifício Ino já foi logo saindo do carro enquanto eu pagava o motorista e dava a gorjeta. Sai do carro e notei que Ino estava se encolhendo de frio então passei o braço em volta do ombro dela puxando-a para perto de mim. Peguei minha chave no bolso e entreguei para ela dizendo qual o numero do apartamento e que eu ia pegar a mala e já subia. Fui até o táxi peguei as malas com ajuda do porteiro e as levei para cima agradecendo a ajuda. Coloquei as malas dentro do apartamento e tranquei a porta. Enfim em casa! Olhei em volta do meu conhecido apartamento sorrindo o quarto e a sala conjuntos que eu só sabia onde um começava e o outro terminava por que o quarto era dois degraus mais alto, a porta da cozinha estava aberta será que Ino estava lá? Bem ou era lá ou no banheiro, eram os únicos cômodos separados. Fui em direção a cozinha e qual não foi minha surpresa ao ver Ino preparando alguma coisa no meu fogão que até agora só tinha sido utilizado para fazer miojo e comida nas poucas vezes que Temari vinha aqui e se apiedava de mim e fazia uma comida decente.

 

-o que você esta fazendo? – perguntei curioso.

-macarrão! Rápido fácil e até uma criança consegue fazer. – ela deu ênfase a palavra criança me fazendo notar que estava ressentida por eu tê-la chamado de criança.

-foi mal por te chamar de criança àquela hora, mas o que eu quis dizer é que você tem a aparência de uma criança quando acorda e não que é uma. – falei tentando me desculpar, mas eu nunca tinha sido bom com desculpas.

-tudo bem! Deixa pra lá eu estava tendo a atitude de uma criança ficando emburrada. – ela deu de ombros. – acho que o problema mesmo é que estávamos próximos de casa e isso me fez pensar em muitas coisas. Principalmente nos meus pais. – eu sabia que deveria ter algo haver com os pais dela.

-macarrão é? Vai demorar? – eu perguntei querendo mudar de assunto ela já parecia muito deprimida sem falar sobre o assunto que dirá se falasse.

-é macarrão! Vou fazer com molho! E não! Não vai demorar. – ela disse sem me dar tempo de dizer nada antes que terminasse.

-tudo bem! – me escorei na pia olhando para ela.

-hum... E então como vai ser a divisão? Vai dormir na sala de novo? Por quanto tempo? – ela falava comigo, mas olhando para a panela.

-não sei. Quer sentar e conversar sobre isso enquanto o macarrão conzinha? – olhei para o chão não era um assunto que me agradava.

-eu só quis dizer que não acho justo que eu fique fazendo você dormir no sofá no seu próprio apartamento. Se você quiser eu posso voltar pra minha casa e ai você pode dormir na sua cama. – ela disse mordendo o lábio inferior parecia estar falando sério.

-o que? Agora que você esta cozinhando? Nem pensar! – tentei brincar com a situação.

-eu estou falando sério Gaara! Isso não é uma brincadeira um casamento é coisa séria!

-casamento? Seria mais certo se você dissesse “amigos dividindo um apartamento” não acha? Afinal não agimos como casados. – eu sei. Não era certo falar daquela maneira como se eu estivesse insinuando algo, mas era uma forma dela entender que não tinha por que ficar toda séria.

-não? Mas eu estou cozinhando. – agora ela quem tentou fazer uma brincadeira fugindo da minha insinuação.

-viu como da pra brincar! – ela me mostrou a língua irritada e desconcertada afinal ela quem tinha dito para levar a sério.

 

Sai da cozinha para deixá-la mais a vontade e fui tomar um banho. Entrei no banheiro deixando a porta somente encostada como de costume, ainda não tinha me acostumado à idéia de ter mais alguém em casa com que eu devesse me preocupar que abrisse a porta. Liguei o chuveiro na água fria e a deixei escorrer por meu corpo me acalmando, afinal a idéia de insinuar algo para Ino não fora nada boa me fez vir à cabeça imagens nada discretas. Assim que me acalmei sai do banheiro esfregando a toalha nos cabelos molhados de olhos fechados e nem me dei conta de que Ino estava na sala, só quando abri os olhos e vi o olhar chocado dela e o rosto corado. Ela se virou de costas rapidamente.

 

-foi mal Ino! Não estou acostumado a ter ninguém em casa então... – tentei me explicar, mas ela me interrompeu.

-a culpa não é sua Gaara! Eu é que não devia estar aqui não é mesmo, por isso estava dizendo que eu deveria ir para casa! Só estou atrapalhando. – ela disse em tom queixoso.

-não é culpa sua Ino! Eu devia ser mais cuidadoso. E você não esta só atrapalhando, você fez a comida. – tentei brincar com a situação. – mas se você realmente achar isso podemos conversar melhor amanhã! Agora esta muito tarde para tomar qualquer decisão.

-tudo bem. Ah eu tinha vindo avisar! O macarrão esta pronto.

-ah claro. Então vamos comer. – eu disse indo para a cozinha, mas ao notar que Ino não estava indo junto, mas sim olhando chocada para minha toalha decidi que era melhor por uma roupa primeiro. Eu podia dar adeus a minha privacidade.

-eu vou para a cozinha. – ela disse notando que eu estava voltando para o quarto.

 

Ino foi para a cozinha e eu abri o guarda-roupa peguei uma bermuda e uma camiseta vesti e fui para a cozinha Ino estava de costas para a porta sentada de frente para o balcão comendo o macarrão que ela mesma tinha feito. Tive de me conter para não me aproximar em silencio e beijar-lhe o pescoço, estava tendo uns impulsos estranhos em relação à Ino.

 

-esta com um cheiro muito bom. – eu disse me aproximando dela.

-ali. – ela apontou para um prato já servido. – eu servi para você.

-obrigado. – me sentei ao lado dela no balcão. Tinha de agradecer pela idéia maluca de Temari de ter dois bancos ao invés de um só para mim.

-já se decidiu aonde cada um vai dormir?

-por que a responsabilidade tem de ser minha?

-por que o apartamento é seu. – ela retrucou rindo.

-tudo bem! Eu durmo no sofá de novo. – respondi de pronto apesar de que o que eu queria na verdade era dormir junto com ela.

-mas você vai ficar dormindo no sofá? – ela parecia chateada.

-hoje! Depois a gente resolve isso melhor.  Eu só quero terminar de comer e dormir. Afinal você dormiu a viajem quase toda, mas eu não dormi nenhuma vez. – eu reclamei.

-hum tudo bem então. – ela disse e continuou a comer.

 

Terminamos de comer e eu fui escovar os dentes enquanto Ino lavava a louça depois deitei no sofá estava cansado pra caramba realmente não tinha dormido nada na viajem. Vi Ino indo para o banheiro tomar seu banho depois ela me pediu uma toalha emprestada e não foi uma boa idéia ter chegado tão perto da porta para entregar consegui sentir o cheiro que vinha lá de dentro e era muito bom e animador saber que ela estava cheirosa e a pele quentinha do banho. Não! Não pense nisso Gaara! Repreendi-me. Voltei para sofá e deitei com a intenção de dormir, mas acabei pensando em Ino e quando eu estava prestes a conseguir dormir ouvi ela se aproximando do sofá arrastando a coberta.

 

-Gaara. –  a ouvi dizer e parecia o tom de uma garotinha insegura.

-o que Ino? – perguntei sonolento.

-posso deitar ai com você? Não consigo dormir! Sabe é a primeira vez que durmo em Konoha depois do que aconteceu sem ajuda de remédios. Ela parecia querer se explicar.

-tudo bem Ino. Eu só quero dormir. – eu disse e realmente estava caindo de sono.

 

Má idéia. Pensei assim que ela deitou no estreito sofá comigo. O espaço era pequeno para nós dois então ficamos muito colados, até pensei em dizer para irmos para a cama, mas acabaria parecendo que eu estava falando em outro sentido então desisti, estava com sono demais para pensar em como dizer, e sono de menos para não me sentir atraído pelo corpo pequeno e frágil de Ino. Ela estava na beirada do sofá de lado assim como eu.

 

-ei Gaara! Estou escorregando do sofá. – ela disse se empurrando para mais perto de mim tentando não cair.

-calma ai. – tentei me ajeitar para dar mais espaço para ela, mas não adiantou muita coisa então passei o braço em volta da cintura dela. – pronto agora você não vai cair! Mais alguma coisa antes que eu durma?

-não! Pode dormir Gaara. – ela disse com a voz baixa podia até adivinhar que ela estava mordendo o lábio magoada pela forma como eu disse aquilo.

-tem certeza Ino? – disse colocando meu rosto na dobra do pescoço dela. – não precisa de mais nada mesmo? – disse gentilmente dessa vez tentando me desculpar.

-sim Gaara. Pode dormir. Não queria incomodar. Desculpe!

-não esta incomodando Ino. Eu só estou com sono. – disse sonolento.

 

 

Ino pOv’s.

 

A voz rouca de sono de Gaara era sedutora e para piorar a situação a respiração quente dele no meu pescoço me fazia arrepiar totalmente! Eu nunca tinha desejado tanto algo na vida como eu desejava Gaara agora.

 

-boa noite. – ele disse na voz sonolenta e rouca que era tão sedutora.

-boa noite Gaara. – eu respondi, mas não estava com sono. Queria que Gaara ficasse conversando comigo.

-o que foi Ino? – ele quis saber. Era incrível como ele notava tudo no meu tom de voz.

-não estou com sono. – eu confessei, mas sabia que ele devia estar quase desmaiando de sono.

-você dormiu a viagem inteira era de se esperar Ino. – ele disse quase dormindo.

-é eu sei! Vá dormir Gaara. Tenha bons sonhos. – eu disse e instantes depois pude ouvir a respiração dele uniforme o que siguinificava que ele estava dormindo.

 

Fiquei deitada com ele abraçando a minha cintura e respirando no meu pescoço por um bom tempo até que eu acabei adormecendo.

Acordei com o sol batendo em meu rosto ainda estava no mesmo lugar de quando dormi talvez ainda mais colada a Gaara que antes. Ele mantinha o braço em volta da minha cintura firmemente mesmo enquanto dormia isso me deu alguma esperança de que inconscientemente ele gostasse de mim sorri para a bela manhã que se estendia a minha frente. Gaara havia dito que ia me levar a um de seus lugares favoritos hoje, mas eu já estava no meu lugar favorito de todo o mundo: os braços de Gaara.

 


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Notas finais do capítulo

Tenho uma noticia não tão boa para vocês .. por favor só não bate na cara para não estragar o enterro! Pois é eu só tenho pronto mais o oitavo capitulo e a parte do nono que eu já fiz ainda esta no caderno. Vai demorar um pouquinho mais para saírem os capítulos então. beijos!



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